História Dois mundos e uma paixão - 2 Temporada - Segurança apaixonado

POV Narradora

  Já se passaram 6 dias de teste na empresa, Frisk está aprendendo muito e se apaixonou por sua equipe, os Warriors Workers a receberam muito bem e a auxiliam quando alguma dificuldade aparece. Agora é Domingo e Frisk não irá trabalhar. Aurora, a fundadora da empresa, não abre o prédio aos Domingos e não seria diferente só por que Frisk estava lá. A jovem poderá dar um passeio pela cidade e conhecer as redondezas, será bem divertido.

POV Frisk

  Estou contente por ter tempo livre para conhecer o local. Queria estar na empresa trabalhando com minha equipe, mas até que é legal poder passear por aí. Talvez eu compre uma besteirinha para o Sans, mas preciso encontrar algo que ele goste.

  Estava terminando de me arrumar para sair quando ouvi batidas à porta. Ao abri-la, me deparei com Max, meu segurança. Ele trajava seu terno elegante, nenhuma novidade.

– Olá! Como você está?

– Estou bem, obrigado. E quanto à senhorita?

– Estou bem, empolgada para sair. O que veio fazer aqui?

– Fui enviado pela empresa para lhe fazer companhia durante seu passeio.

– Estou bem por conta própria, não se preocupe. Vá para casa e passe um bom tempo com sua família, se divirta – Dei-lhe um sorriso amistoso.

– Moro sozinho, você é minha única companhia – Pude ver suas bochechas corando, mas ele rapidamente disfarçou o rubor – De qualquer forma, ainda sou seu segurança.

– Bem, se isso não te incomoda...

– Não se preocupe com isso. Vamos logo, está perdendo tempo que podia ser usado em seu passeio.

– Tem razão, vamos.

  Ele me acompanhou até seu carro, a mesma BMW, e abriu a porta para que eu entrasse. Max dirigiu até um estacionamento público no centro da cidade e me ajudou a descer do carro. Joguei minha mochila nas costas, ajeitei a blusa e me enchi de DETERMINAÇÃO, estava pronta passa passear e gastar horrores.

  Passei por cada loja como um furacão, estava realmente empolgada e Max teve certa dificuldade em acompanhar meu ritmo. Adentrei uma loja de lembranças e me deparei com uma camisa, nela estava escrito “Preguiçoso profissional”, não pensei duas vezes e a comprei para o Sans.

  O passeio foi mais curto do que o esperado, pois várias lojas estavam fechadas naquele domingo, mas mesmo assim foi divertido. Max deu a idéia de irmos ao cinema, eu assenti. Fomos a pé até o Shopping, que não era muito longe dalí, e seguimos até o cinema. Acabamos optando por uma comédia, era a melhor opção do dia. Comprei um grande pacote de pipoca e Max se ofereceu para pagar a bebida, eu aceitei.

  Fomos até a sala onde veríamos o filme e tomamos nossos lugares, rapidamente a sessão começou. Tivemos uma cena romântica no decorrer do filme, os personagens estavam se entendendo após uma discussão e teriam um momento a sós. Estava extremamente concentrada no filme, mas tive minha concentração foi interrompida por um toque em minha mão, Mas tentava segurá-la. Me encolhi em minha cadeira e abracei minhas pernas, o segurança ficou bem constrangido, mas logo voltamos a prestar atenção no filme.

  Após uma longa noite, Max me levou de volta ao hotel. Descemos do carro e ele me acompanhou até a porta do meu quarto. Virei-me em sua direção e lhe desejei uma boa noite, ele fez o mesmo. Entrei no meu quarto, mas, antes que pudesse fechar a porta, ele a empurrou e entrou.

– Max?

  Não obtive resposta alguma, aquilo era um pouco assustador. Ele fechou a porta e a trancou, virando em minha direção logo em seguida.

– Senhorita Frisk, preciso ser sincero com você – Ele desabotoou seu terno – Trabalho como segurança desde quando me entendo por gente – Afrouxou a gravata e se aproximou – Sempre fui frio e completamente focado no meu trabalho, mas você abalou minha estrutura.

  Antes que eu pudesse reagir, Max me agarrou pela minha cintura e me levantou no ar, caminhando em direção à cama do quarto. Tentei fazer com que ele me soltasse, mas fracassei. Max me deitou e se sentou sobre minhas pernas, impedindo que eu as movesse.

– O... O que está fazendo?!! – Estava vermelha como um tomate, não fazia idéia de como reagir.

– Nunca havia sentido isso por alguém, é algo completamente novo, mas sei bem o que é – Ele retirou a gravata e a arremessou para o canto do quarto – Me apaixonei por você, Frisk.

– Max! Você está louco?! Saia daqui! – Tentei tirá-lo de cima de mim, mas ele segurou meus pulsos com força e prendeu meus braços contra o colchão. Estava ficando cada vez mais assustada.

– Não posso deixar que vá embora desta cidade. Se partir, nunca mais a verei – Ele se inclinou – Frisk, fique aqui comigo, eu lhe imploro.

– Já te disse anteriormente! Tenho um companheiro! – Estava completamente assustada e desesperada para me soltar.

– Garanto que posso agradar-lhe mais do que seu atual “companheiro”.

  Estava prestes a dar-lhe uma resposta arrogante, mas fui interrompida por um toque gélido e profundo... Mas tocava meus lábios. Senti meu corpo congelando, estava com muito medo. Aquele segurança definitivamente era mais forte do que eu, era incapaz de me mover enquanto ele me segurava. Max soltou meu pulso esquerdo e tocou na minha barriga, subindo devagar enquanto tocava meus lábios. Aproveitei aquele momento para dar-lhe um grande empurrão no ombro, o que o desequilibrou e me deu uma chance para sair debaixo dele.

  Saltei para fora da cama e corri em direção à porta, mas o segurança me segurou pelo braço e me puxou para perto dele novamente. Segurando minha nuca com força, distribuiu vários beijos pelo meu ombro e pescoço, foi extremamente desconfortável. Ao libertar um de meus braços, golpeei-lhe a boca do estômago, fazendo com que ele recuasse. Max tentou se aproximar novamente, mas segurei seus ombros e acertei uma joelhada potente entre suas pernas, fazendo com que o segurança caísse de joelho e se encolhesse com a dor intensa.

– Vou repetir mais uma vez, eu tenho companheiro – Coloquei minha mão debaixo do seu queixo e fiz com que ele olhasse para mim – Não sei se você compreende isso, mas em uma relação precisa haver lealdade. Estar longe não significa que devo trair meu companheiro – Dei-lhe um tapa que marcou minha mão em seu rosto.

– F...Frisk... – Sua respiração estava acelerada e ele tinha dificuldades para falar, a dor que sentia era intensa – M...Me apaixonei por você, precisava.. fazer algo.

– Se apaixonou por uma mulher comprometida! – Peguei sua gravata e coloquei ao seu lado – Se arrume e saia daqui, não me procure novamente!

  Max se levantou com dificuldade, colocou a gravata no bolso e foi na direção da porta. Eu a abri para que ele saísse e observei enquanto ele se dirigia ao elevador.

– Se quer realmente saber, você nunca chegará aos pés do meu companheiro.

  Fechei e tranquei a porta. Caminhei devagar até minha cama e me deitei, sentia-me horrível. Assim que me encolhi, lágrimas desceram pelo meu rosto. Não podia acreditar no que havia acontecido, não podia acreditar que Max, MEU SEGURANÇA, havia sido capaz de tal ato.

  Meu celular vibrou, Sans havia deixado uma mensagem, aquilo fez com que meu corpo congelasse.

“Frisk, vim lhe desejar uma boa noite. Espero que tenha tido um ótimo dia, estou morrendo de saudade! <3”

  Queria esconder o que havia acontecido, mas prometi ao Sans que seria verdadeira com ele e lhe contaria todos os ocorridos. Aquele não era o melhor momento para contar-lhe o sufoco pelo qual passei, talvez fosse melhor esperar até que eu voltasse para casa. Respondi rapidamente.

“Foi um dia regular, tive apenas algumas complicações. Te explicarei tudo quando voltar. Te amo, Sans.”