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História Dont Let Me Go - Brincando de Casinha


Escrita por: Mrscurly

Notas do Autor


"Eu voltei, e agora é pra fica...
Porque aqui, aqui é meu lugar..."
Ai, Roberto Carlos, seu lindo!
Mentira gente, eu não sou um tia fanática por Roberto Carlos que tem um treco quando assisti o especial de natal.
But... I'm back, bitches! Muahahahahahaha!
Então gente, como vocês devem ter percebido, ou não, eu fiquei um longo tempinho sem atualizar nenhuma das minhas fics, mas eu só estava querendo dar um tempo.
Mas, para acabar com o desespero de algumas, aqui está um capítulo novinho em folha de DLMG! Ele ficou grandinho, pois quis compensar vocês!
Tenho tanto gente para mandar beijos hoje! Essa lista vai ficar enorme, mas vamos lá. Obrigada à: Evellyn16, CarolHoran, sofiunicorn, AnaMalik_, flacorrea, HazzaStyles, Joy-Somerhalder, IdiotStyles, LarissaLonixa, Jujuba96, isavaliente, NetaDeZeus, gabyferreira, helovejus, Gabi_LBS, BiihPereira, livestyles, Volat1D, BiancaMalik, thestephlove, CaarolStyles, taks1d, styl3scat, NatiAPayne, lenadb, Lucydsky, itsanaf, YasminCastro, carlasant, Pegaeudemi, PrincesaHoran, nicki1d, GiirlStyles, AdrianaSM, Larys_Borges, maridantzhoran, Marida_Do_Niall, realbelieber, 61898, Lili_cupcake, ellas, MiihhSantoos, Pryycorrea, graziela178 ,Lulyy, IsaSykes, DirtyLeeroy, Giulia_Colpo, IchigoDoLiam, Mrshoranx, helovejus, byastyles6969 ,BossedUpSwag, Clarissystyles e carol_potter!
Sei que muitos já devem ter desfavoritado, mas quero agradecer mesmo assim! E se esqueci de alguém, me desculpe! Mas sinta-se abraçado!
E para não perder o costume...
Boa Leitura!

Capítulo 14 - Brincando de Casinha


Fanfic / Fanfiction Dont Let Me Go - Brincando de Casinha

Festas são ótimas para se divertir; poder beber até o barmen te expulsar, dançar igual a Madonna e ficar com um cara lindo, que até parece com um modelo da Ralph Lauren. Mas nada se compara com a noite de sono que se tem, após uma festa.

Aquele maravilhoso coma instantâneo que se entra, no momento em que caímos na cama, sem nos importar com maquiagem ou roupa. Simplesmente apagar e acordar no outro dia sem saber que horas são ou que ano é.

E era aquilo que eu pretendia fazer, dormir dentro do casulo do meu cobertor e apenas acordar quando os robôs se tornassem empregadas domésticas ou quando Hazel resolvesse falar comigo.

Não se enganem, mas robôs são a opção mais óbvia de acontecer primeiro.

Pensar em Hazel como uma pessoa que fica longos períodos de tempo sem falar, é quase ridículo, mas foi o que aconteceu na noite passada.

Quando ela finalmente chegou em casa, eu a esperava sentada no sofá, pronta para começar com as perguntas que estavam dando um nó em minha cabeça, no momento em que a vi beijando Simon, no carro.

- Haz, o que aconteceu lá fora? Você beijou Simon? - Eu gesticulava com as mãos freneticamente, esperando por uma explicação para tudo aquilo, mas Hazel simplesmente me ignorou, andando com a cabeça baixa em direção ao seu quarto.

- Hazel, pare! Nós precisamos conversar. – Mas tudo o que eu consegui foi receber uma bela portada na cara.

E ainda fiquei alguns longos minutos encarando o pôster de Taylor Lautner, sem acreditar que ela tinha mesmo me ignorado daquela forma.

Conhecia Hazel como conhecia a mim mesma, e sabia que ela iria se esquivar de uma conversa o máximo possível, mas eu também não iria desistir tão cedo.

Mas enquanto a “hora da verdade” não chegava, eu apenas aproveitava o belo sonho que eu estava tendo, enquanto rolava de um lado para o outro na cama, buscando por algo para abraçar.

Provavelmente a música irritante que começara a tocar era parte do meu sonho, mas depois de alguns minutos tentando ignorá-la, ela simplesmente começou a ficar cada vez mais alta, chegando ao ponto de me deixar surda momentaneamente.

Com um grunhido, abri meus olhos com dificuldade, piscando repetidas vezes devido a luz que enchia meu quarto. Levei minha mão para de baixo do travesseiro, que tremia como se estivesse tendo uma convulsão.

Olhando para a tela do meu celular, tentei decidir se ficaria animada ou realmente muito brava, pois o nome de Harry piscava nervosamente, mesmo ainda sendo nove horas da manhã.

Respirei fundo algumas vezes, massageando minhas têmporas em uma tentativa de aliviar a dor de cabeça, antes de finalmente atender a chamada.

- O que você quer de mim a essa hora da manhã? - Resmunguei, sem me importar em estar sendo rude ou não.

- Bom dia para você também, Nora. – Harry tentou parecer ofendido, mas acabei conseguindo ouvir sua risada baixinha.

- Meu dia seria realmente bom, se você não tivesse me acordado. – Se meu pai estivesse me ouvindo, ele provavelmente começaria um discurso sobre bons modos.

- Sinto muito ter que atrapalhar seu sono, mas nós não íamos ao orfanato hoje? - Sua voz pareceu-me um pouco triste, o que me fez ficar arrependida.

- Desculpe-me, Harry, eu... – Solto um bocejo, lançando minhas pernas para fora da cama. – Vou me trocar rapidinho e nós vamos, afinal, onde você está?

- Sentado em um dos sofás da recepção do seu prédio. – Me preparei para fazer uma pergunta, quando ele me interrompe. – E caso você se pergunte, o zelador me deixou entrar e agora eu estou vendo ele lavar o chão com alguma coisa bem estranha, que não parece nem um pouco com desinfetante.

- Já chego ai para te salvar, só aguente mais alguns minutos. – Digo, enquanto balanço a cabeça, rindo.

- Venha logo, Nora, pois eu estou começando a me assustar com o zelador.

E ele simplesmente desligou o celular, me deixando ali, rindo igual à uma hiena enquanto corria em busca de alguma roupa fácil de vestir mas que me deixasse no mínimo apresentável.

Ao mesmo tempo que colocava um cardigã de linho por cima da regata preta, eu tentava com muito esforço calçar minhas sapatilhas brancas e ainda passar gloss em meus lábios, mas felizmente dessa vez, não quebrei nenhum vidro de perfume.

Já havia perdido a conta de quantos vidrinhos perdi ao tentar fazer milhares de coisas ao mesmo tempo.

Pegando a pequena bolsinha caramelo, voei para fora do quarto, olhando para os lados, na esperança de ver Hazel perambulando pela casa, mas a porta de seu quarto estava fechada e ela provavelmente estaria dormindo.

Sem me importar em fechar a porta, entrei no elevador, rezando para que nenhum assaltante resolvesse invadir a nossa casa, justo no dia em que eu estava com pressa. Depois de xingar o velho elevador por demorar séculos para chegar ao térreo, a porta de ferro finalmente se abriu com um rangido estridente, fazendo com que a pessoa de cabelos cacheados, que olhava para seu celular, sentado na velha poltrona de couro, virasse a cabeça, prendendo meu olhar em seu belo par de olhos verdes.

Harry me estudava com um enorme sorriso no rosto e eu provavelmente fiquei encarando ele, sem me mover, por algum tempo e, só sai do meu estado de transe quando a porta do elevador começou a se fechar.

Minhas bochechas começaram a corar e eu encarei o chão, enquanto caminhava até onde ele estava.

E se eu já estava bem constrangida, fiquei ainda mais quando Harry levantou-se, revelando a fina regata branca que ele usava, deixando a mostra os braços e uma parte do peito, onde eu consegui perceber mais algumas tatuagens sem nexo emoldurando seus poucos músculos.

Acabei “estudando” Harry por mais tempo do que o necessário, pois ele acabou abrindo um sorriso malicioso, me deixando com vontade de bater minha cabeça na parede.

- Pensei que você já iria chegar gritando comigo por ter te acordado. – Ele riu, me puxando para um abraço e fazendo com que minha cabeça afundasse em seu peito.

- Não pense que não estou brava com você, pois estou, apenas não faça isso novamente. – Me elogio mentalmente por conseguir falar uma frase inteira sem gaguejar depois de me embriagar em seu perfume forte.

- Você ficaria mais feliz se eu dissesse que passei no Starbucks e comprei um copo enorme de chá gelado para você? - Harry tomba a cabeça para o lado, me olhando com um sorriso fofo enquanto arrumava a touca preta que cobria seus cabelo, deixando alguns cachos de fora.

- Ok, está perdoado. – Digo, rindo e pegando em seu braço, puxando-o para fora.

Acomodei-me no banco e coloquei o sinto, vendo Harry ligar o carro, me entregando um copo de plástico com o símbolo da Starbucks.

- Não sabia de qual você gostava, então comprei o simples. – Ele diz, ligando o rádio, fazendo com que a voz de Bruno Mars enchesse meus ouvidos.

- Obrigada, está ótimo. – Levei o canudinho até meus lábios, sentindo o gosto da camomila misturada com limão. O meu favorito.

Harry dirigia com apenas uma das mãos, já que a outra segurava um copo igual ao meu, mas com café. Seus olhos estavam focados na rua, mas ele cantava distraidamente a música que tocava.

- Treasure, that’s what you are, honey you’re my golden star... – Sua voz rouca fazia-me arrepiar, então desviei meus olhos e comecei a encarar as pessoas que passavam voando ao nosso lado, tentando não prestar atenção na letra da música.

- Quando você volta ao trabalho? - Harry puxou assunto, voltando seus olhos brevemente para mim.

- Já nessa segunda. – Suspiro pesadamente.

- Você não parece muito feliz. – Ele ri.

- Você nem imagina. – Reviro os olhos, rindo logo em seguida, enquanto ele passava por alguns sinais verdes.

Logo, a grande construção, no estilo vitoriano, do orfanato Saint Peter entrou em meu campo de visão e, à medida que nos aproximávamos, consegui ver as crianças correndo na área externa do prédio, enquanto Martha corria atrás de alguns deles.

- Pensei que eles estariam na sala de recreação. – Harry diz, parando com o carro.

- Martha deixa eles brincarem fora quando está sol. – Digo, sorrindo ao ver a pequena Cassie brincando com uma boneca junto com algumas meninas.

Praticamente pulo para fora do carro, esquecendo de Harry enquanto andava até onde minha garotinha estava sorrindo e cantando. Parei de repente, sentindo meu coração esquentar ao olhar aquela cena. Não pude deixar de sorrir.

- Ela é linda, não é? - Perguntei, sem perceber que Harry estava ao meu lado.

- Sim, ela é. – Olhei para trás, encontrando com um enorme sorriso de covinhas.

- Nora! – Ouvi o gritinho fino quando Cassie me viu ali parada e, largando a boneca no chão, ela correu em minha direção, pulando no meu colo e se prendendo à mim.

- Olá, meu bebê, como está? - Apertei levemente seu nariz, fazendo-a rir.

- Eu não sou mais um bebê, Nora! – Cassie protestou.

- Oh, claro que não! Você já é uma mocinha. – Girei ela em meus braços. – Olha só quem veio te ver!?

- Harry! – Cassie pulou do meu colo, para o colo de Harry, que tinha aberto os braços para a garotinha.

- Vim te visitar assim como prometi, como você está? Os meninos mandaram um beijo para você. – Harry beija a testa de Cassie, fazendo-a corar.

- Estou bem. – Ela respondeu baixinho.

- Nora, Harry! – Martha sorri, nos cumprimentando. – Feliz ano novo!

- Martha! Feliz ano novo. – Abraço a bondosa mulher.

- Vim fazer uma visita para as crianças, espero que não tenha problema. – Diz Harry, ainda com Cassie em seu colo. A menina agora brincava com o colar que pendia no pescoço dele.

- Imagina, problema nenhum! As crianças vão adorar!

- Nora, vamos brincar de boneca? - Cassie pergunta, já no chão, pegando na minha mão.

- Claro, pequena. – Volto-me para Harry. – Você fica bem?

- Podem ir, acho que vou jogar bola com os meninos, mas depois quero ver minhas garotas brincando, ok? - Não tenho certeza se respondi, pois fiquei atônita demais depois do ele falou.

Cassie me puxou até onde ela tinha deixado sua boneca, antes de eu chegar. Sentando no chão de cimento cheio de rabiscos de giz de cera, fiquei observando enquanto minha garotinha fazia “comida” no pequeno fogão de brinquedo colorido que estava encostado perto de uma cerca viva.

- O que você está fazendo aí, Cassie? - Perguntei, abraçando a boneca que ela tinha me dado.

- Um bolo, para a gente tomar chá! – Sua voz alegre me fez sorrir.

Enquanto participava da festa de chá de Cassie, que contava com um bolo de massinha de modelar e chá de água, fiquei olhando Harry, que corria pelo gramado junto com os meninos, jogando futebol. As jogadas desajeitadas e os tombos que ele levava me faziam rir, mas Jack e os outros garotos pareciam estar adorando o novo “parceiro de bola”.

- Como estão indo? - A voz rouca, e agora ofegante, de Harry, me fez olhar para cima, vendo que ele se encontrava de pé, ao meu lado, fazendo com que uma gota de suor pingasse em minha testa.

- Nora e eu estávamos tomando chá, mas eu queria brincar de casinha. – Cassie diz séria, guardando as xícaras de plástico dentro da caixa.

- Bem, vamos brincar, então. – Harry diz, sentando-se ao meu lado e limpando a gota de suor que havia caído em mim. Apenas sorrio.

- Ótimo! – Cassie bate as pequenas mãozinhas. – Nora, você vai ser a mamãe, e Harry você vai ser o papai.

- O que temos que fazer? - Pergunto, sorrindo.

- Como vocês são o papai e a mamãe, vocês tem que se beijar! – Sinto minhas bochechas corando, e desvio meu olhar para o chão, mexendo nervosamente minhas mãos.

Olho para Harry e vejo que ele me encarava com uma certa expectativa, me deixando ainda mais nervosa. Mas mesmo sentindo que meu coração iria explodir a qualquer momento, inclino-me em direção a Harry, roçando meus lábios de leve na pele fria da sua bochecha.

- Pronto. – Digo, sem encarar Harry.

- Não, tem que ser um beijo de verdade! – Cassie protesta, pegando minha mão e a colocando em cima da de Harry, que se encontrava pousada em sua perna.

- Acho que ela não vai desistir tão cedo. – Harry ri fraco, me encarando.

- Só um, ok, Cassie? - Vejo que os olhos dela brilhavam, e ela assente com a cabeça.

Mais uma vez, volto-me para Harry, respirando fundo e contando até cem mentalmente, tentando controlar o embrulho no estômago, que olhar seus olhos verdes estava me causando. Eu me sentia estranha e a minha própria voz irritante gritava na minha cabeça coisas sem sentindo, mas eu já tinha perdido minha linha de raciocínio a muito tempo.

Sinto os dedos de Harry tocando minha bochecha, deixando um pequeno carinho ali, contribuindo um pouco mais para o meu descompasso cardíaco.

E sem desviar meu olhar, levo meus lábios, finalmente, até os dele que estavam entreabertos, fazendo com que sua respiração batesse em minha pele. Aquilo era apenas um selinho casto, mas que fez com que todas as minhas terminações nervosas explodissem. Sua pele macia era convidativa para que eu ficasse ali para sempre, mas eu afastei o rosto rápido demais, sem entender o motivo de eu estar daquele jeito, afinal, não era como se eu estivesse dando meu primeiro beijo.

Mas estava parecendo.

-Pronto, Cassie? - Pergunto, incrivelmente sem fôlego.

- Sim! – Ela parecia mais animada que no dia de Natal. – Agora vamos colocar o bebê para dormir.

Embalei a boneca, desajeitadamente, ouvindo Cassie cantar uma musiquinha infantil ao meu lado, mas tudo em que eu conseguia pensar era no beijo bobinho que eu acabara de dar em Harry. E eu podia sentir os olhos do mesmo, queimando em minhas costas.

Tudo hoje, parecia estar conspirando para eu voltar a me sentir como uma adolescente apaixonada.

- Crianças! Guardem os brinquedos e levem-nos para dentro, o almoço está quase pronto. – A voz de Martha fez com que todos corressem gritando para dentro do orfanato e, a palavra “almoço” me fez perceber que eu também estava com fome.

- Acho melhor nós irmos. – Digo para Harry, sem fazer qualquer contato com ele.

- Não querem ficar para o almoço? - Olhei para Martha.

- Fica, Nora! – Cassie implorou, agitando-se no colo de Martha.

- Desculpe, princesa, mas é melhor eu ir embora, deixei a tia Hazel sozinha em casa e logo, logo, ela irá me ligar, dizendo que está com fome. – Eu não havia mentido, Haz sempre me ligada para reclamar de fome, mas sabia que do jeito que estava, ela continuaria sem nenhum contado comigo, então aquilo só serviu como desculpa para ir embora.

“Quando mais rápido formos, mais rápido poderei sair de perto de Harry”, mas eu sabia que no fundo, não era aquilo que eu realmente queria.

- Bem, então até sábado que vem, Nora. – Martha beija minha bochecha. – Você virá também, Harry?

- Vou tentar, Martha. – Ele sorri, apertando a mão da mulher.

- Tchau, Nora. – Cassie me aperta em seus bracinhos, em um abraço. – Tchau, Harry.

Depois de nos despedir, andamos em silêncio até o carro dele. Sentada no banco, fiquei observando a paisagem, como sempre fazia, mas dessa vez eu queria estar em um dos vagões do metrô, pois o clima frio dentro do carro estava me sufocando.

Olhando de soslaio para Harry, percebi que ele apertava e remexia as mãos no volante de um jeito nervoso, parecendo que queria falar algo, mas tudo que fez foi morder os lábios e franzir o cenho.

Aqueles poucos minutos até a minha casa foram os mais torturantes da minha vida e assim que o carro parou, me vi saltando para fora do carro, pronta para correr para casa, sem me importar em deixar Harry ali sozinho.

Mas quando eu já estava no meio dá calçada, senti dedos longos se fechando ao redor do meu braço, me fazendo parar.

-Nora... – Finalmente olhei para os olhos de Harry, que pareciam mais escuros e sua postura mostrava o quão agitado ele estava.

- Eu preciso mesmo ir... – Murmurei, tentando me soltar, mas Harry apenas segurou-me um pouco mais forte, me puxando para mais perto dele, fazendo com que apenas alguns centímetros nos separassem.

Levantei minha cabeça e vi que Harry encarava-me de um jeito diferente, e minha respiração voltou a ficar ofegante quando seus olhos focaram nos meus lábios e suas mãos deslizaram do meu pescoço até minha nuca, fazendo-me arrepiar enquanto ele prendia alguns fios do meu cabelo em seus dedos.

Se naquele simples beijo no orfanato eu quase morri, naquele momento eu já tinha deixado meu corpo fazia muito tempo. Minha pele esquentou assim que Harry levou sua outra mão para dentro do meu cardigã, pousando-a em minha cintura, deixando apenas o tecido leve da regata preta como barreira entre nós.

E em um impulso, nós dois nos aproximamos ao mesmo tempo, acabando com o resto de espaço que ainda havia. Eu já não controlava mais meus movimentos, então não percebi quando minhas mãos envolveram o pescoço de Harry ou quando meus pés levantaram-se, me deixando quase na estatura dele.

Tudo ali parecia irreal e até mágico, mas parei de pensar assim que os lábios de Harry entraram em contato com os meus novamente, só que dessa vez, um pouco mais urgentes. Sua boca me provocava de um jeito sedutor, então nem pensei duas vezes quando senti sua língua esbarrar propositalmente em meus lábios ainda fechados.

Ele tinha gosto de café e bala de menta, e para mim, aquele era o gosto perfeito. Nós explorávamos um ao outro, de maneira afobada. Senti uma leve mordida em meus lábio inferior e, como resposta, arranhei seu pescoço.

E só comecei a recobrar meus pensamentos, quando o ar se fez necessário e Harry afastou-se de mim, lentamente, sem pressa e sem se importar em estarmos no meio da calçada do meu bairro. Deixando alguns selinhos demorados em meus lábios, ele me soltou, fazendo com que eu abrisse meus olhos de maneira preguiçosa.

Meu coração, que antes parecia ter parado, agora voltara a acelerar e uma confusão de coisas começou a tomar conta de mim, deixando-me zonza. Olhei para Harry que tinha um pequeno sorriso de lado em seu rosto.

Aquele provavelmente era o momento perfeito, e ele estava a ponto de falar alguma coisa, quando uma pontinha de medo fez com que eu me embaralhasse com as palavras.

- Eu... Harry... Tenho... – Balancei a cabeça e respirei fundo. – Tenho que ir, mesmo.

Sem dar mais nenhuma satisfação, apenas me virei, tentando fazer minhas pernas, que estavam bambas, andarem em direção ao prédio, enquanto eu pensava em tudo e em nada ao mesmo tempo. Apenas uma confusão de ideias.

E assim como na noite anterior, antes de entrar no elevador, olhei para trás, mas o carro de Harry já não estava mais lá, então soltei um suspiro pesado, deixando que as portas de ferro se fechassem.

Não sabia se aquilo era bom ou não, mas a frente do meu prédio tinha se tornado um ponto estratégico para “primeiros beijos”.

Continua...


Notas Finais


Bem, esse foi o capítulo de volta, espero que tenham gostado e espero que tenha batido as expectativas de vocês.
Vou postar com menos frequência, pois já estamos no final do ano e quero me esforçar mais nesse ultimo bimestre escolar, mas não fiquem preocupados eu sempre vou estar atualizando aqui, de quinze em quinze dias ou de semana em semana.
Obrigada pelos comentários no capítulo anterior e obrigada pelos favoritos!
Não se esqueçam de comentar, ok? :)
Xoxo, Gabi G ;)
*Desculpem-me por qualquer erro que possa ter, mas escrevi esse cap caindo de sono, então amanhã iriei arrumar tudo.


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