Lucas do outro lado da rua acenava na minha direção. Caminhei até ele e percebi uma marca roxa em seu braço, ele escondeu em seguida , insinua que é para não me preocupar.
- Quem era aquele?
- estava me observando?
Ele sorri sínicamente balançando a cabeça como quem não gostou do acontecido.
- Chegando de madrugada em casa, o que aconteceu com você?- Como se ele soubesse a diferença de suas noites na boate.
- Lucas você está indo pra uma boate nesse exato momento acha que tem direito de falar de mim?
Ele me estranha e se afasta no momento em que um Fiat para do nosso lado com o volume no talo, espalhando uma moda eletrônica, assumo eu gostei da música.
- até mais Alisson - Ele entra no carro, o mesmo dar partida acelerada, ficar lamentando por um dia conhecer o Lucas tão bem quanto os otários que estavam no carro seria hipocrisia da minha parte, vou acalmando subindo as escadas do prédio, Percebo a porta totalmente aberta, paro pra analisar meus pais sentados no sofá com as aparências um pouco chocantes.
- O que aconteceu?
- Onde você estava ? !!!- Meu pai levanta e se dirige rápido até mim.
- Eu estava andando. Estão assim por causa de mim ?- olho Marta demandando preocupação encostada no balcão da cozinha.
- Alisson, Prazer Khayle - Um homem alvo, bonito, de olhos claros se atirou na minha frente se apresentando.
- humm...Vou Pro meu quarto - tento me afastar da porta, meu pai fecha ela e me aborda.
- Ele é seu tio Alisson
- não é jovem pra ser meu tio?- Finjo o máximo de atenção ao meu pai, querendo mesmo é cair na cama.
- Você é uma graça Alisson, vai adorar Londres - ele encosta o copo com vinho na boca.
- O que?-
Diante de meus estudos matinais e algumas temporadas de AHS , cheguei à conclusão de que irei ser arrancada de minha cidade pra um mundo avançado sem a menor noção do que fazer.
- Você vai pra casa dele morar lá - Marta fala rapidamente numa forma de alívio por me expulsar de casa.
- Marta!- meu pai lhe chama atenção
- Eu não vou pra canto nenhum- arregalo os olhos e Miro bem no meu pai lhe atirando com um fuzil imaginário.
- Filha, vai ser melhor para todos nós
Fiz minha melhor cara psicopata possível, segurando a risada barra choro espontâneo. Cheguei num ponto da vida onde não me sinto confortável dentro de minha própria casa..
Correr desesperadamente até a boate em que Lucas se encontra, maior desejo, se perceber o quão estou pensativa nesse momento, pode distinguir minha ansiedade.
- MELHOR PRA QUEM?! ME CONSULTARAM?!- Sentindo meu corpo adormecer de raiva eu aperto meus punhos e soco eles na parede mais próxima.
- BAIXE O SEU TOM ANTES DE FALAR CONOSCO - grita meu pai incrédulo.
- você não tem querer somos seus pais- Diz Marta super sucedida. Deus me perdoe más eu sinto vontade de atacá-la.
- Desculpe senhora responsável, más a vida ainda é minha, e sempre será -
Deixei-na sem argumentos, observei meu pai pensativo e depois a imagem do Khayle desapontado.
- Ela tem razão, vocês não podem obrigá-la a sair daqui- Ele se levanta e vai até a porta- Venho visitar vocês- Pega as chaves com o meu pai, quase não larga as chaves.
Não esperei o sermão fui correndo para meu quarto sem segurar o choro, os soluços de alguma maneira ecoaram toda a casa.
Alguns minutos gritando abafado no travesseiro e minha cabeça explodia de dor. Senti a cama afundando e um abraço me envolvendo, más tão curto que pude distinguir quem era.
- Vai ficar tudo bem Ali- Endy tentava me abraçar com seus minúsculos braços magros, deixei um sorriso fluir. Ele de um jeito ou de outro era minha razão de ainda estar nessa casa.
~PvO Dady~
Toquei na porta do quarto e ela se abriu devagar, esperei um sinal de vida, os soluços de Alisson me angustiavam cada vez mais, abri a porta e quase entrei no quarto, vi Endy abraçando ela através da luz que o poste na rua transmitia. Não deixei de sorrir, sei que ele é a única razão dela continuar nessa casa, desci e sentei afastado de Marta.
- Como fui tão idiota de aceitar sua ideia inconsequente?-
Ela me olhou com desprezo e sorriu
- era o melhor pra ela, más ela é muito teimosa amanhã nós...
- amanhã não iremos fazer nada, deixe a garota em paz , ainda sobra um sentimento dentro de você?
Ela suspirou e fitou o chão, não com um ar de arrependimento. Más tentava sentir arrependimento, expulsar a Alisson não seria a resposta para o sumiço de seus problemas.
- se existir , comece a colocá-lo em prática - desligo a TV e jogo o controle no sofá, saindo da sala . Deu pra mim esta noite.
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