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História Doces situações - Menina mistério


Escrita por: Morticiaddams

Notas do Autor


Eu já tinha postando essa fanfic no wattpad, mas agora resolvi repostar aqui! Espero que gostem! Beijos!

Capítulo 1 - Menina mistério


Fanfic / Fanfiction Doces situações - Menina mistério

(N/A " Por que vens?
Trazer-me deste feitiço que me doí no peito.
Que fizeste? 
Que tanto me apavora a alma quanto te vejo? 
Porque tanto palpita meu coração que não controlo? 
Estava aqui em meu cantinho tão bem e vinheste pôr meu corpo em chamas.
Algo que não conhecia, que me doí alma, mas alegra meus olhos.")

A mulher mais nova estava onde sempre ficava ao término do almoço, debruçada sobre a porcelana do vaso sanitário. A morena estava despejando tudo oque havia ingerido minutos antes dentro do móvel sanitário, sentindo a dor aguda de seus longos dedos ao cortarem sua garganta e o vômito vir em seguida. 

"É o melhor a ser feito, é o melhor a ser feito. Miranda não gostaria de uma assistente gorda. Andrea era magra e Miranda gostava de Andrea"

As palavras eram repetidas como um mantra na mente da morena, talvez lá no fundo, bem no fundo da sua conturbada mente, ela soubesse que o que ela estava fazendo provocaria, sem dúvida alguma, algum dano em seu corpo. Mas a verdade era que ela não se importava com seu físico, a menina só queria agradar a chefe extremamente exigente, ela só queria mostrar a Miranda que ela era melhor que Andrea, que Emilly estava errada quando dizia repetida vezes

"você, nunca será melhor que Andrea" 

Aquilo doía, machucava muito mais do que a própria provocação do vômito, e com o passar do tempo, Amélia se viu em um ciclo vicioso em busca da atenção nem que fosse mínima, de Miranda. A mesma fazia de tudo, tudo para que as coisas fossem feitas com o máximo de competência. Mas sempre haveria a voz irritante de Emilly ao dizer
"Andrea fez tal coisa mais rapidamente, ela conseguio tudo o que Miranda queria" 

E Amélia não era perfeita, ela tentava mas, em certas circustâncias, nem sempre conseguia e... aquilo só dava mais oportunidades de Emilly encher sua cabeça com as costumeiras frases de deboche quando a sua competência.

Sentando-se desconfortávelmente sobre o chão frio do box em pedra de mármore, a morena esconta a cabeça na parede de mármore na latetal e respira fundo, sentindo o ar sair por suas narinas e sentindo uma espécie de alívio bom vindo do seu dolorido estômago, Amélia queria mesmo era gritar, chorar e soluçar, jogar as coisas no chão e agarrar Emilly pelo colarinho, e gritar barbaridades no seu rosto. Mas ela não faria isso, ela não desapontaria Miranda desse jeito, não perderia a compostura, não tão perto da editora. 

Então ela apertou o botão de esvaziar o vaso e voltou para a pia principal do banheiro em tons de ouro velho e branco, se encarando no enorme espelho frente a pia ela conseguiu notar as marcas abaixo dos olhos, a cor pálida em que estava seu rosto e o rímel borrado devido ao cílios molhados do recente choro. Abrindo a bolsa que havia deixando no canto da pia, ela rapidamente espalhou o corretivo pelo rosto e retocou o rímel, batom e blush para desfarçar sua cara pós vômito. 

Espalmando a calça de tecido branca e com grandes bolsos nas laterais, e puxando a barra da blusa negra com estampas florais em branco e preto, ajeitando seu rabo de cavalo e enrolando as mexinhas que sempre as deixa nas laterais. Seus olhos, apesar de vermelhos, estavam bem disfarçados pela heterocromia -doença genética que deixa os olhos com cores diferentes- fechando a bolsa e saindo do banheiro, a morena segue de volta ao escritório. Sentando-se na mesa novamente, colocando a bolsa no chão e digitando algumas teclas sobre o teclado do computador.

-está atrasada, da próxima vez eu vou descontar do seu horário do dia seguinte. Garota estúpida- A ruiva dispara levantando-se, segurando sua bolsa e seguindo para fora do escritório

-volto em 30 minutos, se Miranda pedir os catálogos das modelos, estão aqui... é só entregar a ela- ela termina, passando pela porta

A morena respirou fundo, contou mentalmente de um até três e voltou-se ao computador, digitanlizando a agenda da editora para o dia seguinte. 

Já fazia 1 ano que Amélia estava trabalhando em Runway, tecnicamente ela fazia a maior parte do trabalho "sujo" apesar de tudo, Amélia nunca foi encarregada de levar o livro e raramente entrava no escritório da editora, era sempre Emilly, ela basicamente não existia. 

Apesar de tudo, ela nunca deixou de admirar a mulher mais velha, seu jeito de tratar os assuntos da revista, seu amor e dedicação por Runway, ela gravava o jeito que seus olhos azuis céu se demoravam a ler as páginas do pilot da revista, que sua boca extremamente desenhada se curvava para soprar o café quente, o delicado jeito que sua testa se contraí quando ela está pensando em algo, suas longas passadas dentro do escritório. A menina sabia, pela expressão da mulher quando algo a agrada ou não. Miranda sempre fora um mistério para todos os seus funcionários e sócios, isso não era diferente para Amélia, mas diferente de todos, a menina nunca abrira sua boca para dizer algo ruim sobre a mais velha, nunca reclamou, resmungou ou nada parecido. Afinal, contrariando todos os padrões da lógica, a menina havia adquirido um forte e estranho sentimento pela mais velha. E mesmo que Miranda nunca tenha a notado, o sentimento crescia todos os dias.

-Emilly?- A voz conhecida e dura da mulher mais velha fez a morena levantar quase pulando da cadeira, pegando os catálogos na mesa de Emilly e abrindo sua agenda com a caneta. Respirando fundo e entrando na sala da editora.

-Eu chamei Emilly, ou você adquiriu problemas auditívos?- a mais velha disparou assim que viu a desajeitada menina entrar na sala

-Ela foi almoçar senhora, se a senhora desejar eu posso voltar e espera-la- sentindo a voz quebrar-se em sua garganta ardida

A resposta da mais velha foi um bico torto e um rolar de olhos.

Em seguida, estendendo a mão

-os catálogos- 

A morena logo correu até a mesa da mais velha e entregou os papéis na mão da mesma, sentindo os gélidos dedos da mulher contra os seus, soltando os papéis em seguida a mesma volta a sua posição habitual e aguarda a próxima ordem.

Após a saída "trágica?" De Andrea de Runway, Miranda demorou meses até finalmente aceitar uma nova assistente, prometendo a si mesma que dessa vez não manteria nenhum contato, direto ou indireto com a sub assistente, para não sofrer aborrecimentos futuros. Porém toda a sua promessa fora colocada em jogo pela garota que Emilly a enviou, uma menina que beirava os 25 anos, uma linda menina de cabelos negros, se fosse atriz, com  certeza seria a branca de neve em todos os filmes sobre tal princesa, sua pele é tão branca quanto neve, Miranda nunca havia visto tal cor de pele antes, sua vinda do sul deve ter sido o motivo, a editora costumava se perguntar se todo mundo no sul tem  pele tão branca, e olhos de cores diferentes também. Os enormes olhos da menina tinham cores diferentes, o esquerdo é verde e o direito azul, como em uma pintura exposta em algum museu, a mais velha sempre se demora em analisar tamanha beleza exótica a dos olhos da menina, sem que a mesma perceba é claro, afinal, oque a mesma pensaria dela? Que era interressada nela? Que gostava de seus olhos?. Claro que não, Miranda não permitiria tal pensamento petulante rondando a mente da mais nova. A menina era eficiente, nunca falava nada mais do que o lhe perguntado e isso, bem isso incomodava Miranda, a mesma queria possuir o poder de lher a mente da morena, de saber oque se passa em sua mente quando a mesma perde-se em observar a chefe. 

Ela nunca fica entre os grupinhos do escritório, chega na hora marcada, nunca comenta nada com ninguém e sempre usa de educação com todos. Seu temperamento distante só é posto de lado quando Miranda entra no andar, e a mais velha também já percebeu isso... o sorriso sereno que a mesma esboça ao ver a chefe dar suas longas pisadas sobre o corredor. O sorriso que por Miranda nunca retribuído, estava sempre lá, em nenhum dia a menina deixou de sorrir ao ver Miranda. A editora não podia negar, amava ver os lábios vermelhos se curvarem e darem espaços a lindos e alinhados dentes brancos. 

Miranda achava a menina linda, uma obra de arte exuberante, Miranda também sempre odiou o jeito que sentia seu coração acerelar quando sentia os olhos pesados da menina sobre si, Miranda gostava do som raro da sua risada quando Nigel -o único que possuí contato mais direto com ela- fazia alguma piada infame sobre algo, ou da forma graciosa que ela educadamente mantinha respeito sobre a presença da mais velha. 

Milhares de vezes Miranda se pegou pensando em como gostaria de sentir o perfume adocicado da menina de perto, de sentir o gosto dos seus lábios vermelhos, ou de tocar a sua pele que parecia tão macia. A editora sonhara em ter as mãos brancas e inquietas da menina em seu corpo, segurando sua cintura ou acariciando seu rosto. 
"Acalme-se Miranda, é apenas mais uma crise de meia idade como dizem por aí"  

Miranda gostava da menina, gostava tanto que preferiu nunca ter nenhum tipo de contato com a mesma, por isso nunca a deixava entregar o livro ou assumir o cargo de secretária chef. 

-isso é tudo- sacudindo a cabeça, como livrando-se de tais pensamentos a mesma dispensa a morena, que saí da sala graciosamente defilando seu belo quadril.


Notas Finais


Bom como primeiro capítulo as coisas ainda estão bem chatinhas não? Djdjjdjdjjdjd
Prometo que as coisas vão esquentar!! Até a próxima


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