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História Donna's Murder - Chapter Two


Escrita por: Little_Drug

Notas do Autor


<3

Capítulo 2 - Chapter Two


Logo pela manhã já se podiam ouvir sirenes ecoando pelas ruas e becos, alguns carros de imprensa já estavam parados em frente ao estúdio para anunciar com exclusividade o: "Assassinato de Donna Way".

Era notícia em todos os jornais sem qualquer exceção,a história da dona de casa que ganhou um prêmio e,após seus quatro anos de súbita fama,fora assassinada no próprio estúdio com um tiro na cabeça.

Os três garotos saíam do prédio em direção ao carro,Michael agarrado ao irmão,Frank de cabeça baixa ao lado de ambos e várias câmeras e microfones apontados para eles,pessoas gritando perguntas nada sensíveis sobre o acontecido e até mesmo algumas especulações sobre quem era aquele terceiro garoto baixinho junto dos irmãos Way.Até que finalmente puderam entrar no carro e seguir a viatura por todo o caminho até o departamento policial.

Assim que chegaram foram direcionados para a sala de espera,onde finalmente puderam trocar algumas palavras sem se sentirem desconfortáveis ou observados apesar da quantidade de oficiais que passavam por ali em um ou outro momento.

-A mamãe,ela... –Mikey sussurrou mais para si mesmo do que para os outros,seus olhos desfocados deixavam escorrer ainda algumas lágrimas conforme batucava os dedos nervosamente contra o tecido da calça.

Gerard abraçou o irmão com uma força que não usava há tempos,como se ele pudesse ser levado pelo vento ou sumir naquele mesmo instante.Não conseguia mais agir como se não se importasse com Donna,segurar o pranto e fechar a cara como se aquilo tudo não tivesse sido nada demais.Gerard perdera a mãe,afinal.

Os irmãos ficaram chorando,um dando força ao outro apesar da própria dor e Frank se sentiu um tanto deslocado em meio a eles e apenas afundou o rosto entre as mãos pensando em quem poderia ter feito aquilo.

-Michael James Way? –O responsável pelo interrogatório de reconstituição apareceu ali,segurando ceticamente a prancheta em uma das mãos.

-Ele está muito nervoso, -Frank falou por Mikey,que não parava de chorar um segundo sequer. –será que não poderia chamar um de nós dois enquanto ele se acalma?Por favor.

-Quem é você?

-F-Frank Iero,senhor.

-Ótimo Frank Iero,venha.

Toda a sala de interrogação cheirava á desinfetante e café,sendo o último não tão ruim assim.O homem indicou a cadeira e Iero se sentou rapidamente nela.Começou a sentir o nervosismo tomar conta de si assim que  o oficial começou a falar.

-Frank Anthony Thomas Iero Jr... –Murmurou lendo o papel preso á prancheta. –Qual a sua relação com a vítima,Donna Way?

-Bom eu,eu sou...era genro dela.Mas nunca a vi pessoalmente.

-Certo.Você então mantém relação com...

-Gerard.

-E nunca viu Donna na vida,não é?

-Sim.

-Pode me dizer exatamente o que fez ontem desde a manhã até o momento em que descobriu o crime?

-Você está me considerando suspeito,não é mesmo? –Frank perguntou com a maior casualidade que conseguiu,engolindo todo o nervosismo de estar naquela sala sendo interrogado.

-No momento eu não estou considerando nada.É uma reconstituição e apenas espero que coopere,Iero.

Frank assentiu em silêncio e começou a relembrar tudo o que fizera no dia anterior,desde ir trabalhar pela manhã até receber a ligação onde Gerard quase implora para que pudesse dormir em sua casa.O interrogador fez então algumas perguntas sobre a relação de Donna com o filho mais velho,e o garoto fez questão de mencionar todo o descaso que esta tinha por Gerard,todas as discussões e “você não é meu filho” que ela já proferiu.

-Acho que já temos tudo de você por enquanto.Pode sair e,se o garoto estiver mais calmo,o peça para entrar.

-Certo.Obrigado.

Fran saiu dali secando as lágrimas que se formaram ao falar sobre a morte de Donna e parou ao observar Gerard consolando o irmão,que parecia mais calmo do que outrora.

-Mikey...É sua vez. –Disse rapidamente,já que queria deixar aquele lugar o mais rápido possível.

-Okay. –Michael desprendeu-se do irmão com custo e entrou na sala de cabeça baixa.

-Olá Michael.Se sente melhor?

-Um pouco,sim. –Limpou os últimos resquícios de choro em seu rosto ao que se sentava na cadeira indicada. –Mas minha mãe morreu,não tenho como ficar bem com isso.

-Entendo,sinto muito. –O homem explicou ao que recolhia uma nova folha em branco para a reconstituição. –Eu preciso que me responda algumas perguntas,e diga com detalhes como foi seu dia ontem.

-Eu,tudo bem.

O garoto então suspirou algumas vezes e,com a maior quantidade de detalhes que pôde contar,descreveu cada minuto do seu dia,deixando algumas lágrimas a cada vez que se lembrava do que havia ocorrido no fim deste. Contou desde o momento em que fora acordado pelo despertador até alguns minutos antes de encontrar sua mãe falecida.Não conseguira passar desta parte,pois estava nervoso demais.

-Desculpe. –O garoto pediu baixinho,bebendo um copo de água que lhe foi entregue.

-Está tudo bem.Só falta uma última pergunta e então já pode ir. –Assistiu Mikey acenar em concordância e então prosseguiu. –Você disse que Donna ficou muito abalada após a discussão com seu irmão e decidiu ir ao estúdio para refletir,certo?

-Sim.

-Quando ela saiu de casa,parecia com medo,assustada ou acuada de alguma forma?É muito importante que responda com a maior exatidão possível,já que foi o último a vê-la com vida e...

 -Ela não estava com medo,apenas nervosa.E eu não fui o último a ver mamãe com vida.

-E poderia me dizer quem foi?

-Clement,o segurança do estúdio. –Michael contava tudo o que podia sobre o assassinato de sua mãe,pensando no fato de que a justiça nunca falha. –Pelo horário que ela saiu de casa,quando chegou ao estúdio Clement estava lá ainda.

-Certo,então o intimaremos também e...

-Eu não acredito... –Mikey tapou a boca,sentindo mais lágrimas escorrerem em queda livre por seu rosto.Se sentia acabado. –Ele matou a minha mãe!

-Michael,nós não...

-Ele matou! –O garoto gritava já totalmente descontrolado. –Vocês precisam fazer alguma coisa,prendam ele!!

-Se acalme,senhor Way! –O interrogador balançou Mikey pelos ombros por alguns segundos,o forçando a se aquietar. –Nós não sabemos se foi ele ou não,por isso o chamaremos para uma reconstituição e então quando todos já o tiverem feito,teremos a lista de suspeitos e investigaremos um por um até descobrirmos quem matou Donna.Mas por agora sugiro apenas que vá para casa e descanse.

-Okay,já entendi.Muito obrigado por tudo...

-Mark.

-Obrigado por tudo,Mark.

 

***

Gerard permanecia quieto na sala enquanto Mark conversava baixo com outro oficial na porta.Estava cansado e em luto,só queria ir para casa logo e quando já havia descrito metade de seu péssimo dia,quando pensou que já estava quase acabando e indo embora bateram na porta.

E agora estava ali esperando há cerca de vinte minutos.

-Desculpe a demora,Gerard. –O oficial voltou a sentar-se. –Parece que temos uma nova descoberta sobre o assassinato de Donna.O horário da morte.

-E qual é?

-Pela autópsia,Donna Way morreu entre as oito e nove horas da noite de ontem.Pode me dizer o que fazia nesse horário?

-Eu não matei minha mãe,se é o que quer saber! –Resmungou indignado com a insinuação do homem ali. –Nesse horário eu estava preso em um engarrafamento e cheguei na casa de Frank lá pelas nove.Existem câmeras de segurança no estúdio,olhem se não acreditam!

-Gerard,eu sei que parece angustiante esse tipo de pergunta,mas não significa que eu pense que tem envolvimento nisso.Nós analisaremos tudo depois e caso seja preciso,serão chamados novamente para depor ou responder a mais perguntas.Sua exaltação foi totalmente desnecessária.

-Me desculpe por isso,eu...É horrível. –Gee suspirou,jogando os cabelos para trás com a ponta dos dedos e já se levantando. –Já posso..?

-Sim,pode ir.E tenha uma boa noite. –Mark sorriu gentilmente,relaxando na cadeira e finalmente podendo descansar um tanto.

Assim que saiu daquela sala abafada Michael veio em sua direção e o abraçou forte,afundando o rosto em seu ombro e se permitindo chorar tudo o que tinha dentro de si.

-Hey,o que foi? –Gerard limpava as lágrimas de Michael com todo o carinho,observando-o se acalmar após alguns minutos.

-E-eu...Eu não quero voltar pra casa sabendo que ela não estará lá.

-Vai ficar tudo bem. –Acariciou os cabelos do irmão,beijou o topo de sua cabeça e olhou bem no fundo dos olhos deste.Há tempos não cuidava de Mikey assim. –Eu estarei lá contigo,e Frank também se ele não se importar.

-Eu não me importo de passar a noite com vocês.Acho que nem conseguiria dormir bem sozinho essa noite.

-Viu?Nós estaremos lá e iremos apoiar um ao outro por todo o tempo.

-Okay.. –Miks sorriu minimamente fungando. –Já podemos ir embora?

-Podemos.

 

****

-Aonde vai,Maria? –Michael perguntou assim que chegaram na mansão e se depararam com a empregada saindo pela porta com sua bolsinha nas mãos.

-Boa noite senhor Way,é que a policia ligou aqui na casa e me pediram para ir até lá.Mas eu não ia sair sem avisar não,deixei um bilhete sobre a mesa. Sinto muito pela Donna,eu vi na televisão e...

-Obrigado Maria. –Quem agradeceu fora Gerard.

-Ah,e mais uma coisa: Donald está aí para vê-los.

Sem dizer nem mesmo uma palavra sequer,Gerard adentrou a mansão rapidamente e correu-a inteira até encontrar o pai no escritório.

-Pai! –Ambos se abraçaram fortemente,matando toda a saudade naquele abraço misto de felicidade e melancolia.

E ali,naquele abraço paterno e seguro,Gerd se permitiu chorar de verdade,se permitiu ser amparado ao invés de amparar o irmão e namorado e agir finalmente como alguém cuja mãe acabara de morrer.E daquela forma ficaram por vários minutos.

-Filho,você está tão diferente... –Donald comentou sorrindo enquanto acariciava levemente os cabelos de Gerard.

-É que já fazem três anos. –Respondeu um tanto envergonhado pela quantidade de tempo que não via o pai.

-Sinto muito que seja nessa situação.

-Eu também.

-Oi pai. –Michael abraçou Donald a contragosto e rapidamente,então o homem logo cumprimentou Frank,que sorriu gentilmente para o mesmo.

-E você é..?

-Frank Iero,senhor Way.É um prazer.

-Meu namorado. –Gerard simplificou toda aquela formalidade de Frank e só então pai entendeu o motivo daquele garoto estar ali.

-Ah sim.Bem,eu estive cuidando de tudo referente ao enterro e...

-Você estava?

-Sim Michael,eu estava!E devido a mais algumas coisas que eles precisam fazer,pura burocracia,o sepultamento será amanhã ao entardecer.

-Como você pôde organizar tudo sem a gente?!Nós somos os filhos, Donald!E você nem mesmo a viu nos últimos cinco anos!!

-Mikey...

-Cale-se Michael!

-Não,eu não vou!Eu estive aqui por todo esse tempo e não a abandonei quando ela decidiu seguir os próprios sonhos.Ao contrário de você nós a amamos e faríamos tudo com carinho.

-Não ouse dizer que eu não a amei! –Donald segurou firmemente o filho pela gola da camisa cara que vestia,seu rosto avermelhado ardia e Gee decidiu não interferir naquilo. –Ela mudou,Michael!Sua mãe jamais foi a mesma depois daquele maldito jogo e eu não podia mais..Donna precisou optar entre mim e o dinheiro,e escolheu ficar rica.Não pense que eu nunca chorei pela falta dela,de vocês...Eu amo vocês.

-Eu não digo o mesmo,e ao menos queria.Eu te odeio,“pai”! –Mikey esbravejou como o adolescente mimado que era e correu para seu quarto antes que Donald desferisse nele o tapa que sentiu a necessidade de dar.

-Ele precisa de espaço,descansar e se colocar em ordem,pai. –Gerard finalmente interviu,assim que Donald fez menção em seguir Michael. –Podemos conversar sobre o sepultamento nós dois,e eu o passo as informações sobre tudo quando ele estiver mais calmo.

-Certo,certo. –O homem buscou por seu pesado casaco jogado sobre a cadeira e então os três desceram para a copa,apenas para que pudessem conversar com mais comodidade enquanto bebiam algo.

***

-Então o enterro vai ser bem no pôr do sol. –Gerd concluiu após ouvir todas as explicações e detalhes sobre os horários em que cada coisa deveria acontecer.

-Pelo menos será algo bonito. –Frank ponderou ao deixar sua xícara de café vazia sobre a mesa.

–E o pôr do sol renova as energias,será bom para todos. –Donald completou e todos concordaram:

O enterro de Donna Way ao pôr do sol seria a coisa mais bela que poderiam fazer,mais belo que as flores favoritas de Donna que foram encomendadas ou do que o caro caixão que já fora escolhido.O sol se pondo é mais belo pois é natural assim como a morte,acontece,não envolve dinheiro e nem nada mais sequer a própria natureza.

-Acho que já passa da hora de vocês irmos dormir,já que todos levantaremos cedo pela manhã. –Donald se levantou,recolhendo todas as xícaras e lavando-as rapidamente enquanto Gerard e Frank guardavam os pães e os frios.

Em poucos minutos os três já estavam prontos para dormir,Donald dormiria no quarto de hóspedes enquanto Frank descansaria junto ao namorado no quarto deste.Antes de se deitar Gee resolveu verificar como estava o irmão,que não dera sinal de vida desde a discussão a horas atrás.

Deparou-se com Michael dormindo serenamente em sua cama e sorriu, parecia que o tempo sozinho tinha realmente ajudado Mikey a se acalmar. Gerard se aproximou do irmão mais novo ao que observava o quão mais tranquilo ele parecia finalmente estar,passou a mão vagarosamente por seus cabelos loiros,sussurrando o que mais queria que se tornasse verdade naquele momento:

-Vai ficar tudo bem,okay?Eu estarei aqui,irmão..Boa noite. –E então se retirou para seu próprio quarto,onde Frank já estava deitado esperando-o.

-Pensei que estivesse lá embaixo. –Way comentou,se colocando embaixo das cobertas.

-Resolvi já me deitar,fiz mal?

-Nenhum.

-Você está bem?

-Estou,eu só..Preciso descansar.

-Então descanse,meu amor. –Iero respondeu quase que prontamente, acolhendo o namorado em um abraço consolador.

-Obrigado por ficar aqui,Frankie.

-Não é nada demais.

-Pra mim é. –Gee observou o sorriso mais belo do mundo nascer bem ali naquele momento e não pôde evitar em sorrir também. –Boa noite.

-Boa noite.

****

Na manhã seguinte Michael já estava vestido com seu caro terno preto, já que precisaria chegar cedo ao velório para receber quem quer que fosse prestar homenagem e também para que pudesse passar um tempo a sós com sua mãe.

Gerd e Frank tomavam o desjejum e Donald havia acabado de acordar quando a campainha tocou.

-Deixem que eu atendo,eu estou decente. –Mikey apressou-se para abrir a porta e sentiu um péssimo pressentimento transpassar-lhe o corpo,assim como todos ali.

-Bom dia Michael. –Mark o cumprimentou formalmente,apenas por não saber ao certo como continuar aquela conversa. –Nós conseguimos um mandado urgente para busca e apreensão.

Donald puxou o filho para trás,ficando entre ele e os oficiais assim que ouvira aquilo.Mesmo que Mikey o odiasse,o quisesse longe ou ausente,ele nunca o deixaria passar por situações dolorosas assim.Não enquanto pudesse.

-E o que vocês querem apreender aqui?!

-Senhor,com a autópsia mais a varredura que fizemos no local do crime, descobrimos que a arma responsável pelo assassinato de Donna foi uma Beretta noventa e dois.Logo,não foi difícil de encontrar qual de seus parentes próximos tem uma destas registrada.

-E,quem seria?

-A arma está registrada no nome de Gerard Way.Viemos apreendê-la,e após algumas breves investigações saberemos se esta foi a arma que disparou contra a senhora Way.

-Gerard... –Maria tapou a boca ao que ia deixar um gritinho escapar.

-Eu não fiz nada,Maria.Podem entrar,mas eu sequer sei onde essa arma está.

-Não se preocupe,vamos encontrar. –O outro oficial assegurou e ambos entraram na casa,seguindo diretamente para onde foi indicado ser o quarto de Gerard.

Apenas alguns minutos de tensão foram necessários para que ambos os policiais descessem as escadas,prostrando-se em frente aos cinco.Então Mark proferiu,claramente decepcionado por ter encontrado a arma tão facilmente no fundo da gaveta de meias:

-Gerard Arthur Way,acho melhor que por termos de segurança o senhor nos acompanhe até a delegacia.


Notas Finais


Entamo,primeiramente:

Foco nuns fatos aqui

*Nenhum deles têm um álibi convincente do que estavam fazendo enquanto Donna era morta
-Frank diz ter ido ao mercado,mas voltou sem compra alguma com a desculpa de que já havia fechado
-Gee disse estar num congestionamento
-Donald,ninguém faz a menor ideia
-Michael estava em casa,mas ninguém pode provar isso ainda

*Podem me dizer o que acham,as teorias,as coisas tudo *-*

Bjão <3


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