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História Done With Love - Eleven


Escrita por: markie

Notas do Autor


OI MEUS AMORES! TARDEI PORÉM CHEGUEI!
E estou aqui com o último capítulo e com o coração na mão.

A música daqui é a própria título da fanfic, Done With Love do Zedd.
Espero que vocês gostem e peço perdão por quaisquer erros, sim? <3

Capítulo 11 - Eleven


Fanfic / Fanfiction Done With Love - Eleven

"Baby, if you're done with love, who's gonna hold you tonight? 
Meu bem, se você está cansado de amar, quem vai te abraçar esta noite?
Cause all I ever really wanted in this short life was you
Porque tudo que eu realmente queria nessa vida curta era você."

 

O suspiro que escapou dos seus lábios deveria ser o milésimo daquela noite. Era inexplicável. Não teria palavra que pudesse descrever a intensidade de Hoseok, a forma como ele lhe tocava, como lhe fazia maleável em suas mãos; as mãos tão quentes e repletas de maestria.

Entretanto, seria errado apontar somente as mãos tão surreais como pertencentes de poderes sobrenaturais, afinal os olhos castanhos trabalhavam bem lhe descobrindo, decorando suas feições, lhe constrangendo até mesmo fora de quaisquer contextos sexuais. Porque era isso que ele sabia fazer; fazê-lo entregue.

— Não é uma boa ideia você continuar fazendo isso… — sua voz rouca dificilmente desprendeu da garganta ao passo que fechava os olhos, um sorriso nascia em seus carnudos.  

Sentiu tanta falta de ter Hoseok ao seu lado pelas longas semanas que lhe ignorara, sendo forte para seguir o que Yoongi lhe dizia. No fim, aceitar o plano do descolorido não aparentou ser tão ruim, pois caso contrário sequer imaginava como chegaria àquele patamar com o acastanhado, recebendo suas carícias intencionais, arrepiando seus poros, instigando-lhe. Ambos estavam deitados sobre a bagunça que fizeram minutos atrás, e até conversavam, mas Hoseok demonstrava-se insaciável.

Quer dizer, não propriamente de sexo, mas das suas reações. Seus dedinhos deslizavam pela pele, pressionavam regiões certeiras; os lábios molhados também beijavam áreas sensíveis, murmuravam palavras ao pé de seu ouvido. Contudo, no fim das contas, aquilo não se passava de uma provocação barata do mais velho que, depois de atiçá-lo bastante, afastava-se com um sorriso inocente no rosto como se não estivesse fazendo nada. Jung Hoseok era, realmente, inexplicável.

— É a sua mente pensando coisas demais. — ele respondeu com humor, ajeitando-se de lado enquanto apoiava-se em seu cotovelo, visualizando o rosto corado do jovem. — Eu só estou te fazendo carinho.

— Em lugares sensíveis demais… — rebateu manhosamente, sorrindo curto ao fitar o brilho nas íris alheias. — Mas sabe... seu olhar está diferente…

— Diferente como?

— Como se… Estivesse vendo algo que gostasse muito.

— Mas eu gosto de você, não? — arriscou uma risada curta. Jimin desviou o olhar, tímido. — Você é bonito, coisas bonitas devem ser apreciadas.

Jimin riu suave.

— Talvez eu devesse apreciar o seu rosto o dia inteiro então?

— Você não aguentaria tanta beleza desse jeito. — brincou, recebendo um tapa do menor. — Mas falando sério, você ficaria com vergonha. Eu acabei de falar que gosto de você e você já desviou o olhar. Não deve conseguir me encarar nem cinco minutos. — continuava com o tom brincalhão mesmo que sua sentença fosse verídica. O outro acabou estalando a língua, maneando a cabeça negativamente.

— Você não sabe o que está falando, Hobi Hyung.

— Quer apostar? — sentou-se na cama de sobrancelhas arqueadas.

Foi o estopim para a mente do ruivo.

— Vamos apostar então.  — mordeu os lábios, pensativo. — O que você quer?

— Hum… Não sei… Poderíamos apostar um encontro, talvez.

— O que? — franziu o cenho. — Como assim?

— Quem perder precisa organizar um encontro para o outro. Um lugar onde ache que o outro possa gostar e coisas assim.

Jimin parou um pouco para pensar, sentindo um rebuliço no estômago. Sabia que sempre esteve com o rapaz ao seu lado e até saíra com o mesmo – mesmo que com Yoongi de acompanhante –, mas usar a expressão encontro… Dava-lhe uma sensação diferente. Acabou balançando a cabeça positivamente, ajeitando-se em frente o maior que colocava um alarme para soar após cinco minutos, respirando fundo antes de fitar as íris brilhantes.

 

Era intenso.

 

Esse foi o primeiro pensamento que teve. Fitou o mais fixo que pudera, sentindo emoções fortes no lado esquerdo do peito enquanto seus dedos eram graciosamente acariciados pelos de Hoseok. Sabia que independente de quem ganhasse os dois acabariam em vantagem pois ambos aproveitariam a companhia um do outro, mas seria divertido descobrir onde o acastanhado lhe levaria. Portanto, esforçou-se em lidar com as sensações que preenchiam-lhe, deixando-se levar.

Por algum motivo sentia-se mais próximo de Hoseok com aquilo, mas ainda assim cinco minutos aparentavam ser uma eternidade. Às vezes sentia vontade de sorrir, rir meio envergonhado porque era óbvio: o olhar de Hoseok no seu lhe causava aquilo. Mas gostava. Gostava de viajar naquela cor, alojar-se ali e aconchegar seus dedos nos do mais velho.

Até que o tempo finalmente terminou e Jimin sorriu vitorioso.

 

— Estarei esperando pelo nosso encontro, hyung.

×

Aquele deveria ser um dos dias mais frios da estação mesmo que não chegasse a nevar. O vento estava gelado, mas Jimin e Hoseok estavam bem agasalhados e com seus tênis na calçada acinzentada rumando ao lugar secreto que Hoseok havia escolhido. Quando apostou o encontro naquela troca de olhares não imaginaria que perderia, até mesmo exerceu provocações baratas e que costumavam serem fáceis de desarmá-lo, mas Jimin estava realmente concentrado no que fazia. E acabou vencendo, claro.

Por isso estavam caminhando, primeiramente, ao teleférico. Era preciso pegá-lo, afinal, antes de exercitar suas pernas subindo os incontáveis degraus do monte Namsan. Havia pesquisado bastante sobre o local e, além de uma vontade, uma curiosidade particular, queria que Jimin estivesse do seu lado para visualizar Seul a mais de 200 metros do chão. Tinha um leve receio que ele já tivesse comparecido ao lugar, até mesmo indagou a Yoongi se o mesmo sabia de alguma coisa.

Felizmente tudo estava bem. Tudo apontava ser uma primeira experiência para ambos. Por isso sentia-se feliz, com uma ansiedade peculiar dentro de si. Hoseok estava nervoso, mas fazia de tudo para disfarçar. Já Jimin, bom, ele estava mais energético aquele dia. Ele reconhecia os arredores aos poucos, afinal não era um lugar afastado do centro da cidade. A vontade de agarrar a mão dele e apertá-la era tão grande, mas por ora aliviava a sensação escondendo as suas nos bolsos de seu casaco. O vento soprava leve, bagunçando seus fios.

— A última vez que eu andei num teleférico foi quando eu tinha uns sete anos! Que surreal! — o, agora, alaranjado, proferia nostalgicamente. Hoseok riu suave, parando na fila que não estava tão pequena assim. Era considerável, era um final de semana, estranho seria se não existissem casais e famílias interessados naquele tipo de evento.

— Só precisamos chegar até lá. — demonstrou-se risonho, fungando baixinho pela friagem. — Sabe… Não é algo muito espetacular olhando por um ponto de vista, mas eu realmente queria visitar isso e você do meu lado faria tudo um pouco mais… agradável.

Jimin direcionou seu olhar ao acastanhado, estranhando um pouco a maneira que ele fora diminuindo seu tom de voz. Hoseok estava tímido? Aquela era nova. Porém, não havia razões para julgar isso ruim ou piorar o seu estado com provocações baratas. Limitou-se a sorrir caloroso, percebendo que a aura entre eles havia mudado definitivamente. Um clima acolhedor lhes envolvia, algo semelhante a abraçá-lo. Park Jimin se sentiu feliz.

— Não precisa ser espetacular. Nunca ouviu falar que coisas simples e feitas com coração fazem muito mais diferença?

Hoseok, por sua vez, sorriu para o menor. Ele realmente esperava aquilo.



 

O caminho inteiro pelo teleférico fez os olhos do alaranjado brilharem. Jimin possuía uma paixão peculiar pelo transporte, sentia-se nostálgico. E a cada instante poderia tinha dúvidas se aquilo poderia se tornar melhor. Porque, verdadeiramente, com todo aquele clima frio somado à companhia mais que agradável de Hoseok num lugar que nunca havia visitado era a coisa mais legal que poderia acontecer nos últimos dias. Sentia falta de relaxar daquela maneira.

Ambos tiveram que subir os degraus do monte Namsan – era  único percurso até N Seoul Tower –, mas todo o cansaço aparentou ser recompensado com a parada no restaurante giratório que a cada 48 minutos roda a uma velocidade de rotação e aproveitaram para passear por lojas na região. O ambiente lhe lembrava muito um shopping, mas constava bem as diferenças.

Haviam comido bem antes de pegar o elevador para a plataforma de observação. Jimin sentia-se maravilhado junto ao acastanhado, existia até mesmo uma mulher responsável por levar os interessados pela caixa metálica, fazendo suaves comentários sobre o lugar e pedindo para que todos prestassem atenção no teto, cujo exibia uma espécie de “comercial” sobre a torre.

Ao chegar à plataforma, depararam-se com uma vista imensa de Seul. Chegava a ser meio assustador fitar a cidade da altura que estavam, onde poderiam enxergar um horizonte cheio de prédios, residências e algumas árvores. Os dois rapazes estavam lado a lado e juntos sentiram os ombros mais leves com aquele lugar e não tiveram pressa de observar e comentar sobre o tanto de pessoas que presenciavam a área.

Jimin e Hoseok estavam confortáveis daquela maneira. Porém, em determinado momento resolveram voltar para o térreo onde poderiam comprar alguma coisa ou até mesmo passear pelas redondezas. Afinal, estavam perto do centro. Não era preciso muito para encontrar outros lugares para se divertirem.

 

— Ah, é tão bom ficar um tempo assim, sem fazer nada. A semana no trabalho foi tão estressante. — Hoseok soltou aleatoriamente, mudando o assunto trivial que dialogavam anteriormente conforme andavam pelas calçadas.

— É difícil lidar com Namjoon tantas horas ao lado dele? — Jimin incrementou.

— Às vezes. Quando ele fica mal humorado especificamente.

— Eu sei mais ou menos como é. Mas ele é uma pessoa legal, tenho quase certeza de que quem convive com ele fora da empresa deve achá-lo um cara legal. — pausou, ouvindo o outro concordar simplesmente. — Sabe, Hobi Hyung, você aceita algumas partidas de boliche? — o menor sugeriu de súbito, causando surpresa no mais velho.

— Assim, de repente?

— Apostamos um encontro, mas eu queria muito propor alguma coisa. Estamos perto de um, olhe. — apontou, portanto. — Eu acho que seria divertido.

— Eu não sei se eu me dou muito bem com esses jogos… — comentou com certo receio, por mais que estivesse muito inclinado a aceitar.

— Ah, vai ser divertido! Vamos!

E antes mesmo que o Jung pudesse opinar ou se opor ao pedido, os dedos quentes já estavam em seu pulso para atravessar a rua. Um riso nasceu nos lábios do mesmo visualizando um lado tão adorável do ruivo. Participaria daquele encontro com o ruivo independente do resultado dele, porque sinceramente estava tão enferrujado perante aqueles jogos que duvidava ter um final feliz.

×

Em suma, ganhou por poucos pontos de diferença. Julgou aquele dia o mais divertido dos últimos meses, percebendo que rir e respirar fundo com calma era um tanto revigorante. Somente questionava-se se aquele sentimento bom era por estar saindo ou se era por estar com Jimin. Talvez fosse as duas coisas.

 

— Se lembra de quando nós conversamos sobre o amor? — Hoseok indagou de repente, sem encarar o dono de madeixas ruivas, mas sabendo que ele lhe ouviria com toda atenção. — Então… Eu havia comentado que não ficava sentimentalmente com ninguém, assim como você na época também… E, bom, provavelmente nossas razões são bem diferentes, mas eu sentia muito medo de me entregar desse jeito. Acho que foi por isso, inclusive, que fui tão idiota. Eu dizia não querer causar feridas em você, mas…

— Por que você está pensando nisso agora? — o pequeno o interrompeu, chamando a atenção ao tocar os dedos gélidos do mesmo. — Isso já passou.

— É que é engraçado como nós tínhamos planos de não nos envolvermos com alguém e exatamente nós estamos juntos agora. Isso não soa cômico na sua cabeça?

— É… Talvez um pouco. — concordou. — Mas aquilo que eu havia falado permanece. Eu ainda sou meio ingênuo com as coisas e também sou meio inseguro… Sinto como se tivesse gostado de você a primeira vez que te vi e assumir isso é meio vergonhoso… Por que demorou tanto assim para ver que eu gostava de você de verdade? — desferiu um tapa no ombro alheio, ouvindo-o reclamar à medida que proferia bem humorado.

— Eu sou meio cabeça dura. — confessou com humor. — Sei lá, foi uma coisa muito confusa, sabe? Aconteceu tudo muito rápido… Mas talvez seja desse jeito que as coisas funcionem, mudando da noite pro dia. Aliás, você acredita que minha avó me chamou de filho da puta naquela época que brigamos no banheiro? — sequer acabou de comentar o fato e Jimin já estava rindo. — É sério! “você foi, como os jovens dizem hoje em dia, um filho da puta” e meu avô não fez nada. — deixou que aquela aura risonha terminasse gradativamente. — Mas eu não discordo… Eu falei coisas horríveis.

— Você disse coisas horríveis sim, mas eu acho que eu posso deixar de lado por enquanto. Eu estava puto naquele dia também, acho que foi sorte. — riu breve, observando sua respiração pelos ares gélidos daquele fim de tarde. — Quando eu te encontrei eu tinha saído de um relacionamento… Ele me deixou por outro cara, sabe? Mas… Eu esqueci tudo quando te vi.

— Será que você consegue ser mais fofo do que isso? — Jimin foi surpreendido por um abraço lateral, fazendo-o rir envergonhado assim que teve o corpo suavemente levantado. Sentiria-se mais constrangido se existisse movimentos pelas ruas que estavam, mas ninguém parecia ter coragem para se aventurar no meio das baixas temperaturas. Nem teve tempo para brigar ou desferir outro tapa no mais velho pois lá estava ele lhe desarmando com seus lábios. As luvas faziam leves cócegas em suas bochechas, assim como as borboletas presentes em seu estômago revirando e revirando-lhe constantemente. Deixou-se ser beijado por Hoseok, fechando os olhos para apreciar o gosto de seus carnudos. Até que se separaram devagar, sem real vontade, olhando um nos olhos do outro. — É tão diferente beijar você agora…

— O que mudou? — sussurrou de volta, seu corpo queimava perante o mais alto que lhe olhava fixamente.  

— O compasso do meu coração… — atingiu Jimin em cheio com suas palavras. — É como se eu precisasse do seu beijo mas corresse perigo de vida pelos meus batimentos.

— Eu me sinto da mesma forma. — disse baixinho. — Será que nós vamos morrer um dia enquanto nos beijarmos? — riu, levando o outro a rir consigo.

— Isso seria bizarro. Não quero pensar nisso. — ainda ria um pouco, voltando a andar com o rapaz todo agasalhado. — Vamos chegar em casa logo, precisamos descansar ainda para trabalhar amanhã.

— Ah… — expressou-se totalmente indisposto para o dia seguinte, como se não quisesse ser lembrado que aquele dia teria que acabar. — Não diga algo assim… Eu tenho um monte de coisas para fazer.

— Eu também tenho. Mas relaxa que vai ser um dia produtivo. Por enquanto só pense que nós ainda temos o resto do dia juntos. Vamos aproveitar, certo?

— Com videogame, comida e mimos?

Com videogame, comida, e mimos.

×

Hoseok e Jimin naquele dia foram os primeiros a adentrar no estabelecimento na hora do almoço. Isso foi o que Yoongi reparou, ao menos, ao notar que não encontrou nenhum dos dois pela empresa naquele horário. Ele somente suspirou forte, vendo como as coisas mudaram por ali. Antes tinha Jimin sempre disponível para comerem, conversarem, e não era como se aquilo tivesse terminado, somente alterado a frequência de tais. Não sentia remorso por nada do que aconteceu, na verdade, sentia-se bem ao ver os dois felizes pra cá e pra lá. Definitivamente muito melhor do que dar de cara com uma expressão tristonha de Jimin e aquela cara de poucos amigos de Hoseok.

Os dois finalmente se ajeitaram-se. E, bom, havia perdido uma amizade colorida por causa daquilo? Claro, mas se tinha algo desagradável era entrar empatando dois caras de ficarem juntos. Ele não sentia nada amoroso, então foi bem mais fácil lidar com a ausência dos toques de Hoseok no seu corpo. Encontraria outra pessoa, eram milhões espalhadas por Seul…

Saiu pelas portas automáticas conferindo o horário, mas que foi uma péssima ideia assim que se chocou contra outra pessoa, levando o celular ao chão inevitavelmente. A pessoa que averiguou ser um rapaz pela voz pedindo desculpas quase que imediatamente demonstrava-se afobado, mas assim que ergueu o tronco com o aparelho em mãos e tendo consciência de que não havia sofrido nenhum dano, acalmou-se ao identificá-lo.

— Ah, você é o cara do outro dia! É Yoongi, não é? — ele arriscou, expondo o bom humor que parecia sempre acompanhá-lo. — Aliás, gostei do cabelo. Preto combina mais com você.

— Sim, sou eu. Você é Taehyung, estou certo? E, ah, obrigado, eu acho. Cansei do descolorido. — guardou o celular no bolso, sem saber de fato o que dizer. — Veio procurar o Jimin? Pois ele já foi lá pra dentro. — apontou para o estabelecimento mais à frente. — Agora que o Hoseok deixou de ser cabeça dura parece que eles se acertaram, daí sabe, no começo eles deixam os amigos meio de lado.

Sua fala aparentou ser engraçada para Taehyung. Ele rira suave, umedecendo seus lábios logo em seguida.

— Verdade. Eles fazem isso sem perceber. Mas será bom para eles, eu fico feliz que tenha dado tudo certo. E graças à sua mente brilhante.

— Bom, talvez sim. — concordou, exibindo um sorriso curto, meio simpático.

Um silêncio meio constrangedor instalou-se entre eles. Taehyung abaixou o olhar levemente, inseguro com as reações alheias. Mas, ao voltar a olhá-lo e por deduzir que o mesmo se despediria com aquele breve silêncio, foi mais ágil a fitar seu rosto, não ignorando o quão era adorável a ponta do nariz avermelhada pelo frio, arriscando algumas palavras.

— Então… Você estava indo almoçar? — começou, tentando não soar muito idiota, gesticulando para o restaurante.

— Era o meu plano sim, por quê?

— Ah, é que eu também planejava fazer isso! Daí… sabe, eu acho que é bem mais agradável fazer isso quando se tem companhia, entende?

— Isso é um convite? — Yoongi riu, começando a caminhar, sendo ligeiramente seguido pelo outro rapaz.

— Poxa, você entendeu rápido! — abriu um riso, andando ao lado dele. — Você começou andar mas não me respondeu, isso é um sim ou é um não?

— Você parece não ser tão inteligente assim. — respondeu bem humorado, olhando os dois lados da rua antes de atravessar. — Apenas vamos logo, eu estou com fome.

— Acho que não ser tão inteligente soa errado. Talvez só não te conhecer direito soe melhor, não? — ambos foram saudados pelo ar-condicionado assim que passaram pela entrada do lugar.

— Taehyung, vamos apenas almoçar, ok?

O Kim deu risada do comportamento alheio, mas já o achando deveras interessante. Talvez aquilo pudesse se repetir.

 

Ok, vamos apenas almoçar.

 

Daquela forma, ambos sentaram-se perto dos outros rapazes  para degustarem de suas refeições. O riso soava mais fácil, todos sem pesos maçantes acima dos ombros. O frio poderia continuar por quanto tempo quisesse, porém o clima morno entre eles continuariam. Hoseok e Jimin daquele jeito meio clichê, talvez se desentendendo vez ou outra por causa de pensamentos totalmente diferentes – algo inevitável –, tentando arduamente manter equilíbrio no elo que criaram. Juntos queriam mostrar que apesar de todas as feridas que o amor lhes causou durante os anos, era impossível matá-lo definitivamente. Porque ele não pedia autorização para nada, ele simplesmente invade e cabe a cada um encontrar caminhos para lidar com algo tão grandioso.

Foi difícil para eles chegarem até ali, mas nem sempre era tão árduo. Isso caracterizava a sutileza da qual, muito, muito vagarosamente, a semente era brotada no peito de Taehyung e Yoongi, os dois que tiveram o caminho ligado por acaso e agora trocavam mensagens e encontros de vez em quando.

O amor é, de fato, um sentimento engraçado que pode trazer consigo coisas desagradáveis dependendo, inclusive, de sua dosagem e muito relativo de pessoa a pessoa. Mas a vida também pode ser curta demais para não aproveitá-lo. Arriscar sempre pode ser uma boa opção, afinal.

 


Notas Finais


Eu queria primeiramente me desculpar pela parte do encontro, particularmente acredito que não tenha saído algo tão bom. Quero dizer, na minha cabeça soava de uma maneira, daí passar isso pra escrita foi um tanto complicado :(
PORÉM, apesar disso, o restante do capítulo me agradou muito e eu espero que vocês tenham gostado como eu gostei! Essa última conversa JiHope passa a ser meu momentinho favorito da fanfic.
Espero que todos que acompanharam tenham se divertido em acompanhar a trajetória desses mocinhos cheio de sentimentos conturbados que no fim conseguiam uma pazinha.
PARA QUEM ESTAVA COMENTANDO SOBRE TAEGI, DEIXO ESSE FINALZINHO PRA VOCÊS <3 Isso estava planejado desde o começo, mas claro que eu não poderia comentar sobre PDOSDJIOASD ESPERO QUE TENHAM GOSTADO!
E, claro, eu preciso citar dona Liara nessas notinhas. Eu torço para que apesar dos pesares, a história tenha sido agradável para você em especial, ok? Foi tudo com muito carinho <3

ESSAS NOTAS ESTÃO GIGANTES! Eu deveria partir agora. Não se esquecem de me seguir para ter mais JiHopes, ok? Tenho algumas sendo escritas e acharia lindo ter vocês por lá também! <3

VOU RESPONDER OS COMENTÁRIOS EM BREVE, OK? MUITO OBRIGADA POR CADA UM, A OPINIÃO DE VOCÊS É MUITO IMPORTANTE! <3 E OS FAVORITINHOS TAMBÉM! OBRIGADA MESMO ♡

AMO VOCÊS AMORES DA MINHA VIDA, UM XERO EM TODOS VOCÊS! ♥


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