Segunda(Semana 2)
Eu estava em um lugar escuro, essa era a única coisa que eu sabia naquele momento. Eu não estava sozinho mesmo que parecesse. Eu sentia isso em minha espinha, nos poros de minha pele. E a teoria só se confirmou quando duas luzes desconhecidas acenderam-se, iluminando a mim e mais uma pessoa. Ela estava ajoelhada, suas mãos amarradas em suas costas, seu rosto coberto por um saco sujo e mal-cuidado. Eu conseguia sentir o cheiro de esgoto de onde estava. Ela não se mexia e nem falava, parecia paralisada, não obtinha medo nenhum.
- Mate-na.
Uma voz assustadoramente perturbada disse, calmo, como se observar pessoas matarem outras fosse apenas um hobby diário para ele. Imediatamente, o saco saiu de sua cabeça e uma faca novinha em folha apareceu em minha mão direita em um passe de mágica.
- Quem é você? - gritei, ouvindo apenas o eco de minha voz desaparecendo aos poucos como resposta.
- Mate-na.
- Não!
Eu tentei largar a faca, mas ela estava colada em minha mão. Eu entrei em desespero, o que eu faria? Nem sabia onde estava. Comecei a correr para longe, pensando que poderia achar a saída desta escuridão. Por um tempo, eu pensei ter escapado, mas logo a garotinha de dez anos aparecia em minha frente novamente. Isso aconteceu cinco vezes, eu estava correndo em círculos. Eu estava preso
em um labirinto, em uma prisão sem muros, que não poderia sair enquanto não fizer o que ele quer.
- Por que está evitando? Você não fez isso das outras vezes, senhor Agreste.
- Ela é só uma inocente, uma criança! Por que está me obrigando a fazer isso?
- Eu não entendo. Você adora matar, chefe, é sua obsessão desde que matou Lila Rossi. O sangue inocente cobrindo suas mãos enquanto a vítima morre aos poucos te dá mais prazer do que qualquer mulher jamais lhe daria. Você mesmo me disse isso.
- O quê? Eu não disse nada, por que está fazendo isso?
Meus joelhos fizeram um impacto naquele chão frio e minhas mãos cobriram meus ouvidos repentinamente, como se meu próprio corpo não aguentasse mais ouvir mentiras.
- Não tenha medo. Mate-na.
A última palavra foi repetida várias vezes, minha cabeça parecia que estava prestes a explodir.
- Pare com isso! Eu não vou matá-la!
- Sério? Então por que eu vejo que o senhor já a matou?
Foi assim que eu voltei a realidade. A faca estava fincada no coração daquela garotinha de dez anos. Minhas mãos estavam avermelhadas, eu sentia o cheiro de sangue fresco e inocente percorrendo minhas narinas. Os olhos azuis e sem vida dela me observavam profundamente. Eu odeio admitir isso, mas era bom. Era muito bom.
- Agora resuma a sensação em apenas uma palavra, chefe.
- Não tem como descrever em apenas uma palavra. Ótimo, viciante, prazeroso, delicioso. Não consigo achar adjetivos para descrever o que sinto agora.
Uma risada divertida foi ouvida saindo da boca dele, enquanto eu apenas observava minhas mãos ensanguentadas, sorrindo maliciosamente. A cada gota que escorria por meu braço, meu corpo pedia mais. O sangue alheio parecia penetrar em meus poros e também se misturar com meu próprio sangue, espalhando adrenalina e prazer por mim.
- A cada dia que passa, eu gosto ainda mais do senhor, chefe. Quer que eu peça para liberarem mais vítimas?
- Sim, peça. E, por favor, traga-me objetos de tortura. Está na hora de experimentar novas formas de matar.
- Eu vou adorar assistir isso, chefe.
- Gritos de dor, para 99% das pessoas, são insuportáveis e trazem um sentimento muito doloroso. Mas existe aqueles 1% das pessoas, da qual faço parte, que vê isso como uma melodia. A pessoa se contorcendo tentando escapar de suas amarras é como um filme de comédia romântica para mim. Ver a vítima perdendo sua alegria e esperança aos poucos, não ouvir mais seu coração pulsando sangue, é como se apaixonar por alguém. Você também sente isso?
- Mais do que qualquer um, chefe.
- Ótimo, então me traga mais vítimas e uma corda. Eu já disse a você que minha cor favorita é azul?
A última coisa que ouvi foi sua risada. Depois, senti minha cabeça batendo em algo de madeira e pânico dominando meu corção, que agora estava batendo rapidamente, cheio de adrenalina. Coloquei a mão em minha testa por causa da batida e a percebi molhada. Abri meus olhos e esperei minha visão se acostumar com a claridade. Eu estava de volta ao quarto de Nino, de onde nunca sai, felizmente. Um alivio percorreu meu corpo depois que percebi que aquilo foi apenas um sonho. Um pesadelo, na verdade.
- Hey, você está bem?
Olhei para o lado e vi o rosto de Nino ao contrário. Já que estávamos em uma beliche e ele estava na cama de cima, então pendurou-se para falar comigo sem sair da cama.
- Sim, eu acho. Foi apenas um pesadelo, nada demais.
- Quer desabafar? - indagou ele, levantando a sobrancelha. - Nem preciso perguntar pra saber que tem a ver com Chaos e derivados.
- Na mosca. Chaos dominando o mundo, a gente fracassando, essas coisas. Eu acho que é normal sonhar com isso quando está se sentindo muito pressionado.
- Sim, é normal. Mas não se sinta assim, bro, nós vamos conseguir. Heróis sempre vencem nos seriados e histórias em quadrinhos.
"Mas aqui é a vida real", quis repetir o que Alya me disse ontem, mas deixei pra lá. Eu sei que menti sobre o sonho, mas foi necessário. E se ele começar a ter medo de mim por causa disso? É a coisa que menos quero!
- E o seu antebraço, como está? - indagou ele, olhando fixamente para o curativo.
- Ah, sim, está melhor, eu acho. Não senti nenhuma dor durante a noite, pelo menos. O Guardião me disse que devo trocar o curativo e colocar um remédio especial que me deu logo depois que eu acordar.
Ele assentiu, pensativo, recolheu sua cabeça rapidamente e depois voltou a ficar de cabeça pra baixo, agora com seu celular em mãos.
- Já está na hora de levantarmos, gatinho.
Flashbacks percorreram minha mente de uma garota de cabelos e olhos azuis, que usava uma máscara avermelhada com pontinhos pretos, usando um uniforme muito parecido com de uma portadora de Miraculous. E algo lá no fundo me dizia que era Marinette. Eu balancei a cabeça para afastar os pensamentos e me levantei, preparando-me para o dia cheio de surpresas que viria a seguir.
[...]
Pisei no alto da escada de entrada da escola e pude ter visão de Chloé lá dentro do pátio. Seus olhos estavam muito vermelhos e suas olheiras profundas. Seu rosto estava coberto de maquiagem, mas isso não escondeu nada seu estado verdadeiro. Eu sabia que ela havia chorado a noite inteira e isso me deu um aperto no coração enorme. Mesmo não estando mais apaixonado por ela, eu ainda me preocupava demasiado.
- Chloé está acabada, o que será que aconteceu? - Cochichou Nino.
- Eu vou lá falar com ela - respondi, começando a andar mais rápido.
Eu sei que estava me arriscando demais, mas eu sentia que precisava. Aproximei-me dela por trás e encostei minha mão em seu ombro, fazendo-na se virar repentinamente. Seus olhos foram preenchidos por mais tristeza e raiva.
- Adrien, quantas vezes vou ter que pedir para ficar longe de mim? - indagou ela, com sua voz rouca.
- Eu só queria avisá-la que eu, Nino e Alya vamos nos encontrar hoje depois da escola nesse endereço - eu dei um pedaço de papel com o endereço de Mestre Fu. - Se você quiser aparecer para, você sabe, nos ajudar a destruir Chaos.
- Eu já disse que não quero! Pare de insistir, merda!
- Tudo bem, Chloé. - eu disse, em um tom calmo, encolhendo-me um pouco. - Mas quero que pense bem sobre esta situação e o que te falei ontem. Só quero seu bem.
- Se você quer meu bem, então saia daqui!
Eu assenti lentamente e saí de perto, avistando Alya perto da escada. Fui até ela, sentei em um dos degraus e ficamos tagarelando até o sinal de início das aulas tocar. Subimos até a sala de aula e sentamos em nossos devidos lugares. Logo, todos haviam entrado e a professora começava sua aula.
- Tenho um aviso a fazer - avisou ela. - Como vocês sabem, nossa cidade foi atacada pelo Exército de Chaos nesta sexta-feira. Alguns estabelecimentos não conseguiram recuperar-se nesse final de semana e pediram ajuda de alguns alunos dessa escola. Então, selecionarei a dedo os alunos que passarão o dia inteiro botando a mão na massa.
Essa não! Há cinquenta por cento de chance dela acabar escolhendo um de nós três e lá se vai nosso plano de visitar o Guardião esta tarde. Cruzei os dedos e implorei aos céus para que nenhum de nós fosse escolhido. Nathaniel Kurtzberg, Alix Kubdel, Ivan Bruel e... Adrien Agreste. Fala sério!
Depois de anunciar os escolhidos, ela nos disse qual estabelecimento cada um ficaria encarregado. Eu fiquei com um restaurante chamado "Monde Du Brésil", onde os pratos vêm originalmente do Brasil. Algo me diz que eu já fui até lá, mas não consigo me lembrar de realmente ter ido. Isso é tão agonizante!
[...]
Mais uma vez senti um déja-vu enorme quando fiquei em frente ao restaurante. O que diabos estava acontecendo comigo hoje? Aquele restaurante realmente parecia ter sido bastante afetado. O vidro da porta de entrada estava quebrado, a logo do restaurante, que permanecia no teto para todos os cidadãos de Paria observarem, estava incompleta. Algumas letras estavam faltando e a luz neon piscava incessantemente, como se estivesse ameaçando explodir e se apagar de vez.
Transpus a porta e tive a visão de um local... lotado e organizado? Havia muitas pessoas preenchendo as mesas e saboreando a comida estrangeira e todo o local por dentro estava completamente perfeito, como se o que vi ali fora fosse apenas parte da decoração do local, o que achei impossível ser. Eu jurava que eles tinham fechado para reforma, pelo menos foi o que a professora me disse.
Dei um passo para frente e imediatamente uma folha desconhecida atingiu abruptamente meu rosto e o salão adotou o silêncio repentino, como se tivessem parado seja lá o que estavam fazendo para me observar atentamente. Tirei aquele folheto de meu rosto e o observei, percebendo ser o cardápio do restaurante. Levantei meu olhar e o restaurante tornou-se vazio e destruído em um passe de mágica. Como isso era possível? Todas as cadeiras e mesas estavam espalhadas pelo local, folhetos contendo os pratos brasileiros que serviam voavam de um lado para o outro conforme o vento entrava pela janela enorme e quebrada, que ocupava toda uma parede e nos dava a vista da Torre Eiffel. Eu balancei a minha cabeça na tentativa de organizar meus pensamentos, eu realmente estava confuso. Aquilo é uma lembrança, assim como o que aconteceu no quarto de Marinette ou apenas um delirio de minha cabeça, consequência do estresse que estava sentindo nesses últimos dias? Eu não sabia dizer. Mas, de qualquer forma, preciso terminar o serviço que me foi designado rapidamente, talvez até dê para dar uma passada no Guardião. Caminhei até um mural, que continha um bilhete que deduzi ser minhas tarefas. Lá, dizia:
"Bom dia! Estamos muito gratos por você ter vindo nos ajudar a arrumar esta bagunça. As tarefas que pedimos são fáceis e você terminará rapidinho se se dedicar ao máximo.
1- Pegue a vassoura guardada no ármario de limpeza, que localiza-se dentro da cozinha e dê uma varrida em todo o local.
2- Organize as mesas e as cadeiras conforme o desenho que deixamos dentro da gaveta da recepção. Não esqueça de colocar as toalhas de mesa que estão sobre o balcão!
É só isso que pedimos. Boa sorte e obrigada de novo.
Assinado: Marina Santos, proprietária do restaurante Monde Du Brésil."
Soltei um suspiro cansado, já imaginando o tempo que demoraria para terminar isso daqui. O espaço é enorme, sem contar o tanto de mesas e cadeiras. Vejo que não há possibilidade de irmos visitá-lo hoje, terá de ficar pra amanhã. Que merda! Fui até o quarto da limpeza, peguei a única vassoura por ali e comecei a varrer a cozinha. Foi até rápido, considerando que ela não foi muito atingida. Transpus a porta até o saguão e novamente ele estava lotado. Não fiquei surpreso e confuso dessa vez, só procurei observar cada pessoa ou objeto ali antes que desaparecessem, com o objetivo de descobrir o que significava aquilo. E eu achei, há poucos centímetros de onde eu estava. Lá estava eu, sentado formalmente em uma cadeira ao lado de Chloé, olhando fixamente para a porta do restaurante. Em minha frente estava meu pai e o pai de Chloé. O que estávamos fazendo aqui? A curiosidade bateu sobre o motivo de eu estar olhando para a porta e então vi Marinette, a famosa garota de meus pesadelos, parada ali na frente da porta, me olhando completamente surpresa.
Sem pensar duas vezes, comecei a correr até ela, mas, antes que eu pudesse sequer tocá-la, ela desapareceu, todos desapareceram, e eu estava sozinho novamente. Um aperto preencheu meu coração e lágrimas começaram a ameaçar cair, mas engoli dificilmente o choro e respirei fundo, tentando recuperar a postura e ficar calmo.
Eu precisava terminar aquilo, pensei, não posso me permitir a ter distrações. Tudo vai ficar bem, Adrien, não se preocupe.
Quando meu coração voltou a bater normalmente, voltei a varrer aquele local assim como me pediram. Passei por cada canto, até aqueles que alguns achariam impossíveis de serem varridos por falta de alcance. Toda a sujeira que varri estava acumulada em um canto do restaurante, então apenas peguei uma pá e uma sacola de lixo no quartinho da limpeza e tirei aquilo dali, levando a sacola para fora imediatamente. Quando ultrapassei a porta de entrava de novo, adivinhem?, as pessoas estavam de volta. Sinceramente, isso já estava ficando cansativo!
Olhei para onde o meu eu da lembrança estava e o vi levantando-se da cadeira e avisando que iria ao banheiro, logo seguindo o corredor que nos dava acesso. Segui-no imediatamente e o encontrei conversando com ninguém menos que Marinette. Por que não estou surpreso?
- Eu acho que não é permitido um garoto entrar no banheiro feminino, não acha? - ele disse a ela, depois de soltar uma longa gargalhada.
Marinette pareceu cair na real e soltou um sorriso ingênuo, como se disesse "foi mal".
- Ah, sim… você… você é um me-menino, então faz sentido você nã-não poder entrar no banheiro fe-feminino, já que fe-feminino é pa-para as mulheres e masculino é para os ho-homens, que é-é o que você é: um homem.
Meu Deus, ela realmente gaguejou, tipo, muito. Mas por que? Marinette continuou sorrindo, mas logo fechou a cara e bateu a mão em sua testa como se se condenasse por algo que havia feito.
- Sim, você está certa - comentou o meu eu da lembrança, soltando um riso em seguida. - Enfim, eu vi que há uma sacada no final desse corredor. Podemos ir até lá para conversar?
Algo me diz que com certeza irá rolar muito mais do que apenas conversar. É clichê e classico! Então os dois desapareceram de minha vista. Será que se eu for até a sacada, consigo continuar com aquilo? Eu sei que preciso terminar de limpar isso daqui, mas, agora que isso envolve Marinette, eu sei que preciso saber.
Caminhei até a sacada e um vento forte decidiu beijar meu rosto, junto com os raios de sol, que me tornaram cego por alguns instantes. Quando o sol foi coberto por uma nuvem, consegui enxergar o que estava em minha frente. E lá estava eles, os dois pombinhos dançando à luz da... lua? Mas até agora estava de dia, como isso é possível? De repente, Marinette parou de se mexer e separou-se de mim, ou melhor, do meu eu da lembrança. E eu pude sentir a saudade que ele sentiu de tê-la em seus braços.
- Eu… preciso ir. - começou ela, cabisbaixa - Meus pais já devem estar começando a ficar preocupados com minha demora. E aposto que o seu também.
- Não, não vá! - Eu mesmo gritei, mesmo sabendo que ela não poderia me ouvir. - Fique, por favor!
Então ela não se mexeu e olhou para o meu eu da lembrança e, por um momento, acreditei que ela havia me ouvido, mas isso seria impossível. Ambos começaram a se aproximar, eu ouvia os dois corações batendo como se fossem um só, como se os dois fossem almas gêmeas, destinados a ficarem juntos desde o início. Meu coração também batia descompassado, afinal era eu ali, era eu que estava sentindo algo por ela, era eu que acordava todos os dias pensando em seu sorriso, era eu que estava há centímetros de sentir seus lábios macios e delicados nos meus. Mas, infelizmente, a vida me odiava.
- Adrien!
Olhei para trás e lá estava meu pai. Seus olhos transbordavam fúria de um jeito inexplicável. Senti algo caindo em meu ombro, me desconcentrando da lembrança, e percebi ser fezes de pombo. Ah, malditos pombos, logo agora? Bem, pelo menos ele cagou sobre minha jaqueta branca. Só preciso tirá-la e não ficarei com esse cheiro insuportável bem embaixo de meu nariz. Tirei a jaqueta e a joguei por cima de meu ombro, logo voltando toda a minha atenção à lembrança, que ainda continuava. Eu espero não ter perdido algo importante.
- Na verdade, ela fez sim. Ambos fizeram - contrariou meu pai. - Pelo menos teriam feito se eu não tivesse impedido. E isso realmente nunca mais vai acontecer, até porque não vou permitir que meu filho a veja novamente.
Dessa vez, finalmente, eu fiquei chocado. Meu pai... o que deu nele? Ele nunca foi assim comigo e sempre disse que queria que eu arranjasse uma namorada logo. Por que ele estava fazendo isso? Fiquei tão absorto em meus pensamentos que, quando voltei a realidade, Marinette já havia ido embora e meu eu da lembrança estava discutindo com ele.
- Se ela fosse sua amiga, você teria pelo menos mencionado o nome dela para mim! Mas eu nunca nem vi e ouvi falar dessa garota - disse meu pai, confiante no que estava dizendo.
- Como poderia? O senhor está na maior parte do tempo em sua empresa. Desde que mamãe morreu, você nunca mais sentou comigo na mesa da sala de jantar. Você nunca mais perguntou sobre meus estudos. Você nunca mais me deu um presente de aniversário decente. Você praticamente me ignora, como se eu fosse apenas um encosto em sua vida que teria de aturar até me tornar maior de idade.
A cada coisa que ele citava, eu me surpreendia ainda mais. Meu pai sempre esteve presente em minha vida e minha mãe está viva, mesmo desaparecida junto a meu pai agora! É impossível isso ser uma lembrança, senão os fatos iriam bater com a atualidade. Então, se não é, o que diabos está acontecendo?
Então, a lembrança acabou e as lágrimas começaram. Dessa vez não pude segurar, que droga! Mais uma vez, aqui estou eu chorando por causa da garota de meus pesadelos. Ah, meu Deus, por que você gosta de brincar com meus sentimentos?
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