História Doentio?É Só amor: Segunda temporada - A história se repete

“Minha mãe contou algumas histórias sobre meu pai. Ele era uma boa pessoa, porém tinha uma irmã muito cruel. Não consigo imaginar ter uma tia como ela... Minha mãe me contou que precisou ser bem severa com ela e nunca mais a viu. Sempre imaginei ter um amor que nem o dela. Ela me contou que ele faleceu um mês depois do meu nascimento, fico triste por não ter o conhecido, gostaria ter brincado com meu pai. Porém algo aconteceu, fui transferida da minha escola religiosa para um normal mesmo, e a melhor parte tem um garoto no grêmio estudantil com o nome de Nathaniel. Vou poder viver o mesmo que minha mãe! Estou tão feliz!!!”

Terminando de escrever no seu diário, a garota arruma sua mochila e seu uniforme. Se sentou em frente de sua penteadeira, sempre estranhou o por que ela tinha cabelos negros e sua mãe brancos e seu pai loiros. Madoka sempre afirmava que ela tinha aparência de sua vó, porém os olhos eram da mesma cor de sua mãe. Ao pegar suas coisas, ela se despede da foto de Nathaniel. Descendo as escadas, Madoka estava fazendo para sua filha, ela se senta na mesa e começa tomar a café.

-Então me conte mais sobre o tal garoto da escola. *Madoka estava colocando alguns sanduiches na lancheira dela*

-Ele é incrível mãe. Igualzinho ao papai. *sorria ao comer os salgadinhos*

-Isso é ótimo, filha. Fico feliz que encontrou alguém para você. Mas tome cuidado. Garotos como ele devem ter umas admiradoras. *passava a mão na cabeça dela*

-Tudo bem mamãe. Vou ficar de olho. *tomava um gole do suco que madoka mal tinha deixado em cima da mesa*

-Que bom. Vá escovar seus dentes e ir logo para escola. *recolhendo a louça em cima da mesa*

-Estou indo, mamãe.

Alguns minutos se passaram e Kotonoha volta para a cozinha pegando suas coisas, se despede de Madoka e se retira de casa. Madoka termina de lavar a louça, pegando um copo de agua, caminha até a sala e se senta no sofá e sorri para frente.

-Minha mente está cada vez mais perdida. *tomando um gole do copo*

-Pode ser, querida sobrinha. * na sua frente aparece sua tia com a mesma aparência dela quando madoka era nova*

-Ela é maravilhosa, tia. Está seguindo os mesmos caminhos que eu. *batia a mão no peito*

-Você a criou assim, Madoka. E também ela já veio com um bom “histórico”. *ela a observava seriamente para Madoka*

-Ela-a apenas empurrou algumas coleguinhas. Ela admitiu que foi sem querer. *passava a mão no cabelo, parecia um pouco desesperada*

-Ela quebrou o braço da garota e não pareceu ser arrependida.

-Do que você está falando? Agora quer me repreender? Passamos nossas vidas fazendo o mesmo pelos homens que amávamos! *batia o copo na mesinha em frente ao sofá*

-Talvez sua mente esteja fazendo uma imagem de mim para de impedir mais caos. Você sabe que precisa parar. Raptou uma criança que não é sua para aliviar sua perda, a garota tem um histórico pior que o seu quando criança. Interna ela, Madoka e conte a verdade para a garota.

-CHEGA CHEGA! NÃO QUERO MAIS OUVIR! *ela segura a almofada cobrindo seu rosto*

Depois de alguns minutos, ela descobre o rosto e percebe que a imagem de sua tia some. Desesperada ela corre para cozinha, abrindo o balcão, pega uma caixa cheia de calmantes, acaba tomando dois. Ela se escora na parede e senta no chão apoiando as duas mãos na cabeça.

-Cada vez mais... minha cabeça doí... eu imagino coisas... mas acredito na minha filha. ELA É MINHA FILHA! Minha e do Nathaniel. Ele concorda comigo... Ela irá corrigir todos os meus erros.

Depois da perda de Nathaniel, Madoka teve a triste notícia que sua tia tinha acabado de falecer. Isso abalou com ela. Alguns médicos queriam interna-la já que seu estado era crítico, fazendo ela fugir da cidade. Alguns anos se passaram, sua filha cresceu e tudo mudou.  Todos os dias, ela recebia reclamações da garota, começando com simples puxões no cabelo, arranhões, para virar empurrões, cortes. Numa dessas, as freiras tinham contratado um psiquiatra, e ao ver Kotonoha recomendou que ela precisava de remédios e ser observada. Não querendo que sua filha passasse por aquilo, as duas fugiram tentando recomeçar uma nova vida.

Não tinha como ajudar Madoka, ela já estava com a mente muito perturbada. Porém, sua filha poderia ser diferente. Ela agora decide se quer seguir o mesmo destino de sua mãe ou não.

Porém, Kotonoha parecia ser mais cruel que Madoka. De alguma forma, a garota era mais fria, seus métodos de silenciar aqueles que ela machucava eram mais cruel, Madoka eliminava suas vítimas, Kotonoha gostava de torturar, e relatava em desenhos ou no seu diário.  Cruel, manipuladora, todas as características ruins estavam nela. Sua filha era um perigo maior do que ela.