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História Don't Forget - The Sweet Voice


Escrita por: HarmonyUnbroken

Notas do Autor


Hey, babiies!!

Percebi que estão querendo matar o mistério da história logo com apenas 3 caps hein haha to gostando de ver!!

Esse cap conta com o primeiro indício real de camren, foco!

Boa leitura!!

Capítulo 4 - The Sweet Voice


~LAUREN JAUREGUI~

...UMA SEMANA DEPOIS...

   Tomei um gole do whisky que estava em meu copo, encarando o conteúdo amarelado, que quase brilhava com a luz da lua que entrava pelas vidraças das enormes janelas da cobertura do quarto de Lucy, em seu apartamento.

   Ela nadava em dinheiro. E agora, com o sucesso dos negócios Jauregui, eu também! Aquilo pouco me importava, era claro. Para mim, todo aquele dinheiro só significava que eu poderia viajar para onde quisesse e viajar era minha paixão. No mais, todo o dinheiro era apenas incômodo, a prova física e viva de que se eu tinha tudo aquilo, eu devia um favor aos Vives, eu devia um favor a Lucy e por isso deveria ficar com ela.

   Ela dormia profundamente na enorme cama e eu tinha levantado há pouco mais de duas horas, sem conseguir dormir. O relógio marcava 4:15 da madrugada e eu jazia ao pé da janela, me dopando com álcool, tentando entorpecer e calar aquela crescente depressão que me consumia, aquela falta de algo que eu sequer sabia o que era.

   Eu estava cansada! Eu estava exausta! Estava caminhando rumo a um precipício e sem saber como voltar...

~CAMILA CABELLO~

   __Você parece melhor! – Jake disse, enquanto me servia uma xícara do café fumegante que tinha acabado de preparar.

   Sorri, abrindo o pão ao meio e colocando uma fatia de queijo, dando uma enorme mordida em seguida.

   Ele tinha me abrigado em sua casa em Miami, quando viemos de Atlanta. Meu medo dele fora completamente bobo, Jake parecia ser a melhor pessoa que eu já tinha conhecido, especialmente agora que eu tinha essa amnésia e não lembrava de ninguém que eu tinha chegado a conhecer. Ele morava sozinho num bairro pobre na cidade, a família era de Los Angeles e tinham mudado para a Florida depois da morte da mãe. Segundo o que ele dissera, o pai morrera num acidente de carro meses atrás e agora ele continuava o negócio da família, o reboque. Tendo aprendido tudo com o pai, a oficina era bastante requisitada na cidade e isso lhe garantia alguns trocados para sua sobrevivência.

   __É... – eu disse, tomando um gole do café, o vendo sentar na cadeira ao meu lado. – O médico falou que a amnésia deve ser temporária e que depois dessa semana descansando, os ferimentos na cabeça não vão demorar a sarar...

   __Isso é bom! Tô precisando mesmo de ajuda na oficina, eu sou péssimo em administração, você apareceu na hora certa!

   Dei uma pequena risada. Eu ainda tinha muitas dúvidas sobre mim mesma, mas estar com Jake me fazia um bem que eu sequer conseguia descrever.

~LAUREN JAUREGUI~

   __Eu vou sentir saudade! – Lucy disse, entrelaçando os braços ao redor do meu pescoço e me beijando.

   Tentei retribuir o beijo da forma mais amorosa que pude, segurando sua cintura e mergulhando minha língua em sua boca. Mas cada beijo só me fazia pensar naquela época em que éramos apenas amigas, no colégio, quando tudo era mais fácil, quando eu não precisava lidar com todas aquelas obrigações e tudo o que me atormentava agora.

   __Eu também vou, princesa... – menti descaradamente, me soltando dela e agarrando a mala no chão.

   Era o dia de ir para Los Angeles para coordenar a obra do píer em Santa Monica e finalmente eu estava agradecendo pela oportunidade de ficar longe de casa um pouco e de todas aquelas coisas que me sufocavam.

   Lucy me acompanhou até a porta.

   __Tem certeza que não quer que eu te leve até o aeroporto?

   A encarei. E prolongar meu tempo nessa farsa?

   __Não! – me apressei em dizer. – Eu vou deixar o meu carro no estacionamento do aeroporto e pego quando vier, vai ser até bom, não dar trabalho pra ninguém!

   Ela assentiu sorrindo e me beijou mais uma vez. Finalmente saí e entrei no elevador, indo para o estacionamento do condomínio.

   Eu já tinha tantas roupas no apartamento de Lucy, que nem precisara ir em casa arrumar as malas para viajar. Vivia mais ali do que em casa mesmo.

   Entrei no meu carro e saí do condomínio, sentindo uma estranha sensação de liberdade se apossar de mim de repente.

   Passei no apartamento de Normani. Finalmente tinha conseguido convencê-la a vir comigo e tornar aquilo menos tortuoso. Era sempre assim. Era sempre como ela tinha dito, ela vivia para salvar minha pele. Eu esperava que um dia eu pudesse retribuir tudo o que a morena fazia por mim.

   __Achei que a senhorita “melhor pessoa do mundo” viria pelo menos te deixar no aeroporto... – ela comentou tão logo nos encontramos no hall do condominio.

   Ri, sem humor, agarrando sua mala vermelha no chão e descendo a pequena escadaria, com ela bem atrás de mim.

   __Sabe que eu to brincando, né? Eu adoro a Lucy! – ela disse novamente, observando meu recente silêncio ante suas palavras.

   Pus sua mala no bagageiro do carro e cordialmente abri a porta do carona para que minha amiga entrasse.

   __Maravilhosa como sempre, Jauregui... – ela brincou e beijou meu rosto antes de entrar.

   Atravessei o carro, entrei no lado do motorista, pus o cinto de segurança e dei a partida, saindo.

   Mordi o lábio inferior com força e então bufei.

   __Que inferno... – falei, baixinho, indignada.

   Normani riu ao meu lado.

   __O que? Esqueceu de abastecer de novo?

   __Todos adoram ela! – soltei e ouvi uma risadinha irônica de Normani ao meu lado. – Os meus amigos, a minha família, os sócios da empresa, todos acham ela maravilhosa!

   Normani não disse nada por uns segundos e eu fiquei pensando que talvez constatar tudo aquilo não me ajudava em porcaria nenhuma.

   __Bom, veja bem, Lauren... – Normani disse ao meu lado. – Ela é linda, rica, gostosa, carismática, trabalha com instituições de caridade, o que quer dizer que tem um coração do tamanho do mundo, então sim...sua noiva é bem maravilhosa!

   Bufei novamente, parando no sinal vermelho. Só o que faltava era o caralho do trânsito não cooperar, eu perder o vôo e ter que voltar para os braços da maravilhosa.

    __Sabe, eu não te entendo... – Normani disse e eu ri, novamente sem humor algum. – Você ama a Lucy, Laur! Vocês se dão tão bem, tem tudo em comum, são melhores amigas...qual o problema, meu amor? O que te faz ficar tão desesperada assim em relação a ela?

   Respirei fundo. O sinal tinha aberto e o demônio do carro simplesmente não saía do lugar. Era só mesmo o que me faltava.

   Desesperados pelo trânsito parado numa avenida super movimentada, todos os carros atrás começaram um desfile ridículo e irritante de buzinas e gritos.

   __Que inferno! – praguejei, batendo as mãos com força no volante.

   __O que aconteceu? – Normani perguntou bem do meu lado.

   Ao menos essa pergunta conseguia ser mais fácil do que a anterior. Abri a porta do carro e saí, a vendo sair logo atrás de mim. Uma nuvem de fumaça saía pelo capô do carro e eu revirei os olhos, ouvindo as buzinas mais fortes ainda quando saí.

   __Aí, bonitinha, aprende a dirigir e tira seu brinquedinho do meio da rua! – o motorista que estava logo atrás de mim falou alto, a cabeça metida pela janela do carro, um engravatado idiota que devia ter hora para chegar em algum lugar.

   Normani o olhou e depois direcionou o olhar para mim, sorrindo sem graça. Algum outro idiota numa bicicleta, parada ao lado dele soltou uma risada e murmurou um quase inaudível “mulheres” na direção dele, os dois desabando numa gargalhada cheia de ironia.

   A pouca paciência que já tinha sumido com a monotonia da minha vida se esvaiu completamente ao ouvir aquilo.

   __Essa...mulher... – eu disse, o vendo parar de rir imediatamente. – É dona de uma empresa milionária, dirige esse carro... – apontei para meu maserati que quase brilhava de tão precioso. – Enquanto você ta aí numa...bicicleta?

   Normani tentou segurar o riso, mas acabou desabando numa pequena gargalhada. Até o engravatado dentro do carro riu da cara de paisagem do cara na bicicleta.

   __Vai tomar no cu, idiota!

   Me virei na direção contrária e pude ver, perto do carro, um guarda de trânsito tentando acelerar o movimento na avenida, auxiliando os motoristas que estavam na minha via a virarem para a via do lado e seguirem viagem sem muitos transtornos.

   Um outro guarda veio carregando dois cones e colocou atrás do carro, vindo até mim.

   __Tem uma oficina aqui perto, senhorita... – ele disse, apontando para o carro, a nuvem de fumaça ficando mais densa. – Eles tem reboque, você quer o telefone?

   __Por favor! – eu disse e ele me estendeu um pequeno cartãozinho. – Obrigada!

   Ele se afastou, assentindo e eu vi Normani se aproximar de mim. No cartão surrado, eu podia ler em letras pequenas Miller – Mecânica e Reboque.

   __Laur, vamos pegar um táxi, ainda dá tempo chegar no horário do vôo... – Normani sugeriu.

   __Tá louca? E deixar meu bebê aqui?

   Ela riu. Sabia da paixão que eu tinha pelo meu carro e sabia muito bem que eu jamais sairia dali sem saber que ele estava em ótimas mãos e que ficaria bom logo.

   __Pega um táxi pra casa, eu vou ligar pra empresa e pedir pra Anne reservar outro vôo amanhã, depois eu te aviso...vou ficar aqui e esperar o reboque!

   Comecei a discar o número que tinha no cartão e Normani continuou parada lá ao meu lado.

   __Vai, Mani! Eu me viro aqui!

   Ela assentiu finalmente e se aproximou, beijando meu rosto.

   __Me liga! – ela disse e eu assenti, a vendo sair.

   “Miller, mecânica e reboque, bom dia, em que posso ajudar?”, uma voz feminina e doce soou do outro lado da linha.

   Algum tipo de surpresa se apoderou de mim naquele estranho momento. Eu achava que algum grandalhão com voz grave era quem atenderia ao telefone.

   “O meu carro quebrou, eu preciso de um reboque! Eu estou na Collins Avenue, próximo ao Delano!”

   A garota hesitou do outro lado da linha e murmurou um “uhum” em um tom baixo.

   “Chegaremos dentro de 10 a 15 minutos, senhorita, qual o seu nome?”

   “Jauregui!”, eu disse simplesmente e ela sussurrou outro “uhum”, me passando mais algumas informações e então desligando.

   Agora era só esperar. Esperar para que levassem meu carro. Esperar pela moça da voz...a doce voz.

                                            


Notas Finais


E então?? Tiraram as dúvidas sobre como seria o primeiro encontro, não é? A pergunta é: como será a primeiro impressão e interação entre as duas?? Aguardo as opiniões de vocês!! Continuem divulgando, conto com vocês!!

Até breve!


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