Era domingo e tudo que Kyungsoo mais queria era dormir até não poder mais. Diferente de muitos, ansiava pelo dia que as pessoas carinhosamente chamam de “o mais tedioso”. Para ele era perfeito.
A ideia de amontoar todos os cobertores possíveis existentes em seu guarda roupas, poder aconchegar-se como bem entendesse por entre eles e criar o seu próprio casulo pessoal chegava a ser o seu masterpiece.
Estava tudo calmo, seu corpo completamente aquecido pelos tecidos fofinhos, até que fora acordado por lábios carnudos que beijavam a pele do seu pescoço, uma voz que proferia números sem parar.
— Um, dois… Três…
E a cada número era um selar diferente.
Resmungou virando o pescoço para então poder enxergar seu namorado debruçado sobre o seu corpo.
— Jongin… O que está fazendo?
— Shh. Não me atrapalhe! Quatro… — Então sentiu ele beijar a sua orelha. Seu corpo arrepiou-se com o contato quente dos lábios bonitos.
— Está contando as minhas pintinhas? — Kyungsoo estava sonolento, sua voz saindo mais grossa que o normal. Seus dedos alinharam-se nos cabelos claros do namorado enquanto sentia mais dois beijos serem depositados na altura das suas costas.
— Não! Estou contando as suas lindas pintinhas. Aqui já foram seis. — Jongin sorriu ao concluir a sua contagem, passando por cima do corpo pequeno abaixo de si, rindo mais ao ouvir as reclamações do moreno.
Kyungsoo observou seu namorado olhar atentamente para o seu pescoço, deixando uma risadinha escapar quando de repente ele beijou a pele abaixo do seu queixo.
— Sete… — Mais um beijinho. — Oito… — Mais um beijinho.
O menor achava fofa a forma em como Jongin era fissurado pelas suas pintinhas. Sempre que podia ele apontava ou aproveitava para tocá-las. Kyungsoo não conseguia entender, talvez fosse apenas mais uma das loucuras do moreno.
Suspirou baixo em surpresa ao ter a pele do lado direito do seu pescoço, perto do cabelo, sugada levemente. Olhou com as sobrancelhas franzidas para Jongin que sustentava um sorriso bobo no rosto.
— Essa é a minha preferida Soo! Não podia ser apenas um beijinho, ela merece atenção especial.
Só não socou a cara do loiro em pleno domingo de manhã porque ainda estava com muito sono e um pouco abalado por ser acordado com os beijinhos do namorado. Mas Jongin não precisava saber disso, claro.
— Já disse para não me chamar de Soo! — Fez um bico convencido. Jongin apenas deu uma risadinha e avançou contra o seu pescoço novamente, selando outro beijinho agora na sua orelha direita.
— São dez, Soo.
Ele fizera aquilo de propósito. Não conseguiu segurar um sorriso idiota que acompanhava suas bochechas ruborizadas. É claro que o ego do maior aumentaria mil vezes. Resultando em um sorriso vitorioso na cara daquele bobão. Jongin circulou o corpo pequeno com as pernas, prendendo Kyungsoo em um abraço apertado. Jongin aproveitou a posição em que estavam para beijar carinhosamente os fios escuros do menor.
— Por que faz isso? São só pintinhas.
— Porque eu as amo. Elas são parte do que te compõe. E convenhamos Kyungsoo, elas são um charme. — Não pôde deixar de sorrir com aquelas afirmações. — Bem que minha mãe sempre dizia “pintinhas são sinais de beleza”. Está aqui o resultado! — O beijo em sua bochecha quase deslocou o seu pescoço. Jongin era sempre um exagerado, achava lindo.
— Só eu para te aguentar em um domingo de manhã, Jongin. — Virou-se para encarar o maior, passando os braços curtos pelo tronco largo, colocando o seu rosto na curvatura do pescoço do namorado. Respirou fundo para sentir o cheiro bom que Jongin sempre carregava consigo.
Até que a ideia de passar o domingo enrolado em cobertas junto do maior era muito melhor do que sozinho e qualquer outra coisa. Agora poderia aproveitar muito mais o seu dia de hibernação.
— Você tem pintinhas na barriga, certo?
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