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História Domínio do Medo - (Em Hiatus). - Meu Oásis...


Escrita por: Ka-S

Capítulo 6 - Meu Oásis...


— Espero que o seu pai fique muito feliz quando receber a notícia da sua volta. Diga a ele que eu fiz o impossível pra você voltar. — Dinah me olhei e deu um sorriso debochado.
— Meu pai não tem tempo pra esse tipo de coisa.
— Oh sim mais é claro, um homem tão importante quanto ele deve ter mil coisas pra fazer. — Falou sem jeito. — Peguei minhas coisas da mesa e me levantei, Dinah me acompanhou.
— Tem mais alguma coisa pra dizer? — Perguntei com tédio.
— Não, não era somente isso podem voltar ao trabalho senhoritas.
Assim que saímos da sala Dinah se jogou em cima de mim entrelaçando seus braços em volta do meu pescoço e se pendurando nele.
— Não posso acreditar que você está de volta, hoje é o dia mais feliz da minha vida. Fala sério como fez isso? Eu jurava que depois das coisas que você falou pra Lucy Vives ela diria ao chefinho que você nunca mais poderia voltar. Como aconteceu? Me conta logo? — Dinah falou tudo tão rápido que eu quase não consigo acompanhar seu raciocínio.
— Dinah você está me machucando. — Falei dando tapinhas nos braços dela que estavam me sufocando.
— Mau chegou e já vai começar com frescura. — Ela finalmente se tocou e me soltou, arrumei minha roupa de trabalho tentando desamassar com as mãos. — Agora fala como conseguiu convencer a Lucy? Digo isso porque eu bem sei que pra isso acontecer você teve que falar com ela primeiro.
— Bom... — Sorri cinicamente ao me lembrar do dia que falei com Lucy.
— Bom... O que? Fala logo? — A loira já estava impaciente.
— Bom, nada que um pouco de chantagem não resolva. — Dinah abriu a boca com a minha declaração.
— Você chantageou a Lucy Vives só pra poder voltar? — Confirmei com a cabeça. — Essa é a minha garota. — Disse de forma orgulhosa e voltou a me abraçar.
— Temos que comemorar. Que tal aquela boate nova que abriu a Dark Path? — Suspirei pronta pra negar o convite, mas antes que eu abrisse a boca pra falar alguma coisa. — Vou chamar a Camila e Normani.
— Um pouco de diversão não fará mau a ninguém. — Dinah me olhou surpresa por eu te aceitado ir e pegou o celular pra ligar.  Só espero que Camila aceite o convite de Dinah, ainda preciso agradecê-la.
—  Não Camila, não, não e não nós não vamos sair com aquela maluca e eu não vou deixar você chegar perto dela. — Normani falou gritando. Enquanto eu dirigia em direção a Rádio.
—  Mas foi a Dinah que nos convidou e agora ela é nossa amiga vai ficar chateada se a gente não for. E eu quero muito ir. — Falei fazendo bico.
— Por favor Camila pra cima de mim com essa conversa? Você odeia esse tipo de lugar e não use a Dinah como desculpa. Você só quer ir porque a Lauren vai estar lá. — Falou com certo cinismo.
— Tudo bem Mani eu confesso que estou curiosa pra saber o que a Lauren quer falar comigo. — Falei de forma sincera.
— Qual é o seu problema com essa garota? — Perguntei desconfiada. — Não vai me dizer que está… Apaixonada? Camila você está apaixonada por aquela maluca. — Engasguei com a minha própria saliva quase perdi o controle do volante.
— Para de falar besteira Normani. — Falei sem graça.
—  Não me parece besteira. E pro seu próprio bem acho melhor você realmente não ter se apaixonado por ela, depois das coisas que vimos, já deu pra perceber que Lauren tem sérios problemas mentais e você só iria sofrer.
— Eu não estou apaixonada por ela e nunca vou me apaixonar, apenas me sensibilizei, sem falar que ela deve ter um namorado belíssimo e tantos outros caras atrás dela e por favor para de falar dela dessa forma.
—  Tudo bem já que não corre o risco de você se apaixonar por essa maluca. — Revirei os olhos ao ouvir a última palavra. — Vamos pra essa tal boate, mas saiba que eu estarei de olho nela não quero ela em cima de você.
Quem escuta Normani falando dessa forma acha até que ela está com ciúmes e de Lauren, mas ela apenas está cuidando de mim, ela tem medo que eu me machuque como da última vez. E ela faz questão de falar o quanto ela não confia em Lauren. Mas eu sinto que posso confiar nela eu preciso saber o que aconteceu com ela, preciso descobrir quem é ela. Isso não é uma simples vontade é quase um obsessão, alguma em seus olhos brilhantes apagados me chama pra eles, será que a Normani tem rezão e eu estou mesmo apaixonada por alguém que eu só vi três vezes? Não isso não pode e não vai acontecer, senão eu realmente vou estar com um baita problemão e nesse momento eu preciso de tudo menos de problema.
O dia passou normalmente sem nenhuma novidade, confesso que estou ansiosa pra ver Lauren e terminar a conversa que tivemos quando ela foi atrás de mim na rádio. Me surpreendi com a visita dela, pensei em ligar pra ela já que ela tinha me dado o cartão dela. Mas não tive coragem, tenho medo dela me tratar mau dá mesma forma que fez naquele dia. Lauren é um grande enigma a ser desvendado e isso me atrai mais do que deveria.
— Dinah você tem certeza que a Camila vem? — Falei quase gritando no ouvido da loira, já que o barulho da música da boate estava alta insuportavelmente alta.

— Ela disse que a Normani não queria vir, mas Camila convenceu ela, então daqui a pouco as duas estão por aí.

— Não suporto essa tal de Normani — Dinah deu um sorriso de lado.

— Que bom… — Olhei pra ela confusa. — Pelo menos não vamos ter que competir pra ver quem leva aquele belo prêmio pra cama. — Falou apontando pra algum lugar, segui seu movimento e pude avistar Normani e Camila na pista. — Então vê se joga esse seu charme pra outra, eu deixo a Camila pra você. — Nós duas gargalhamos, como a Dinah conseguia falar tanta besteira em uma frase só.

— Acho que elas não viram a gente aqui em cima. — Falei já com preguiça de pensar que teria que descer até a pista pra buscar elas.

— Vou até lá buscar elas e você me espera aqui. — Falou Dinah me entregando o copo de whisky. Ainda bem que ela foi, eu não estava nenhum pouco afim de estar aqui e muito menos de ir pra pista, ficar cercada por tantas pessoas me apavora. Por isso estamos em um lugar reservado não tinha quase ninguém em volta, isso é uma das vantagens de ser do FBI você sempre acaba contendo pessoas que ficam te devendo favores. Pude ver que Dinah tinha alcançado as meninas, então fui ao bar pegar mais whisky, sei que não deveria beber mas pra aguentar essa noite só estando bêbada.

— Meninas vamos subir. — Falou Dinah apontando pra cima. — Vamos ficar ali.

— A Lauren veio? —Perguntei pra loira na minha frente e pude sentir o olhar repreensor Normani em cima de mim.

— Ela está lá em cima nos esperando… Ela ficou o tempo todo perguntando se você iria vir. — Senti meu rosto corar e Normani revirou os olhos com a declaração de Dinah. — Vem vamos logo antes que alguém derrube alguma bebida barata em cima de mim. — Rimos e acompanhamos Dinah,  chegamos na área reservada e sentamos em um sofá vermelho enorme que parecia até uma cama, o lugar era mais silencioso e mais agradável, não precisávamos gritar para escutar uma a outra. Olhei para os lados procurando Lauren mas não encontrei. Dinah parece ter percebido sussurrou no meu ouvido para que Normani não escutasse.

— Ela deve estar no bar ou no banheiro. Sei que vocês precisam conversar irei distrair Normani. — Dinah se afastou e lançou um sorriso malicioso e apenas assenti sem graça. — Por falar em Lauren olha ela vindo aí.— Olhei pro lado e vi aqueles olhos brilhantes apagados se aproximando. Aquelas roupas pretas e o cabelo bagunçado parece ser a marca registrada dela. Não pude evitar que meu rosto fosse rasgado por um enorme sorriso.

— Que bom que você veio Camila. — Aquela voz rouca me tirou de órbita.

— Fico feliz que você também tenha vindo. — Confessei sem esconder minha alegria.

— Oi Normani.— Lauren falou seca.

— Boa Noite Lauren. — Normani respondeu no mesmo tem ríspido. Pelo jeito a noite ia ser longa…
Eu, Normani e Dinah ficamos conversando e falávamos sobre tudo. Como da última vez Lauren ficou quieta na dela brincando com o copo de whisky, só o corpo dela estava presente porque os pensamentos estavam perdidos em algo desconhecido por mim. Eu pensei em puxar alguma conversa mas não tive coragem de romper a bolha que isolava ela. Dinah parece ter sentido o tamanho da minha vontade fe falar.
— Normani vamos dançar?

— Acho melhor eu ficar aqui. — Normani falou olhando pra Lauren que continuava brincando com o copo sem se importar com nada a sua volta. Olhei pra Normani e balancei a cabeça em sinal de negação.

— Vamos logo… — Dinah levando puxando Normani a força. Antes de sumir do meu campo de visão Dinah olhou pra trás e fez um sinal com a cabeça pra que eu falasse com Lauren.

Fiquei olhando pra Lauren e travei uma batalha comigo mesma. Vou ou não vou? Com cautela me aproximei de onde ela estava sentada e coloquei a mão e seu pulso coberto pela jaqueta de couro.

— Lauren… — Ela pareceu se assustar e ficou olhando pra minha mão em seu pulso, ao perceber seu olhar desconfortável tirei minha mão. — Eu quero pedir desculpa pelo jeito que Normani está agindo com você. — Falei sem jeito.

— Não precisa se desculpar, ela tem razão em me tratar asaim, já que eu tratei vocês mau primeiro. — Seus olhos vieram de encontro aos meus, pude ver aquele enorme buraco negro refletido em seu olhar, aquela escuridão que deixava seus lindos olhos brilhantes apagados.

— Esqueça isso, você já pediu desculpa. — Falei com um sorriso amarelo.

— Obrigada por ter me tirado da frente daquele carro. — Falou pegando na minha mão, meu corpo todo tremeu com esse toque.

— Não tem necessidade de me agradecer. — Falei sincera.

— É claro que tem, você me ajudou e a única coisa que eu fiz foi ser estúpida com você. Desculpa…

— O importante é que você está bem agora. — Ela soltou a minha mão.

— É…

— Então você e Dinah são agentes do FBI? — Falei tentando quebrar o clima e ela soltou uma risada nasal.

— Então você e Normani trabalham na Rádio Sound Miami? — Abri um largo sorriso.

— Gostaria de pedir uma música? — Pude ver um sorriso discreto se formar em seus lábios, como ela é linda.

— Que tal você me dedicar uma música?

— Farei isso com toda certeza. — Ficamos nos olhando por alguns segundos e estendi a mão direita pra ela.

— Prazer eu sou Camila Cabello? — Ela ficou me olhando confusa mas logo entendeu minha brincadeira e apertou minha mão.

— Lauren Jauregui e o prazer é todo meu senhorita Cabello.— Fiquei surpresa ao escutar seu sobrenome.

— Jauregui? Você tem algum parentesco com Michael Jauregui o ministro da segurança do estado da Flórida?

— Ele é o meu pai. — Falou com tédio então decidi não falar mais desse assunto

— Você está se sentindo bem? — Falei preocupada ao sentir sua mão tremendo de forma exagerada, ela rapidamente soltou minha mão e segurou com força em seu braço, pude ver em seu rosto que ela estava sentindo dor.

— Vou ao banheiro. —  Se levantou de forma brusca e fui acompanhando com meu olhar até ela entrar na porta preta que indicava ser o banheiro feminino.

Aquela dor insuportável no meu braço como sempre veio acompanhada de sangue. Dessa vez a dor era diferente era mil vez pior que das outras vezes, ao me aproximar da pia senti que estava pisando em algo molhado, olhei pro chão e vi sangue espalhado por todos os lados. Um gosto de sangue invadiu a minha boca, aquilo começou a me sufocar e revirar o meu estômago. Senti algo bater em meu ombro e pude ver aquela mão me apertando, sua respiração foi se aproximando e pude ouvir seus sussurros.

Enquanto estiver presa nesse deserto, só conseguirá ver miragens…

Não consegui olhar pra trás devido ao enorme medo que me invadiu,  fechei os olhos e pude sentir duas mãos quentes em meu rosto. O desespero deu lugar a calmaria, a dor do meu braço não perecia me incomodar mais, abri os olhos lentamente e olhei pra mão que ainda segurava o meu ombro, a pela de sua mão era branca, unhas pintadas com um rosa claro e tinha um anel de pérola e uma aliança dourada em seu dedo anelar. Olhei pro chão e vi que estava pisando na grama, meus olhos percorreram todo o corpo da mulher parada em minha frente que estava com as mãos em meu rosto. O sol forte batia em minha pele, a leve brisa tocava meu corpo, quando meus olhos pousaram no belo rosto aflito, os olhos preocupados dela me encaravam, abracei sua cintura e uma expressão de surpresa tomou conta do seu rosto, me aproximei e fiquei seus lábios com os meus, ela fechou os olhos com o nosso contato inesperado, tirou as mãos do meu rosto e enlaçou meu pescoço fazendo nossos corpos se aproximarem mais, apronfundei o beijo e constatei que sua língua já estava a espera da minha, elas se tocaram com a mesma devoção de um monge ao recitar o mantra.
Minha língua explorava cada detalhe da sua boca. Seu beijo acabou de transformar a minha realidade é o que me salvará, acabei de chegar no oásis e o seu nome é Camila…


Notas Finais


"Seja simples, às vezes vimos um pequeno frasco no chão e não pegamos e se ali houvesse ouro?"


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