1. Spirit Fanfics >
  2. Don't Go Away >
  3. VI

História Don't Go Away - VI


Escrita por: heart-shaped

Notas do Autor


Mais um capítulo.
Enfim acabará a dúvida sobre quem é a pessoa desconhecida das mensagens!

Boa leitura! :)

OBS: Esse capítulo pode conter gatilhos indesejáveis.

Capítulo 6 - VI


Fanfic / Fanfiction Don't Go Away - VI

A pessoa desconhecida queria se encontrar em trinta minutos, no Regent’s Park.
Sherlock aproveitou-se da proximidade e pegou um táxi para o local no mesmo instante em que leu a mensagem.
Finalmente iria encerrar aquele contato tão incômodo.
Pensou que, quando contasse a John, o mesmo também ficaria aliviado. Eles sempre entravam em conflito por conta das mensagens e, a partir daquele momento, parariam.
Por mais que o moreno pensasse se tratar de uma brincadeira de mal gosto, a ideia da pessoa ter se intrometido em seu relacionamento com Victor era bastante absurda! Aquele era um limite que, de fato, ele não poderia aceitar.

Passou o trajeto inteiro tentando imaginar quem poderia ser a tal pessoa.
Ela não era, como havia se pensado, desconhecida. Entretanto, quem teria motivos e energia para vigiar a vida do cacheado?
Seus únicos amigos eram Molly e Victor. Sendo que, após a partida de Trevor, ele passara meses sem nenhum outro contato.
Agora, tinha John a seu lado. Voltara a falar com Molly e aturava Sally e Philip.
Seria alguma dessas pessoas? Mas... qual o motivo?
A linha de pensamentos se encerrou quando chegou ao seu destino.

O encontro seria na entrada principal do parque, de forma que não houvesse muita dificuldade no reconhecimento.
Todavia, naquele fim de tarde, o local estava um pouco mais agitado do que o moreno esperava. Seria difícil encontrar um rosto familiar dentre tantos que andavam por sua volta!

Na verdade, pensando melhor, aquilo era loucura.
Como ele estava se arriscando assim?
Por mais que houvesse se certificado de que já conhecia a pessoa, a palavra “conhecer” é bastante abrangente. Sem contar que a pessoa poderia ter simplesmente mentido.
Quanto mais pensava sobre o assunto, mais vontade tinha de ir embora. Apesar de nunca desistir de um “caso”, ele percebia o tamanho de sua insanidade.
Poderia ter, ao menos, avisado John!
Entretanto, sabia que o namorado o repreenderia e até iria querer acompanha-lo... O que não seria uma boa ideia. Arriscar a si mesmo era normal, agora arriscar John estava longe de cogitação.
Ele tinha que ser otimista! A pessoa, provavelmente, era uma fedelha de sua escola... Alguém inofensivo.

Número desconhecido: Entre no parque e se dirija até o primeiro banco, à sua direita.
                                           Olhe na parte inferior dele e encontrará algo.


O jovem franziu o cenho, não entendendo o motivo da pessoa não se apresentar de uma vez.
De qualquer forma, ele fez o que foi pedido. Adentrou o parque e logo avistou o banco indicado.
Colado com apenas um pedaço de fita, havia um papel sulfite dobrado. Ao abrir, outro estranhamento. Tratava-se de um desenho...
Um desenho de criança?

Duas pessoas, bonecos de palito, aparentemente dando as mãos. Uma casa atrás e um outro boneco, parecendo estar sentado. Estudando talvez? Havia uma tentativa de desenhar um livro ao lado da pessoa.
Qual era o sentido daquilo tudo?

Número desconhecido: Reconhece o desenho, Sherly?

Um frio percorreu a espinha do garoto. Ele conseguia sentir todo o sangue sumir de seu rosto e os olhos se fixarem na folha em sua mão.
Aquele não era qualquer desenho de criança... Era um desenho dele mesmo!
O pior de tudo, havia sido um presente.

- Jimmy? – ele sussurrou para si mesmo, tentando se lembrar de todas as circunstâncias relacionadas ao papel e à pessoa.
Uma mão surgiu em seu ombro, fazendo-o se virar.
Era o próprio Jimmy!

- É uma pena que tenha tido tanta dificuldade em se lembrar de mim.
Um sorriso surgiu em seu rosto, fazendo o cacheado sentir-se totalmente desconsertado. Como não conseguira se lembrar dele?

Jimmy era, na verdade, James.
E James era James Moriarty! Seu novo professor de Biologia!
Ele estava tão diferente...
Aliás, por que nunca mais ouvira notícias do homem?

Ele foi um grande amigo de Mycroft.
Por ser dois anos mais velho, constantemente se disponibilizava para dar aulas ao funcionário do governo e por consequência, passava muito tempo na casa dos Holmes.
Sherlock, ainda criança, adorava James! Os dois até tinham apelidos “secretos”: Jimmy e Sherly.
Enquanto Mycroft se matava em fazer exercícios avançados de álgebra, Moriarty brincava com o pequeno pelo jardim da residência. Tinha toda a paciência do mundo para ajuda-lo em suas simples experiencias e guardava com carinho todos os desenhos que o menino insistia em presenteá-lo.
Mycroft, mesmo que não admitisse, tinha até ciúmes da amizade dos dois! Tanto que sempre ignorava os questionamentos de Sherlock acerca do garoto. Nunca dizia quando ele iria até a casa e, por vezes, marcava as datas de estudo nos dias em que sabia que o irmãozinho sairia.
Quando Moriarty foi para a faculdade, perdeu o contato de vez com o Holmes mais velho e, consequentemente, com o caçula.
Por sorte, crianças são facilmente distraídas e logo a ausência de James foi atenuada.

 

Era óbvio que Sherlock se sentia feliz em reencontrá-lo, pois uma série de lembranças boas o invadiram. Fora uma criança muito feliz, tendo aproveitado a infância cercado de cuidados e carinho.
Entretanto... A situação era estranha.
Uma pessoa normal, ao reconhecer a outra, teria ido conversar no mesmo instante!
Se o professor reconhecera Holmes, por que não disse?
Ou melhor, por que escolheu mandar essas mensagens anônimas durante tanto tempo?
Aliás, ele não podia se esquecer que o homem chegou ao absurdo de desmanchar o namoro dele com Victor! Sim, isso não parecia certo ou sensato! O que ganhara com tudo aquilo?
Assim, o alívio em ver James novamente se diluiu.
A realidade voltava a predominar e os fatos eram cada vez mais insanos.

- Você deve estar cheio de perguntas. – o homem sorriu, estendendo a mão para o banco em que estavam próximos. – Sente-se, eu responderei a todas.
A expressão cativante do professor estava lá. Uma expressão que foi facilmente lembrada por Holmes.
Qual criança não gostaria de um “quase adulto” que o tratasse bem, de igual para igual? Diga-se de passagem, Moriarty estendia esse comportamento aos adolescentes. Por isso era tão adorado pelos alunos.

- Eu não quero parecer rude, é ótimo reencontrá-lo...

- Mas?
Sherlock pigarreou ao ser interrompido. Por uma fração de segundos, pensou que a expressão de James havia sido alterada. Ele não pareceu gostar de uma provável adversidade.

- Bem, nada disso faz sentido. – ele se forçava a compreender a linearidade. – Você quem manda as mensagens? Se sabia quem eu era e percebeu que eu não me lembrava de você, por que não falou comigo?
Moriarty gargalhou, como se o garoto tivesse contado a melhor piada.

- Qual seria a diversão se você soubesse logo de cara?
O olhar de Holmes transmitia confusão. Diversão? Eles estavam falando sobre o mesmo assunto?

- Desculpe, mas...

- Outro “mas”! – ele balançou a cabeça e o dedo indicador, como se a palavra não devesse mais ser dita. – Olhe, sou eu quem mando as mensagens sim. E quando eu percebi que você não tinha se lembrado de mim, me permiti tomar um tempo...

- Tempo? – outra vez o cenho se franziu.
Não foi por muito tempo, pois os olhos se arregalaram levemente quando o professor bufou.

- Essa conversa não está do jeito que eu gostaria. – revirou os olhos, mas logo respirou fundo, como se retomasse a calma. – À primeira vista, você era apenas um aluno bonitinho, Sherlock. Pelo menos, até eu saber quem era de fato.
Aluno bonitinho? Ele podia falar algo assim? Ou pensar coisas assim sobre os alunos?

- Sabe, eu te conheci quando era muito novo... Nunca imaginei que cresceria e se tornaria essa beldade!
O olhar fixo de James começou a intimidar o mais novo. Definitivamente professores não deveriam falar essas coisas.
Sentia suas bochechas adquirirem um calor fora do normal.

- Você fica extremamente gracioso envergonhado. – ele riu de forma nasalada, ajeitando-se no banco para se aproximar. – Enfim, eu precisava de tempo para saber como lidar com isso. Foi um fascínio imediato, que eu nunca havia sentido!
Holmes engoliu a seco. Ele precisava sair dali. Precisava! A conversa tinha um tom estranho e nada agradável.

- Olha, está ficando tarde... – o garoto ia se levantando, mas seu braço foi fortemente segurado.

- Agora? Acabamos de iniciar nossa conversa! – o professor falava com um sorriso cativante, oposto à brutalidade com a qual impedia o jovem. – Tem muito mais coisas sobre as quais devemos conversar.

Sherlock olhou ao redor e analisou o ambiente. Por mais que o parque estivesse esvaziando, ainda havia um número razoável de pessoas. Se o rumo da conversa se intensificasse, ele poderia pedir auxílio.
Voltou assim a se sentar.
Uma briga interna começava, pois uma parte achava insano continuar ali. A outra, no entanto, colocava a curiosidade em primeiro lugar.

- Ótimo. – manteve o sorriso ao ver a decisão do outro. – Você deve entender que, se o destino nos uniu, temos que aproveitar!

- Destino? – Holmes riu baixo, sem acreditar que um homem inteligente acreditava em algo assim.

- Sim. – disse como se fosse óbvio. – Eu lhe enviei milhares de mensagens e já perdia a esperança de ser respondido... E mesmo assim, aqui estamos nós! – ele se sentou mais perto do cacheado, analisando seu rosto. – Com certeza é o destino aprovando nossa relação.

A última palavra causou o ápice de mal estar.
“Relação”? Ele havia escutado certo?
Sherlock tinha a impressão de que perdia inúmeras informações, pois não entendia a intimidade e segurança do outro. Eles não se viam há anos! E Holmes era uma criança quando isso aconteceu! Nem ao menos poderiam se denominar como amigos.
Sem contar que o mais velho era seu professor. Não deveriam ter contato algum além do profissional!

- Olha, eu posso estar entendendo errado, mas... Você é meu professor, talvez não seja bom que os outros saibam de nossa, hm, amizade.
James deixou transparecer uma série de expressões.
Primeiro, se espantou com a fala do garoto e, por fim, pareceu compreender.

- Você está certo em uma parte e errado em outra. – ele esticou suas pernas e levou as mãos até a própria nuca. Deu uma risada leve, sem deixar de fitar Sherlock. – Qual quer saber primeiro?
O jovem suspirou. Por que o outro tornava a conversa tão difícil?
Tudo parecia um infindável jogo de perguntas e respostas. E parecia que, a qualquer momento, o homem se irritaria com uma das falas de Holmes.
Por que ele estava passando por aquilo? Aquele comportamento por parte do professor, e conhecido da infância, era incompreensível!

- A parte em que estou certo. – respondeu ríspido. Queria acabar logo.

- Você está certo em termos de ser... discretos. – ele retomou a postura de antes, mas agora acomodou seu braço esticado pelo apoio das costas do banco em que estavam.
Sherlock sentiu-se nervoso ao sentir o braço do homem próximo às suas costas, como se estivesse o abraçando. Não se sentia confortável ali.

- E, antes que precise perguntar, vou dizer no que estava errado... – Moriarty fez questão de aproximar o rosto do moreno.
O garoto paralisou, prevendo que o outro sussurraria algo em seu ouvido.

- O que temos não é uma amizade, Sherly. – ele chegou a encostar a testa na parte lateral do rosto do cacheado, fazendo o mais novo fechar os olhos fortemente. Ele tinha medo do que estava para acontecer. – É amor.
 

Instantaneamente, o coração do garoto deu a impressão de ter desaparecido.
Era como se o músculo não estivesse mais lá para bombear sangue para seu corpo. Não sentia as próprias pernas ou braços, apenas sua cabeça latejando.
Aquele homem estava claramente o assediando e pelas poucas atitudes observadas durante a conversa, possuía traços de obsessão e loucura.
Como conseguiria lidar com aquilo? Isso se houvesse sequer uma maneira de lidar!
Ele ouvia apenas a risada de James, que apesar de ser emitida próxima a seu ouvido, parecia distante.
Tudo parecia distante.
Como foi parar ali?
Essa era a pergunta mais feita em sua mente. Seu simples plano, motivado pelo mistério do fim de seu namoro com Victor, o guiou até tal problema. Se não houvesse respondido à mensagem, estaria em casa, falando ao telefone com o namorado, longe disso!
 

- Eu esperei pacientemente e até estava disposta a permanecer assim até que você fosse para a faculdade. Entretanto... – ele depositou uma mão no ombro de Holmes, que nem ao menos conseguia sentir. – Não gosto desse seu namorinho com John Watson. E já que tivemos a sorte de nos reencontrarmos, temos que aproveitar!
Quando o nome do namorado foi mencionado, todos os alertas remanescente foram acionados.
Aquilo era um absurdo! Por que estava escutando tudo sem retrucar? Ele poderia até denunciá-lo por tal conduta!
Levantou-se abruptamente, chamando a atenção do professor.

- Chega. Você está sendo totalmente inadequado. – seu rosto passou a arder em raiva. – Você não tem nada a ver com a minha vida e nós não temos nada! Eu nem ao menos lhe conheço direito!
As sobrancelhas do homem se ergueram, como se duvidasse das palavras que acabara de ouvir.

- E não ouse mencionar o nome de John! – o cacheado cuspia as palavras, enfim tendo alguma reação. – Você é um lunático e pode ter certeza de que irei acabar com você.

Ao terminar a frase, precisou tomar fôlego. Todo o mal-estar havia lhe esgotado.
Simultaneamente, ele buscou olhar o rosto de Moriarty, a fim de identificar sua reação. Todavia, por longos minutos, não houve nada. Ambos se encaravam sem qualquer som.
E quando Sherlock parecia totalmente recuperado, o mais velho se levantou.

- Vejo que você não é tão inteligente quanto pensa que é.
O rosto do jovem se contorceu.
Essa não era a resposta esperada.

- Você acha que pode “acabar” comigo? – disse debochado, mas nada receptivo. – Você se esqueceu que, até poucos meses atrás, era um bastardo drogado? Um garoto problema? Um estorvo para a sua família?
Toda a segurança de Sherlock desabou.
Não imaginava que esse detalhe de seu passado era conhecido pelo professor...

- Todos sabem desse seu histórico, Sherly. – o homem passou um dedo pela bochecha do garoto, que recuou imediatamente. O reflexo fez Moriarty gargalhar. – Toda a polícia de Londres, sua família, os professores e alunos da escola sabem... Qualquer coisa que tentar dizer contra mim, será prontamente ignorada.
Como Sherlock desejava que tudo fosse mentira!
Infelizmente, não havia nada além da verdade. Suas atitudes imprudentes, juntamente ao vício às drogas, tiraram boa parte de sua credibilidade. Ele fora chamado dos piores nomes e recebeu todos os tipos de olhares de desgosto, reprovação e até nojo. Ninguém o ouviria.
Era capaz, inclusive, de acharem que ele estava voltando aos entorpecentes ou ficando louco. Nunca acreditariam nele.
 

- Sua melhor opção sou eu. E recomendo que você entenda isso logo.
A última parte soou como uma ameaça, fazendo o cacheado estremecer.
Embora, o jovem se esforçasse para não deixar a insegurança transparecer. Queria ao máximo manter a pose arrogante, como uma forma de autoproteção após ter sido destruído por dentro.

- E quais são as outras opções? Aposto que serão bem melhores.
O professor apenas sorriu, sem mostrar os dentes.
Era um sorriso assustador, na mente de Holmes.
Quase se arrependera de ter falado algo.

- Bem, para ser sincero... Eu sou a sua única opção. – ele pegou nas mãos de Sherlock, ficando quase colado ao garoto.
O espanto tomou conta do moreno, que olhou para os lados em busca de algum auxílio.
Lamentavelmente, os últimos acontecimentos o distraíram de tal forma que nem percebeu o parque esvaziar-se por completo.
Só estavam eles dois, sem ninguém para quem pudesse pedir ajuda.

Antes que Sherlock pudesse ter algum tipo de ação, o outro se afastou.
Passou as mãos pelos próprios cabelos, como se estivesse esfriando a cabeça.

- Desculpe, Sherly. – ele balançava a cabeça, como se estivesse tendo um diálogo na própria mente. – Você provavelmente precisa de um tempo para colocar as ideias no lugar.
Pela milésima vez naquele fim de tarde, que já havia virado noite, o cenho do garoto se franziu em estranhamento.
Definitivamente, aquele homem era um lunático obsessivo!
Sem mais palavras, ambos foram em direção a saída do parque. Sherlock não queria arriscar-se em mais frases das quais não saberia como o professor iria reagir.
Decidiu que, indo para a casa, teria mais calma para colocar os pensamentos no lugar e arquitetar um plano.
Por sorte, logo um táxi passou e Holmes pôde pegá-lo.
Suspirou aliviado ao estar longe de James.
 

O que acabara de presenciar?
Sua mente apenas gritava o quanto o homem era maluco!
E pensar que, quando criança, ele pudera adorá-lo... Como?
Se soubesse a obsessão que “Jimmy” iria adquirir, faria questão de ser o mais desprezível que conseguisse.
Mas esse era o tipo de coisa que não se podia prever. Nem ao menos, enquanto recebia as mensagens, conseguia imaginar se tratar de uma pessoa assim.
E então, um aperto se iniciou em seu peito.
Lembrou-se da preocupação de John. John alertou.
Por que ele não o ouviu? Por que sempre age com seu orgulho?

Quando o táxi parou em frente a sua residência, entrou o mais rápido possível.
Precisava de um banho demorado e uma longa prática de violino. A mente estava demasiadamente bagunçada e apenas essas ações lhe traria calma.
Antes, entretanto, seu celular vibrou. Uma mensagem.

John: Me ligue antes de dormir.
          Já estou com saudades.


Sherlock não poderia ligar. Estava totalmente sem condições de falar com o namorado.
Não queria lhe contar sobre o encontro do parque, pois nem ao menos sabia o que pensar sobre o ocorrido.
Por mais que Watson o acalmasse, não podia inseri-lo nessa confusão. Ele próprio quem a criara e ele próprio quem deveria resolvê-la.

Você: Desculpe, mas não me sinto muito bem. Deve ter sido algo que comi.
          Nos vemos amanhã, ok?
         Também estou com saudades. Muitas.


Ele não queria mentir, mas sabia que apenas com aquela desculpa conseguiria encerrar o assunto sem maiores questões.

John: Claro! Descanse o máximo possível, Sherl.
          Se não melhorar, por favor, me chame!

Você: Pode deixar, Dr. Watson.
John: Seu Dr. Watson.
Você: Sim. Meu.
John: <3

Enfim, conseguira encerrar a conversa. Inesperadamente, a troca de mensagens o fez, por alguns segundos, esquecer de tudo ao redor. E ele amava esse poder que John tinha sobre si.
Pena que a sensação boa não durou mais tempo.
Logo o celular indicou o recebimento de novas mensagens e estas não eram do namorado.
        
Número desconhecido: Lembre-se, devemos ser discretos. Nada de fofocar sobre nós!
Número desconhecido: Ah, e se você continuar com a ideia ridícula de “acabar comigo”, pode ter certeza que seu loirinho será o primeiro a sofrer as consequências.
Número desconhecido:   De qualquer forma, amanhã conversamos mais.
                                           Espero que esteja mais calmo e desculpe algumas de minhas atitudes.
                                           Você desperta o pior o melhor de mim.

Número desconhecido: Boa noite, Sherly. <3


Notas Finais


Bem, foi isso!
Eu espero muito que tenham gostado. Foi um capítulo difícil de escrever, portanto cansativo pra conseguir terminar. Não é um dos meus favoritos, massss serviu pra apresentar o Moriarty e essa insanidade que ele tem, que somada a sua obsessão ao Sherlock, é revoltante.
Ah, e se alguém não se sentir confortável com essa temática (o que é totalmente compreensível) não precisa hesitar em deixar de acompanhar. O importante é colocar o bem-estar acima de qualquer coisa!

De qualquer forma, obrigada por estarem acompanhando e interagindo. Podem ter certeza que, para esse capítulo, foi essencial! Obrigada <3 <3 <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...