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História Dominated (Revisão) - Como alguém tão gostoso pode ser tão diabólico?


Escrita por: btchcrft

Capítulo 13 - Como alguém tão gostoso pode ser tão diabólico?


Fanfic / Fanfiction Dominated (Revisão) - Como alguém tão gostoso pode ser tão diabólico?

Acho que estou desenvolvendo ansiedade latente toda segunda-feira, e aparentemente não parece ficar mais fácil. Os motivos mudaram drasticamente, claro, já que na segunda passada eu não queria ver a cara do meu chefe porque simplesmente ele era um maluco tirano. Não que isso tenha mudado, mas nesta segunda-feira é tudo diferente porque eu achei que seria uma boa ideia beijá-lo.

O que diabos eu tinha na cabeça?

Emma me assegurou que não era assim o fim do mundo, desde que eu não fizesse isso outra vez. Segundo ela, eu tinha a velha desculpa do álcool. Eu só tenho que rezar que Jared esteja disposto a ignorar isso tanto quanto eu. Não está na minha lista de prioridades ter uma conversa desconfortável sobre o incidente de sábado à noite. Só de pensar que Emma estava certa em dizer, Leto são realmente sinônimo de problema. Pelo menos, Shannon não era o maior deles agora, não quando eu tinha que lidar diariamente com o seu irmão, que aparentemente consegue fazer qualquer mulher perder a linha de raciocínio. 

Foque em qualquer outra coisa, Alex.

Resolvo ouvir pelo menos uma vez na vida a voz da razão dentro de mim e focar em como foi ruim ter que deixar Emma do aeroporto ontem, de novo. Não que não tenha sido bom tê-la por aqui, mas era tão fácil de me acostumar com nossa antiga rotina, que vê-la partir era cada vez mais angustiante. Em parte, porque agora eu realmente precisava de um ombro amigo para me ajudar com tudo isso. Mas também porque mesmo com os meus novos colegas, nenhum deles chega a ter a intimidade e familiaridade que eu tenho com a minha melhor amiga.

Distraída com esses pensamentos, não percebi que já estava no último andar até as portas se abrirem, fazendo o meu desespero voltar à tona. Engulo a ansiedade que ameaça chegar a níveis extremos, e abro um amplo sorriso para Claire.

— Nossa, eu quase não falei com você na festa, mas Jared não desgrudou de você em nenhum segundo, e quando desgrudava, uma fila de caras gatos vinham dançar com você. — Ela revira os olhos claros me fazendo rir. Me encosto no balcão, de modo que eu fique bem próxima dela. — Você e eu precisamos conversar urgentemente sobre me apresentar seus amigos excepcionais.

— Graças ao nosso chefe, eu não pude me divertir muito, foi só trabalho. — Sussurro.

— Como alguém tão gostoso pode ser tão diabólico? — Sua voz é baixa também. — Acho que falta um pouco de sexo bruto, intenso e selvagem na vida desse homem. — Continua e eu enrubesço. Do jeito que ele me beijou eu tenho certeza de que falta de sexo selvagem não pode ser.

— Não acho que eu pago vocês para ficarem fofocando na minha recepção. — A voz ríspida de Jared drena todo o sangue outrora correndo no meu rosto, enquanto caminha sem nem ao menos nos olhar, indo em direção à sua sala. Assim que ele entra, Claire mostra a língua e revira os olhos.

— É melhor eu ir antes que ele resolva me demitir. — Faço uma careta, querendo evitar a todo custo entrar lá agora. Na verdade, o pensamento de cortar meu braço direito soa mais atrativo no momento do que ir até a sala.

— Te vejo no almoço então. — Apenas assinto enquanto vou com passos lentos até as portas duplas.

Normalmente, sempre estou na sala antes de Jared, então isso significa que eu sempre desejo um “bom dia” impassível para ele, sem nem ao menos desviar o olhar da tela do computador, ele sempre responde do mesmo jeito.

Mas hoje, eu não queria ter que ouvir sua voz mais do que o necessário, por isso sento em silêncio na minha mesa, odiando o fato de que a minha própria sala ainda está em reformas, fazendo que eu ainda tenha que ficar o dia todo ao seu lado cinco vezes por semana. Por algum motivo parece que eu ainda estou em período de teste, só que dessa vez, é a minha dignidade que está em jogo.

— Bom dia, Alexandra. — Quase fecho o arquivo que estava salvando no computador com o susto que sua voz me provoca. Primeiro porque estava um silêncio mortal, segundo porque foi a sua voz que mudou isso, terceiro porque ele estava falando comigo e por último, ele me chamou pelo nome.

Tento pensar rápido, enquanto me decido se o chamo pelo nome ou não. Mas me lembrei que tínhamos passado alguns limites na nossa relação profissional no sábado, um pouco antes da nossa tentativa de fundir os nossos corpos.

— Bom dia, Jared. — Murmuro com a minha melhor voz profissional e educada. Sorrindo internamente por não ter hesitado e nem gaguejado. Percebo que mais coisas mudaram depois daquela festa do que eu imaginava, por exemplo, eu não achava Jared uma pessoa tão inacessível como antes. Eu costumava achar que ele era um deus, um extraterrestre, qualquer coisa exceto humano, porque bem, ele não parecia ser normal.

Mas depois da sua fachada ter cedido um pouco no carro, eu percebi que ele apenas é extremamente profissional. Uma grande parte de mim queria descobrir sua verdadeira persona, mas então a voz de Emma ecoou novamente em minha cabeça. “Os Leto são problema”, e eu sei concordo.

Supondo por exemplo que eu teria chances com ele, no final as chances de eu sair machucada e traumatizada por qualquer tipo de contato íntimo que tivéssemos, seriam desanimadoramente altas. Não que ter algo com ele passe na minha cabeça agora, claro que não.

O telefone toca, me fazendo estremecer de susto mais uma vez. Só que agora, quem atende o telefone é Jared.

— Claire.

— Sr. Leto, Ian Bennett aqui para o senhor. — Quase sorrio, sabendo que Claire está toda atrapalhada por causa do físico exemplar e do rosto perfeito de Ian, consigo visualizá-la corada e embasbacada. Mas aparentemente, alguém não está feliz com a sua aparição.

— Mas que droga esse imbecil está fazendo aqui? — Ele murmura baixo, para si mesmo. — Mande-o entrar. — Responde rudemente, socando o telefone de volta ao gancho.

Respiro fundo, me preparando mentalmente para o que virá em seguida.

Cerca de meio minuto depois, Ian entra com um sorriso malicioso brincando em seus lábios, como se não houvesse nada mais prazeroso em sua vida do que estar aqui.

— Jared. — Ele o cumprimenta com um aceno de cabeça, então se vira para mim, vindo em minha direção. Por educação, me levanto. — Alex, que prazer revê-la de novo. Bom dia! — Ele deposita um beijo na minha bochecha enquanto me envolve em seus braços, num abraço íntimo demais. Coro em constrangimento, como aconteceria com qualquer mulher que chegasse perto de Ian. Era difícil estar na presença de dois homens tão poderosos na medida que são atraentes.

— Bom dia Ian, é muito bom te ver de novo também. — Sorrio educadamente.

— O que você quer aqui, Bennett? — Jared interrompe a nossa pequena conversa e eu vejo isso como uma deixa para voltar a me sentar.

— Cristo, Leto! — Ele exclama em divertimento. — Você é rico, bem-sucedido, tem uma funcionária linda e inteligente bem do seu lado e consegue ficar de mau-humor? Acho que você está mesmo velho, meu amigo. — Ian solta uma risada superficial e eu não me atrevo a olhar para eles, mas sei que Ian está se sentando de frente para Jared.

— Você só veio aqui só para me dizer o que acha dos meus funcionários e meu estilo de vida ou tem algo realmente importante para falar? — Sua voz é cortante e eu tento me concentrar no meu computador.

— Claro que não. — Sua voz tem um ultraje disfarçado. — Só o que eu acho da Alex. Mas não é só isso, vim trazer os papéis que pediu.

— Tenho certeza de que é uma honra tê-lo aqui então, já que podia ter mandado qualquer um fazer o serviço.

— E deixar de rever você e ainda por cima a sua seleção incrível de belas funcionárias? — Questiona com a voz ainda brincalhona. Eu estava contando os momentos até Jared voar em seu pescoço. — Falando nisso Alex, se algum dia cansar da brutalidade profissional de Jared, venha trabalhar comigo, tenho certeza de que você será muito bem apreciada em minha empresa. — Encarei-o sem saber o que dizer, pelo canto do olho posso ver o rosto de Jared ficar em um vermelho vivo. Não posso faltar com respeito com Ian então apenas murmuro:

— Obrigada Ian. — E abro um sorriso desconfortável, voltando a olhar para a tela do computador, digitando qualquer coisa, tentando desaparecer dentro do meu trabalho.

— Se já terminou com suas investidas no mínimo antiéticas em minha funcionária e já veio me entregar os papéis, agradeceria se você fosse embora, eu e a Srtª Hall temos muito a fazer. — É praticamente uma ordem, mas Ian ri mais uma vez.

— Oh, claro. — Ouço o barulho da cadeira se afastando e dele se levantando, mas ouço seus passos vindo em minha direção mais uma vez. Suspiro e o encaro. — Aqui está o meu cartão, no verso tem o número no meu celular pessoal, caso queira uma companhia agradável para um almoço ou talvez um ótimo jantar. — Ele pisca para mim e automaticamente minhas bochechas queimam. Pego o cartão elegante em minhas mãos. — Me ligue a qualquer hora.

— Obrigada mais uma vez, Ian. — Minha voz sai polida novamente.

— Tchau Alex, Jared. — Se despede quando está parado à porta. Fechando-a em seguida. Coloco o cartão dentro da minha bolsa, tentando de novo, voltar a trabalhar. Talvez eu até empreste o cartão dele para Claire.

[...]

O dia foi seguido de silêncio após silêncio dentro da sala de Jared. Fazendo-me muitas vezes esquecer o que tinha acontecido. Mas subitamente as lembranças assolavam a minha mente, e depois a culpa, então eu me afogava no trabalho, por isso quase não percebi que já era hora de ir. Assim que o computador desliga, me levanto com a minha bolsa.

— Até amanhã, Sr. Leto. — Murmuro sem esperar uma resposta.

— Alex, espera. — Engulo em seco e meu coração para de bater momentaneamente com ele me chamando por meu apelido, e desconfiada, viro para encará-lo. A exaustão mental não é a melhor aliada para qualquer conversa que eu tenha agora e tudo que mais quero é só quero ir embora. — Vamos sair para jantar amanhã?

Eu não posso ter ouvido direito.

Meu cérebro parece ter sido congelado, totalmente incapaz de produzir um pensamento sequer. Seus olhos azuis me aguardam com intensidade e me amaldiçoo apenas por estar considerando a ideia, então você pode imaginar a minha decepção quando eu ouço a minha voz dizendo em alto e bom som:

— Tudo bem.

— Ótimo, te pego em casa às nove. — Ele tenta não mostrar o quanto está surpreso por eu ter aceitado sem nenhum protesto. Mas se sabia que ia aceitar de qualquer jeito, para que ficar fingindo que não quero? Joguinhos foram exatamente o que me colocou nessa situação e duvido muito que será o que me ajudará a sair.

— Acho melhor eu te encontrar lá, eu vou de carro. — Fico orgulhosa de ter pensado nisso tão rápido. Assim, se quisesse fugir, eu poderia, sem precisar ligar para um táxi.

— Você não vai escapar, te pego às nove, em casa. — Coro violentamente. Ao que parece Jared Leto pode colocar telepatia em seu extenso currículo. Com a expressão fechada, me viro de costas, saindo da sala sem mais nenhuma palavra, completamente contrariada.

Assim que as portas do elevador se fecham fico imaginando a expressão de decepção de Emma se eu contasse isso a ela, e por ser nada menos que covarde, sei que não aguentaria o sermão que ela daria, então ali, dentro daquele elevador decido que o que ela não sabe, não vai nos machucar. Seria o meu segredo, e espero eu, o único.



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