– Estou louca para chegar em casa e tirar esse seu vestido. Você ficou muito sexy com ele. As pessoas daqui devem estar morrendo de inveja de você. – Camila diz passando a mão discretamente nas minhas coxas.
– Comporte-se, amor! Tem muita criança por aqui. Em casa eu te dou um trato, aguarde.
– Criança? Onde? Só estou vendo você aqui, ninguém mais – fala em tom de brincadeira e acho tão bonitinho que tasco um beijinho nela.
Estamos na festa de quinze anos da filha de uma amiga da família dela. Um luxo de festa. E estou de vestido vermelho e ela de preto, falava que eu estava sexy, porém esqueceu-se de olhar-se no espelho.
– A minha vontade é de tirar esse seu vestido com a boca, depois ir beijando cada sinalzinho do seu corpo. Quando eu chegar nessa sua bocetinha gostosa, vou meter a minha língua nela e vou chupar o seu grelinho tão lentamente até que você na minha boca – Camila diz no meu ouvido e o meu líquido escorrer por entre as minhas coxas. Estou sem calcinha.
– E eu vou retribuir colocando o seu pau dentro da minha boca gulosa. Vou deslizar a boca molhada para cima e para baixo. Circular a língua bem na cabecinha dele e te fazer ficar louca. Sugar com vontade, até o seu leitinho quente me fartar, vou engolir tudo até te deixar bem limpinha.
– A minha gatinha quer leitinho quente? – pergunta rindo e disfarçadamente passo a mão por seu vestido e sinto a sua ereção.
– A sua gatinha quer. – respondo, sentindo-a crescer na minha mão que resolveu estacionar em cima de sua ereção.
– Ainda bem que a mesa está fazendo uma barreira aqui. Senão eu estaria chamando muita atenção, já que nem meu short de compreensão está segurando minha ereção.
– Verdade, amor. Melhor que não vejam o que é só meu, porque senão vai ter um monte de gente morrendo de inveja de mim.
– Estava mais preocupada em ser presa por atentado violento ao pudor. – Ela ri e me faz rir também.
– Com licença. Boa noite, Camila. – uma loura magra e sem sal a cumprimenta. Ela está visivelmente perturbada com a visão de nós duas.
Acho muito estranho o comportamento da loira. Porém, depois de dois anos juntas, sei muito bem que a minha esposa só tem olhos para mim e não me abalo com essa top model babando diante dela.
– Boa noite, Hailey. Como vai? – ela a cumprimenta com um gesto de cabeça e a mesma se detém, desiste de se aproximar de nós.
– Eu vou bem. E você? – ela pergunta com a voz vacilante.
– Estou ótimo. Deixe-me apresentá-la a minha esposa, Lauren. Lauren essa é uma amiga, Hailey.
Antes que eu possa expressar qualquer palavra, o Noah surge ao lado da tal Hailey e segura a mão dela. Ele nos olha impressionado, curioso e meio desconfortável.
– Lauren e Camila, esse aqui é o Noah, meu noivo – ela faz a apresentação e olha desconfiada para Noah.
– Oi, Lauren. Que bom revê-la. Muito prazer, Camila – Noah nos cumprimenta um tanto contrariado.
– Olá, Noah. E muito prazer, Hailey – saúdo-os também achando a situação engraçada.
– Muito prazer, Noah – Camila diz com um sorriso educado nos lábios.
– Precisamos ir, Hailey. Estou com uma dor de cabeça daquelas – Noah diz e no mesmo instante começa a se despedir. Despedimo-nos. Eles saem, e Hailey vira a cabeça para olhar a Camila.
– Nossa, que coincidência! Você é amiga da noiva do meu ex-namorado – falo pensativa.
– Uma enorme coincidência, porque você é ex-namorada do noivo da minha ex-namorada – diz, ri e fica abismada.
– Essa Hailey é sua ex namorada?
– Sim. Namoramos alguns meses e ela me perseguiu por um bom tempo. Ela já namorava o tal Noah e continuava me procurando. Mesmo quando você foi morar comigo, ela ainda me incomodava.
– E quando foi que ela deixou de te aborrecer? – pergunto, curiosa.
– Quando eu disse que me casaria com você.
– Ué, você acabou de dizer que ela continuou te incomodando mesmo quando soube que estávamos morando juntas. Então, não entendi.
– Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. – ela ri alto. – Só disse isso pra ela há uma semana. E não tinha dito nada ainda pra você porque as nossas alianças só ficaram prontas hoje pela manhã.
– Claro. Como é que eu vou te pedir em casamento sem uma aliança pra colocar no seu dedo? Pensei em fazer o pedido depois da chupada que você me prometeu, mas devido às circunstancias, vou fazer isso agora mesmo.
– Não estou acreditando nisso! – os meus olhos ficam úmidos.
– Vamos fazer isso sem frescura. Dá aqui a sua mãozinha linda – estendo a mão e ela coloca a aliança em meu dedo, na mão esquerda, então me entrega a outra aliança e eu coloco no dedo dela.
– São lindas, meu amor!
– Pronto, estamos casadas! Agora só falta a gente marcar uma data no cartório e ir lá formalizar o casamento. Depois a gente convida todo mundo pra jantar e comemorar. Que tal?
– Adorei! Você sempre foi minha e eu sempre fui sua. Um pedaço de papel não é importante pra mim, mas vou ficar muito feliz em registrar a nossa união. Quero ter o seu sobrenome.
– Resolvido, então. Vamos ao cartório na segunda feira pra começar a agilizar as coisas. Gosto da ideia de que use o meu sobrenome – Camila diz e me abraça. Coloca a boca no meu ouvindo e mete a língua dentro dele. Fico arrepiada.
– Vamos pra casa comemorar? – sugiro.
– Agora mesmo, meu amor. E acho que podemos começar comemorando no estacionamento, no carro, depois no elevador....
– Faminta?
– Faminta e sedenta. – responde, nós nos levantamos e vamos embora.
E penso que Nietzsche sempre esteve certo. Completamente certo.
“Há sempre alguma loucura no amor. Mas a sempre um pouco de razão na loucura”.
FIM
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