Já se passaram dias, e nada de Jimmy voltar. Será que ele me abandonou? Que não achou uma forma de me tirar daqui e ficou com receio de vir? Sou afastada de meus pensamentos pela porta se abrindo, era a enfermeira trazendo o jantar.
- Por favor, eu não aguento ficar nesse quarto sozinha, eu quero sair um pouco - ela me olha receosa.
- Eu não tenho essa autoridade para deixa-la sair - a mesma coloca a bandeja na cama e me fita.
- Você não entende, você não entende! - grito e ela se afasta, me aproximo. - EU PRECISO SAIR DAQUI! - quando ela vai sair eu a agarro e começo a enforca-la, ela tenta gritar, mas em vão. Quando ela finalmente desmaia, eu fico olhando para o que eu fiz.
- O que eu fiz!? Ah Droga! - resmungo, vejo se ela ainda está respirando... em vão. Vou sair de uma vez por todas daqui, tiro a roupa da enfermeira e me visto. Coloco seu corpo na cama e tranco a porta, a sensação de sair daquele quarto, era magnífica. Passo despercebida por todos, quando saio daquele maldito lugar, estava uma noite um tanto que... amedrontadora. Eu não sabia ir para a minha casa daqui, então resolvo ir para o centro. Pergunto as horas para uma moça que passava, faltava 15 minutos para a meia noite. Agradeço e vou andando, percebo que ainda estou com as roupas daquela enfermeira, entro em um bar para tomar uma água, o movimento estava bem agitado, o motivo era por uma banda que estava tocando. Todos me olham estranho, não os julgo, digamos que não é normal uma mulher vestida de enfermeira num local daqueles. Vou para o banheiro e me olho no espelho, que estava bem sujo. No mesmo instante entra duas garotas totalmente bêbadas rindo de alguma coisa, elas começam a se olhar no espelho e eu começo a ouvir sua conversa.
- A noite só está começando - uma diz arrumando seu cabelo, a outra ri de forma sarcástica.
- Com certeza - elas riem e quando percebem que estou ali, as risadas cessam.
- Moça... você está bem? - a loira pergunta para mim.
- Estou ótima - dou um sorriso.
- Parece que teve um dia difícil no trabalho - a outra comenta.
- Trabalh... ah sim, pois é. - falo insegura e elas percebem. Elas acenam e logo saem, quando olho no espelho, vejo Tobi atrás de mim, sorrindo. Tomo um susto e quando me viro ele some.
- Eu não tenho medo de você - digo, e sim, isso era mentira. Saio do banheiro e vou as pressas pra saída, as ruas estavam escuras, as luzes dos postes piscavam incontrolavelmente.
- Adam, Anelize - digo e começo a correr desesperada para a minha casa. Quando chego lá, ofegante de tanto correr, tudo estava escuro, eu não iria entrar pela porta da sala, se Brad ainda estivesse acordado, iria chamar a polícia. A única entrada é a janela do porão...
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