História Don't be afraid - Eu preciso de ajuda

Solto um grito de medo e me aproximo de Lize, ele ainda estava lá atrás dela, me olhando, e com um enorme sorriso que sempre me causou medo.
- Deixem-a em paz! - pego Lize no colo e o sorriso dele se desmancha, Lize começa a chorar e começo a ouvir sussurros.

*Ela vai morrer, você vai a matar HAHAHAHAHAHA sangue, nós queremos sangue Heloísa, sangue da sua família*

Saio do quarto correndo e encontro Brad no corredor preocupado.
- O que houve Heloísa!? - grita pegando Anelize no colo.
- E-eu não sei - eu não estava acreditando, eu não queria acreditar que eu estava passando aquele horror de novo, e agora está pior, Anelize está no meio disso tudo.
- Como assim não sabe!? Eu ouvi gritos! - Brad está desesperado e totalmente preocupado com Anelize que ainda estava em prantos. Adam sai do quarto também com uma face de preocupação.
- O que houve aqui? - pergunta, ele já estava vestido com o uniforme do colégio.
- É o que eu estou querendo saber, você bateu na Lize!? Por que ela está chorando desse jeito afinal? - Brad pergunta, o olho incrédula.
- Eu não bati nela! Eles voltaram Brad, e estão usando Anelize! Precisamos fazer alguma coisa - eu já estava chorando de desespero, Anelize solta dos braços de Brad e me abraça, eu retribuo, agora percebo que isso tudo está acontecendo com ela na mesma idade que aconteceu comigo. Isso tudo me fazia chorar ainda mais, eu sentia medo, e uma vontade de gritar absurda. Eu me sentia presa a essa perturbação, como se isso nunca fosse acabar. Brad estava me olhando incrédulo, Adam estava me abraçando junto com Anelize. Brad sempre deixou bem claro que nunca acreditou pelo o que eu passei, eu precisava falar com Jimmy, ele há de me entender. Me separo de Adam e Anelize e vou para a cozinha, já era 6:10, preparo um café rápido para Adam e Anelize.
- Acho melhor você não ir pra escola hoje Anelize - comenta Brad.
- Ela tem que ir! - respondo e todos me encaram. Assim que terminamos de tomar o café, vou arrumar Anelize que não conseguia mais ficar sozinha. Quando terminamos seguimos todos para o carro, Brad estava no volante.
- Papai, a mamãe ta certa! - Anelize fala, Brad a olha pelo retrovisor e não a responde. Assim que chegamos na escola, Anelize me abraça apertado, como se fosse uma despedida.
- Eu te amo mamãe - diz - eu acredito em você - ela volta a me abraçar e eu retribuo. Adam também me abraça e me dá um beijo na bochecha. Volto para o carro e Brad parecia furioso.
- Que mudança repentina de humor foi essa? - pergunto e ele me olha com ódio, de um jeito que nunca havia olhado...
- Será que você não percebe!? Nossa filha está inventando as mesmas abobrinhas que você inventava quando criança! - grita.
- Como ousa dizer isso!? Sendo que você tem duas testemunhas! Acha que tudo é invenção!? Que eu invento coisas sobrenaturais? É isso que você está querendo dizer!? - também grito.
- Estou querendo dizer que nossa filha está se tornando a mesma retardada que você quando criança, e agora pra piorar, tem um amigo imaginário chamado Tobi - esmurra o volante, lágrimas já rolavam pelo meu rosto, mas não de tristeza, e sim de raiva. Viro para a janela sem dar uma resposta se quer a ele, quando chegamos na escola em que eu trabalho, ele tenta se desculpar mas eu saio sem dar uma palavra, entro na escola e vou direto para a minha sala. Sento na cadeira e começo a chorar como quando tinha 8 anos. Pego meu celular e mando uma mensagem a Jimmy.

*Eles voltaram Jimmy, eu preciso de ajuda*
Não demora muito para que eu receba uma resposta.
*Eu sei, nós precisamos de ajuda*