História Dois amores em harmonia! - Conhecendo o novo problema

Estava olhando uma marca em meu dedo, tinha a adquirido a poucos dias, e apesar do sentimento de dor ela lembrava-me de um dia bom. Era uma quarta-feira de manhã, estava na aula de culinária, somos em uma turma de doze alunos, então temos grande entrosamento, e com isso, estávamos todos ansiosos pela chegada da nova professora que iria ministrar as aulas.

Ela chegou um pouco atrasada, tinha mais ou menos 1,68m, cabelos castanhos escuros, mas com luzes loiras o que apenas realçava a sua pele cor de oliva, estava vestida com uma calça jeans escura e uma blusa preta, nada que a mostrasse muito, entretanto mostrava claramente as curvas de seu corpo, mas naquele exato momento eu não liguei para isso, estava totalmente entretida com o seu sorriso, o qual me cativou desde o segundo que ela entrou pedindo desculpas pelo atraso.  Estava tão atônita por toda aquela situação que não tinha percebido que era minha vez de apresentar-me, nesse instante, minha melhor amiga Marcela, cutucou-me para prestar atenção, então respondi o que aquela deusa havia pedido.

- Err... Meu nome é Antônia Rodriguez, tenho 17 anos e sou aqui da cidade... acho que é isso! – Dei um meio sorriso, por estar corada de vergonha, e ela apenas retribui com aquele sorriso, mostrando todos aqueles simétricos dentes.

- Certo, Antônia – ela começou a falar – então turma, meu nome é Isabela Carvalho, vocês são a minha primeira turma, sou formada em gastronomia pela federal do Paraná, e atualmente estou fazendo o meu mestrado nas segunda e terças-feiras, então estarei o restante dos dias na cidade, se precisarem de alguma coisa é só procurar-me, estarei sempre à disposição, então vamos a aula...

O tempo passava, e eu ficava cada vez mais impressionada por essa mulher, até que o sinal que indicava o final da aula soou, os outros alunos foram saindo, avisei a Marcela que ficaria um pouco mais, para ela não me esperar. Enquanto esvaia-se a sala fui-me aproximando.

- Tchau turma, até a próxima aula – Isabela ia falando enquanto retiravam-se de sua classe.

- Olha professora Carvalho, foi uma ótima primeira aula – Falei em um tom alegre, fazendo a corar, ao perceber sorri para a mesma, a qual devolveu-me mais um de seus maravilhosos sorrisos.

- Muito obrigada, humm... Antônia, certo?

- Isso, hm, então até a próxima aula – estava saindo quando ela me respondeu.

- Antônia – voltei minha atenção para ela novamente – teria algum lugar para indicar? – Não entendi ao certo o que ela pediu, então acho que ela percebeu a minha expressão e continuou – É para sair à noite, beber, conhecer gente nova e tal... – ela deu um meio sorriso, o que me deixou sem defesa nenhuma.

- Então, se a senhora não se incomodar, vou lhe propor um show que vai ter sexta à noite, vai ser uma guria aqui da cidade que toca MPB, principalmente Cassia Eller, eu irei com Marcela, uma das estudantes dessa aula, se a senhora não se importar, gostaria de ir conosco? – Ao terminar minha proposta, percebi que ela estava olhando-me calculadamente e esboçando um sorriso de canto, e analisando muito bem o que eu havia falado, mas continuei dizendo – Será um público mais LGBT, se a senhora não tiver problemas com isso...

- Não, não, problema algum, aceito a sua proposta, estou sozinha na cidade até que o meu marido chegue de mudança – nesse instante eu realmente fiquei com uma cara de decepcionada, pois ela me olhou bem no fundo da alma e esboçou um sorriso de acolhimento.

- Hum, então ok, eu passo mais tarde na sua sala para deixar o endereço do local, até mais professora Carvalho – estava realmente decepcionada com aquela revelação, sou totalmente atraída por mulheres, mas não entendia o porquê de ter ficado tão intrigada com aquilo.

- Antônia, chame-me no whats, aí você passa o endereço, e qualquer coisa lhe dou uma carona para o show – Nisso fiquei sem fala, e ela anotou em um pedaço de papel o seu telefone e entregou-me – Até sexta então, tchau senhorita Rodriguez – ela abaixou a cabeça e foi arrumar as suas coisas com um sorriso de canto, e eu saí da sala com o queixo caído, aquela mulher realmente tinha uma voz de sereia, porque no instante que pronunciou o meu sobrenome, eu entendi que estava rolando uma atração física inexplicável.