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História Doce Submissão - Um doce encontro...


Escrita por: GloomPrincess

Notas do Autor


Como podem ver estou repostando! Gostaria de saber o que acharam da nova capa! *~*
Boa leitura, docetes!

Capítulo 12 - Um doce encontro...


Pontual como sempre Nathaniel chegou exatamente no horário combinado, ele usava uma camisa social azul-marinho e jeans, estava casual mas algo de lorde nele, talvez fosse seu comportamento na maior parte do tempo formal, era sério e mais na dele. Me senti errada no meu vestido branco com estampa floral, calçava tênis all star e consegui domar meu cabelo, pelo menos por algumas horas, estava apresentável mas Nathaniel tentou me convencer do contrário elogiando-me como se eu fosse uma beldade em seu vestido mais elegante e caro, por gentileza acredito. Me despedi da minha tia e fomos ao restaurante luxuoso em seu conversível branco mais luxuoso ainda. 

Nathaniel era agradável, seu sorriso doce era capaz de acalmar meus ânimos bem diferente de Castiel que quando sorria me fazia esquentar, derreter, ansiar por seu toque... Enquanto sorria de forma doce e pura não pude evitar compará-lo a Castiel que era irônico, safado um deus pagão do sexo e da dor. Dois opostos e eu me encontrava entre eles assim como o passado sombrio que pairava sobre eles como uma sombra de ódio. Me perguntava de fato o que acontecerá, sabia que fora por causa de uma garota, mas quem seria e onde estaria ela? Dúvidas...

Olhei para o rapaz loiro enquanto ele falava animadamente sobre astronomia, gesticulando, aquele parecia ser seu assunto favorito, eu opinava vez ou outra mas acabei deixando Nathaniel com a palavra, estava muito animada com aquele encontro e pude me distrair um pouco, o restaurante bem localizado e exclusivo, era luxuoso ficava à beira-mar, sentia o vento noturno e a maresia soprando, bem diferente dos locais que Castiel costumava frequentar sempre poluídos com fumaça de cigarro, cheirando a suor e álcool. Eu tomava um suco de laranja enquanto ele tomava um vinho, percebi que ele era refinado, educado um verdadeiro lorde de cabelos loiros.

- Perdão, estou monopolizando a conversa. - desculpou-se corando um pouco, o que foi adorável.

- Tudo bem, eu adoro astronomia e sempre assisto documentários. - disse sorrindo para acalmá-lo.

- Sério? Você me surpreende cada dia mais!

- Eu não seria uma nerd completa sem ter ao menos uma noção de astronomia ou um intensivo de Star Wars. - comentei brincalhona.

Nathaniel sorriu daquele jeito doce e calmo que me lembrou da primavera, quando a grama era verde e o perfume das flores estava no ar. Me vi corando e baixei meu olhar um tanto timida, ele era apenas meu amigo e meio irmão de Castiel, não queria lhe trazer problemas. Tomei um gole de suco para me recompor e voltei a observá-lo, todas aquelas dúvidas voltaram a me assaltar, queria perguntar a ele sobre o passado, sobre Castiel mas não queria simplesmente dissipar aquela atmosfera agradável que nos envolvia por isso empurrei aquelas questões para o fundo de minha mente na tentativa de apenas esquecer, seguir e ter ao menos uma vez na vida um encontro agradável já que raramente os tinha. Com Castiel sempre foi tudo intenso, apenas sexo e percebi o quão superficialmente o conhecia, fora ele quem tirou minha virgindade, por quem fui - ou ainda sou- intensamente apaixonada. Com Nathaniel eu podia falar sobre qualquer assunto, podia perguntar sobre qualquer assunto sem temer uma represália ou alguma punição por isso.

"Teremos três regras, Eve, apenas três." Ele disse naquele tom sedutor, sua voz rouca e forte como um trovão me hipnotizando, dominando cada célula do meu corpo. "Jamais em hipótese alguma fale comigo em público, gosto de manter submissas à uma certa distância e você não será exceção, segunda, quero total exclusividade, serei dono de seu corpo pelo tempo que eu desejar e terceira..." Ele olhou em meus olhos, senti um entorpecimento dominando meu corpo, embriagada pelo desejo louco e profundo que sentia. "Jamais deve se apaixonar, não sou romântico, tudo que eu quero é sexo e obediência." Depois dele nunca mais fui a mesma, ele me dominou por completo, me fez sentir sensações indescrítiveis no sexo e fora dele, me castigou, me fodeu, me xingou, usou e eu senti prazer em cada momento. 

- Eve? - Nathaniel me chamou despertando-me daquele devaneio.

- Desculpe, o que dizia?

- Estava falando sobre o quanto tem me ajudado com a feira do livro. Você está bem? - perguntou visivelmente preocupado.

- Sim... Estava pensando em algo, desculpe.

- Tudo bem. - ele sorri apaziguador, mostrando aquelas covinhas. - Você é diferente.

Nathaniel olhava em meus olhos, parecia tentar me decifrar, ele suspirou e naquele olhar eu vi algo como dor, sim, uma dor profunda. Aquela expressão me deixou em alerta.

- Agora sou eu quem deve perguntar se você está bem... - sussurrei.

- Estou, estou, só estava me lembrando de uma pessoa.

Ele não falou sobre quem seria mas eu tinha certeza de que seria a garota de seu passado.

- Quer conversar sobre isso? 

- Não, Eve, ainda dói e está muito cru, entende?

Assenti, ele pareceu agradecido por eu não insistir naquele assunto mas eu também tinha minhas dores, minhas feridas cruas sangrando abertas ao ar livre onde qualquer pessoa podia machucá-las mais. Senti um peso no coração, os últimos meses não tinham sido os mais fáceis para mim, vivia com os nervos à flor-da-pele e se não fosse por Piper ainda estaria isolada em minha bolha vivendo uma rotina de casa para a escola e vice-versa, lembrar da minha amiga que agora namorava Castiel aumentou a dor em uma das feridas, ainda lutava tentando aceitar aquela realidade e vê-los juntos não ajudava, assim como a imoralidade de Castiel em ainda me perseguir e tentar me seduzir... Dessa história alguém vai sair muito machucado.

- Eu entendo, também conheço a sensação de feridas cruas. - a morte súbita dos meus pais e o rompimento humilhante com Castiel, duas feridas cruas.

- Para toda ferida há um bálsamo. - sussurrou, seu olhar intenso.

Ele segurou minha mão que estava sobre a mesa, sorriu mas não era aquele sorriso doce e primaveril, seu sorriso era sedutor, exibindo as adoráveis covinhas e notei que suas íris verdes estavam nubladas por algo que se traduzia como desejo. Senti minhas bochechas esquentando, mordi meu lábio inferior e apertei as coxas discretamente, Nathaniel me atraía. 

- Penso em você desde quando esbarramos naquele dia.

Foi naquele mesmo dia que presenciei a rivalidade entre ele e Castiel...

- Espero que só tenha pensado coisas boas. - disse bem humorada tentando desviar aquele assunto.

- Não maior parte das vezes sim, bela Eve.

- E na menor parte das vezes?

- Se eu te contar você pode acabar fugindo como uma lebre assustada.

Corei violentamente e não insisti mais naquele assunto, de fato fugindo como uma lebre assustada. 

[...]

Nathaniel só me levou para casa depois das dez horas, nós ríamos animados, uma camaradagem nova adquirida durante o tempo em que conversamos, conhecemos um ao outro mas ainda havia aquele segredo, a curiosidade me espezinhava mas não perguntei nada a Nathaniel, lembrei-me daquele olhar de dor como uma advertência. Ele desceu do carro e contornou para abrir a porta para mim num gesto cavalheiresco. Agradeci e saí do carro, olhando-o com um sorriso persistente. Nathaniel me acompanhou até a porta, era a hora da despedida... Em Sex And The City sempre acabava com um beijo ou com sexo intenso, eu o olhei sem graça, o sorriso desaparecendo e ele notou. Se aproximou lentamente, fechei meus olhos cada terminação nervosa em choque mas ele apenas me beijou na bochecha.

- Cuide-se, bela Eve. - sussurrou e se afastou.

- Obrigada, Nathaniel... - disse num fio de voz.

Olhei para trás e o vi me observando sério, pensativo. Por fim sorriu, andou até seu carro, entrou e foi embora, deixando-me com ainda mais dúvidas do que quando me convidou para sair. Entrei em casa e fechei a porta, minha tia já devia estar dormindo. Subi para meu quarto e tirei a roupa, vesti uma camisa velha e me joguei na cama. Estava decepcionada por Nathaniel não ter me beijado na boca, essa certeza me deixou assustada pois não tinha jeito dessa história ter um final feliz, não quando eu ainda sentia algo por Castiel e não quando havia aquele passado obscuro entre eles tão vivo, tão presente, amaldiçoando-os.

Só fui dormir depois da meia noite e até mesmo em meus sonhos não obtive respostas para as dúvidas que me atormentavam.


Notas Finais


Até a próxima!


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