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História Done With Love - Eight


Escrita por: markie

Notas do Autor


Oi! Olha quem chegou depois de quase um mês. Perdoem a minha demora, mas tentei cumprir a promessa comigo mesma de postar este apenas quando terminasse outro capítulo. Acho que nunca editei tanto um capítulo como editei este, mas finalmente coloquei tudo o que eu queria direitinho.

Espero que gostem do meu clichê e do som da Tove Lo com Habits. <3

Capítulo 8 - Eight


Fanfic / Fanfiction Done With Love - Eight

“You’re gone and I got to stay high

Você se foi e eu tenho que ficar chapado

All the time to keep you off my mind

O tempo todo para manter você longe da minha mente.”

 

    Aquilo estava muito errado.

    Extremamente errado, aliás.

    Hoseok não possuía a mentalidade para compreender o que estava acontecendo. Aliás, como aquilo acabou acontecendo? Sua cabeça já estava quente apenas por tentar encontrar uma resposta para aquela questão. O real problema estava no significado de todo aquele vago, de toda aquela coisa sem resposta.

Tudo começou na verdade naquela noite. Ele e Jimin transaram. E tudo bem, ele não achava aquilo ruim, classificaria aquela tansa dentre suas melhores, contudo era ciente de que para Jimin as coisas eram diferentes. O próprio poderia até mesmo não dizer, mas Hoseok sentia isso vindo dele e tal fato não saía de sua cabeça com tanta facilidade quanto achou que teria.

Mas o estopim estava na tensão que se instalou, a princípio, entre eles. Hoseok sentia-a, forte, e tinha certeza de que Jimin a sentia também. Naquele dia em especial deram certo de irem a uma reunião juntos e se sentarem frente a frente. O olhar que ambos sustentavam assim que se entreolhavam perante aquele toque sem querer de pernas abaixo da mesa era pesado, algo que até mesmo roubava parte do ar de seus pulmões. Causava-lhe desejo, uma ânsia repentina de roubar aqueles lábios novamente.

Inexplicável.

E tão, tão, errôneo para alguém que ansiava apenas uma foda com outra pessoa. Quer dizer, aquela tensão não costumava acontecer daquela forma com Yoongi, por exemplo. Era exatamente esse ponto que intrigava o dono de cabelos castanhos. Algo era diferente.

Namjoon situava-se discutindo algo com alguns empresários, e nesse meio tempo a mente de Hoseok viajava naquele roçar perigoso. Apesar de Jimin possuir uma personalidade um tanto quanto gentil e demonstrar seu carisma em seu olhar, naquele minuto especificamente ele vestia olhos afiados, aqueles olhos que sabiam o que provocavam. Indiscutivelmente insano. Jung Hoseok enlouqueceria antes do fim do dia.

Entretanto, não conseguia hipotecar sobre sabe-se lá como ele estava se sentindo. O modo de se portar era contraditório visando que Jimin nutria sentimentos por si. Esperava que Jimin nem olhasse na sua cara, porém não, ele ainda lhe provocara daquele jeito. Teria que repensar suas opiniões sobre o pequeno.

— Hoseok – a voz de seu patrão repercutira de repente, chamando sua atenção. Olhando-o, aparentava conter certa felicidade no olhar. — Estamos tendo um ótimo progresso aqui na empresa, e exatamente por isso queria pedir a sua ajuda.

— Claro, com o que quiser. – prontificou-se, desencostando sua coluna da parede.

— E depois disso, eu te libero até segunda-feira. – acrescentou, o que deixou Hoseok com uma feição interrogativa. Namjoon estava lhe dando uma folga em plena sexta-feira? Aquilo só poderia significar que as coisas estavam realmente bem.

— Está falando sério?

— Nunca estive mais sério. – assim, sorriu. — Terei alguns compromissos que basicamente precisarei apenas de Seokjin, então está tudo bem.

— Oh... Muito obrigado de qualquer maneira.

— Não se acostume com isso. – soltou com humor, caminhando para seu cubículo. — Mas venha que terá que terminar um trabalho ainda.




 

E, após todo o estresse que passara naquela semana, acordar naquele sábado nunca pareceu-lhe mais revigorante. Os ombros já relaxados após a boa noite de sono pareciam causar mais calma, e olhar o céu naquele dia por sua janela apenas lhe dava mais ânimo. Está certo de que não teria nada de importante para fazer o seu dia inteirinho, porém apenas por isso já sentia-se feliz.

Entretanto, percebera que ficar apenas em sua casa deixava-lhe um pouco impaciente. Quer dizer, já havia feito tudo o que poderia e o que tinha para fazer, sentiu falta de alguma diversão, de alguma companhia. Contudo, sequer poderia imaginar onde estaria Park Jimin, e não o chamaria. Chegou numa conclusão que deveria se afastar ao menos um pouco do garoto agora que eles tiveram algo mais íntimo, especialmente para não enaltecer ainda mais aquela paixão que o ruivo nutria.

O problema era que nem sabia se era capaz de fazê-lo com o pequeno. Jimin era um ser divertido, que lhe trazia uma segurança boa apesar de todas as coisas. Quando dizia admirá-lo não estava mentindo, ele era realmente uma ótima pessoa. E seus conceitos apenas fortificaram-se depois daquela noite – ele também era ótimo na cama. As cenas que surgiram em sua mente causaram-lhe arrepios intensos.

Acabou suspirando forte, balançando a cabeça para os lados. Ele não deveria pensar naquelas coisas com o jovem. Decidiu, portanto, que tentaria ligar para Yoongi e arriscar chamá-lo para sua casa. Foram precisos quatro toques para que o dono de cabeleira clara atendesse o celular, mas, ao fim, tudo que Hoseok recebeu fora uma recusa. O Min estava ocupado e sequer justificou-se devidamente, proferindo suas palavras rápidas e desligando em seguida. Tal ato fez o de fios castanhos franzir o cenho, mesmo que desse de ombros posteriormente.

Notou que se quisesse companhia, teria que procurá-la. E foi pensando nisso que abriu o seu guarda-roupas e pegou as últimas peças que havia comprado, certificando-se em tomar uma ducha, arrumar-se, e partir para as ruas no início da noite. Como de praxe, as ruas estavam movimentadas e acesas em uma noite de sábado. Por um só segundo passou pela mente de Hoseok que aquilo lhe cansaria e que seu final de semana era essencialmente para descansar, mas já estava no meio do caminho e idealizar diversões futuras não lhe faziam querer voltar para casa.

Estava dentro da boate, e aquilo fazia-lhe se sentir em casa. Não conseguia entender a razão de seu sentimento, mas via que aquela falta de iluminação, o jogo de luzes, muitas pessoas aglomeradas, e álcool à vontade faziam o seu tipo. Estudou as pessoas do local rapidamente à medida que dirigia-se ao bar, e a “bagunça” que habitava o lugar fez seu peito acender-se. Ficaria com alguém por ali sem importar-se com o amanhã, como sempre fazia. Logo, pedira a bebida de sua preferência e voltou-se para a pista, procurando alguma vítima.

O som alto que adentrava seus ouvidos fizeram-lhe caminhar até a pista de dança, onde misturou-se com todos aqueles rostos desconhecidos. Sentia diversos aromas naquele meio, e sentia-se entorpecido por todos eles. Perfumes distintos, doces, amadeirados, tudo faziam um desejo crescer dentro de seu corpo para senti-los mais de perto. Hoseok dançava mais livremente àquela altura e, subitamente, pousou seus olhos em alguém que talvez já lhe observava há um tempo.

Era uma mulher de cabelos vermelhos até os ombros, magra, e visualmente um pouco mais baixa que si. Quando a mesma tivera certeza que estava a olhando, um sorriso curto brotou em seus lábios e demonstrou timidez – talvez até mesmo uma timidez falsa – em ser pega no flagra. Jung Hoseok retribuiu aquele sorriso e caminhou até a mesma, cuja localizava-se quase saindo da pista.

Aproximou-se com sutileza, seguindo o ritmo que a música ditava em seus ouvidos. Os olhos dela cativaram os seus de uma maneira inexplicável. Brilhantes. Tão brilhantes quanto os de...

— Ei... – a voz da mulher repercutira próxima de sua orelha, e foi como se saísse de uma espécie de transe. Focou-se nela, vendo-a levar os braços por cima de seus ombros. Pegou, logo, em sua cintura, aproximando seus corpos em questão de segundos. Dançavam juntos. Muito juntos. Até que, claro, Hoseok segurasse levemente o rosto delicado e roubasse aqueles lábios finos.

Havia um bom tempo que não ficava com alguma garota, diria até mesmo que estava perdendo o costume. Porém, apesar disso, prevalecia com o desejo por elas. Não era como se odiasse seios e a ausência de um pênis entre as pernas. A temperatura corporal estava alta da mesma maneira que ficaria com um rapaz, e apenas aquilo já lhe excitava e atiçava seus instintos a prendê-la e explorá-la.

Devido a isso, sussurrou-lhe se queria sair daquele lugar, e em questão de segundos estavam em um canto das ruas, próximo inclusive ao seu carro. Sugeriria que adentrassem o veículo porém sua boca estava ocupada demais para fazer algo do gênero. Beijava aquela mulher com avidez, segurando os fios, atiçando-a, até que a mesma se dirigisse à pele de seu pescoço e sua mão pousasse acima do volume sob a calça. Hoseok subiu suas mãos, chegando aos seios, massageando-os.

— Não quer ir pro meu carro? – ele sussurrou, procurando o olhar brilhante da moça. Esta, por sua vez, olhou tão profundo em seus olhos que sentiu-se, ao contrário de um predador, a própria vítima.

A resposta negativa ficou implícita a partir do instante que a garota começou abrir sua calça, distribuindo beijos molhados em seu pescoço, descendo devagar. Assim, Hoseok teve a visão que sempre lhe excitava inexplicavelmente: alguém de joelhos à sua frente, prestes a fazer atos impudicos.

Entretanto, parecia que algo estava fora de seus eixos. Quer dizer, ao olhar para aquelas madeixas, inevitavelmente recordou-se do garoto mais jovem.

“Prometo que vou chupar direitinho.” repercutira em sua mente, e com a imaginação acabou ofegando ao mesmo tempo que sentira a boca alheia envolver o seu membro. O ato de segurar os fios alheios fora completamente impulsivo, estimulando-a continuar, mesmo que em sua mente existisse outra pessoa.

E, de fato, aquilo era extremamente bizarro. Subitamente apenas queria o rapaz mais novo aos seus pés, lhe dando aqueles toques tão sujos, sussurrando-lhe obscenidades. Jogou a cabeça para trás, sentindo a boca aconchegante envolver-lhe por inteiro. Um medo que sua boca também seguisse a mesma linha e gemesse o nome de outrem encheu-lhe, mas com força tentou não fazê-lo.

Ainda naquela noite, após foder aquela mulher que sequer deu-se o trabalho de saber o nome, retornara ao bar e bebera o suficiente até sua visão ficar zonza. Não queria mais que Jimin aparecesse em sua cabeça em momentos íntimos tampouco em seus minutos de lucidez. No ambiente parcialmente iluminado encontrara um rapaz, e com ele misturara bebidas numa brincadeira. Estava bêbado; mas somente naquele estado obteve sucesso em beijar uma boca sem Park Jimin surgir de repente.



 

No entanto, os momentos de lucidez voltavam e aquela loucura apenas fortificou-se em outros dias posteriores, quando sua mente vazia abruptamente lhe trazia aquela noite à tona, aumentando o desejo de falar com Jimin novamente. Mas seria um tanto insensato tocar naquele assunto, não faria algo semelhante, ainda mais por sequer estar conversando com ele direito. Depois do dia de provocações Jimin afastou-se quase que completamente, onde trocavam apenas palavras necessárias no trabalho. Tudo esfriou completamente.

Sua mente pareceu ficar mais confusa a cada dia que se passou, onde em certo dia com Yoongi os fios vermelhos apareceram em sua cabeça novamente. Ficou um pouco aliviado que foi apenas por um segundo, mas depois de todo o ato sexual, o silêncio da madrugada lhe deixou vulnerável àqueles tipos de pensamentos. Seu corpo parecia tão conectado com o do ruivo de uma maneira cuja não poderia explicar. Lembrava-se de que percorreu cada delineado daquele corpo, que apertou aquelas coxas e glúteos macios, que o teve rebolando deliciosamente bem em seu colo, sussurrando o quanto lhe queria. Era como se Jimin se sobressaísse por si só.

Hoseok indagava-se se sob aquela cabeleira rubra passavam-se tantos pensamentos indecentes quanto na cabeça dele, se as coisas acabavam sendo tão intensas que excitava-se em momentos solitários e era obrigado a tocar-se a fim de aliviar todo aquele tesão.

— Droga... – dessa forma ele praguejou, baixinho, no auge daquela madrugada de clima tão estranho. O outro ser justaposto dormia tranquilamente enquanto ele estava lá, com uma ereção formada, escondida abaixo do tecido quente de seu moletom.

 

Jung Hoseok estava definitivamente perdido. De absoluta maneira toda aquela situação que estava passando era errônea. Ele só queria ter o corpo esguio de Jimin acima do seu outra vez, um desejo simplista ao mesmo tempo que tão inalcançável. Nutria um respeito desigual pela figura baixinha e de fios vermelhos, ele não era igual as  outras pessoas com quem ficava, isso ele próprio havia deixado claro à face do pequeno. No entanto, seu desejo era tão forte...

Necessitava de um belo banho gelado, mas não apenas para esfriar o corpo quente e desejoso, mas que fosse de temperatura suficiente para congelar aqueles pensamentos e consequentemente cessar aquela coisa que estava crescendo dentro de si.

No fundo, o seu medo mesmo era que Jimin tivesse mudado sua vida por causa de um mísero beijo, e uma noite intensa de sexo.

 

×

 

— Mas pense bem, Jimin, os dois acabaram ganhando de alguma forma. Digo, vocês tiveram uma boa foda... – Jimin ouvia as palavras do amigo Kim, e apesar de existir uma compreensão sensata sobre o que conversavam, algo ainda não parecia-lhe satisfatório.

— Eu sei que tivemos uma boa foda, mas Taehyung... Foi literalmente isso. Eu...

— Estava esperando que ele acordasse do seu lado, falando que descobriu que te ama depois da noite que tiveram? – cortou-o, proferindo o que possivelmente habitava sua mente confusa. Embora tivesse passado um bom tempo afastado do pequeno, ele ainda lembrava-se de como funcionava aquela cabecinha. O Park sempre teve expectativas, mesmo que não percebesse. Achava que era por isso que frequentemente decepcionava-se. — Esperava que ele te correspondesse... Sabe, Jimin, pelo que me contou, você sabia que ele era assim e caso não esteja enganado, ele avisou você várias vezes, não?

O silêncio que o menor deixou fora o suficiente para que ambos soubessem que Taehyung estava certo em sua palavra. Era óbvio que fora avisado muitas e muitas vezes que magoar-lhe não era o que Hoseok queria fazer, no entanto, lá estava ele. Não que o Jung tivesse culpa, Jimin confessava que havia sido ele que insistiu em toda aquela história. Ele só estava frustrado. Frustrado em demasio.

— Eu sei que eu sou o culpado dessa coisa toda, Tae... E eu vou cuidar disso. Quer dizer, não há muito mais do que eu possa fazer. Eu o provoquei algumas vezes, confesso, mas... Se afastar foi o melhor. Ele deve estar tocando outra pessoa nessa hora.

— Ei! Controle esse seu ciúme, Jiminie! – repreendeu, vendo a expressão do ruivo emburrar, para que assim voltasse ao normal. Taehyung respirou fundo, constatando que em poucos minutos chegariam ao local de trabalho do outro, e portanto teriam que acabar com aquele assunto. Por mais confuso que o amigo poderia ser, sentia vontade de ao menos tentar desembaralhar o que quer que exista em sua mente. — Mas sabe, posso fazer uma pergunta? – esperou que o Park lhe desse alguma resposta, continuando logo em seguida de maneira mansa, atencioso. — Mesmo sabendo que ele não teria nada sério com você, se ele chegasse de repente e dissesse que sentiu saudades, você aceitaria ficar com ele mais uma vez?

E, por algum motivo, a primeira resposta que apareceu em sua cabeça, assustando-lhe inclusive, fora sim. O próprio Jimin não entendia seu pensamento. Era algum tipo de masoquista? Não deveria agir daquela forma, deveria pensar que se algo lhe faz mal, que se afastasse de tal até que se portasse bem em todos os aspectos, e não afundar-se de cabeça como estava fazendo. Por que aquele sentimento tão ácido que lhe enche quando se é traído, a ponto de lhe deixá-lo insensível o suficiente para distanciar-se de alguém sem pensar duas vezes não lhe acometia naqueles momentos ou simplesmente com Jung Hoseok? O que mais poderia esperar daquela relação de laços tão frágeis?

— Você tem um pensamento muito estranho, de verdade.

— Mas eu nem falei nada! – virou a cabeça para ele, de cenho franzido, injustiçado.

— Seu silêncio está respondendo todas as minhas perguntas hoje, Jimin. – disse, bem-humorado. — Acho que temos alguém realmente apaixonado...

Com isso, o baixinho de madeixas rubras suspirou forte. Não existiam meios para poder enganar ou esconder os fatos que já estavam tão aparentes. Sabia que estava apaixonado e somente por pensar nisso ficava apreensivo com o futuro que teria. Quer dizer, de maneira alguma aquilo se transformaria em algo benéfico para si. Deveria logo parar com aquelas esperanças...

— Taehyung... – resmungou com manha, parando seus passos. O olhar interrogativo do mais alto caiu sobre ele, e de forma natural riu nasalado do jeito que o pequeno se portava. Já estavam basicamente ao lado do trabalho do ruivo e de qualquer forma teriam que se despedir.

— Jimin... — imitou-o, assistindo-o revirar os olhos. Sem mais ou menos, a partir desse ato, puxou o corpo do amigo e abraçou-lhe forte naquela manhã fria. O pequeno respirou fundo, retribuindo o carinho do outro. — Sabe, se eu estivesse no seu lugar, nem teria insistido tanto, teria o mandado se foder há um tempo com as fodas dele e coisas assim, mas sei lá, é de você que estamos falando; então depende do quanto seu coração aguenta. Você não está em melhores condições para falar com ele novamente... Se bem que... eu não estranharia se isso acontecer porque você é muito teimoso, misericórdia. — o comentário arrancou um riso curto do menor, que estapeou sem força suas costas.

— Idiota. Eu vou ficar bem. 

Em segundos, os dois corpos se separaram, permanecendo numa distância razoável para que ambos ficassem cara a cara. E dentre este mesmo segundo, os orbes escuros de Kim Taehyung fitaram mais ao fundo uma figura estática, e embora estranhasse a ação repentina, rapidamente compreendeu o que estava acontecendo.

— Eu estou falando sério. — voltou-se, portanto, à estatura baixinha, tomando liberdade para fazer uma bagunça carinhosa nos fios macios e já não tão vermelhos quanto outrora. Viu o menor reclamar, mas ignorou-o. — Receberá mais um abraço por reclamar tanto desse jeito, e depois se eu notar que não melhorou nem um pouco desse humor péssimo. Se quiser, podemos sair para beber qualquer dia desses, sabe, ambiente novo, pessoas novas...

E fazendo como dito, riu junto com ele e puxou-o novamente, não prestando atenção no que o pequeno respondia, mas conseguindo observar o rapaz que aparentemente não possuía simpatia pela cena que via. Parecia confuso, sem saber o que pensar direito. Taehyung, descaradamente, mandou-lhe um sorriso sem nem querer ter certeza de que aquele com quem trocava olhares era Jung Hoseok.


 

Daquela forma, algo floresceu, mas ainda era escuro demais para que houvesse entendimento. O que existia era apenas confusão, um caos caindo sobre a cabeça de Hoseok, de maneira que conturbou seu dia inteiro. Quer dizer, aquilo foi apenas uma provocação idiota, planejado, ou foi algo que aconteceu naturalmente e era si próprio que estava louco da cabeça? Na verdade nem ele sabia responder.

O sorriso daquele desconhecido não saía-lhe da cabeça, não o conhecia e não sabia o que quer que poderia significar aquele curvar de lábios acompanhado daquela longa troca de olhares. Hoseok queria entender o que estava acontecendo. Seria ele o homem com quem Jimin dissera que almoçava outro dia? Seria possível eles estarem saindo logo agora que demonstrava tanta distância do mais jovem? Bom, não poderia julgá-lo de qualquer maneira. Deveria até mesmo achar isso algo incrivelmente bom, porque poxa, Park Jimin estava conhecendo outras pessoas!

Entretanto, ele apenas não imaginava que isso aconteceria em tão pouco tempo. É, estava dentro de uma contradição absurda. Seu ego estava ferido por ser facilmente descartado, mas sabia que realizava os mesmos atos por inseguranças idiotas, então não teria razões plausíveis cujos justificassem seus sentimentos. Havia sentido saudade do corpo do pequeno, e provavelmente este já estava em outras mãos.

O pensamento amarrava sua feição cada vez mais. Sabia que passou boa parte de seu dia indiscutivelmente sério, e isso até mesmo teve uma piora quando Yoongi basicamente voltou a falar com o Park – eles também não estavam tendo um contato muito bom, o de fios descoloridos quis conversar com o ruivo para voltarem o que serem o que eram. Estava ciente de que seu ciúmes fora despertado, e que também aquilo poderia lhe levar a lugares indevidos, à discussões desnecessárias. E com certeza esse não era o seu objetivo.

Seu objetivo agora estava centrado em esquecer definitivamente o dono de cabelos vermelhos.


Notas Finais


Será que Hoseok está atrapalhando o casalzinho? Me digam o que acharam, ok? Gosto de ver vocês especulando sobre a estória! Vejo vocês no próximo! <3


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