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História Doces situações - Situações complicadas


Escrita por: Morticiaddams

Notas do Autor


Enjoy

Capítulo 6 - Situações complicadas


(N/A " Porque calando nem sempre quer dizer que concordamos com oque ouvimos ou lemos, mas estamos dando a outrem a chance de pensar, refletir, saber oque falou ou escreveu." )

26/02/16:

O livro estava demorando um pouco mais a sair hoje, e Amélia estava sem paciência, Miranda estava o diabo hoje, latiu ordens o dia todo e fez Emilly e Amélia correrem por toda NY. Ela estava novamente escutando sua música alta em seus fones brancos, quando a redatora chegou com o livro finalmente pronto. Pedindo desculpas e alegando que semana que vem a revista estaria nas bancas e Miranda, não suportaria erros aquela altura. 
Amélia sorriu, disse que entendia e logo adentrou o elevador, assim que a morena saiu do prédio, ela foi atingida por um vento tão frio, que quase congelou seus olhos.

Entrando rapidamente em um táxi e aquecendo seus braços arrepiados, colocando seu sobre tudo preto de botões e enfiando seus fones novamente. Já era um ritual, Amélia colocar os fones no volume máximo quando entrava na casa de Miranda, assim, se estivesse acontecendo algo lá, ela não escutaria nem saberia de exatamente nada. 

Ao chegar na frente da casa de Miranda, Amélia fez como sempre, pagou o motorista e subiu os degraus da pequena escada e colocou a chave na maçaneta, abrindo a porta, colocou o livro na mesa com flores e as roupas limpas no closet. 

Ela estava abrindo a porta, quando um barulho na escada quase a deixou surda, tirando os fones e focando os olhos na escada, ela quase não acreditou nós seus próprios olhos.

O rapaz moreno, estava segurando Miranda pelos pulsos, a mesma que estava caída em um dos degraus da escada, o mesmo forçava a editora a levantar, gritava "levante" rudemente, e balançava o corpo da editora. 

Amélia estava ciente de que aquilo havia passado dos limites, que ela precisava fazer alguma coisa, mas oque ela faria? O homem era duas vezes o seu tamanho, fora que ela nunca fora boa de luta. A mesma olhou em volta, em busca de algo que pudesse ajuda-la naquela situação, até que finalmente viu seu ponto de salvação. 

Correu até a mesinha de centro e pegou o vaso florido que estava no centro na mesma, segurando o mesmo com a mão direita, Amélia não pensou duas vezes, lançou o mesmo na nuca do rapaz. 

O mesmo praguejou de dor, colocou a mão na nuca e desceus os degraus cambaleando.

-o que você está fazendo sua putinha desgraçada?- bravejou o moreno, se colocando a frente da sub assistente, Amélia sentiu seu sangue ferver e seus olhos arderem

-o que você? Pensa que esta fazendo seu idiota?!- ela exclamou de volta, dando um passo a frente e aproveitando sua subta coragem repentina

-fique fora disso criança, faça como todas as vezes e dê meia volta, vá para casa e deixe os adultos cuidarem disso- terminou o moreno, erguendo as sobrancelhas

Amélia não pensou, apenas desferiu um tapa na cara do rapaz, em seguida puxando o celular da bolsa.

-sim sim, isso mesmo, ele é alto, moreno, está de calça jeans escura e camisa social branca, sim, ele me agredio, sim eu quero manter a queixa- fingiu rapidamente ter acionado a policia

O homem alto, não esperou nada a contestar, abriu a porta e saiu por ela a batendo com violência. Xingando Amélia de todos os nomes existentes ou não no dicionário. Enfiando o celular na bolsa de volta, a mulher colocou a mão no peito, trancou a porta e só então lembrou do real motivo para estar ali; Miranda.

Subindo as escadas correndo a morena pôde finalmente encontrar a editora, sentada no quinto ou sexto degrau, com a mão espalmada no peito, lábios roxos. 

-Senhora, senhora, o que? O que?... céus é uma crise de asma- concluio Amélia, olhando os lábios da editora. 

A mesma logo revirou sua bolsa, despejando todo o conteúdo da mesma ao seu lado na escada, para então achar sua bombinha e posicionar nós lábios da mais velha, apertando repetidas vezes. Até sentir a respiração da mesma normalizar, Miranda tinha a mão direita por cima da mão de Amélia na bombinha de asma.

Amélia se sentou um degrau abaixo de Miranda, olhando fixamente para o chão, com a respiração acelerada, a adrenalina ainda corria por suas veia e queimava.

-a senhora consegue respirar normalmente?- perguntou suavemente a morena, fazendo Miranda a encarar com os olhos precionados.

Silêncio.

Miranda acenou que sim.

-a senhora consegue andar?- questionou novamente a mais nova

Silêncio.

Miranda acenou que sim novamente. 

Amélia passou as mãos pelos cabelos.

-A senhora está tremendo- afirmou a mais nova, olhando para as mãos de Miranda, uma de cada lado do corpo.

A editora tinha o vestido rasgado na lateral, revelando uma pequena parte do sutiã branco rendado, sua boca estava cortada, sua mão aranhada e seu joelho ralado, os cabelos bagunçados, o peito subia e descia rapidamente. Os seus olhos perderam a cor.

-eu vou buscar um copo de água- anunciou Amélia, se preparando para levantar. Porém fora impedida, pela mão gelada da editora, Miranda segurou a mão de Amélia com força, fazendo a menina voltar a seu lugar, porém Miranda, não largou sua mão.

"Não me deixe sozinha" as palavras gritavam a garganta da editora, porém Miranda não era boa com palavras, então a mais velha apenas segurou a mão da menor. Os olhos de Amélia brilhavam de tanta surpresa, a mão de Miranda estava em seu colo, a pele branca, as unhas bem feitas pintadas de branco renda, o anel fino colocado no dedo médio, as veias aparentes e o tremor evidente. Amélia mantinha os olhos fixos na mão da editora junto a sua, havia adquirido um recém interresse naquela parte do corpo da mais velha.

"O que diabos você está fazendo menina?"  

Os olhos de Miranda estavam a analisar a menina sentada a centímentros dela. O olhar fixo, a expressão calma, a respiração se normalizando, os lábios entre abertos e os cabelos que antes estavam presos em um rabo de cavalo agora estava caindo pelo rosto pálido da mais nova.

Instantes depois, Amélia colocou a outra mãos sobre a da chefe, olhando nós olhos da mais velha e curvando o canto dos lábios.

-agora eu vou pegar um copo de água, eu volto em um minuto- confessou a menina, colocando a mão da editora de volta no colo da mesma

A sulista se levantou, descendo as escadas correndo e adentrando na cozinha trabalhada, quase do tamanho da sala da morena. A mesma abriu a geladeira e tirou dois copos do ármario, colocando água gelada em um deles e leite gelado em outro. Fechando a geladeira e voltando para a escada, entregando primeiro o copo de água a de cabelos brancos. 

Miranda olhou para o copo, para o rosto da mais nova e por fim, pegou o copo, dando dois goles grandes e o deixando ao seu lado na escada.

-leite vai ajudar com o tremor, experiência própria- ofereceu Amélia, arquendo a sobrancelha esquerda. Miranda engoliu a seco, pegou o copo e deu pequelos goles, bebendo metade do leite e o deixando como os outros, ao seu lado na escada.

Então Amélia organizou todos os seus perteces dentro da bolsa e a fechou.

-isso é tudo Amélia, você está dispensada- Miranda forçou a voz séria. Evitando olhar para a mais velha.

Amélia juntou as sobrancelhas. 

-sim senhora- respondeu normalmente.

-mas eu sinto muito em informa-la que não irei sair daqui enquanto garantir que a senhora está 100% bem- concliu a mais nova, deixando Miranda surpresa. 

Porém a editora nada disse.

Amélia buscou o olhar da editora, sentia em seu âmago profunda tristeza, ela sabia que Miranda estava machucada, não só fisicamente. Mas psicologicamente e pior, internamente. Mesmo tenho a completa certeza de que a editora sairia daquela dando a volta por cima, superando tudo aquilo com um piscar de olho. A mais nova insistia na pergunta "porque?" Porque Miranda deixou tudo aquilo acontecer, tudo aquilo passar dos maiores limites. Aquela não era a Miranda que Amélia conhecia.

A morena ergueu-se, estendendo ambas as mãos para a chefe, que enclinou a cabeça para o lado, em busca de alguma expressão no rosto da mais nova

"Porque você ainda está aqui criança? não deixe que meus problemas de velha afetem sua noite" Pensava Miranda, analisando as mãos da menina

-a senhora não pode ficar mais tempo no chão, Miranda você precisa deitar e- ela completou arqueando as sobrancelhas

-e a menos que a senhora prefira que eu lhe pegue no colo, oque seria muito desconfortável, terá que me ajudar- as palavras sérias e duras da menina quase fizeram Miranda sorrir, era engraçado ver palavras tão sérias saindo de uma boca tão meiga.

Apesar de surpresa, Miranda gostava ainda mais desta Amélia ousada e protetora, mesmo que fosse só por aquela noite. Miranda estava feliz de não estar sozinha. 

E estava ainda mais feliz por ser Amélia a sua companhia.

A editora então respirou fundo, sentindo um grande desconforto na altura da cintura, levantou e se apoiou na mão direita da mais nova, Amélia prontamente se colocou ao lado esquerdo da mulher, passando a mão direita pela cintura da mais velha e usando a esquerda para segurar a mão da mesma. E assim, elas subiram as escadas, dando em um corredor repleto de quartos.

-primeira porta a esquerda- sussurrou Miranda, sentindo o desconforto se transformar em dor

Amélia logo abriu a porta do enorme cômodo moderno, entrando com Miranda e a deixando sentada na cama. A menina fechou a porta e se incostou a mesma, passando a mãos pelos cabelos e fazendo um coque. 

-eu vou pegar o kit de primeiro socorros- anunciu entrando no banheiro do quarto, quando voltou, se deparou com a editora tentando se encostar na cama. 

A sulista então pegou os dois travisseiros e os colocou nas costas da mulher mais velha, assim, a editora pode relaxar as costas. Amélia se sentou na ponta da cama, limpando o joelho ralado da mulher, colocando uma gaze e um esparadrapo, após limpa-lo. 

-as mãos doem?- questinou a morena, procurando os olhos da mais velha. 

Miranda a encarou, a editora ficou em silêncio por longos e arrastados segundos.

E negou com a cabeça.

-sente dor no quadril?- questinou novamente, a menina não entendia o empenho de Miranda em camuflar tudo oque sentia.

Miranda negou com a cabeça novamente.

-a senhora está sentindo dor em algum lugar?- desta vez a paciência da morena já estava por um fio, as sobrancelhas da mais noca estavam juntas e seu semblante era calmo.

Miranda respirou fundo, parecia impaciente.

-se a senhora não me disser onde está doendo, eu não poderia ajudar, e quando mais tempo eu tentar desvendar onde doí, mas tempo eu ficarei aqui. E não forá a senhora que me expulsou a minutos atrás?- Amélia deu de ombros

Miranda estava supresa, pela enésima vez naquela noite. 

"Você é mesmo uma caixinha de surpresas menina" 

A editora cruzou as mãos no colo.

-as mãos ardem um pouco, meu quadril está bem Amélia. Isso é tudo- respondeu a altura, mordendo o interior da boca.

Amélia poderia revirar os olhos, mas resolveu manter a compostura e não incomodar mais ainda a mais velha.Passando antibiótico em ambas as mãos da editora, passando o algodão e limpando em seguida.

Após jogar o material descartável no lixo, a mais nova guardou o kit e fechou a porta do banheiro.

-a senhora precisa de ajuda para se trocar?- as bochechas da menina branca ficaram da cor do sangue fresco. E Miranda a olhou como se ela tivesse adquirido um chife no meio da testa.

-okay, então eu vou descer e fazer alguma coisa para a senhora comer. E em seguida, vou para casa- terminou a sulista, descendo as escadas.

Miranda estava sozinha, novamente, em seu enorme quarto. A ficha de tudo ainda não havia caído. Ela fora atacada, sofreu uma crise de asma e foi salva pela sua sub assistente, com quem não queria manter nenhum tipo de contato. As situações estavam realmente conspirando para enfiar Amélia dentro da cabeça de Miranda, oque não precisava de muita ajuda, já que Miranda perdia preciosos minutos analisando a menina de sua sala.

Porém a editora estava ainda mais duvidosa da atitude da menina, se meter em uma briga, dar um tapa em um homem com o dobro de sei tamanho, dar o seu rémedio de asma e estar aqui, cuidado de sua chefe sem coração e quem praticamente a escurraça todos os dias? Miranda admitia que sempre fora uma verdadeira "puta" em relação a Amélia, não em termos de trabalho, mas a mais velha fazia questão de ignorar, magoar e dar esperançar para logo depois tira-las da menina. Quase como uma tortura.

Miranda nunca esperava essa atitude da menina, ela nunca sabia qual seria a reação da menina e ela tinha medo do que viria a seguir. 

Apenas alguns minutos depois, AméIia adentrou o quarto novamente, batendo antes é claro. Arregalando os olhos ao ver Miranda vestida com trajes de dormir. A editora já tinha uma certa idade, mas isso não a deixava menos atraente para Amélia, pelo contrário, a sulista tinha espécie de tara compulsiva pelas pernas da chefe. 

Colocando a bandeja no canto da cama, a morena tirou um analgésico da bolsa, entregou a Miranda junto com um copo de água.

-vai ajudar com a dor, e com o sono- comentou enquanto a mais velha ingeria o comprimido seguido de um gole do copo

A camisola de Miranda era branca, com mangas até o pulso, decote V, rendada por inteira, deixando ombros e decotes amostra. Amélia estava tentando, vêemente não dar uma espidinha naquele belo decote, ela se sentia uma completa pervertida por estar se aproveitando daquela situação para espiar os seios -embora muito bonitos- da mais velha.

-bom, eu fiz uma torradas e trouxe geléia, trouxe chá e café, e frutas. Coma e descanse, amanhã a senhora já estará melhor...- completou a menina, pegando sua bolsa e enfiando o frasco de remédios dentro da mesma

-isso é tudo Amélia- terminou Miranda, dura e fria. 

Amélia acenou que sim, e saiu fechando a porta.

"Diga obrigado, peça para ela ficar, conte que gosta de sua companhia, de suas mãos quentes, seu cheiro doce, seus olhos... diga que a quer por perto, não seja tão idiota novamente Miranda" 

Miranda esperou a porta bater, para finalmente colocar as mãos no rosto, na testa, e encostar-se totalmente nos travisseiros.

Enquanto que Amélia, estava em um conflito interno, na frente da casa da chefe exigênte, ela estava tentando decidir oque faria. Se ia embora e cumpria as ordens de Miranda, ou ficava e garantia que ela ficaria bem. Porém, correndo o sério risco de ser demitida. 

Colocando as mãos na nuca, a mais nova logo sentiu uma desconfortável dor na mão direita, parando para analisar a mesma ela pode constatar que alguns fragmentos do vaso estavam presos a sua carne, provocando alguns cortes rasos. A sulista apenas usou a barra da camisa para tirar os caquinhos de vidro e estancar a própria mão. 

Se sentando no primeiro degrau de cima para baixo, se encostando na parede e deixando sua bolsa ao seu lado. Com as costas da mão na testa e sentindo que dali, ela iria direto para o olho da rua. 

"Certo, ela pode me demitir, mas não vou deixar aquela criatura asquerosa erguer a mão para ela novamente. Ela querendo ou não"

 



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