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História Dois Mundos: A Batalha Final - Embarcamos em mais uma missão de fim do mundo


Escrita por: IzaStank

Notas do Autor


Alo alo alo alo!!! Confesso que sempre quis fazer algo como nesse cap. Juntar todo mundo e tal, eu curti. Confesso também que hoje eu reescreveria tudo de outra forma, mudando a maioria dos personagens hahahshsh dramas da autora.
Good reading

Capítulo 4 - Embarcamos em mais uma missão de fim do mundo


Ao invés de apenas os conselheiros estarem reunidos, todo o acampamento estava presente na reunião, incluindo os espíritos da natureza. Quíron mexera seus pauzinhos e trouxe todos que não estavam no perímetro do acampamento. E como era um assunto que dizia respeito a TODOS semideuses, uma vídeo conferencia  com o Acampamento Júpiter foi acionada.

Estávamos todos em volta da fogueira. A maioria dos campistas vestia pijama, e tinham caras de sono.

Quíron trotava de um lado para outro, com cara fechada e resmungando consigo mesmo. Annabeth e Rachel trocavam olhares tentando entender o mestre, mas nada acontecia.

Eu estava sentada ao lado dos meus irmãos de chalé, com plena consciência das Caçadoras na sequência. Aproximei-me de Will e perguntei baixinho.

-Por que elas estão aqui? –Questionei fazendo um sinal com a cabeça.

-Parece que a deusa está reclusa. Voltou ao Olimpo por ordens de Zeus e foram mandadas para cá. –Ele respondeu piscando para uma caçadora que nos encarava.

-E porque Thalia sempre fica no chalé 1? –Perguntei de novo.

Ele deu de ombros.

-Ninguém entende ela. Vai ver ela sente a Rafa como família? Não sei. –Ele continuou lançando charme para a garota, que bufou e virou-se.

Nós rimos da menina.
Do outro lado da arena, Roxie nos cuidava com os olhos em chamas. Encarava o namorado com a testa enrugada. Fiz Will parar com as trovas.

Quíron finalmente parou de andar e todas as conversas se calaram. Ele parou de frente para nós, mas de cabeça baixa. A televisão ligada aos romanos estava posicionada no primeiro banco do outro lado, e mostrava Reyna, a Pretora, e mais um monte de gente.

-Semideuses. –O centauro começou- Estamos em mais uma crise. Mais uma batalha se aproxima. Nosso inimigo agora, não é conhecido por nós. Apófis é o Caos em forma viva, o contrário da Ordem. A Serpente da Desordem. Ele foi execrado algum tempo atrás pelos magos da Casa da Vida, e acabou banido da Terra. Porém, ele está de volta...

Ninguém reagiu. Todos prestavam atenção ao diretor de atividades. Nessa altura da história, você já deve ter percebido que o Sr. D. foi chamado de volta ao Olimpo, por isso ele não estava presente.

O sol já tinha nascido, e iluminava nossa reunião. Encarei a fogueira, tentando me concentrar no que importava.

-Apófis está controlando uma mortal. Temos suspeitas de isto estar acontecendo há muito tempo, mais ou menos dezessete anos. –Os olhos de Quíron passaram de leve em Douglas, sem encara-lo. –Essa mortal vem comandando, não sabemos se consciente ou inconscientemente, todos os ataques que tivemos após Kratos. Ela planejou os zumbis com muito sangue frio e a ultima onda de ataques contra nós. Acreditávamos que era por vingança contra os deuses, mas com as ultimas informações, descobrimos que ela vinha sendo controlada por Apófis. De alguma maneira, o Caos está conseguindo invadir o mundo através dela, e se não for impedido...

Um silêncio dramático se fez no recinto. Procurei Douglas do lado de Michelle, ele encarava o chão. Michelle estava prestando atenção na narrativa de Quíron que não percebeu Douglas tão quieto.

Voltei os olhos para o horizonte. O mar brilhava e refletia a luz do sol, o que aumentava a presença de Pedro.

-Nesse momento, um campista está sob poder desta mulher, e a menos de uma hora, eles foram atacados por monstros. Não sabemos o que aconteceu com eles nem onde estão. Temos uma equipe de magos atrás deles agora. –Quíron disse, aumentando a tensão no recinto. Ele parou os olhos em mim e logo desviou. Era claro que estava nos protegendo.

Se os outros descobrissem que Jéssica era a mãe de Douglas, provavelmente sofreríamos com isso. Teria represália dos outros campistas por acharem que seria culpa nossa.

-O que precisamos fazer? –Perguntou alguém do chalé de Afrodite, provavelmente Vicky.

Uma luz vermelha brilhou ao fundo, em Manhattan. Raios de luz desciam do céu até o chão. Colunas vermelhas brilhavam por toda cidade. Os campistas ficaram boquiabertos com a visão. Do nada, as luzes apagaram-se.
-Nós temos que ir para cidade. –Perçy disse convicto, ao levantar-se. Todos concordaram com ele.

Annabeth virou-se para Reyna e disse alguma coisa na frente da câmera. A televisão se apagou e a filha de Atena sumiu através dos campistas.

Desci da arquibancada rapidamente, desviando das pessoas e correndo até Douglas, mas ele estava do outro lado, conversando nervosamente com Quíron. Pierre parou ao meu lado, de braços cruzados e uma expressão severa no rosto.

-Você precisa de ajuda para resgatar o Pedro? –Ele perguntou puxando muito o sotaque francês.

-É óbvio que preciso. –Respondi desviando dos apressados.

-Hm. –Ele respondeu sem se mexer. –Eu posso ajudar.

-Como?

-Alguns truques dos filhos de Afrodite. –Ele segurou minha mão e puxou.

Corremos até o chalé de Hefesto, desviando e tropeçando. Leo estava enlouquecido lá dentro, correndo para todos os lados, cheio de engrenagens nas mãos. Ele não percebeu que entramos até Pierre dar um tapa em sua testa.

-Valdez, precisamos de você.

Leo o encarou. A diferença dos dois era engraçada. Pierre tinha uns vinte centímetros a mais que Leo, e era mais encorpado.

-Para quê? –Perguntou Leo, remexendo as mãos.

-Precisamos do Argo II. –Pierre adicionou Charme em sua voz, o que iria nos ajudar a convence-lo.

-Por quê? –Leo resistiu.

Pierre revirou os olhos.

Alguns filhos de Hefesto transitavam por ali, e lançavam olhares estranhos em nossa direção. Pierre sentiu o perigo e agarrou os ombros de Leo, empurrando-o para a parede e pressionando sua clavícula.

-Garoto, o campista sequestrado é o Pedro, que se você não sabe, é o namorado da Luiza. Filho de Poseidon. Você precisa chamar a sua tripulação, os Sete, e ir atrás do garoto. Questão de vida ou morte. Você sabe muito bem a situação, e pode ser bem pior que Gaia.

Leo estremeceu sob as mãos delicadas de Pierre. Delicadas mas fortes. O ‘elfo’ baixou a cabeça pensativo.

-Vamos, cara. Você é o melhor engenheiro daqui, é super inteligente. Precisamos de você. –Implorei. Se algum filho de Atena ouvisse aquilo, eu seria transformada em uma coruja.

Leo bufou, rendendo-se.

-Ok, farei o possível. Espero que tenham um plano... Me encontrem no píer, daqui a vinte minutos, com todos que conseguirem.

Pierre largou-o sorridente, e me arrastou para fora.

-Lú, agora é contigo. Encontra o maior número de magos que tivermos aqui dentro, e leva pra lá. Arrasta o Douglas junto. –Ele disse enquanto descíamos em direção à praia.

-E desde quando um filho de Afrodite é inteligente?! –Falei para provocar, mas estava agradecida de ele ter um plano.

Pierre simplesmente me deu tapa na cabeça e saiu correndo na direção oposta.

Parei e observei em volta. Nenhum mago estava a vista. Respirei fundo. Então vi Ricardo correndo em direção ao pavilhão, com a armadura e uma espada comprida. Corri atrás dele.

Ao alcança-lo, convenci ele de nos ajudar. Nicole estava com ele, obviamente, e mandei os dois para o píer. Em seguida, duas Caçadoras passaram por mim correndo, quase me derrubando. O acampamento estava um caos.

Depois de dez minutos, consegui achar quase todos, mas faltava uma, Caroline. Ainda tinha um tempinho sobrando, então dei um pulo na enfermaria do acampamento.

Acho que nunca descrevi o lugar, até porque não lembro-me de entrar lá. Mas enfim, ficava na Casa Grande, no segundo andar. Abri a porta devagar, e encontrei algumas camas separadas por cortinas brancas. O assoalho de tabuão rangeu com meus passos. Fechei a porta sem fazer barulho e caminhei até a última cama, a única ocupada.

Reprimi a ânsia. Hospitais não me agradam. Caroline estava deitada, com um lenço branco cobrindo seu corpo até o queixo. O cabelo negro estava opaco e quebradiço, espalhado em volta da cabeça, como uma coroa. Uma faixa branca estava cobrindo sua testa e um curativo protegia o queixo. Ela estava muito machucada mesmo.

Não senti vontade de chorar, mas sim uma profunda tristeza ao vê-la naquele estado. Sabia que Will e meus outros irmãos estavam cuidando bem dela, mas também sabia que poderia fazer algo mais por Caroline.

Tirei a mão esquerda do bolso e posicionei na cama. Por coincidência, encostei na dela. Devagar, levantei o lençol até conseguir ver sua mão, e a peguei. Estava gelada, como se estivesse em um freezer.

-Não sei se poderia ter feito alguma coisa pra evitar, mas se poderia, tu me desculpa. –Falei para Caroline. Respirei fundo e continuei. –Tu não merecia isso, sério. A Jéssica vai ser pega, e vai pagar por todo mal que já fez, incluindo o que fez contigo. Te juro. Carol, tu vai ficar bem.

Concentrei-me nas sua mão, e mandei todo o meu poder ali. Claro, eu não tinha mais poderes de cura, mas sei lá né, vai que ajudasse?! Fiz uma prece silenciosa a Apolo, na esperança de ajuda.

Ouvi passos do lado de fora, e larguei sua mão. Me recompus no momento que Rafa entrava na enfermaria.

Ela parou ao meu lado e não disse nada, apenas observou Caroline.

-Eu sei que tu gosta dela. –Falei pra Rafa. –Mesmo com tudo aqu...

-Por favor. –Ela disse. –Aqui não. Ela não precisa disso.

Não disse nada, apenas assenti.

Mais um tempo em silêncio, e saímos. Descemos as escadas em silêncio, e caminhamos lentamente até o píer.

Encontrei Roxie e Will abraçados no meio do caminho. Ela me viu e veio falar comigo. 

-Nós vamos para São Petersburgo com uma equipe enquanto estiverem em Manhattan. Vamos invadir o QG de Jéssica e chutar algumas bundas. –Disse-me ela me abraçando forte.

-Tudo bem. –Respondi me soltando dela.

-Se tu encontrar ela por aí, me faz um favor. Dê um tapa na cara dela. –Rox piscou pra mim.

Consegui abrir um sorriso leve. A missão não seria a mesma sem ela.

Will deu um abraço em Rafa e em mim. Disse para ficarmos bem e falei para eles se cuidarem. Depois disso, seguimos para o píer em silêncio.

Subitamente, o acampamento parecia estar sem vida. Todos tinham saído ou estavam saindo. Avistei nossa embarcação, com Douglas nos esperando do lado de fora.

-Onde estão todos? –Perguntei entrando no Argo II.

-Quíron separou algumas missões, mas pediu que a maioria fosse proteger a cidade.. Ele também mencionou alguma coisa sobre outras missões ou outros acampamentos e disse que contaria mais tarde. –Douglas respondeu entrando depois de mim.

O clima entre Douglas e Rafa era normal, pelo menos para ele. Minha amiga tentava se comportar normalmente, mas não conseguia.

-Alguma novidade? Digo, da tua mãe e tal... –Rafa perguntou enquanto descíamos ao convés inferior.

Douglas só respondeu quando chegamos á ‘sala’ da embarcação.

-Ela está nos esperando em Nova York. Mandou uma mensagem agora. –Respondeu.

Parei antes de abrir a porta e virei pra ele.

-Mensagem? –Questionei.

Ele assentiu.

-Já vai ver. –Passou por mim e abriu a porta.

A visão de todos aqueles semideuses poderosos me dava calafrios. Sentados à mesa, os Sete da profecia, tipo, todos. Incluindo os que eu nunca tinha visto. Não sei como os dois romanos surgiram ali em vinte minutos, e nem gostaria de saber.

Em pé e em volta da mesa, os ‘semi-magos’. Deveria ter umas quinze pessoas, contando a gente que chegou depois.

-Estamos todos aqui. –Douglas falou, dando a volta na mesa e encostando-se ao lado de Michelle.

Annabeth suspirou, ela parecia visivelmente irritada. Sentada na cabeceira, ela era a líder do grupo, obviamente, por ser a mais indicada para isso.

-Qual é o plano? –Perguntou Ricardo, trocando de pé.

Todos olharam para Annabeth. Ela revirou os olhos e levantou.

-Leo, se possível, poderíamos partir logo?! –Ela pediu ordenando.

O filho de Hefesto estremeceu na cadeira e puxou um tablet de baixo da mesa. Clicou na tela algumas muitas vezes e senti o barco movimentando-se.

-Obrigada. –Annabeth caminhou até a única parte da parede que estava livre e deu duas batidinhas. Imediatamente, as imagens do acampamento sumiram e um mapa da região surgiu. –Nós estamos aqui e nossa inimiga ali. –Ela marcou alguns pontos no mapa. –Há registros de ataques contra mortais em vários pontos pela cidade, mas o que mais chamou atenção foi esse, no Empire State a menos de meia hora.

Uma foto do Empire State surgiu no lugar do mapa, onde um taxi estava virado, todo quebrado e amassado, vestígios de sangue brilhavam no chão e os mortais estavam parados em volta, olhando curiosos.

-Vocês sabem o porque de este ser o pior ataque? –Ela perguntou retoricamente. –A entrada do Olimpo.  Acreditamos que ela esteja lá em cima nessa hora.

-Annabeth, desculpa a interrupção. –Jason começou. –Mas como ela vai entrar no Olimpo? Os deuses não permitirão isso.

-Não sei, mas ela pode estar lá dentro. A única certeza é que está na cidade. –Ela respondeu. –Jéssica mandou uma mensagem confirmando isso.

Douglas me encarou e observei a imagem na tela.

Uma mensagem escrita em vermelho, a cor do Caos, brilhava no céu. E era bem clara. ‘Esperarei na cidade até Douglas aparecer. Procure por mim onde os tempos

são lembrados’.

-Então o Douglas não pode ir. –Falou Ricardo, depois de um minuto.

-Porque? –Ele questionou, provavelmente sem entender.

Ricardo olhou-o como quem não acredita.

-Meu querido, se tu for, ela vai sumir contigo.

-E daí? Se eu for com ela, posso parar ele. –Douglas respondeu com as mãos nos bolsos.

-Ele? –Nicole perguntou sem entender.

-Sim. Jéssica está sendo controlada por Apófis. –Respondi. –Mas Douglas, não esquece que eles estão com o Pedro, e ele não pode fazer nada.

-Acontece, que eu sou melhor que ele. –Ele retrucou, literalmente como alguém se achando.

Senti raiva subir pelo meu sangue, mas controlei. Eu entendia o que ele queria dizer.

-Uuuuh. –Leo disse, botando lenha na fogueira.

-Cale a boca. –Michelle deu-lhe um tapa na testa.

-E porque ela quer especificamente o Douglas? –Perguntou Frank, o grandalhão asiático.

Ninguém respondeu. Um silêncio desconfortável cresceu no recinto. Quase ninguém sabia daquela informação.

Douglas desviou o olhar de mim e encarou Frank.

-Jéssica Villares é minha mãe. Ela me abandonou e tentou me matar. Sumiu no mundo. Do nada, ela tentou destruir a civilização com os zumbis. Descobrimos que foi por vingança contra o que os deuses vem fazendo com a humanidade, só que de algum jeito, Apófis está dominando ela, mesmo execrado. –Ele respondeu calmamente.

Jason assoviou.

-Cara, que dureza.

-Mas então ela é inocente, se Apófis estiver controlando-a há muito tempo. –Piper comentou, e fazia um pouquinho de sentido.

Douglas riu amarelo.

-Ela não é inocente. Ela tentou me matar e procurou Apófis. Ela permitiu isso.

E a discussão foi ganha.

-O que faremos então? Ataque massivo? –Perguntou Nicole.

Annabeth passou os olhos por todo mundo, medindo nossas forças e não disse nada, apenas começou a digitar em um teclado sobre a mesa.

A tela mudou para o mapa novamente, e vários pontos começaram a piscar em amarelo. Foram apagando-se, até sobrarem apenas cinco, bem espalhados pela cidade. Tinha pontos nas quatro regiões, Brooklin, Bronx, Manhattan e Queens, porém, na ilha de Manhattan tinha dois pontos distintos.

-Estes são os pontos possíveis. Fiz um pequeno cruzamento de informações. –Annabeth meio que sorrio orgulhosa. –São cinco, e estamos em quinze. Iremos nos dividir.

Rachel levantou a mão e disse:

-E o Douglas? Se ele for, ela vai cair em cima dele, não vai?

-Que caía. Não tenho medo. –Douglas respondeu, me encarando.

Naquele momento, me toquei que ele sabia onde era o lugar, e não estava no mapa da filha de Atena. E eu iria com ele.

-Ótimo. Tudo resolvido então. –Perçy disse batendo as palmas. –Annabeth, eu e...

-Acho que o mais certo seria misturarmos os grupos. –Ela interrompeu o namorado, que a encarou sem entender. –Nós temos quatro filhos dos três grandes, e o filho da inimiga. Vamos nos dividir entre eles.

Os cinco indicados se olharam confusos, e levantaram sem saber o que fazer, indo para o mesmo lado.

-Quem escolhe? –Perguntou Perçy, sem entender nada.

-Vai ser na sorte. –Annabeth respondeu procurando algo no cooler. Ela tirou uma garrafa de Coca de plástico e posicionou sobre a mesa. Entendi na hora e todos também.

Ficamos em volta da mesa, enquanto ela girava.

-Temos cinco minutos até chegar. –Leo disse consultando o relógio.

-Dá tempo. Líderes, escolham seus pontos. –Annabeth disse, apontando para tela.

Cada um escolheu o seu, e ela girou a primeira vez. Seria por ordem alfabética.

A garrafa girou tranquilamente, até parar na com a frente pra mim e a parte de trás para Ricardo. Ou seja, nós iriamos com Douglas.

Foi girada a garrafa novamente, e o grupo de Hazel seria Nicole e Rachel. Jason iria com Pierre e Piper. O coitado iria com a namorada e o cunhado. Dois filhos de Afrodite juntos indo para Manhattan. Não daria coisa boa.

Perçy iria com Leo e Frank enquanto Rafa partiria com Annabeth e Michelle para o Queens.

Estava tudo bem divido e nos despedimos quando o barco parou no porto de Nova York.

Segui Douglas e Ricardo para fora, sentindo o péssimo cheiro que vinha do mar. Um vento frio cortou a pele de meu rosto, e tremi. Cara, já odiava frio, depois dessa semana, simplesmente não suporto.

Caminhamos até todos estarmos bem separados, e perguntei para Douglas:

-Por que eu acho que tu sabe onde é, mas o lugar não estava no mapa?!

Sem virar pra mim, ele respondeu.

-Lú, tu leu a mensagem?! Sim. O que dizia? ‘...onde os tempos são lembrados.’ Seria um museu, né?!

Assenti.

-Não. Ela escreveu em português, porque não queria que Annabeth entendesse. ‘Os tempos’, traduzido pro inglês, fica ‘the times’. O que te vem a cabeça com ‘the times’?

Pensei um pouco.

-Times Square. ‘Praça do Tempo’. –Respondi. –Ela abrasileirou isso. Annabeth nunca entenderia. Ela estava procurando por coisas como museus. Cara, tua mãe é muito inteligente. –Comecei a rir.

Ele assentiu e baixou a cabeça. Eu não saberia como chegar até a Times Square, mas Douglas era inteligente e de alguma maneira nos levou até lá.

Nosso plano original era ir até a Estátua da Liberdade, mas obviamente, não aconteceu isso.

Pegamos o metrô, usamos um ônibus, caminhamos algum tempo, e nem sinal da algo anormal. Tive que ir ouvindo Ricardo cantarolar um fado chato. Douglas não falou, parecia que sabia algo e não quis me falar.

Esbarrei em um turista brasileiro.

-Americana idiota. Não olha por onde anda. –Ouvi a pessoa esbravejar.

Essas coisas só acontecem comigo. Reconheci a voz e parei. Me diga a probabilidade de eu estar no último dia do ano, em Nova York, e esbarrar em uma desgraça que deveria estar no Brasil, sei lá, jogando vídeo game?! A pessoa era Viviane, uma das minhas inimigas e amiga de Kelly.

Virei lentamente, e encarei aqueles olhos negros e as bochechas rosadas. Fechei a cara e olhei para ver quem estava com ela.

-Ah, Feliz Ano Novo, Luiza! Não sabia que era tu. –Ela me deu um abraço e um sorriso falso.

Retribui segurando a raiva e segui em frente. Viviane sumiu na cidade. Mais dois quarteirões e chegamos na Times Square.

Você já deve ter visto imagens da Times Square em algum lugar, então não preciso descreve-la. Só que assim, perdi o ar. Era lindo.

-Estamos aqui. E agora? –Ricardo perguntou colocando as mãos nos bolsos.

Douglas girou a cabeça em todas direções, procurando qualquer sinal de Pedro, Jéssica ou monstros. Fiz o mesmo, mas não vi nada.

-Vamos caminhar um pouco. –Ele nos puxou em direção à calçada oposta.

Passamos por umas dez lojas, até eu ver algo que realmente fosse interessante. Um Burger King! Obviamente, arrastei os dois até lá. Não tinha filas de manhã, então deu para comer uma bela gordice. Cara, como é bom ser gordo.

Enquanto comia no segundo piso e observava as pessoas, Ricardo encarava alguma coisa na rua. Douglas, ao seu lado, acompanhava seu olhar mas não dizia nada. Quanto a mim, aproveitava meu whopper.

Levantei-me para carregar meu refil de refrigerante e deixei os dois meninos cuidando das coisas. Voltei com o copo transbordando de Coca-Cola. Sentei-me na cadeira, de costas para a janela e mordi o hambúrguer.

-Eu conheço essa música. –Ricardo animou-se quando trocou a música de fundo.

-Cara, todo mundo conhece essa música. –Respondeu Douglas mordiscando as batatas.

-Mas essa música é muito clássica, tipo, muito mesmo. –Ricardo enfatizou ainda mais.

Reconheci a batida forte, e a voz rouca do Bon Jovi. ‘It’s my life’ era a música preferida de Pedro. Não era coincidência, não poderia ser. Larguei o sanduiche, e olhei para todos os lados.

Ricardo estava distraído improvisando um microfone com as mãos e Douglas tentava faze-lo parar, enquanto ria. Vi muita gente passando por nossa mesa. Uma funcionaria limpava uma mesa ao lado, dois garotos conversavam na ponta do corredor, um casal comia longe de nós e três meninas tiravam fotos na mesa próxima. Nada anormal.

Douglas acabou derrubando refrigerante na mesa, e me molhou. Dei um pulo e me distrai, fui ao banheiro tentar secar a bebida e deixei os dois se reconstituindo.

Uma moça alta saiu do banheiro e esbarrou em mim. Eu estava tão concentrada resmungando que não percebi ela falar em português comigo, e eu responder normalmente. Entrei e peguei bastante papel.

Quando voltei para mesa, Douglas e Ricardo estavam estranhos, tinham parado de brincar e encaravam um ponto atrás de mim. Devagar, me virei.

-Oh fuc**** duck. –Falei. –Essa mulher está indo longe de mais.

Levantamos correndo e fomos para fora, atrás da imagem que vimos.


Notas Finais


Eu sei que tá enorme, é que não consigo separar as informações hahahahha fala ai, diz como tá hahaha


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