História Done With Love - Nine

What did you do this for?

Por que você fez isso?

You look like any other fool I know

Você se parece com qualquer outro tolo que eu conheço

Jimin havia acordado de bom humor aquele dia. Quer dizer, estava feliz pois enxaqueca que resolvera atacar depois de longos dias havia finalmente ido embora. Não aguentava passar seus dias com aquelas dores insuportáveis acompanhado de todo mal-estar que era incluído. Talvez o estresse fosse o seu pior inimigo.

Levantou de sua cama já começando a se arrumar para mais uma segunda-feira. Os dias na empresa estavam tão monótonos, sentia falta até mesmo da pressa que Minyoung colocava acima de si quando Namjoon estava mal-humorado. Fazia tempo não parava para trocar algumas palavras com ela, tentaria fazê-lo em breve.

O toque de seu celular ecoou de repente, assustando-lhe à medida que arrumava suas roupas em frente ao espelho. Conferindo-o, viu que se tratava de Yoongi, o qual pedia por alguns minutos de conversa sem tentativas de fugas. O ruivo ligeiramente sentiu-se ofendido, pois claro que não fugia das coisas! Revirou os olhos e confirmou o que ele escrevera com poucas palavras.

As únicas questões eram onde, quando ele queria ter aquela conversa, e sobre o que se tratava. Se esta acontecesse com Hoseok por perto, não tinha certeza se seria tão favorável. O Park não tinha certeza se estava preparado para encará-lo novamente, frente a frente. Jimin até mesmo chegava a se culpar pela relação deles ter decaído tanto, pois caso não tivesse insistido tanto no avanço dela talvez prevaleceriam com a amizade de antes.

Sentia-se tolo por ter forçado a barra e ter sido tão egoísta. No fim, de que adiantou todo o drama que fizera? Não possuía Hoseok da mesma maneira, nem mesmo como um amigo. Até mesmo pensou em se desculpar, porém o mais velho estava demasiadamente distante, estranho; o evitando de todas as formas. E por outro lado achava que precisava de um pouco de orgulho perante o de fios castanhos.

Com um último suspiro, partiu para as ruas deixando aquele assunto de lado por ora. Não deveria se preocupar tão firmemente com Hoseok àquela hora. Seu aparelho celular tocou mais uma vez, e diferente de minutos atrás, agora Yoongi lhe ligava. Jimin estava pelo menos contente de ter conseguido voltar a falar com ele, pois como já anteriormente dito, ele fora uma das primeiras pessoas que falara consigo dentro daquela empresa.

Min Yoongi era um rapaz de bom coração, e sua personalidade franca não deixava de ser presente nem numa amizade de laços fortes. Lembrava-se de como ele chegara em si nos últimos dias, arrastando-lhe para tomar um café qualquer e comer alguns doces, rapidamente explicando que não iria ficar afastado de alguém que conversava por longos minutos. Por algum motivo, Jimin não se sentiu forçado, e no decorrer do tempo em que ficaram juntos trocaram um bom diálogo. Ele indagou sobre tudo o que havia acontecido nas últimas semanas e, bom, Jimin acabou deixando-o a par de tudo. Foi intrigante o fato de que ele não sabia que ele e Hoseok tiveram alguma coisa.

Ao fim da ligação, se encontrariam na onde Jimin constantemente frequentava para tomar seus cafés. O que, de fato, não demorou muito para acontecer. E eles tinham um tempo, afinal ainda faltava em torno de trinta minutos para estarem na empresa. Acomodaram-se numa mesa próxima da janela junto com seus pedidos que rapidamente pegaram no balcão. O ruivo situava-se curioso para saber sobre o que o amigo queria falar.

— Você sabe que eu não consigo evitar de ir direto ao ponto quando é sobre algo específico que preciso falar, não é? — o de fios descoloridos começou, e claro que o mais jovem sabia, afinal não o conhecera no dia anterior. Maneou a cabeça positivamente, mordiscando o pedaço de bolo que Yoongi quis lhe pagar. — Olha, eu sei que isso nem é da sua conta e que talvez você nem saiba nada sobre isso, mas... É sobre o Hoseok. Digo, ele soltou algumas coisas e queria saber se você tinha noção do que está acontecendo.

— Sobre o que você está falando exatamente?

— Estou falando que o Hoseok está muito estranho. Quero dizer, esses dias eu o encontrei e pensei que tudo não se passava de um dia ruim, algum mau humor repentino, mas ele está com a cara fechada e sendo frio naturalmente. Sei que você tem uma amizade mais forte com ele então eu pensei que talvez... — deixou sua fala morrer, olhando para o mais jovem à espera de alguma resposta.

O pequeno ruivo respirou fundo.

— Mesmo que eu tenha, ou tivesse, sei lá, uma amizade maior com ele, nós não nos falamos direito há dias, como eu tinha te contado... Eu devo saber o mesmo tanto que você.

E então o descolorido imitou o ato de Park Jimin, começando dividir sua atenção no chocolate quente que pediu.

— Então nós temos um problema. — disse por fim, expressando um falso humor em suas palavras. — Imagino que não vai ser simples lidar com ele quando chegar o momento de pôr tudo para fora.

— Bom... Talvez eu possa tentar falar com ele... Quem sabe meu humor esteja bom o suficiente para fazer isso, pelo menos por enquanto. — poderia até estar falando aquelas coisas, porém não fazia ideia de como começar algo semelhante com o rapaz acastanhado. — Mas, você disse que ele soltou algumas coisas... de que coisas você estaria falando?

— Hm... Coisas como “ele não tinha o direito de fazer isso” ou “tudo foi uma mentira”, e mais alguns resmungos. Tenho minha consciência limpa e sei que não fiz nada de errado, além do mais, ele não ficaria murmurando perto de mim se eu fosse a razão de todo mau humor.

Foi então que Jimin pôs sua cabecinha para pensar um pouco. Bem provavelmente Hoseok manteve relações com outras pessoas além de Yoongi, teria outra pessoa que mexera com ele de maneira mais íntima? Ou será que os fatos se voltavam para algo mais sério, algo relacionado à sua família, talvez? Jimin lembrava-se bem que Hoseok tivera problemas com seu pai. Logo descartou a ideia, eles nem tinham contato...

— É... Eu realmente não sei no que pensar. Eu te dou notícias sobre qualquer coisa que eu souber. — concluiu, apressando-se a terminar a sutil refeição que tinha. — Acho melhor não demorarmos tanto, Namjoon ainda detesta atrasos. — lembrou, pegando sua xícara de café quente.

— Ok. Você tem razão. — acompanhou-o, deglutindo da bebida quente. — Aliás... Obrigado por isso.

Jimin sorriu curto, sentindo a sinceridade grandiosa presente naquele agradecimento. Só esperava que pudesse fazer alguma coisa para ajudar, pois mesmo que estivesse meio chateado, ainda se preocupava com Hoseok e Yoongi era seu melhor amigo.

— Por nada.

×

Park Jimin deveria desconfiar daquele bom humor todo, ah se deveria. Esqueceu-se subitamente do que levava junto a si, de que a tempestade sempre vinha depois da calmaria. Não poderia comprovar aquilo de maneira melhor senão pelo dia que tivera. E o culpado daquele sentimento tão impaciente fora um funcionário do setor de finanças, quer dizer, o ruivo não tinha paciência para lidar com sarcasmo. Em primeiro lugar ele nem era necessário. Porém, àquela altura tentava retornar ao seu normal e ligeiramente ansiou ir ao banheiro passar um pouco de água em sua face.

Contudo, o que nunca esperava era que Hoseok repentinamente aparecesse na sua frente assim que adentraria o ambiente. Por pouco não bateu contra ele pelos passos apressados que dava. A rápida troca de olhares aconteceu, mas somente o suficiente para ambos identificarem quem estava em seus respectivos caminhos. As palavras de Yoongi voltaram à sua mente quando constatou a expressão fechada que o mais velho possuía.

Jimin deu um passo para direita na intenção de que o outro desviasse para a transição de ambos, porém Hoseok acabou seguindo seus passos sem intenção. Logo, o ruivo encaminhou-se para a esquerda, mas que o mesmo voltou a acontecer. O Jung revirou os olhos e bufou, abrindo passagem para o menor. E em outras situações o Park até deixaria aquela situação passar, só que seus nervos ainda estavam afobados e não pôde evitar de sentir-se ofendido com o nervoso de Hoseok naquele minuto.

Acabou começando algo que talvez não deveria.

— Não entendi porque fez isso. — disse em bom tom, virando-se para o outro quando já estava dentro do banheiro.

— Isso o que? — o mais velho cessou os passos na onde estava, girando os calcanhares para encarar as íris alheias.

— Você bufando desse jeito. Por que está tão irritado? — o Park franziu suas sobrancelhas.

— Não é da sua conta. — respondeu pronto para voltar ao seu caminho de antes, mas Jimin realmente não entendia o porquê do maior agir daquela forma tão desnecessária.

— Ah, não é da minha conta? Ok. Desculpa se minha preocupação não é mais importante pra você. — revirou os olhos, e iria se virar igualmente para fazer o que idealizava desde o início, mas não conseguia controlar-se. — Aliás, isso nem tem lógica, por que não podemos conversar? Eu tive que me explicar quando você quis saber!

— Porque eu não quero conversar, Jimin. Eu não tenho nada pra conversar com você, será você não tem cérebro suficiente para entender isso? — dessa maneira, Hoseok se dirigiu para frente do pequeno, alterado. E Jimin não entendeu nem um pouco aquele feitio novo.

— Me diga porque você está desse jeito comigo! Pra começo de conversa, eu deveria estar zangado com você e não o contrário! Éramos tão amigos, Hoseok... Nós nem conversamos mais direito... — acabou desabafando, frustrado com a maneira que o amigo se expressava. Tudo bem que suas emoções não estavam as melhores possíveis igualmente, contudo sentiu-se meio magoado naquele minuto. Qual o direito que Jung Hoseok tinha de bagunçar a sua vida e agir tão indiferente aos seus sentimentos, até mesmo os de amizade?

— Sim, nós não estamos nos falando direito, mas acho que isso seria porque cada um de nós temos assuntos mais importantes para se tratar com outras pessoas, talvez. A propósito, você é bem rápido, não? — e assim, o Jung se aproxima mais, porém o ruivo não abaixou a guarda e permaneceu na onde estava, ficando rosto a rosto com o mais velho. Simplesmente não entendia por quais razões ele estava se portando tão impaciente.

— O que você quis dizer com isso? — questionou, franzindo seu cenho. Não poderia ser que Hoseok estava insinuando o que imaginava.

— Exatamente isso que você entendeu. Eu pensei que você gostasse de mim, sei lá, e do nada você estava aos abraços e risos com um cara um dia desses.

A mente de Jimin clareou de imediato assim que ouviu as palavras alheias. Ele deveria se referir àquele dia que estava com Taehyung... Seria por causa do abraço que trocava que Hoseok entrou tão rápido na empresa a agia de maneira fria? Aquilo não tinha lógica alguma! O Kim era apenas um amigo... Mas... Hoseok estava com ciúmes?

— Primeiro que era você que sempre dizia essas coisas sobre eu gostar de você, que eu me lembre eu nunca disse algo do tipo. — dizia, porém sabia que estava omitindo muitas coisas. — Acredito mais que seja você que goste de mim demonstrando esse ciúme idiota.

Hoseok riu sarcasticamente.

— Você é a última pessoa do mundo que pode falar sobre ciúmes, Jimin, ou essa sua cabecinha já não se lembra de como estava tristinho por eu ficar com outras pessoas e não com você? Já pensou que é por causa disso que as pessoas com quem você ficou não te aguentaram?

O dono de fios castanhos acabou sendo indiscutivelmente estúpido e cretino. Jimin, a partir daquilo, gradativamente perdia a vontade de discutir. Não sabia o que havia acontecido com o amigo, mas o que quer que tenha sido, não trouxe bons resultados. Olhou bem dentro dos olhos escuros dele, absorvendo as palavras frias e duras. O coração batia forte numa mistura de angústia, decepção, e até mesmo o simples fato de estar próximo da figura mais alta – afinal, era mais forte que ele.

A raiva que sentia anteriormente fora dissipando-se, sobrando aquela confusão de sentimentos amargos. Aquele Hoseok com quem conversava não era a pessoa que conhecia. Ele estava cego das coisas que fazia e Jimin desistiu da hipótese de tentar algum contato com ele. Era como se ele tivesse consciência do que estava lhe causando, mas fizesse mesmo assim, sem se importar. Deslizou seu olhar por todo rosto dele mais uma vez, tentando e querendo demonstrar como se sentia.

— Eu realmente não sei o que aconteceu com você, Hoseok, mas espero que a realidade caia na sua cabeça para ver o tanto de idiotice que você está falando. Sinceramente, se eu ainda fosse apenas o seu amigo eu já estaria feliz, mas parece que nem isso podemos ser. E quer saber? Talvez eu não me importe mais com isso. — deu uma pequena pausa, aquelas palavras doíam. — Me desculpe por ter, sei lá, atrapalhado sua vida com meus sentimentos e o meu jeito idiota, mas veja: eu não estou mais no seu caminho! Você não precisa mais se preocupar com o meu bem-estar saindo da sua casa do outro lado do mundo para vir me visitar, nem precisa mais tentar ligar para mim, não precisa fazer mais nada disso, ok? — à medida que falava, dava alguns passos para atrás, gesticulando. — Mas saiba que a partir de agora quando você precisar de alguém para desabafar ou pedir ajuda, vá pedir para qualquer pessoa, menos para mim.

E daquela maneira, a tempestade apenas fortificou-se e após um Jimin ter abandonado um Hoseok naquele cômodo, pareceu que todos os laços que mantinham até o momento se desfizeram por completo. Jimin nunca achou que veria o amigo se portar daquela maneira tão estúpida, jogando tão baixo, sendo levado por caminhos que não conhecia e que chegaria àquele ponto de desfazer tudo que tinham. Aquele definitivamente não era o Jung pelo qual... se apaixonou.

À medida que o ruivo se dirigia para o local onde Minyoung ficava – ainda havia que resolver algumas coisas com ela – com a cabeça cheia de coisas e aquele aperto situado com firmeza no lado esquerdo de seu peito, o mais velho que fora abandonado no banheiro se sentia revoltado, mas talvez não com a situação em si, mas por ele ser o culpado de boa parte daquilo. Como tinha aquela personalidade tão cretina? Como era capaz de soltar aquelas palavras tão cruéis sem um pingo de hesitação? Claro que sabia que estava nervoso e consequentemente não pensava direito, mas... era Jimin ali.

Ele era ciente mais do que ninguém que as palavras machucavam e ainda assim não teve cuidados. Começava achar que aquilo era o que a vida lhe voltava por todas as coisas erradas que cometeu no decorrer dos anos. Ela lhe oferecia aquela sensação estranha, bagunçando de uma maneira errada a bagunça que já era os seus dias. Hoseok lidava com toda a confusão de seus dias conforme era possível, porém do jeito que as coisas  ele nutria dúvidas se teria o controle como de praxe. Como as coisas chegaram àquele ponto?

×

— E então, você falou com ele?

Já na manhã seguinte, Jimin estava com Yoongi naquele restaurante que costumava frequentar. O ruivo estranhou a princípio, já que havia se acostumado com o lugar que presenciava com Taehyung. Honestamente, não achava que se encontraria frente a frente com ele naquele lugar tão cedo, mas era bom, pois sentia-se meio nostálgico.

Hoseok adentrava o ambiente no mesmo instante em que Jimin abrira a boca para responder o de pele pálida. Na mesa em que estavam, basicamente pelo centro do estabelecimento, possibilitava uma visão clara à porta, portanto, no mesmo segundo os olhos escuros do acastanhado foram até ele, mas que rapidamente desviou, indo em busca de seu almoço e logo sentar-se em outro lugar.

— Sim, nós conversamos. — soltou num suspiro, bebericando um pouco da bebida que pedira. — E ele estava exatamente como você disse, totalmente estranho, frio. Aliás...  nós acabamos brigando.

— Como isso aconteceu, exatamente? — o outro perguntava, degustando de sua refeição.

Logo, o Park descrevera os ocorridos da melhor maneira possível, desde o início. E repassando as cenas em sua cabeça, afastar Hoseok de si realmente lhe deixou meio abalado, mas ouvir as palavras amargas fora realmente pior. Deveria ser daquele jeito, não? Cada um no seu caminho, cada um cuidando da própria vida. Se acabaram naquela falta de contato provavelmente teria algum motivo, e Jimin encontrava-se meio curioso para saber se aquilo mudaria. Tinha uma esperança pequena e bem escondida de que Hoseok voltaria a falar consigo. Porém, simultaneamente, este desejo aparentava ser tão inalcançável apenas por olhar na cara do outro.

Jimin seria firme em sua palavra. Não poderia ser tão pisado pelo mais velho, deixando que fizesse o que quisesse, que falasse o que lhe desse na telha. Não se tratava de um total desconhecido pelo qual pudesse ter tanta liberdade, para que proferisse tantas baboseiras e agisse como se soubesse de toda a sua vida.

— Então ele ficou com ciúmes... Ele está mesmo com o ego ferido. — pausou por alguns instantes, pensativo.

O pequeno ruivo imediatamente pensou em respondê-lo, mas expressou-se silencioso, sem entender a linha alheia de raciocínio. O homem de fios descoloridos mordera seu lábio inferior, maneando a cabeça para cima e para baixo sutilmente, como se estivesse entendendo alguma coisa.

— Faz sentido sabendo que ele gosta de ser o centro das atenções... Acabou quebrando as crenças dele abraçando aquele garoto e agora está se fazendo de vítima. — suspirou com suas próprias deduções. — Você falou aquelas coisas mesmo? Sobre ele não te procurar mais e tal...

— Bom... eu estava puto e ele não estava ajudando. Apesar de que eu não me arrependo... Ele precisava de um choque de realidade. Nós sempre tivemos uma boa relação e agora ele vem me falando um monte de coisa? — seu tom de voz apenas mostrava ainda mais o quão havia ficado ferido pelas palavras do Jung. — Eu só queria que ele prestasse mais atenção no que estava dizendo...

— Ele provavelmente pensou nisso, mesmo que depois... Mas, Jiminnie, eu estou com outra hipótese em mente... Só que eu precisaria que esse seu amigo Taehyung ajudasse também... Quero dizer, eu queria fazer um teste.

— Que tipo de teste? — indagou, franzindo suas sobrancelhas. — O que sua cabeça cheia de ideias imaginou, Min Yoongi? — alterou para um tom suspeito. Por mais legal que ele poderia ser, às vezes sua imaginação ia além dos padrões, dos limites.

— Nah, não me olhe assim! Eu só queria confirmar algumas coisas que nem ele, nem você, pensariam. Alguém fora da situação precisa olhar todos os pontos de vista possíveis, não?

Jimin endireitou-se na cadeira, intrigado com o que ele poderia dizer. Pediu que ele lhe contasse o que pensava, e realmente, o que saía de seus lábios só classificava-se aos tópicos de “loucura”, “surreal”, “impossível”. Contudo, com tanta insistência do outro, o ruivo acabou dando uma chance ao que queria, apenas para que no fim mostrasse que não fosse nada do que ele dizia. Afinal de contas, considerar que Hoseok poderia estar sentindo alguma coisa por si apenas pelo ciúme era desconexo. Tudo bem que ele não se sentia assim com outras pessoas mas manter um sentimento por uma só...

Definitivamente impossível.