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História Dont Let Me Go - Conto de Fadas


Escrita por: Mrscurly

Notas do Autor


Olá, cats!
Desculpem a demora para postar, mas foi um primeira semana de aulas um tanto corrida.
Mas, aqui está mais um capítulo novinho para vocês, e bem grande por sinal, pois acabanei me empolgando.
Quero agradecer a todos que favoritaram e comentaram, um grande beijo para todos vocês.
Boa Leitura.

Capítulo 26 - Conto de Fadas


Fanfic / Fanfiction Dont Let Me Go - Conto de Fadas

Nunca me arrependi de muitas coisas na vida, muito pelo contrário, sempre tentei fazer as coisas que queria, sem nunca pensar muito. Mas o maior erro que cometi até hoje, foi contar sobre o meu namoro com Harry, para Hazel.

Depois que Harry e eu passamos quase todo o resto do domingo dentro do meu quarto, apenas conversar e trocando brincadeiras, decidimos finalmente contar para a garota de cabelos cacheados, que prestava extrema atenção no filme dramático de época, que passava na televisão.

Confesso que fiquei assustada com a reação de Hazel, ao saber da pequena novidade, pois assim que ouviu minhas palavras, parecia que estava em algum estrado de choque estranho, onde ela ficou nos encarando com os olhos arregalados e a boca aberta.

Cogitei com Harry, até a possibilidade de leva-la à um pronto socorro ou um manicômio, mas ele apenas riu e balançou a cabeça. Quando fui dizer que o que eu falava não era brincadeira, fui interrompida por Hazel, que nos assustando, começou a gritar e dançar, até o ponto em que veio em nossa direção e pegou nossas mãos, rodando-nos em alguma espécie estranha de “roda”, enquanto gritava alegremente “Pensei que você iria virar um velha solteirona”.

Não consegui me segurar, e acertei algumas almofadas nela.

Era segunda de manhã, e eu me arrastava pelas grandes portas da Daily, sentindo uma enorme dor de cabeça, enquanto tinha que ouvir a pequena cantoria de Hazel, que não parou desde que Harry tinha ido embora, naquela noite de domingo.

−Nora está namorando! Nora está namorando! – Sua voz era fina, e ela parecia um crianças, batendo palmas alegremente, enquanto todos em volta nos olhavam.

− Você nunca irá se cansar de dizer isso? – Perguntei com uma voz baixa e cansada, enquanto entrava no elevador vazio, junto com Hazel, apertando o botãozinho do nosso andar.

− Nunca mesmo! – Hazel deu pulinhos, fazendo com que o elevador balançasse. – Essa é a notícia do ano.

− Como se eu nunca tivesse namorado antes... – Resmunguei, revirando os olhos enquanto puxava-a em direção à redação da Daily.

− Você já namorou, mas nunca um cara descente. – Hazel disse, cruzando os braços e arrumando sua pequena bolsa em seu ombro.

− Como assim, “descentes”? – Perguntei incrédula, enquanto passávamos por pequenas salas, já ocupadas pelos redatores, que pareciam nunca parar de trabalhar, pois o barulho dos teclado já era ensurdecedor.

− Vamos concordar que você apenas namorou babacas. – Ela disse, revoltada, enquanto passava pela pequena porta da minha sala, depois de mim, jogando suas coisas em minha mesa.

− Claro que não! – Esbravejei, fazendo com que minha vizinha de divisória espiasse por cima da placa cinza, nos encarando assustada.

− Está olhando o quê? – Hazel murmurou para a ruiva que ainda nos olhava, fazendo com que ela corasse e sumisse do nosso campo de visão. – Certo, então diga o nome de pelo menos um que não era um idiota.

Mordi meu lábio inferior, sentando-me em minha cadeira giratória nada confortável, e ligando meu computador, ao mesmo tempo em que refazia mentalmente a lista muito curta de namorados que eu já havia tido.

Não podia dar motivos para Hazel se gabar mais ainda sobre “ela estar sempre certa”, mas em certo ponto tinha que concordar que alguns dos nomes da lista, realmente me faziam perguntar o que eu havia na cabeça para ter começado algum tipo de relacionamento.

− Lembra-se de Peter, da turma de formandos da turma de marketing? – Perguntei, enquanto batucava um dos meus dedos em meu queixo.

− Mas você tinha que começar com o pior deles? Aquele cara era o rei dos idiotas! Ele ainda achava que estava no colegial. – Hazel riu estridentemente, fazendo com que eu bufasse e revirasse os olhos.

− E James? Aquele que conheci quando fui procurar emprego na English News. – Disse, vendo Hazel abrir um pequeno sorriso malicioso.

− Ele era muito gato. – Ela soltou um suspiro. – Mas ainda assim, um idiota.

− Por acaso houve algum dos meus namorados que não fossem “idiotas” para você? – Perguntei, frustrada, jogando os braços para o ar enquanto abria o site da Daily.

− O Harry. – Ela disse, simplesmente, dando de ombros. – Ele é um pouco idiota, mas do jeito bom para você.

− O que quer dizer com isso? – Estreitei os olhos, pronta para dar com o teclado na cabeça de Hazel.

− Abaixe esse teclado, Nora! – Ela gritou, balançando os braços freneticamente. – Isso foi um elogio, um elogio!

− O que está acontecendo aqui? – A voz assustada de Simon, fez com que nós duas nos assustássemos, voltando-nos para ele, que arrumava os óculos, enquanto tentava segurar alguns arquivos grossos.

Assim que Hazel viu Simon, ela correu até ele, roubando-lhe um selinho antes de se esconder atrás do corpo magro do namorado, olhando feio para mim e mostrando a língua.

− Nora quer me espancar com um eletrônico. – Hazel sussurrou, olhando para mim como se eu fosse um assassina sanguinária.

− Nem imagino o porquê. – Simon riu, recebendo um tapinha de Hazel.

− Eu estava falando tão bem do novo namorado dela, não sei porque ela ficou brava. – Ela disse, saindo de trás de Simon e envolvendo o braço dele que não estava ocupado com os arquivos, ficando na ponta dos pés e depositando um beijo nas bochechas extremamente vermelhas de Simon.

− Namorado? – Ele quase deixou as pastas pesadas caírem, se embaralhando com as palavras e olhando para mim espantado.

− Por que todo mundo se espanta quando sabe que eu estou namorando? – Perguntei revoltada, passando a mãos por meus cabelos loiros bagunçados.

− Eu só... Mas... Como... Quem? – Simon não falava palavra com palavra, olhando para Hazel, que ria altamente dele.

− Harry. – Ela revirou os olhos. – Quem mais poderia ser?

− Ah... – Simon passou as mãos pelos cabelos, em um topete baixo, ainda surpreso antes de se voltar para mim. – Fico feliz por você, Nora, de verdade.

Sorri abertamente, pois sabia que as palavras dele eram sinceras. Simon veio até mim, puxando-me da cadeira para um abraço apertado, deixando um beijo rápido em minha testa, antes de voltar-se para Hazel, que reclamava por estar segurando as pastas dele.

Sentia-me como se estivesse grávida de trigêmeos do que simplesmente namorando, pois todos pareciam surpresos até demais.

− Nora está namorando! – Hazel começou sua cantoria mais um vez, fazendo com que Simon tampasse a boca para segurar o riso, e me fizesse revirar os olhos, ameaçando-a com o mouse dessa vez.

− Você não tem alguns cafés para buscar? Eu adoraria um. – Disse, abrindo um sorriso falso, enquanto jogava uma bolinha de papel em sua direção, infelizmente acertei Simon.

− Não sou sua escrava, Nora. – Ela disse, mostrando-me mais uma vez a língua.

− Eu também ia gostar de um copo de café quente. – Simon disse, fazendo com que Hazel o olhasse incrédula.

− Mais alguém quer explorar de minha pessoa? – Hazel perguntou, altamente irônica.

− Se você não se importasse, eu gostaria de um expresso.

A voz estranha fez com que nós três olhássemos em direção ao som, encontrando mais uma vez a ruiva que espiava por cima da divisória mais cedo. Ela sorria, e suas bochechas estavam coradas, fazendo com que ela parecesse uma boneca de desenho animado.

− Ótimo, se não se importam, senhores, a escrava Hazel irá se retirar para preparar seus cafés. – Ela disse, fazendo um reverência desengonçada e saindo, puxando a mão de Simon e o arrastando com sigo.

Ri baixinho, balançando a cabeça enquanto girava minha cadeira em direção a garota ruiva, que ainda espiava por cima da divisória. Assim que ela percebeu que eu sorria para ela, ela sorriu de volta, meio envergonhada.

− Desculpe. – Ela disse baixinho. – Não queria atrapalhar, ou algo assim.

− Tudo bem, com os gritos malucos de Hazel, fiquei surpresa por você não ter ligado para o manicômio ainda. – Disse, coçando a nuca e rindo. – Você é nova, não é?

− Sim. – Ela sorriu orgulhosa. – Primeiro dia de trabalho.

− Seja bem-vinda... – Olhei para ela, com um ponto de interrogação imaginário em meu rosto.

− Amanda, Amanda Singer. – Ela disse, desengonçada. – Mas pode me chamar de Mandy.

− Prazer, Mandy. – Acenei, fazendo ela rir. – Me chamo Nora, e é bom conhecer você. Meu vizinho de divisória era um gordo que respirava como um paciente cardíaco, era horrível.

Nós duas riamos alegremente, quando a atenção de Amanda voltou-se para sua sala, e eu pude ver uma cabeleira morena muito conhecida.

− Senhorita Singer, desculpe-me atrapalhar, mas podia vir comigo até minha sala? Preciso de algumas informações. – Ouvi a voz calma de Louise e levantei-me, acenando para a mulher de meia idade, que trabalhava no financeiro.

− Bom dia, Nora! – Ela disse, animada, acenando freneticamente.

− Bom dia, Louise. – Sorri. – Acho que vocês tem que conversar, vou voltar para meu trabalho.

Passei o resto da manhã, pulando a hora do almoço, terminando de editar alguns textos que seriam publicados no site de notícias, sendo atrapalhada por Hazel por algumas vezes, que viera me trazer um saquinho marrom do Mc Donald’s, com o meu almoço, e passando simplesmente para conversar sobre coisas bobas.

Deviam faltar poucas horas para o expediente na Daily acabar, e eu já sentia cãibras em minhas pernas, apenas por ficar sentada naquela cadeira, sem sair daquela sala apertada por momento nenhum no dia. Um bocejo escapou-me e meus olhos começavam a pesar, quando ouvi um grito estridente em meu ouvido, que me fez gritar também e pular da cadeira.

− Não acredito! – A voz de Hazel era empolgada, como se algum lhe houvesse dado ingressos para o show da Beyonce.

Olhei assustada para ela, esperando o pior e pronta para lhe dar uma bronca, quando coloquei meus olhos no enorme buquê de rosas vermelhas que Hazel carregava, grande o suficiente para lhe tampar um pouco do rosto.

− O que é isso? – Perguntei, ainda um pouco atônita, imaginando o que aquelas flores faziam com Hazel.

− O que parece? – Ela revirou os olhos, irônica.

− Rosas. – Foi tudo o que respondi, balançando as mãos em um ato nervoso.

− Rosas que acabaram de chegar para você. – Ela cantarolou, dançando para dentro da minha sala.

− Para mim? – Arregalei os olhos. – De quem?

− Do Papai Noel, Nora. – Hazel bufou, entregando-me o buquê junto com um pequeno cartão lilás. – É do Harry, de quem mais seria?

− Do Harry? – Minha cara de espanto deveria ser cômica, mas eu ainda não conseguia acreditar.

− Vai ficar fazendo essas perguntas bobas ou vai abrir o cartão? – Ela disse, colocando as mãos na cintura e jogando os cabelos para o lado.

− E por que você não vai ver se o Simon precisa de ajudar para apontar alguns lápis? – Perguntei, também levando uma de minhas mãos para a cintura.

− Tudo bem, já estou saindo. – Ela levantou os braços para o ar, em um ato inocento, mas tudo o que eu fazia, era olhar para aquelas belas flores vermelhas, ainda sem acreditar muito.

Despenquei em cima da minha mesa, olhando para o buquê em minhas mãos com um enorme sorriso bobo, levando-o até perto do meu rosto, sentindo o perfume doce e fraco que as rosas exalavam.

Não me demorei muito nelas, pois tinha a curiosidade de abrir aquele pequeno cartão e confirmar de uma vez, aquilo que eu ainda tinha certa dúvida. Abri o pequeno o pequeno papelzinho, apenas para encontrar uma letra rápida e caída.

Não sabia se você gostava de rosas (ou mesmo se gostava de flores), mas...

Eu amo você, Nora.

Harry

A assinatura de Harry fez-me rir, devido a carinha feliz que ele havia colocado ao lado do nome, junto com um coração meio deformado. Aquelas três simples palavras fizeram com que meu coração palpitasse e que outro sorriso bobo se formasse em meu rosto, enquanto eu relia mais uma vez o bilhete.

− Você está virando um boba apaixonada, Nora. – Murmurei para mim mesma, enquanto cheirava mais uma vez as belas rosas em minhas mãos.

Peguei minha bolsa apressadamente, buscando meu celular entre a confusão de coisas que se exprimiam naquele pequeno espaço, mas assim que peguei o aparelho em minha mãos, disquei rapidamente os número conhecido de Harry, batucando a mesa e batendo o pé, enquanto ouvi o barulhinho em meu ouvido.

Felizmente Harry atendeu no terceiro toque, pois eu estava roendo a unha do dedinho de ansiedade, ainda olhando para as flores ao meu lado.

− Nora? – A voz rouca de Harry me assustou, fazendo com que eu tivesse que me apoiar melhor na mesa embaixo de mim.

− Harry, estou atrapalhando? – Perguntei, xingando-me mentalmente por embaralhar as palavras.

− Na verdade, não. – Ele riu baixinho. – Estamos gravando algumas músicas, e eu estou sentado em um sofá enquanto vejo Niall nu.

− Podia ter ficado sem essa. – Murmurei, coçando a testa. – Vou me arrepende por perguntar o porquê?

− Ele estranhamente gosta de gravar assim. – Enquanto ele falava, ouvi alguns gritos, que deduzi serem de Louis, perguntando para Harry se era eu no telefone.

− Mande um “oi” para todo mundo. – Disse rindo, ao ouvir Harry gritando de volta para Louis e os outros.

Tive que distanciar o celular do meu rosto, pois gritos muito altos começaram a vir do celular de Harry, e tudo o que eu conseguia distinguir eram alguns “Oi, Nora!” e “Estou com saudades, Nora”.

− Acho que você ouviu a resposta. – A voz de Harry voltou, depois de algum tempo de gritaria.

− Acho que fiquei surda também, mas isso não importa. – Revirei os olhos, ouvindo sua risada rouca.

− Por que ligou para mim, Nora? – Ele perguntou, e eu pude perceber curiosidade em sua voz.

− Para agradecer, as rosas são lindas! – Praticamente gritei, tão alto como Louis.

− Ah, elas chegaram. – Ele disse, rindo. – Pensei que não ia gostar, pois não sabia se gostava de flores, ou...

− Harry, elas são perfeitas. – Cortei-o.

− Gostou mesmo? – Ele ainda parecia um pouco incerto.

− Eu as amei, Harry. – Suspirei, rindo. – Muito obrigada, mesmo.

− Ótimo. – Ouvi sua respiração funda, antes que sua voz voltasse. – Aproveitando, será que você não queria passar a noite lá em casa? Podemos pedir pizza.

Abri um enorme sorriso, e mordi o lábio inferior com força, me controlando para não gritar um “Sim!” de forma histérica. Sabia que se Harry estivesse ao meu lado, ele estaria fazendo bico ou beijando meu pescoço, ou usando qualquer outra técnica para me convencer.

E elas sempre funcionavam.

− Meu expediente já está quase acabando. – Disse, olhando no relógio digital do computador. – Simon, Hazel e eu vamos para uma lanchonete que tem aqui na frente da Daily, o Big Bob, se você puder, pode passar lá para me buscar? Estou sem carro hoje.

− Ok, passo ai, assim que o Niall decidir se trocar. – Ele disse, e eu pude jurar que ele revirava os olhos.

− Tudo bem. – Ri baixinho. – Até daqui a pouco, Harry.

− Até daqui a pouco, Nora. – Ele disse, e seu voz rouca me fez arrepiar, antes de olhar para o buquê e o cartãozinho aberto.

− Ah, Harry! – Gritei, apressada. – Também amo você.

Ouvi sua risada deliciosamente rouca, fazendo que automaticamente eu abrisse um sorriso bobo, balançando a cabeça e desligando o celular, sem mesmo esperar a resposta de Harry. Guardei o celular em minha bolsa e pegando as flores, antes de sair daquela redação, com o maior sorriso que eu poderia dar.

Enquanto procurava por Hazel e Simon, passei por algumas pessoas que já corriam desesperadas para a porta da Daily, tudo isso porque ainda era segunda-feira.

Sabia que encontraria meus dois amigos na sala de Simon, e mesmo correndo o risco de presenciar uma cena nada apropriada, entrei pela porta, sem ao menos bater, pronta para dar um bronca, mas a cena que vi fez com que eu quase me derretesse.

Simon estava encostado em sua mesa, com Hazel em seus braços, praticamente aninhada nele, enquanto o mesmo acariciava os cabelos revoltos dela, deixando pequenos beijos em sua testa.

Não queria atrapalhar os dois, principalmente porque não era toda hora que eu via Hazel ao lado de Simon, sem ela implicar com alguma coisa, mas minha ansiedade para encontrar Harry era enorme, e eu poderia explodir.

− Desculpe, interromper. – Disse baixinho, vendo os dois voltando-se para mim enquanto se soltavam. – Mas Harry está indo me buscar no Big Bob, então...

Nós três parecíamos meio sem jeito, e eu via Hazel coçar a nuca enquanto Simon arrumava os óculos perfeitamente posicionados em seu rosto.

− Você vai sair com Harry? – Hazel perguntou, pegando sua bolsa em cima da mesa.

− Na verdade, vou dormir lá. – Disse, sentindo minhas bochechas corando, pois dois pares de olhos me encaravam maliciosamente.

− Só dormir? – Hazel abriu um sorriso, pegando na mão de Simon e entrelaçando os dedos.

− Hazel, cale a boca! – Joguei os braços para o ar, revirando os olhos, enquanto buscava por alguma ajuda de Simon, mas ele ria.

−Você não respondeu, então vou considerar como um “não”. – Hazel já estava ao meu lado, junto com Simon, e assim que ela laçou meu braço com o dela, fomos em direção ao elevador.

Passamos o caminho inteiro até a lanchonete discutindo sobre eu estar “me tornando uma pessoa muito safada”, e Hazel só parou, pois a garçonete havia chego à mesa, para anotar os pedidos.

Enquanto esperava por Harry, roubei algumas batatinhas fritas do lanche de Simon, pois sabia que Haz comeria minha mão caso eu insinuasse roubar sua comida. Meu estômago roncava, e eu já estava pronta para fazer um pedido para mim, quando ouvi a sineta das portas de vidro tocando, e logo percebi que era Harry, pois Hazel abrira um sorriso malicioso.

− Seu homem chegou, Nora. – Ela sussurrou, recebendo uma bolinha de guardanapo na testa, de mim.

Olhei para trás, apenas para ver o enorme sorriso de covinhas de Harry, que passava as mãos pelo cabelo bagunçados em um topete. Meu coração provavelmente saiu do ritmo por alguns segundos.

− Desculpe a demora, Nora. – Harry inclinou-se até ficar na minha altura, roubando-me um selinho – Niall deu um pouco de trabalho hoje. Oi, Hazel e oi, Simon.

Simon cumprimentou Harry com um típico “aperto de mão masculino”, mas Hazel estava ocupada demais tentando engolir o enorme pedaço de lanche em sua boca, então apenas acenou freneticamente.

− Diga que a gente já está indo, estou morrendo de fome. – Implorei, olhando para Harry, tentando fazer um bico.

− Vamos. – Ele riu, pegando uma de minhas mãos e puxando-a, fazendo-me levantar da cadeira em que eu me encontrava.

− Vai sobreviver sem mim, Hazel? – Perguntei, enquanto coloca minha bolsa no ombro.

− Vou estar com Simon, então acho que sim. – Ela deu de ombros.

− Então, boa noite para vocês dois. – Disse, acenando para eles, juntamente com Harry.

− Não esqueçam a camisinha, crianças. – O grito de Hazel fez com que eu corasse violentamente, enquanto Harry caía na risada e as pessoas em volta nos olhassem assustados.

− Vou matá-la. – Murmurei, já fora da lanchonete, indo em direção ao carro do Harry.

− Não faça isso. – Harry disse, ainda rindo, enquanto destravava o carro.

− Defendendo ela, Harry? – Tentei fazer cara de brava, mas não consegui segurar o riso, enquanto ajeitava-me no banco.

− Ela não disse nada demais. – Ele murmurou, olhando-me intensamente antes de se inclinar no banco, selando nossos lábios urgentemente, calando qualquer coisa que eu poderia vir a dizer.

Rapidamente, levei minhas mãos até sua nuca, deixando que meus dedos se enroscassem nos poucos cachos daquela região, deixando uma leve carícia, enquanto Harry me provocava, mordendo meus lábios e brincando com nossas línguas.

Maldito oxigênio que se fez necessário naquele momento, obrigando-me a separar nosso beijos, que havia se tornado intenso. Olhei para Harry, e ele estava tão ofegante quanto a mim, e eu apenas sorri e depositei um beijo demorado em seu bochecha vermelha, antes de voltar a me sentar normalmente no banco, vendo-o ligar o carro e sair pela rua.

O caminho até a casa de Harry foi rápido, ou talvez eu mal percebi, pois estávamos tentando cantar igual a Britney Spears em “Oops...I did it again”.

Aquilo havia se tornado um show de horrores.

Mas foi quando passamos pela porta da casa, que eu percebi que havia esquecido algo bem importante.

− Harry, eu não peguei roupas para dormir. – Disse, virando-me para ele, que retirava o casaco grosso e o jogava no sofá.

− Pegue algumas minhas, não tem problema. – Ele olhou em volta, como se pensasse em algo, e logo em seguida fez um careta. – Vou ter que sair de novo, a pizzaria que geralmente compro insistem em não fazer entregas para mim.

− Por que você simplesmente não pede em outra? – Perguntei, jogando-me no sofá.

− Porque eles tem a melhor pizza mundo. – Harry disse rindo, enquanto pegava novamente seu casaco e roubava um selinho meu. – Pode ir tomar banho se quiser.

− Acho que vou, estou muito cansada, talvez um pouco de água quente ajude. – Disse, estrelando o pescoço.

− Voto logo. – Observei enquanto Harry pegava as chaves do carro e saia pela porta, deixando-me sozinha naquela casa enorme.

Joguei minha cabeça para trás, batendo no encosto do sofá e soltando um grunhido de dor. Sem muita vontade, acabei me levantando, arrastando-me pelos degraus que levavam ao segundo andar.

Sem me importar muito com a pequena bagunça do quarto de Harry, foi em direção ao closet, onde peguei a primeira camisa branca lisa que encontrei, marchando em direção ao banheiro.

Eu realmente amava aquele banheiro, pois tinha uma pequena queda pela banheira que Harry tinha, ao lado da ducha. Parei ao lado da bancada da pia, olhando fixamente do chuveiro para a banheira, tentando me decidir qual seria a melhor escolha.

Meu corpo dolorido praticamente gritou, “Banheira”.

E enquanto deixava a água quente encher, comecei a me despir, prendendo meu cabelo em um coque, antes de entrar de vez de na banheira, soltando um suspiro de puro alívio. Meus músculos relaxaram em contato com a fervura da água, e eu praticamente afundei-me nela enquanto colocava alguns produtos que provavelmente fariam bolhas.

− Posso morrer feliz agora. – Murmurei, jogando minha cabeça para trás, apoiando-a no mármore.

Não sei quanto tempo passei ali, ou se até mesmo acabei cochilando, apenas sei que já me sentia toda enrugada, quando uma voz rouca me assustou.

− Você estava a tanto tempo namorando minha banheira, que me perguntava quando você ia parar de resistir.

Harry se encontrava escorado no batente da porta, que por um descuido, deixei apenas encostada. Seus braços estavam cruzados contra o peito e ele tinha um sorriso enorme no rosto.

− Isso é bem melhor do que eu imaginava. – Sussurrei, sorrindo meio debilmente para ele.

Mordendo o lábio inferior, Harry me observou por algum tempo, parecendo pensar seriamente sobre alguma coisa, mas ele acabou me assustando, quando começou a tirar a blusa, vindo em minha direção.

− O que está fazendo, Harry? – Perguntei, quando ele já estava apenas de boxer.

− Vou tomar banho. – Ele me olhou com um sorriso sapeca. – Com você.

Minhas bochechas deveriam estar vermelhas, mas todo o meu corpo se esquentou com a ideia de ter o corpo molhado de Harry contra o meu, e automaticamente, um arrepio tomou conta de mim.

Só percebi que ele já havia entrado, quando seus braços envolveram minha cintura, puxando-me para ficar entre suas pernas. Soltei um suspiro involuntário, deixando que nossas pernas se entrelaçassem, deitando minha cabeça em seu peito.

− Retiro o que disse. – Murmurei, olhando para seus olhos verdes. – Isso sim é muito bom.

Harry sorriu, selando nossos lábios brevemente, enquanto suas mãos começavam a caminhar pelo meu corpo, deixando carícias em meu braços, ombros, barriga e pernas. Beijos leves foram depositados em minhas costas, e eu me sentia em total êxtase.

− Eu amo você, Nora, muito. – Ele sussurrou em meu ouvido, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. – Você não sabe o quanto é especial para mim.

− Harry. – Foi tudo o que eu conseguia dizer, mesmo querendo despejar todos meus sentimentos sobre ele.

− Quero que você seja minha, sempre. – Harry beijou lentamente meu pescoço, trilhando um caminho de beijos ali, enquanto entrelaçava nossos dedos.

− Sou sua. – Respondi ofegante, virando meu rosto novamente para ele. – Mas quero que você seja meu.

− Completamente seu. – Ele sorriu, levando nossas mãos até seus lábios, onde ele deixou um beijo em minha palma.

− Não quero sair nunca daqui. – Aconcheguei-me mais em Harry, sentindo o calor de seu corpo envolver o meu.

− Acho que você vai roubar minha banheira enquanto eu estiver dormindo. – Ele riu baixinho, fazendo-me revirar os olhos.

− Meu plano era tão óbvio assim? – Ironizei, rindo junto com ele.

Ficamos mais algum tempo ali, apenas trocando carícias e conversando sobre coisas aleatórias, enquanto eu sentia meu corpo todo ser praticamente engolido pelo o de Harry, que me abraçava de maneira protetora e carinhosa.

− Acho que estou virando uma esponja e absorvendo a água. – Murmurei, bufando logo em seguida. – Acho melhor eu sair.

− Pensei que nunca ouviria isso. – Harry riu, recebendo um tapa no ombro de mim.

− Vou fazer um grande esforço, acredite. – Disse, enquanto soltava-me de seus braços, levantando da água e sentindo um vento frio bater em meu corpo.

− Nunca tive melhor visão em minha vida. – Apenas quando Harry disse aquilo, com um tom malicioso, foi que eu percebi que ainda estava nua em sua frente, e me apressei para pegar uma toalha, enrolando-me nela.

− Vai ficar ai, senhor malícia? – Perguntei, colocando as mãos na cintura.

− Só mais um pouco. – Ele disse manhoso, fazendo-me rir.

Sem me importar mais em estar ou não nua em frente à ele, comecei a me trocar, vestindo apenas minha calcinha e a blusa de Harry, passando os dedos pelo cabelo para tentar desembaraça-los.

− Vou para seu quarto. – Disse, apontando para a porta e vendo-o assentir.

Joguei-me na cama, esticando o braço até a mesinha de cabeceira para pegar o controle da televisão, ligando no canal que eu mais estava acostumada a ver aquela hora, que era o canal de fofocas favorito de Hazel.

Levei um susto ao deparar com uma foto minha de mãos dadas com Harry, saindo da lanchonete, hoje mais cedo. A imagem tomava conta de quase metade da tela, enquanto uma ruiva siliconada falava sobre o “suposto novo affair de Harry Styles”.

− Eles são bem rápidos com as fotos. – Harry disse, fazendo com que eu olhasse para ele, que vestia apenas um boxer branca. Seus cabelos estavam um pouco úmidos e ele passava as mãos neles freneticamente.

− Com certeza. – Disse, tombando a cabeça para o lado, ainda olhando para a foto. – A televisão engorda mesmo.

− Pensei que você estaria tendo um pequeno ataque agora. – Ele riu, jogando-se na cama ao meu lado.

− Hazel já deve estar surtando por mim. – Dei de ombros. – Onde está a pizza? Estou com fome.

Depois que Harry trouxe para o quarto a enorme pizza de calabresa, junto com dois copos de refrigerante, ficamos assistindo alguns filmes bobos que passavam na televisão pelo resto da noite, e já devia ser de madruga quando assistíamos Cinderela.

− Filmes da Disney são patéticos. – Disse revoltada, acariciando os cachos de Harry, que se encontrava deitado em meu colo. – Eles ensinam as meninas a se casarem com um cara que acabaram de conhecer.

− É um conto de fadas, Nora. – Harry riu. – Pensei que gostasse deles.

− Descobri que prefiro algo mais...− Passei a mão pelo queixo. – Algo mais concreto.

− Tipo? – Ele perguntou, acariciando levemente minhas pernas descobertas.

− Eu e você. – Sussurrei, vendo-o sorrir, antes de abaixar-me até próximo de seu rosto, deixando uma carícia em seu rosto, antes de selar nossos lábios, em um beijo intenso e apaixonado.

Continua...


Notas Finais


Esse foi o novo capítulo de DLMG, espero que tenham gostado.
Não sei quando postarei novamente, mas provavelmente só terei tempo nos finais de semana.
Também quero avisar que abri um blog de Design, chamado Dirty Design (dirty-design.blogspot.com.br). Caso se interessem, deem uma olhada ;)
Até a próxima!
Xoxo, Gabi G.


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