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História Domando o lobo mau. - Passado de Erick: Subordinado? Eu?


Escrita por: Jack-line

Capítulo 5 - Passado de Erick: Subordinado? Eu?


-James, você é meu melhor amigo, vamos ficar juntos para sempre, não é? - Um menino pergunta para o amigo que estava deitado ao lado em um campo. 

Ambos sempre brincavam naquele lugar, era um dos mais belos de sua cidade, já que não havia muita vegetação pelo centro comercial, tão pouco pela ruas de pedras onde sempre passava carruagens de lordes e condes.  

James era um menino de 13 anos, cabelos escuros e olhos tão claros quanto o céu - Genética que puxou da mãe. - e eles se destacavam mais em sua pele escura. Era destemido, ágil, gentil, esperto, bravo e sério quando preciso. Ele era filho único e foi criado por sua mãe. Não conheceu seu pai e não tem nenhuma fotografia para saber quem e como ele era. Mas graças às histórias que sua mãe contava, ele saberia se por um acaso eles se encontrassem um dia.

James olha para o amigo ao lado, da um singelo sorriso mostrando seus dentes perfeitamente alinhados. 

-Mas é claro Erick, não tenha nenhuma dúvida disso. - Ele diz com tanta convicção, que não tem com ter dúvidas. Escutam ao longe em uma pequena casa de campo, ao pé do morro onde estava, mãe de James acenando para eles os chamando. - Vamos, mamãe está a nos chamar. - Se levanta e estende a mão para Erick, que aceita e se levanta com sua ajuda. 

Ambos os meninos se entreolharam de cima a baixo vendo o estado de suas roupas e cabelos. Riram e bateram em suas roupas tentando ao máximo retirar toda a sujeira do tecido, logo sacodem a cabeça vendo algumas folha ou pequenos galhos caindo. 

-Oficial, hoje eu morrerei da forma mais brutal possível. Vítima: James Nicolau. Assassina: Mãe. - Ambos riem do comentário e descem o morro correndo. 

 Ao chegarem à humilde casa, se deparam com a mãe de James barrando as entrada de ambos na casa com as mãos na cintura. Amélia, mãe de James, era quase o oposto do menino, apenas os olhos eram parecidos e a bondade que era a mesma. Ela possuía pele clara e cabelos castanhos. 

Amélia bufava pesadamente e dava para se ouvir ela contado baixinho até 10. A mais velga enclina o corpo para frente e puxa a orelha do filho, que apenas faz uma careta em reprovação.

 Erick, com apenas 7 - 8 anos, se esconde atrás do amigo meio assustado com o destino de seu companheiro de aventuras. Ele também não está em um estado apresentável, sua roupas estavam pior do que as de James. As manchas de lama com certeza não sairiam tão cedo.

-James, olhe para você. Está completamente imundo! Era só o que me faltava! Olhe para suas roupas! Acha que eu fico horas esfregando elas para você voltar assim, todo sujo? Vá já se lavar, e não espere que eu vá te esfregar de bucha! - O moreno apenas olha o amigo indo apressadamente para dentro assustado com a “fera” que chamava mãe e amava de coração.

Vê o amigo subindo as escadas e parando lá em cima. Reparou que ele disse algo assim: “Com mãe não se brinca!” e sumiu ao entrar em seu quarto. Erick segura um pequeno riso, mas fica estático quando ela olha ele soltando um longo e cansado suspiro.

-Acho melhor eu ir para casa… - Erick recua um pouco para trás. - Agradeça James por brincar comigo. Adeus. - Ele se vira e corre em direção ao centro da cidade, indo direto para sua casa. Ela é bem distante da casa de James, mas isso não os impedia de se verem. 

 Erick possuía “amigos” na cidade, mas sabia que eles não passavam de interesseiros. Eram pessoas do tipo que fazem amizade com outra apenas pela pessoa ter uma fortuna. Parecem carrapato. Grudam em você, e sugam todo seu dinheiro, até você matá-lo e joga - lo no chão. Mas as doenças que eles transmitiam ficava. 

Erick apenas os aturava por serem filhos dos sócios de seu pai, já que o mesmo sempre diz para ele ser educado e tratar todos como igual. 

 Seu pai é estilista. Sim, criar roupas dá bastante dinheiro. Ele começou de baixo, agora está em cima. Seu pai sempre ensinava Erick esse ideal, que sem esforço não tinha conquista. Ele era um dos poucos homens ricos que possui humildade no coração, todos que trabalhavam para ele o respeitavam. Erick também é assim, por isso a família Lavine é reconhecida pelos mais pobres como uma família de respeito.

 Erick chega ofegante a entrada da grande casa. . - se é que pode ser considerada uma casa, parece mais uma mansão - Já estava tarde, e seu pai era bem rigoroso quanto a pontualidade. Abre a porta silenciosamente, e vai na ponta dos pés em direção às grandes escadas do rall de entrada. Em um cômodo ao lado, seu pai rabiscava em umas folhas com precisão. Erick não percebe até que se vê forçado a parar de andar por uma voz. 

-Erick, venha aqui. - A voz grossa do homem no cômodo ao lado soa até seus ouvidos. O menino anda até a sala e para na frente do pai que o olha de cima a baixo. - Diga-me filho, como conseguiu ficar nesse estado? Parece que uma carruagem caiu em um rio de lama com você junto. Pelo visto a brincadeira foi divertida. Mas dá próxima vez, chame James para vir aqui. Acho que a mãe dele agradeceria. Vocês não se sujariam tanto. - Ao terminar de falar, Erick logo se pronuncia.

-Amanhã?! Ele pode vir?! Pode né?! - Erick quase pula do outro lado se debruçando na escrivaninha. 

-Erick, amanhã faremos um jantar para uma pessoa importante. Não pode ser outro dia? Essa pessoa virá com o filho é preciso que de atenção à ele. Adoro o menino James, mas não quero que abandone o jovem Charlie só para se distrair com James. E também não seria legal dar apenas atenção ao jovem e abandonar seu amigo. 

 -Não irei, prometo. Poderei fazer companhia aos dois! - Erick faz essa promessa ao pai na tentativa de fazê-lo aceitar. Funciona, pois ele da um longo suspiro e relaxa os músculos.

-Certo, quero todos os dois perfeitamente vestidos e limpos amanhã, prontos para o jantar. Charlie virá amanhã cedo, então passe o dia com ele. Seja gentil e edu... 

-Pai, já sei! Posso ir agora? - O menino Erick quase pula no mesmo lugar com tanta animação. 

Seu pai solta um riso interno e apenas concorda com a cabeça fazendo ele ir para o quarto tomar seu banho.

 Seria difícil encarar mais um filho metido de algum patrocinador de seu pai, junto com o encrenqueiro que seu amigo é? Talvez, mas nada é impossível, e se for, apenas a torne possível. 

 Erick teve um jantar agradável com sua família nesta noite, e mal terminou de comer sua refeição e já tinha ido para o quarto dormir, ansioso pelo dia seguinte. Seria longo e cansativo? Seria, mas não custa tentar. Depois de muito custo, conseguiu dormir. No dia seguinte, estava com uma aparência cansada, pelo visto não dormiu bem. Isso não impediu de sair correndo loucamente para fora, querendo fazer logo o convite para James. 

Foi impedido por seus pais. Sua mãe observava seu estado, e ficou um pingo curiosa pelo motivo da animação. 

Ela tem os cabelos ondulados e em um tom castanho claro, olhos cor de mel e pele pêssego. Erick era a cópia perfeita dela, no caso seria ela se fosse uma mulher. Porém a personalidade não é a mesma que que a dela. Ele era agitado igual o pai, e por mais que estivesse parado, tinha que estar fazendo algo.

-Espere, onde pensa que vai? E ainda de pijama! - Seu pai o alerta antes que ele saia com roupa de dormir. Ele da uma olhada em seu estado.

-Por que essa animação toda? - A voz doce de sua mãe o faz olha-lá.

-Papai deixou James vir jantar conosco. - Erick se aproxima.

-Que bom, seria agradável ter a companhia do pequeno Nicolau aqui. Mas antes, vá se lavar e vá tomar o café da manhã. Não quero um filho desmaiando por aí. - Diz ela se afastando enquanto resmunga coisas desconexas para eles em outra linguagem. 

-Ande logo Erick, a palavra dela é absoluta nessa casa… bem, em qualquer lugar é. - Seu pai diz seguindo sua mãe com um ar apaixonado e orgulhoso para a sala de jantar, pelo visto tomariam café ali, o que era estranho, já que sempre tomavam seu café da manhã no jardim dos fundos. Sabe? Momento em família.

 O menino Erick foi prontamente se limpar e colocar uma roupa mais adequada. Ficou pensando no motivo de tomarem seu café na sala de jantar, até se lembrar que o filho do patrocinador viria essa manhã. Desce imediatamente ao estar pronto e ao entrar na sala, se depara com uma cabeleira loira sentada em uma das cadeiras. Se aproxima em silêncio e senta a mesa. 

 -Erick, esse é o filho de meu patrocinador, Charlie. Seja educado com ele e lhe faça companhia durante o dia. - Diz seu pai. 

-Farei. - Erick apenas concorda. Ele come rapidamente e olha Charlie que ao contrário dele, comia calmamente saboreando a comida. - Charlie, poderia se apressar? Tenho assuntos seríssimos para resolver. - Pede quase como uma súplica. Charlie arqueia uma sobrancelha. 

 -Por que eu deveria me apressar? Estou aproveitando a deliciosa comida desta mesa farta. Então por favor, respeite o café da manhã. - Responde Erick e continua comendo calmamente, sem pressa nenhuma. Isso deixou o menino angustiado por estar ansioso demais. 

 Seu pai apenas ria de suas caras e bocas por ter que espera-lo. Quando Charlie termina, literalmente é arrastado por Erick para o campo onde seu amigo mora. 

Erick ignorava as reclamações do loiro que estava sendo arrastado. Ao chegarem, bate na porta estar espera calmo até que abram. 

 -Por que me trouxe a esse lugar? - Charlie olha em volta, não gostando muito. 

 -Vim buscar um amigo, ele jantará com a gente. - Charlie iria falar mais alguma coisa, mas é interrompido pelo barulho da porta abrindo. Erick olha, logo sorri para a pessoa que abriu.

 -Olá James! Estou lhe convidando para jantar em minha casa, não aceito um “não” como resposta. - Erick diz antes de tudo. 

-Duas perguntas: Quem é ele? E o que você está fazendo aqui a essa hora? - James pergunta encostado no batente da porta com uma visível cara de sono. 

 -Esse é Charlie, filho de um patrocinador de meu pai e eu fiquei ansioso demais. Então vim lhe convidar logo. 

-Certo, eu vou. E não pensei que você se tornaria babá de um riquinho. - James fala com provocação na voz, afinal, sabe o tipo de gente que ele possa ser. 

 -Não sabia que me traria para conhecer seu subordinado, Erick. Acho que ele precisa ser educado rapidamente. - Diz o loiro o provocando. James, não acreditando no que ele falou se aproxima dele a fim de arranjar briga.

 -Não acredito que disse que sou subordinado dele, aposto que é apenas por eu ter a pele escura! Mas pense assim riquinho, ao contrário de você! Eu sou amigo dele! - James se defende segurando o colarinho da camisa de Charlie. 

 -Espera, não brigue James, por favor. - Erick se mete no meio tentando apartar a briga. 

James o solta a contragosto e Charlie, sem perder sua postura, ajeita o colarinho. 

 -Onde já se viu? Subordinado? Eu? Até parece. - James solta esses resmungos indignado com ele. Pelo visto não foi com a cara dele. Erick solta um suspiro aliviado. 

 -Vai ser difícil sobreviver com esses dois… -Erick murmura para si.



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