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História Doce vingança - Vingança por vingança querida


Escrita por: JDreamygirl

Notas do Autor


Mais um ^^, o// boa leitura meninas kk

Capítulo 28 - Vingança por vingança querida


Fanfic / Fanfiction Doce vingança - Vingança por vingança querida

Ela me olhava atordoada, perdida em seus próprios pensamentos. Era como se eu pudesse escutar uma discussão horrível dentro da sua própria cabeça dizendo que ela deveria ligar pra polícia, ou sair dali correndo e na hipóteses mais leves talvez ela tivesse escutado ou entendido tudo isso muito errado, mas não, eu não conseguia guardar isso pra mim naquele momento, eu estava muito abalada depois que vi o Alexy daquela maneira e precisava contar a ela, não sei em que exatamente isso iria ajudar, provavelmente muito pelo contrário, traria apenas mais problemas pra mim, mas meu peito se apertava ao ver aquela cena e pensar que eu mesma provoquei isso me matava por dentro, eu não pensei em como isso poderia afetá-lo ainda mais por tanto tempo assim, então sim eu era a culpada, mas não tinha me arrependido de matar o Armin, apenas não queria que o Alexy estivesse dessa maneira. Engoli o choro tentando secar as lágrimas que ainda desciam pelo meu rosto com a palma da mão, elas estavam trêmulas e suando muito, meu corpo rígido chegava a fazer os meus ossos doerem de tão duros que os músculos estavam, eu nunca imaginei contar isso a ninguém e agora simplesmente sem pensar muito eu abri a boca enquanto deveria ter continuado com ela fechada.

Rosa - V… Você… Você está brincando não é? (Ela perguntou pra ter certeza do que tinha escutado, mas no fundo ela tinha percebido que era verdade, nem ela mesmo sabia o por que dessa pergunta. Balancei a cabeça negativamente me sentindo incapaz de abrir a boca e eu vi seus olhos arregalarem ainda mais parecendo que iam saltar pra fora da órbita, sua boca se mantinha aberta e ela respirava ofegante e com dificuldade.) Meu Deus… Bian…? (Não deixei que ela terminasse esse nome, eu não queria ser chamada dessa maneira, não mais, nunca mais.)

Natasha - Não, não me chame assim. (Mesmo com a voz trêmula e fraca eu tentei falar com firmeza, o que não resultou em nada de bom.)

Rosa - Mas… P… Por que você fez isso? (Ela ainda não sabia o que pensar ou como agir, estava tentando achar alguma resposta para ajudá-la a tomar uma decisão.)

Natasha - Se quiser pode ir a delegacia agora, eu não vou sair correndo. (Falei com a voz baixa e agora encarando as minhas mãos, eu não queria isso realmente, mas se ela fizesse, era uma consequência que eu iria ter que aceitar devido aos meus atos impensados. Pra minha surpresa ela apenas engoliu seco parecendo prender a respiração e balançar a cabeça de forma rápida, mas minimamente, negando o que eu tinha dito, ela parecia… Com medo de mim. Acho que é o que acontece quando você confessa já ter matado alguém, as pessoas tem medo de que você as mate também.)

Rosa  O que aconteceu naquela noite? (Ela perguntou agora parecendo… Culpada? Com pena? Eu não consegui distinguir, mas pude notar algo diferente ali, ela não queria sair correndo de perto de mim, ela apenas queria entender o por que eu fiz o que fiz.)

Natasha - Eles… (Eu engoli seco fechando os olhos e passando a língua pelos lábios, a muito tempo eu não tinha que me lembrar disso e a muito tempo eu não pensava em toda aquela cena. Mesmo depois que tudo acabou as lembranças ainda me perturbaram por um tempo, o Castiel conseguiu me ajudar a superar e esquecer tudo aquilo, mas agora lembrando de novo ainda me corroía, mesmo eu tendo me vingado, mesmo eu tendo matado e feito sofrer cada um deles, ainda assim isso continuava toda vez que aquela cena se repetia na minha cabeça)

Rosa - Eu sinto muito Nah pelo que aconteceu, eu nunca poderia imaginar algo assim. (Abri os olhos e olhei pra ela, eu não precisei dizer, eu não precisei contar, ela havia entendido e pelo seu semblante triste ela havia entendido o quão difícil e doloroso era pra mim até mesmo lembrar da cena.) Vamos esquecer tudo isso tudo bem? Apenas… Vamos pra casa. (Eu disse ligando o carro e dando um sorriso mínimo pra mim.)

 

Não que estivesse sendo uma situação tensa ou constrangedora, mas o silêncio naquele carro durou até que nós chegássemos em casa novamente. Ela não perguntou absolutamente mais nada sobre o assunto e realmente fingiu não ter escutado nada, eu sei que de certa forma ela se sentia culpada pelo que havia acontecido, mas eu não tinha muito o que falar com ela pra não fazê-la se sentir dessa forma e sei também que de maneira alguma era culpa dela. Finalmente chegamos em frente a minha casa e eu me despedi dela saindo do carro.

Natasha - Ei Rosa! (Chamei a atenção dela assim que desci do carro fazendo a mesma olhar pra mim.) Obrigada por ter estado sempre do meu lado independente do que tenha acontecido sempre. (Eu disse baixo a vendo sorrir minimamente e balançar a cabeça assentindo.)

 

Eu sei que ela ainda estava pensando nisso e bem confusa, mas estava me respeitando e mesmo que pudesse achar bem errado tudo aquilo ela não quis dizer nada sobre, talvez assim fosse melhor. Amiga o bastante para saber o que aconteceu e companheira o suficiente para entender e respeitar isso, eu sempre pude contar com ela afinal de contas, mesmo tendo me isolado um pouco com o tempo.

 

Castiel ainda não tinha chegado, provavelmente tinha saído pra ir trabalhar logo após a minha saída com a Rosa, ele tinha dito que chegaria por volta das 20:00 da noite se tudo desse certo, o que era não era bem uma certeza já que muitas vezes ele precisava atender alguma ocorrência e ficar até mais tarde. Entrei em casa jogando a chave em cima da mesa e só então eu percebi estar pisando em cima de alguma coisa, levantei o pé e percebi um envelope ali no chão endereçado ao meu nome, mas sem nenhum remetente, no fundo eu já sabia do que significava. Abri o envelope me sentando no sofá percebendo que dentro do mesmo havia alguns outros papéis dobrados, arregalei os olhos ao desdobrar dois deles vendo que eram fotos da Debrah… Mais especificamente do corpo da Debrah completamente ensanguentado. Larguei os papéis em cima da mesa e saí correndo pro banheiro colocando pra fora tudo que eu tinha comido no dia, minhas pernas tremiam pela fraqueza que a sensação de vomitar que trazia e fiquei ajoelhada tossindo de frente pro vaso colocando o cabelo pra trás da orelha. Me levantei com certa dificuldade depois de me certificar de que não tinha mais nada, dei descarga e lavei a boca na pia logo voltando pra sala e pegando novamente a carta, mas dessa vez deixando as fotos em cima da mesa viradas pra baixo.

 

“Ansiosa para saber quem eu sou? Viu o que eu posso fazer? Eu sei que você pode fazer pior, não pense que eu não sei disso, sei do que você é capaz, sei do que você foi capaz. Mas sabe, eu não quero que você morra, não de jeito nenhum, mas eu quero que você sofra! Sofra como eu sofri, sofra por perder quem você gosta e a longo prazo, tendo que conviver com isso a cada minuto da sua vida pelo restante dela. Vingança por vingança querida, é um ciclo vicioso. Sabe quando vai acabar? Quando você perder tudo o que tem! Por onde acha que eu devo começar? Filhinho ou namoradinho? Escolha Nah, quem você acha que deve perder? É cansativo te ver brincando de casinha como se a vida fosse boa, não sente mais o gosto do sangue? Nem mesmo a sensação boa de enfiar a faca na garganta de alguém? Tic tac Nah… Que barulho é esse, você consegue descobrir? Às vezes relógios fazem barulhinhos estranhos.”

 

Minha respiração estava ofegante e minhas mãos tremiam e suavam, eu piscava incessantemente tentando fazer as coisas voltarem a funcionar na minha cabeça, desde muito tempo essa era a primeira vez em que eu realmente estava com medo, não por mim, mas… Droga! Quer merda era essa? O que essa pessoa quis dizer? Filhinho ou namoradinho? Escolha Nah, quem você acha que deve perder? Eu estava começando a ficar desesperada, sei o que pessoas com raiva e querendo vingança são capazes de fazer, eu realmente sei, por que eu fui uma delas. Eu não quero que você morra, não de jeito nenhum, mas eu quero que você sofra! Mas o que ela ia fazer? Minha garganta estava seca e eu sentia meu coração se apertar dentro do meu peito parecendo ficar cada vez menor e cada vez mais dolorido, a sensação de que algo muito ruim estava muito próximo de acontecer estava me corroendo por dentro. Sofra como eu sofri, sofra por perder quem você gosta e a longo prazo, tendo que conviver com isso a cada minuto da sua vida pelo restante dela. Eu não vou deixar que nada aconteça com os meus amores, mas não tinha como ela chegar perto do meu filho sem me machucar, então… Tic tac Nah… Que barulho é esse, você consegue descobrir? Às vezes relógios fazem barulhinhos estranhos. Oh não!

 

As coisas pareciam estar em câmera lenta e meu corpo não queria responder aos meus comandos, o excesso rápido de adrenalina tinha me feito entrar em choque. Cravei as unhas na palma da mão, forte o suficiente para furá-la e fazer um pouco do sangue sair e só então eu consegui “acordar” disso tudo e me levantar rapidamente do sofá. Peguei o celular e a chave de casa e a do carro rapidamente em cima do balcão da cozinha. Disquei o número do Castiel desesperada torcendo pra que ele estivesse perto e atendesse logo, ele não poderia estar ocupado preenchendo nada agora, não agora. Uma, duas, três vezes e nada, o celular tocou até cair na caixa postal.

Natasha - Merda! (Exclamei com raiva entrando no carro correndo e enfiando a chave para poder ligá-lo.)

Disquei de novo e na terceira vez eu desistir de discar o número dele, estava dividindo a minha atenção entre a estrada e o celular na minha mão, tremendo junto com ela. Então resolvi ligar pro Lysandre, eu não sei o que caralhos eu ia falar, mas… Eu realmente precisava fazer alguma coisa. Bastou 4 toques para que ele atendesse.

Lys - Natasha? Aconteceu alguma coisa? (Ele perguntou um pouco surpreso pela minha ligação.)

Natasha - Lys pelo amor de Deus, onde o Castiel está? (Perguntei com a voz trêmula tentando prestar atenção na rua.)

Lys - Na sala dele por que? Algum problema, aconteceu alguma coisa com você? (Como falar isso? Abri a boca, mas não conseguia pensar em uma desculpa que fosse plausível, eu estava desesperada demais pra pensar em alguma coisa.)

Natasha - Por favor tira ele de lá agora, rápido. (Eu estava quase chorando no telefone, a voz descontrolada e eu quase gritava com ele.)

Lys - Mas o que… (Ele não pôde terminar de falar, interrompido por um barulho de certa movimentação de pessoas ao fundo da ligação e isso acabou me desesperando ainda mais fazendo com que eu afundasse o pé no acelerador ignorando completamente os sinais fechados e as placas de pare.)

Natasha - Merda, que merda Lysandre. Só tira todo mundo daí o mais rápido possível, está me entendendo? Merda, merda e merda! Só tira todo mundo daí e eu te explico quando eu chegar. (Eu disse extremamente rápido e gritando com ele, felizmente ele não questionou mais, eu não sabia o que estava acontecendo lá, ele apenas murmurou um “ok” e encerrou a ligação.)

 

Eu não sabia se aqueles barulhos ao fundo da ligação poderia ter alguma coisa a ver ou não com tudo isso, mas eu pedia incessantemente para que não fosse nada disso, queria que desse tempo eu queria logo chegar lá e quando mais eu corria, parecia que mais estrada tinha pela frente. Não era um caminho tão longo assim então eu não entendia o por que tanta demora, o meu desespero com certeza estavam contribuindo para essa minha percepção distorcida de tempo, mas eu não conseguia pensar direito.

Por favor Castiel, por favor...


Notas Finais


Até a próxima sexta, beijos <3


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