História Dois mundos e uma paixão - 2 Temporada - A história continua

POV Frisk

(ainda em seus 18 anos)

  Aquele ser... Tenho um pressentimento ruim... Creio que ele ainda vai voltar e provavelmente causará problemas. Bem, preciso me concentrar no futuro. Chara e Asriel estão de volta e agora formaram um casal oficial, temos que seguir em frente. Pensei em comentar com Sans sobre o ser que me entregou as almas para trazer os dois de volta, mas acabei me esquecendo.

POV Narradora

(Dias atuais)

  Anos se passaram e Frisk agora está em seus 23 anos, mas ela continua praticamente o mesmo ser. Suas feições são as mesmas da jovem garota que conquistara o coração dos monstros. Após terminar seus estudos por completo, Frisk buscava um emprego que a sustentasse e, caso venha a considerar essa opção, que pagasse uma casa própria para ela, mas Toriel e Asgore insistem que a casa deles é o “ninho” da jovem.

  Frisk, especializada na área tecnológica, passou muito tempo procurando empresas que a aceitassem e Sans a ajudou. Após momentos estressantes e muitas pesquisas em busca de um local para trabalhar, Frisk finalmente foi correspondida por uma empresa interessada em funcionários jovens, mas eles precisavam que ela fosse para outra cidade, essa ficava a 14 horas de avião do local onde Frisk morava. Após uma longa conversa, Toriel e Asgore acabaram cedendo e concordaram que aquela seria uma boa opção para a jovem.

  Frisk estava determinada a fazer a viagem e ser bem sucedida na empresa, precisava conseguir aquele emprego. Sans ainda não estava ciente de que sua amada partiria para outra cidade, ela precisava contar-lhe.

POV Frisk

  Mandei uma mensagem para o Sans e pedi que ele me encontrasse na praça, o mesmo respondeu dizendo que estaria lá em 10 minutos. A caminho da praça eu me encontrei com um rostinho conhecido, era Alice. Ela estava deslumbrante, agora com 11 anos de idade. Nada havia mudado na garota, nem mesmo seu corte de cabelo, ela continuava sendo a mesma criança que eu havia conhecido em uma timeline anterior. Assim que me viu, a jovem sorriu e correu para me abraçar.

– Frisk!!! – Alice pulou em meus braços e eu a abracei enquanto ria.

– Grande Alice! Como vai você? E os seus pais?

– Eles estão ótimos! Vivem perguntando por você.

– Diga a eles que estou saindo da cidade – Coloquei a jovem no chão e alisei seus cabelos negros.

– Saindo da cidade? Por quê?

– Estou tentando conseguir um emprego em algum lugar bom, fui chamada para fazer um teste em uma empresa, mas a mesma fica em outra cidade.

– Entendi, boa sorte Frisk.

– Muito obrigada, Alice – Dei um beijo suave na testa da jovem.

– Posso espalhar a notícia? – Ela sorriu para mim.

– Fique à vontade – Eu dei uma leve risada e observei enquanto ela corria para contar aos pais.

  Dirigi-me à praça e lá estava Sans, ele me aguardava em um dos bancos de madeira. Aproximei-me dele e sentei ao seu lado, ele sorriu para mim e segurou minha mão.

– Então, o que queria falar?

– Sans, estou deixando este lugar.

– Como assim? Do que está falando? – Pude ver que ele havia ficado bastante incomodado.

– Uma empresa de renome me chamou para fazer um teste. Eles buscam jovens trabalhadores e querem ver se eu me encaixo com alguma das equipes deles.

– E você precisa ir para longe? – Sans começou a suar frio.

– A central deles fica a 14 horas de avião daqui e é lá que irei fazer o teste.

– Você vai assumir qual posto nessa empresa?

– Vou começar como assistente e, caso eu me dê bem com alguma equipe, trabalharei na manutenção dos equipamentos que eles usam.

– Não é uma posição muito privilegiada – Sans abaixou o olhar enquanto pensava em argumentos que me fizessem mudar de idéia.

– Mas as coisas vão melhorar, basta eu me esforçar. Pretendo atingir uma boa posição no futuro e trabalhar com um grupo mais influente.

  Nós ficamos quietos por um bom tempo enquanto observávamos as pessoas passando. Olhei para o Sans e pude ver que ele continuava suando frio, parecia extremamente preocupado. Toquei sua mão suavemente e isso fez com que ele olhasse para mim. Após se acalmar um pouco, Sans prosseguiu.

– Qual o nome da empresa...?

– A.A.T, ou “Aurora’s Advanced Technologies”. Eles trabalham com avanços tecnológicos significativos.

– Entendi... – Ele se virou em minha direção e acariciou meu rosto – Sei que não posso te impedir de prosseguir... Mas por favor, POR FAVOR, tenha cuidado.

– Não se preocupe, serei cuidadosa.

  Nós trocamos um beijo profundo e permanecemos naquele banco de madeira por cerca de uma hora. Disse ao Sans que precisava ir para casa, eu ainda não havia respondido ao e-mail da empresa, ele assentiu e me deu um beijo de despedida.

Assim que cheguei em casa, corri até o computador no escritório do papai e rapidamente respondi ao e-mail. Eles enviaram outro e-mail pedindo que eu fosse até lá na semana seguinte. Eles também deixaram um número e disseram para eu ligar para o mesmo assim que chegasse ao aeroporto da cidade, eles enviariam alguém para me buscar.

POV Sans

(Uma semana depois)

  Acompanhei Asgore e Toriel, estávamos levando Frisk ao aeroporto. Papyrus disse que queria vir conosco, mas que estava “ocupado” com Mettaton. Frisk descarregou a bagagem e nos acompanhou até uma lanchonete próxima para lancharmos juntos, o vôo dela demoraria a partir. Assim que nos sentamos, ouvimos um grito ecoando pelo aeroporto. Uma humana nova na cidade havia nos visto e entrado em pânico, mas todos a ignoraram, até mesmo os outros humanos. A mesma ficou extremamente constrangida e desapareceu rapidamente do nosso campo de vista.

  Próximo ao horário de embarque, acompanhamos Frisk até onde podíamos ir sem apresentar a passagem e nos despedimos da pirralha. Era muito difícil vê-la indo para tão longe sem mim, espero que tudo fique bem. Estava em um devaneio quando percebi que ela me chamava.

– Sans? Está ouvindo?

– Hm? – Sacudi a cabeça de leve – Estou, prossiga.

– Eu te mandarei notícias, não se preocupe – Ela veio até mim e me deu um beijo suave, eu retribui e a puxei para um abraço logo em seguida.

– Te amo Frisk, te amo muito.

– Também te amo, Sans.

  O segurança veio até nós e tocou no ombro de Frisk, ela logo o deu atenção. Ele perguntou qual era o destino e ela o mostrou a passagem. O segurança informou que o vôo partiria em breve e que ela precisava chegar ao portão de embarque rapidamente.

– Preciso ir, até breve! – Demos um abraço em grupo.

  Frisk disparou rumo ao portão de embarque, nunca a vi tão animada com algo como estava com essa viagem. Senti um aperto em meu peito ao vê-la partir, mas meu momento de “sofrimento interno” foi interrompido por Asgore.

– Sans, venha conosco. Vamos levá-lo até sua casa – Eu assenti e me uni a eles.

POV Frisk

  Estava realmente empolgada com tudo isso, mal podia esperar para conhecer a empresa! De uma coisa eu estava certa, me esforçaria ao máximo para me encaixar e fazer novos amigos.

  Assim que entrei no avião, meus pensamentos saíram da empresa e passaram para o Sans. Pensei em mandar-lhe uma mensagem, mas a aeromoça pediu que eu desligasse o aparelho ou colocasse em movo avião, pois estávamos prestes a decolar, eu assenti. Aquela viagem foi extremamente cansativa, mas os lanches do avião estavam ótimos e eram gratuitos!