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História Does your mother know? - Crianças deviam ir pra cama cedo


Escrita por: pandani

Notas do Autor


Olá, pessoas!

Como cês estão? Espero que melhor que eu que o fim do semestre tá sugando todas as minhas energias e
Mas tive que tirar um tempinho pra escrever essa drabblezinha que prometi, porque em tempos difíceis todos precisamos de incentivo né non? Karlinha, eis aqui sua SeBaek. Não ficou lá essas coisas né, mas espero que goste ♥

Ps.: Vamos todos ignorar a capa. Eu não sei fazer capa. Eu não sou ninguém sem minha capista orz (depois a gente resolve isso ok? ok.)

Capítulo 1 - Crianças deviam ir pra cama cedo


Era uma dessas noites em que a casa estava cheia. Tão cheia, que nem o potente sistema de refrigeração fazia efeito rápido o suficiente. Ninguém se importava. A pista era uma confusão de corpos suados se contorcendo em movimentos pra lá de embriagados àquela altura da noite. Uma gotinha a mais, uma a menos, sua ou do cara ao lado que estava tão próximo que poderiam estar dançando juntos, mesmo que não estivessem. Ninguém se importava em nada.

As luzes coloridas se moviam sobre a multidão e a fumaça que as acompanhava em sincronia com a batida agitada finalizavam o entorpecimento dos sentidos que as bebidas coloridas e as cervejas que deixavam sem parar o balcão logo à direita já haviam se encarregado de iniciar. Àquela altura, ninguém se importava mais com nada. Nem mesmo com o DJ, que de seu mezanino trocava mais uma vez o ritmo da sequência de músicas, fazendo todos pularem ao reconhecerem a música nostálgica em um remix carregado.

Ninguém se importou quando ele, contra as regras habituais, acendeu um cigarro, deixando-o pender dos lábios após a primeira tragada e posicionando novamente um lado do headphone sobre o ouvido, preparando mais uma transição quase imperceptível para a próxima faixa. O suor escorria por seu pescoço e as gotinhas salgadas seguiram livres pelas curvas aquareladas da tatuagem que descia por ali até se esconder sob a gola da camiseta branca quando ele prendeu os cabelos escuros no topo da cabeça, logo voltando a adicionar alguns efeitos à música. De tudo em sua vida, esse era dos momentos que mais gostava. Quando ele estava ali, bem visível na frente de tanta gente sendo levada pelas suas músicas — porque aquelas eram, sim, suas músicas — e, ainda assim, passando despercebido a ponto de poder se perder em seu próprio mundo. Não era seu sonho nem nada, mas agora, aos 30 anos, ele era realmente grato a todas as coisas que deram errado até que ele chegasse ali.

Entre uma tragada e outra, um gole da cerveja que Jongin havia deixado por ali antes de voltar de sua fugidinha habitual para seu posto de segurança, Baekhyun sentiu aquele toque conhecido em sua cintura e riu. Fazia tempo aquilo nem lhe assustava mais. Deu uma olhadela sobre os ombros só pra confirmar, mas não teria como ser qualquer outro.

Sehun estava sempre com ares de vitória por convencer Jongin a deixá-lo subir, como se não fosse Baekhyun mesmo quem tivesse permitido seu passe livre. Aquele sorriso convencido estava ali novamente e o mais velho deixou que ele se aproximasse o suficiente para passar a ponta do nariz sobre a tatuagem aparente, lhe causando um arrepiozinho gostoso, antes de beijar algum ponto atrás de sua orelha e soprar ali aquele olá arrastado que lhe era costumeiro. Baekhyun selecionou algumas faixas pré-determinadas e soltou por fim o fone sobre a pick up antes de se virar lentamente.

— Você não devia estar dormindo?

— Até quando você vai fingir que não quer me foder?

Baekhyun riu alto, soprando o restante da fumaça do cigarro quase no fim na cara do mais novo.

— Agora você admite que eu nunca deixaria você me foder, bebê?

Sehun o puxou mais para perto com uma brutalidade desnecessária, o que só fez Baekhyun rir novamente, desviando dos lábios que se limitaram a morder de leve seu pescoço.

— Qualquer chance pra te fazer esquecer essa coisa de bebê já tá valendo a essa altura.

Eles já estavam nessa há muito tempo.

Baekhyun já era o DJ principal daquela boate havia uns bons três meses e não havia muito que realmente lhe chamasse a atenção por ali. Não é como se nunca tivesse arrumado umas fodinhas de fim de noite, quando ainda se sentia disposto depois das horas de trabalho, mas não era como se tivesse muito mais que isso. E nunca havia conhecido alguém tão insistente como aquele garoto, que apareceu daquela vez com um grupinho de amigos já animadinhos demais que o empurravam para lá e para cá, para o bar ou para cima de alguém, todo o tempo. Ele não parecia muito animado de estar por ali e Baekhyun não precisou de muito para perceber que, com certeza, aquela era a primeira vez que estava em um lugar como aquele. Ele era alto. Alto e bonito demais, mas Baekhyun conhecia pessoas e nada no mundo o faria tirar da cabeça que se ele tinha dezoito era muito. E estava certo.

Mas Sehun estava muito alheio a tudo até que seus olhos seguiram para a escada, por onde Baekhyun descia em sua pausa em busca de algo para beber. E Baekhyun sabia que aquilo era uma furada sem tamanho! Mas o garoto tinha uns olhos meio hipnotizantes e um sorriso injustamente bonito, então ele pensou que só uns beijinhos não fariam mal a ninguém. O problema é que Sehun decidiu que só aquilo não era o suficiente.

Eles sempre acabavam se afastando para a escada e Sehun sempre acabava o imprensando contra o corrimão. Os lábios de Baekhyun sempre acabavam deslizando pelos seus, travessos, impedindo que ele avançasse com os beijos a cada tentativa. Por fim, Baekhyun cederia à língua de Sehun na sua e uma mão boba aqui, outra ali, apenas porque seria muita maldade deixá-lo sair dali sem nada, é claro.

— Já tá na hora de voltar pra casa, criança. — Baekhyun empurrou o mais novo com a mão em seu peito, finalizando o beijo com um som estalado e uma risada por seu suspiro frustrado. — Sua mãe sabe que você saiu?

— Vai se foder, Baekhyun!

— Desistiu da sua chance, bebê?

Baekhyun sabia que já devia ter terminado com aquilo faz tempo, mas, pensando bem, de tudo em sua vida, provocar Sehun era mesmo dos momentos que mais gostava.


Notas Finais


Obrigada por ler ♥


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