Meu celular era um caco mas pelo menos tinha música. Coloquei um funkzao bem alto e comecei a rebolar sozinho em meu escritório, subia na cadeira vez ou outra e metia um sarradao no ar. Só de zoas.
A música começou a travar como se fosse um disco arranhado enquanto eu fazia um quadradinho de quatro, e fui obrigado a chutar aquela merda longe, acabando de vez com o meu celular.
Meu filho estava lá...
Deixaria para chorar mais tarde, mas eu teria mais um paciente naquele dia. E eu estava muito triste, meu Eu do céu! Matei meu filho dentro daquele caco. Eu precisava recuperar o Pou de volta.
Park Chanyeol entrou na minha sala, reprimindo um sorriso nos lábios.
E nossa! Eu estava tão carente e chateado por ter matado meu neném, que rapidamente eu me levantei e dei um abraço naquele serumaninho que lembrava um Pou humano de orelhas grandes.
- O que está havendo? - ele perguntou rindo e retribuiu ao meu abraço. A voz grossa não combinava com a aparência de bebê, mas meu Pou tinha uma voz de porta velha rangendo em lugar vazio, então...
Aff, eu odeio ficar "naqueles dias".
- Eu não quero saber do seus problemas, só fique aqui comigo, tá bom? - perguntei o mais calmo que eu podia e ele pareceu confuso mas apenas concordou.
O carreguei pela mãozinha - mãozona... Grandes mãos- até uma das poltronas e o deixei sentado lá. Seria meu novo Pou já que eu havia matado o meu. Chorei.
- Se estiver com frio, papai te dá um cobertor para cobrir suas orelhas. - ele riu.
- Eu sou mais velho que você, doutor Oh.
- Foda-se a lógica. Agora cale a sua boca e me deixe trabalhar.
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