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História Done With Love - Two


Escrita por: markie

Notas do Autor


Oi amores! Estou trazendo mais um capítulo para vocês! Tenho que parar de postar quando estou cheia de sono porque isso afeta demais o comportamento do meu ser, eu fico deveras séria e só por Deus. Aqui vamos ter uma música que eu descobri por causa de um canal que se chama datjimilly (para quem não conhece, favor pesquisar principalmente se você ser jimin biased. Eu nem tenho palavras pros vídeos que ela faz, minha nossa senhora.), Bludfire, de Eva Simons. Música boa, ok? (Digo, eu gosto;; ) Ouçam.
Sem mais delongas, uma boa leitura! E claro, desculpem por qualquer erro.

Capítulo 2 - Two


Fanfic / Fanfiction Done With Love - Two

"Can you here the noise out there?

Você pode ouvir o barulho em volta?

It's like a rave we light it up like bludfire

É como uma rave, oh, hoje tudo é como sangue quente."

 

— Hyung, você não gosta mais de mim? – a questão surgiu de modo súbito, sobressaltando levemente o mais alto que olhou imediatamente ao dono da voz manhosa.

— É claro que gosto de você, Jimin-ah! Por que eu não gostaria? – fitou a feição triste do seu amigo. Este, por sua vez, abaixou o olhar enquanto ouvia os garotos da quadra gritarem exaltados pela Queimada.

— Hoje você falou tanto com o Youngjae hoje na aula de Química… – proferiu com o tom mais baixo que pôde, contudo o suficiente para que não precisasse repetir. Pela visão periférica viu Hoseok lhe observando.

— Jimin-ah, você é o meu melhor amigo. Eu estava o ajudando na matéria porque sou o representante de classe. Você sabe disso.

Jimin podia não notar, mas só Hoseok podia ver um tom vermelhinho estampado em suas bochechas gordinhas. O Jung sempre disse que elas eram bonitinhas. O bico que também predominava os lábios alheios somente somavam-se ao pacote de “Fofura de Park Jimin”.

— Hm... – soltou, para que assim encarasse o amigo. — Você promete que eu vou ser sempre o seu melhor amigo? E que não vai me trocar?

O mais velho riu breve da forma que o outro se portava, mas assentiu com a cabeça que prometia o que quisesse. Os dedinhos foram dados, entrelaçando-se na promessa selada.

 

Jung Hoseok achava que essa cena nunca sairia de sua cabeça. A forma como o garoto havia se mostrado ciumento fora a mais adorável possível. Na época não entendia com exatidão os motivos por aquilo ter acontecido, mas sentia-se bem ao lembrar do menor cheio de manha.

Jimin foi uma das primeiras pessoas a falar com si e sempre gostou da companhia do outro. A sensação que lhe envolvia era de conhecê-lo há muito mais tempo do que realmente conhecia. Era algo estranho, mas tão agradável quanto a própria personalidade do Park.

Park Jimin sempre foi um garoto simpático e dedicado. Admirava-o durante a primeira série, sempre o vendo tirar notas boas nas matérias que tinha um pouco mais de dificuldade apesar de ser o mais novo. Este fator somava-se ao seu próprio modo de agir, cujo sempre era compatível e gracioso aos olhos do mais velho.

Por fim, reencontrá-lo no novo emprego foi uma surpresa que fora obrigado a disfarçar muito bem. Ainda que presenciassem o prédio todos os dias úteis, não havia se acostumado exatamente com o quão ele havia mudado. Não que realmente se sentisse incomodado ou algo assim, mas era tão marcante o seu visual e tão clichê o seu comportamento, chegava a ser cômico.

Hoseok sentia-se contente em ter reencontrado seu melhor amigo da primeira série, contudo sabia que resumia-se em apenas isso. Para falar a verdade, o garoto mais velho teve diversas mudanças em sua personalidade. Park Jimin não fora o único que tivera desilusões amorosas e dores de cabeça com rolos aqui e ali.

Jung Hoseok costumava ser um indivíduo normal que levava a vida como os dias lhe apresentavam, mas se tinha algo que modificou a sua vida inteira foi no segundo ano do colegial, cuja época teve sua desilusão amorosa mais forte. Na realidade, nunca achou que seus amigos estivessem tão corretos em lhe avisar sobre a garota com quem namorava. Nunca achou que estava tão cego por seus fios claros e seus olhos cor de âmbar. Nunca achou que seria tão humilhado.

Afinal, quem poderia enxergar defeitos quando se está apaixonado? Enxergar aquele mau caráter? Aquele sentimento era uma coisa tão inexplicável, tão diabólico, que não deveria existir; a paixão, o amor, nos tira a visão do real e desse jeito a probabilidade de ser decepcionado é consideravelmente grande. Portanto, com o choque tão forte em suas feições, determinou parar de ser tão vulnerável do modo que era.

Ele havia se cansado daquela ladainha toda.

Assim, não se envolveu com nada além de beijos e ficadas. Seu coração estava frio demais para se quebrar novamente. Em sua mente agora apenas existia o carnal, as curvas, os lábios, as áreas mais interessantes para proporcionar prazer. Hoseok não via mais graça nos batimentos descompassados que não fossem pela adrenalina, pela ansiedade. As sensações que começavam insinuar carinho, admiração, já lhe causavam repulsa.

Desse jeito viveu seus anos até então. Não havia se tornado um monstro frio e sem coração, apenas não se envolvia amorosamente com ninguém. Ele ainda sorria e ria fácil, descontraía junto a amigos. Sentia-se bem daquele jeito, sobretudo. Sempre dando a mesma resposta quando sua irmã vinha perguntando-lhe sobre as paqueras e sempre aproveitando os momentos que saía para casas noturnas.

Entretanto, agora com seu novo emprego essas coisas ficariam um pouco mais árduas nesse quesito. A rotina de quem é assistente do chefe é meio conturbada por suas reuniões, de acompanhá-lo e ajeitar sua agenda por quaisquer lugares que fosse. De lidar com o mau humor de Namjoon em certos dias, de portar-se indiferente quando o mesmo dirigia olhares específicos ao Jin, numa clara tensão. Mas, apesar de tudo, o salário que lhe era combinado lhe ajudava em demasio a pagar suas dispensas e o aluguel do novo apartamento.

E o fato agradável já dito seria reencontrar Jimin, mas, contrapondo, existia o fato de reencontrar um ex-ficante. De longe reconheceria aquele rosto, assim, logo foi uma surpresa trombar-se com o menor pelos corredores executivos. Ofereceu-lhe um sorriso de canto em primeiro momento, cumprimentando-o com a cabeça em seguida. As feições do descolorido eram meio inexpressivas àquela altura.

Foi fácil aproximar-se dele, e na verdade não tinha segundas intenções como Yoongi poderia pensar. Hoseok não gostava muito de ficar com a mesma pessoa duas vezes, e isso não limitava-o em ter um tipo de coleguismo com o outro. Até porque a conversa que tiveram na matinê, pelo que se lembrava, fora simplista e objetiva. Era legal discutir certos assuntos com o rapaz.

— Hoseok, você vai mesmo embora agora? Não quer ficar nem para o jantar? – a mulher de mais idade indagava ao neto, erguendo o tronco do sofá assim que viu o rapaz com seus pertences em mãos.

— Não posso, vó, tenho que chegar antes para dar tempo de eu me ajeitar e descansar. Amanhã eu tenho que trabalhar, eu avisei isso para a senhora. – proferia de maneira simplista, indo abraçar a mulher. — Eu dou notícias e arrumo um tempo para lhe ver outro dia. – beijou a bochecha dela. — Agora eu tenho mesmo que ir senão perco o trem.

— Tudo bem então, querido. Eu te espero. Cuide-se direitinho, não quero ver você com essas costelas aparecendo, trate de engordar um pouco. – deu tapinhas no corpo alheio, fazendo o dono rir breve.

— Para de reparar no meu corpo, vovó. – riu mais uma vez pelos beliscões leves que a mesma lhe dava enquanto tentava se esquivar. — Eu vou me cuidar e comer direitinho. Cuide-se também. Da próxima vez quero ver o vô também.

Hoseok tinha um carinho especial pela sua avó que nem mesmo conseguia explicar. Mesmo não tendo um contato tão frequente com a mesma, ela fazia-lhe sentir tão à vontade que parecia que a via todos os dias. Despediu-se dela mais uma vez na porta e encaminhou-se para a estação de trem. Seria uma viagem um pouco longa para retornar ao seu apartamento.

×

 

Naquele dia tudo estava saindo conforme os planos e isso chegava a ser estranho. Namjoon não havia surtado por mais que houvessem diversos compromissos e até mesmo já havia dito que seria dispensado mais cedo, não ocorreu nenhum imprevisto desagradável, e todas as pessoas estavam em constante auxílio poupando aquelas discussões supérfluas.

Dirigindo-se para o restaurante que havia acostumado-se a ir com os outros dois colegas, sabia que os mesmos já encontravam-se no local. Havia demorado um pouco, porém logo adentrava o estabelecimento a procura dos rapazes. Após os visualizar, foi cuidar da própria refeição para então sentar-se na mesa.

— O que estavam conversando? – chegou perguntando, esbanjando um sorriso simplista aos amigos. — E, nossa, por que essa cara tão fechada, Jimin?

— Ele vai ter que ficar mais no trabalho, hoje. – Min Yoongi respondeu pelo citado, que, por sua vez, bebia do refrigerante gelado. — A pessoa fechou os relatórios revisados e esqueceu de salvar.

— Não me lembra disso, sinto vontade de me bater. – Hoseok achou graça da cena. Jimin desviou o olhar dos dois.

— Enquanto eu fui dispensado mais cedo…

— Eu vou ter que ficar sozinho lá? – o Jung franziu o cenho, não entendendo o motivo da manha alheia. Porém, o de fios descoloridos logo disse que estava autorizado a sair antes do horário por uma consulta médica. Tudo fez mais sentido.

— Bom... Se quiser, eu posso ficar lá com você.

Dois pares de olhos lhe encararam no mesmo instante e até mesmo ficou surpreso com a ação. Claro que sempre seria bom sair mais cedo do que o normal do trabalho, mas Jimin estava tão choroso que queria dar-lhe um agrado. Sua companhia era agradável, acharia que lidaria bem alguns minutos a mais naquela tarde.

Jimin imediatamente soltou sentenças negativas que foram, sobretudo, negadas pelo de fios castanhos, assim sendo combinado que ele, sim, faria companhia ao ruivo.

E, de fato, não foi uma má ideia. Hoseok não ajudou muito o seu semelhante por não poder realmente, mas lhe distraiu quando os ombros começavam a ficar rígidos e lhe incentivou quando sua visão ficara cansada. No minuto em que tudo terminou, só ouvia-se o som de seus passos pelo corredor.

Hoseok estava feliz pelo seu carro que havia finalmente retornado às suas mãos e que agora não necessitava mais de transportes públicos para voltar para casa. Contudo, antes que começasse a se despedir de Jimin para partir ao estacionamento, este impediu-lhe de apertar o botão do elevador e voltou para dentro da caixa metálica. A interrogação caiu sobre o rosto do castanho ao ver o Park aparentemente escolhendo suas palavras.

— Hoseok… Você vai estar ocupado nesse sábado? Sabe, eu não tenho certeza se você gosta de dança, mas vai ter um evento legal por aqui no centro e queria saber se você me faria companhia. Tudo se você quiser, é claro, caso não, eu vou sozinho, sem problem-

— Às vezes é muito bom respirar enquanto se diz alguma coisa. – o dono de fios castanhos riu breve ao cortá-lo. — Mas desculpe, Jimin, infelizmente terei outros planos. – foi inegável a expressão chateada do ruivo, e até mesmo pensou em considerar a ideia. Ouvia o menor proferir algo como “está tudo bem então”, mas não podia desmarcar seus compromissos. Havia de comprar vestimentas para ir ao lugar que há muito tempo não frequentava.

— Talvez outro dia. Mas, hm, quer que eu te leve para casa? Posso fazer isso como um pedido de desculpas.

Vira que Park Jimin não aceitaria sua sugestão, mas rapidamente lhe mostrou o aegyo que o divertia, com pedidos insistentes, até obter sucesso.

Fazia tempo que não ficava próximo de Park Jimin, mas felizmente sabia como conversar com o mesmo. Ele portava-se mais falante, por mais que sua feição demonstrasse o quão estava cansado. Os assuntos eram comuns de se desenvolverem, contudo em certo instante de silêncio o mais jovem dirigiu-se a um pelo qual evitava em todos os momentos oportunos.

— Você está namorando, hyung?

O maior simplesmente olhou-o brevemente, tentando lhe dizer apenas com o olhar sua resposta, mas logo completou com sua voz.

— Não. Não estou não. – respondeu apenas isso, porém viu que deveria perguntar-lhe o mesmo. — E você?

Jimin fez um som indicando sua resposta negativa.

— Para falar a verdade eu nem sinto mais vontade de fazer isso. – desabafou observando da janela as pessoas que caminhavam sob o clima, naquele dia, menos frio de Seul. A expressão dele causaram uma curiosidade distinta no mais velho.

— Namorar? Mas por que? Você tem uma personalidade incrível e é bonito, qual é o problema? – foi parando o carro suavemente no semáforo vermelho, espreguiçando o corpo no assento antes de fitar o indivíduo justaposto.

— Ah, sabe, hyung, essa mesma personalidade que você diz ser incrível é também muitas vezes ingênua. Fácil de ser passada para trás. De ser enganada. Essas coisas. Aí, sabe, eu meio que cansei.

Jung Hoseok identificou então tamanha semelhança entre eles.

— Eu costumava ser desse jeito também... Acabei parando de me envolver sentimentalmente. Essas coisas nunca dão certo.

— Então... Você só tem ficado com as pessoas? – o castanho assentiu, voltando a dirigir. — Nossa, eu não esperava que você fosse concordar comigo nessas coisas. E sinceramente, acho que só faltou as bebidas para esse clima bad. – dizia com humor.

O mais velho riu, retornando a dirigir.

— Está a fim? Tenho bebidas em casa, nem precisaríamos gastar.

— Ah, não, não. Eu sou meio fraco e não confio em mim nesses momentos. – foi dizendo, já conhecendo os arredores. Tardou um pouco em continuar. — Sabe, passa a noite aqui, Hoseok. Eu sinto falta de quando ficávamos um na casa do outro.

O pedido soou repentino e levemente acanhado. Hoseok não esperava que fosse ser convidado para dormir em sua casa com aquela expressão ansiosa. Não aceitaria, de fato, por estar querendo apenas o conforto da sua casa, porém já havia recusado o evento no sábado, e viu que deveria ao menos aceitar aquilo. Park Jimin queria passar um tempo consigo, então o que custava fazê-lo, não?

Acabou não sendo uma má ideia. Conheceu o ambiente sutilmente bagunçado, porém entendeu-lhe como era morar sozinho. Juntos comeram da comida que Jimin preparara, pela qual descobriu ser muito bem feita pelo menor. Jogaram muita conversa fora acima dos colchões, mas que pelo cansaço renderam-se ao sono antes mesmo que percebessem.

×

 

Havia acabado de sair da loja de roupas que gostava e já começado caminhar para a praça de alimentação pois estava varado de fome. Não tinha tomado o café da manhã como de costume – ele não sentia fome naqueles horários – e dirigindo-se imediatamente ao centro. Eram quase onze horas e pelo movimento do local, via que demoraria para arranjar um “almoço” rapidamente.

Com seu celular em mãos, escolhia alguma música para ouvir enquanto aguardava a fila de pessoas mover-se. Não gostava muito de esperar por alguma coisa, porém não poderia fazer de muito considerado que estava realmente com fome. Jung Hoseok sempre preocupou-se em demasio com as refeições a serem cumpridas, embora praticamente nunca tenha tomado um café da manhã decente.

Quando havia chego sua vez, surpreendeu-se por ver na fila ao lado os dois colegas de trabalho que mais tinha contato aos risos. Não havia ouvido praticamente nada ao seu redor até aquele instante, então não fazia ideia do que conversavam. Mas assim que obtivera sua senha em mãos, foi cumprimentar os rapazes. Chegava a ser estranho tamanha coincidência.

— Até aqui eu acabo vendo vocês? – iniciou com humor, prestando atenção por um momento nas vestimentas alheias. Park Jimin estava bonito com suas roupas escuras e Yoongi ainda mais atraente com aquelas calças que delineavam suas coxas.

— Será que não é o destino mais uma vez, Hoseok? – o mais velho dali respondeu, olhando-o. Logo depois abriu um sorriso breve ao ver a feição séria do de fios escuros. — Estou brincando, idiota.

O de idade mediana poderia até entender que poderia ser brincadeira aquilo, mas como sempre travava, como também já dito, por ações que demonstrassem algo a mais. Hoseok já havia ficado com Yoongi, e ouvir de seus lábios algo do gênero causava-lhe certo pânico. Não queria ninguém gostando de si e nem gostar de ninguém.

— Pensei que estaria com compromissos hoje, hyung. – Jimin se manifestou, caminhando na fila que andara. — Como não haveria como me acompanhar, acabei convidando o Yoongi hyung e acabamos vindo comer alguma coisa.

Maneou com a cabeça negativamente e levantou a sacola de papel, respondendo-lhe que havia ido comprar apenas algumas roupas para sair durante a noite. E, nesse exato momento, o Min focou-se no assunto. Por algum motivo, Hoseok soube que o mesmo já imaginava o seu destino na noite de sábado que ainda estava por vir.

— Continua saindo desde aquela época? – o de fios descoloridos jogou simplista, e o Park apanhava os pedidos sobre o balcão.

— Continuo. Sabe, tem me feito bem. – olhou-o atento, ainda não se conformando de como ele também havia mudado tanto.

Ainda lembrava-se de como tudo entre eles acontecera. Era como se a temperatura daqueles lábios ainda estivessem em si, pois o beijo foi o mais marcante de sua vida toda até então. Min Yoongi não demonstrava interesse em sua expressão facial, mas por conter um gosto por bebidas, demonstrava-se peculiarmente disto em uma boate. Não por seu semblante, mas por suas ações. O olhar flamejava em seu alvo e se queria alguém, era determinado até obtê-lo. Não havia dificuldades. E, se Hoseok não estivesse paranoico, talvez enxergasse seu olhar diferente.

Foi a sua vez de pegar seu pedido, e após ter almoçado com os meninos, tivera uma certeza confirmada: Yoongi sabia onde iria naquela noite.

Tudo foi apenas concretizado pela mensagem que recebera já adentro de toda música alta e clima de uma boate. Passou pela cabeça de Hoseok o fato do rapaz mais velho já encontrar-se alcoolizado, pois se expunha mais expressivo que normalmente. Na verdade, assimilava-se muito com a noite em que lhe tomou pela primeira vez, só que agora se comunicavam via celular.

O de fios castanhos estava pegando o drinque que pedira no bar, soltando um breve riso pelo que leu. Min Yoongi realmente jogava suas palavras em um tom despojado que no fim surtia tantos efeitos.

“Se lhe vale um elogio, as roupas que comprou ficaram ótimas. Está sendo difícil olhar para outra pessoa senão você.”

Yoongi sempre daquele jeito. O mais novo começou passear os olhos pelo recinto a procura daqueles orbes misteriosos, porém cogitou a ideia do mais velho estar brincando consigo por não encontrá-lo em lugar algum ao seu redor.

“Por que não me diz onde está?”

E em menos de um minuto a resposta lhe voltou.

“Basta vir no começo de tudo.”

Logo, foi como se sua mente se clareasse de uma forma surpreendente. Imediatamente encaminhou-se ao lugar, bebericando da bebida razoavelmente forte. O lado esquerdo central da casa noturna inteira, onde as luzes batiam com mais frequência na parede foi o local cujo desencadeou sua limitação de sentimentos e onde teve o prazer dos lábios daquele rapaz. A figura encostada na parede com um copo na destra e o celular na outra estava fora dos limites de beleza com suas vestimentas, por mais que simples. De onde estava já era possível sentir a forte presença alheia.

Os olhares, por fim, encontraram-se e houve um sorriso mútuo e indiscutivelmente significativo. O de fios descoloridos guardou o aparelho celular no bolso e dentre esse tempo Hoseok já estava próximo de si. O mais velho bebericou o último gole do drinque, umedecendo seus lábios após, fitando fixamente Hoseok. A fragrância de ambos já os violava, fazendo surgir um sentimento forte de dentro deles.

— Como da primeira vez? – Indagou direto o de fios castanhos, observando mais de perto o homem. Seu rosto iluminado perdia as luzes conforme sua estatura se aproximava. Logo podia enxergar com exatidão toda a expressão alheia. Seus olhos ligeiramente chocaram-se mais uma vez, trazendo consigo uma avalanche de desejo.

Melhor do que a primeira vez.

Assim, não demorou para que os lábios com sabores peculiares se juntassem e ambos repetissem a carícia que há tempos não existiu. Os dígitos do mais velho dirigiram-se à nuca alheia com pressa, emaranhando logo os seus fios. Um suspiro saiu de sua boca quando as mãos sempre possessas de Hoseok vieram à sua cintura, tocando-lhe como bem entendesse.

Yoongi, desde a primeira vez que ficaram, achava que tinham uma compatibilidade incrível naqueles quesitos. Ambos tinham as mesmas necessidades, ambos satisfaziam um ao outro como cada um queria sem necessitar de diálogos. E isso lhe dava um sentimento inexplicável, sempre lhe dando mais vontade do Jung.

Se tinha uma coisa que Hoseok sempre gostou em Yoongi seria a pele leitosa que constantemente aparentava implorar por sua boca, por seus dedos, por sua marca. Marca esta cuja vil, mas de visão prazerosa. Portanto, conforme o beijo afoito lhe dava falta de ar, acabou desviando o caminho para a tez branquinha de seu pescoço. Apertou o corpo contra o seu e inalou o aroma forte da região, para então beijar-lhe e provocar-lhe próximo ao lóbulo da orelha. Sorriu com o ofego que atingiu sua própria pele.

— Você continua tão sensível, hyung... – murmurava com a voz rouca adentrando levemente a camisa dele, sentindo sua pele arrepiada. Deixou que seu riso sacana acariciasse a curvatura do pescoço com aquilo. — Fica todo arrepiado quando eu falo desse jeito no seu ouvido.

Min Yoongi ficou absurdamente afetado com a provocação, reagindo impulsivamente quando o puxou para mais um beijo. Aprofundou ainda mais o ato, colando-se em seu corpo, acelerando o ritmo e os batimentos cardíacos de ambos. Disto, o Jung o quis um pouco mais. Jung Hoseok desejou aquele rapaz sob si, e não mediu esforços para expor o fato.

Não foi nada complicado partir daquele lugar cheio de expectadores, o conflito surgiu, na verdade, quando nenhum dos dois conseguiram conter-se para chegar em alguma residência. O rapaz mais novo desistiu no meio do caminho, tomando o corpo esguio de Yoongi no meio da estrada, no carro do mesmo. As únicas coisas que guardou em sua memória foram os sons eróticos que saíam pelos lábios do descolorido; a visão de seu sobe e desde incessante; e os vidros embaçados.

 

Hoseok poderia não saber, mas o dono de fios claros sentia que somente aquela vez não seria o suficiente. Agora que ambos compartilhavam o mesmo ambiente precisava ter suas mãos e sua boca sempre que possível. Yoongi não era apaixonado pelo rapaz, mas sim pelo seu corpo, e pelo seu toque.

E, de fato, não teria dificuldade alguma em explicitar isso.


Notas Finais


E então, como foi? Uma introdução por parte do Hoseok, um bate papo jogo rápido e ainda tivemos um yoonseok logo de cara. O que falar de dono Yoongi? Eu não tenho palpites, aguardo o pensamento de vocês. Aliás, agradeço aos favoritos! Não esperava algo assim para JiHope, obrigada mesmo. Acredito que seja apenas isso? Não lembro se tenho que falar alguma coisa akhdadjja mas fingimos que seja apenas isso. Cuidem-se pimpolhinhos. ♥

p.s.: caso seja de interesse, aqui está o vídeo que descobri a música (como eu amo), que aliás ela acabou fazendo de outros membros também: https://www.youtube.com/watch?v=SghGycMRU5Q <3


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