História Doces, doces e doces - Em meio à tudo

Já haviam saído do restaurante, devidamente alimentados e sorridentes. Abraçavam-se de lado enquanto andavam pela rua pouco movimentada.

Era tudo bem pacato, as pessoas sorriam-lhe em educação e os comprimentavam com um simples "Boa tarde". Ainda se perguntavam se estavam num set de filmagens.

Lançavam olhares discretos e ligeiros sobre o outro, mas ao mesmo tempo eram longos e perceptíveis. Sorriam.

- Para onde queres ir agora, mestre? - Namjoon perguntou fingindo-se de servo.

- Para onde quiseres ir, ó meu fiel servo. - Respondeu-lhe, entrando na brincadeira e com um tom de autoridade.

- Eu no momento apenas quero passar o resto da tarde com você. - Falou olhando-lhe fundo nos olhos e sorrindo, tentando passar todo aquele carinho e toda aquela paixão que era quase de uma adolescência.

Jin acompanhou seu sorriso e grudou mais seu corpo ao maior, acabando por sentir o calor do outro e algumas leves carícias também.

E assim resolveram fazer, andaram até onde o carro estava estacionado. Ligaram o automóvel e iniciaram o trajeto a casa do maior.

Ambas as janelas estavam abertas, Jin punha seu rosto quase para fora, para conseguir acolher o frio do vento para si, era muito gostosa a sensação.

Namjoon sorria ao olhar de soslaio para o loiro, seus cabelos macios e claros balançavam suavemente, embora o vento fosse forte.

Os olhos brilhantes do mais velho parecia iluminar o caminho, o sorriso casto lhe dava uma aparência infantil.

Tudo no loiro agradava a Namjoon, não haveria nenhuma caracteristica de Jin cuja qual o mais novo gostaria de mudar.

Ele havia se apaixonado por Jin do jeitinho que ele é, talvez se sentiria imcompleto caso modificasse o loiro. Ele nunca iria querer isso.

Estava tão absorto na beleza de  Jin, que nem se tocou que estava quase parando o carro.

Apenas percebeu quando um carro atrás de si começou a buzinar. Então despertou-se e voltou a velocidade normal.

E Jin ria, ria da distração de Namjoon em si. Sabia que tinha certo poder sobre o mesmo, mas não sabia o quão grande ele poderia ser.

- Quer que eu dirija? - Perguntou fazendo o outro desviar o olhar rapidamente.

- Você nem tem carteira, Jin. - Debochou.

- Mas pelo menos eu não me distraio com qualquer coisa.

Como se Jin fosse qualque coisa. Pff.

- Você, Jin, não é qualquer coisa. - Disse simples, com a atenção na estrada. - Você é A coisa. - Debochou rindo.

- Ya! - Deu-lhe um tapa na coxa direita.

Riram bastante dessas ações.

Enquanto seguiam em direção a cidade, podia vê-la crescendo ao horizonte, o céu começando a escurecer, e as luzes artificiais iluminarem um pedaço do céu que tocava o chão.

Jin viajava sua mente em planos que realizaria, com plena certeza, no futuro, e com a pessoa que mais amava. Namjoon fazia o mesmo. Com a mente a mil em sonhos e desejos.

Se completavam em meio ao mar de gente que é esse mundo. Deixavam qualquer preconceito ou pensamento ruim e desgastante bem longe de si. Sentiam-se inocentes, como num primeiro amor.

Lançaram sorrisos cúmplices um ao outro, e entrelaçaram os dedos, numa promessa silenciosa de nunca se separeram.

Como deveria terminar essa história?

"E viveram felizes para sempre?"

Não, isso não existe. Todo casal, por mais "perfeito" que seja, terá brigas, é normal e até saudável, desde que não provoque algum dano psicológico ou físico.

Que tal:

E nesse caminhar sem rumo, Jin percebeu que queria estar por entre aqueles braços aconchegantes para sempre, distanciar-se deles poderia ser visto pelo mesmo como uma morte dolorosa.

E nesse caminhar sem rumo, Namjoon percebeu que nada poderia ser pior do que perder todo aquele calor humano que lhe era dado por Jin, seria como uma dor agonizante.

Estavam felizes juntos, e era assim que deveriam continuar.

Assim está bom.

Não espero que levem alguma lição de moral dessa história, até porque não é uma fábula, e eu não estou aqui para isso. Apenas conto histórias que começaram de um modo inesperado e quase sem sentido, mas que terminam em momentos verdadeiramente, espontaneamente, felizes.

Mas agora, eu vou finalizar essa história com algo que todos deveríamos usa em nossa vida, seja em qualquer dela.

Faça aquilo que teu coração te diz - CLICHÊ -, mas é a pura verdade. Prefira se arrepender por algo que fez do que por algo que deixou fazer.

Tem medo de se declarar pra alguém com medo de perder a amizade? Você pode estar perdendo o amor da sua vida.

E caso você seja do tipo que não goste de relacionamentos, realize o que te faz feliz. Seja sair sozinho, ou com amigos, ficar sem compromisso.

Apenas faça, sem medo, sem receio.

Você vai ver como as coisas lhe satisfarão.