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História Dont Let Me Go - Ligações


Escrita por: Mrscurly

Notas do Autor


Olá, amores!
Desculpem a demora para postar esse capítulo, mas algumas coisas aconteceram.
Final de ano na escola e tensão com as provas, vestibulares e...Um pouquinho de preguiça.
Quero agradecer à todos que comentaram e favoritaram, pois vocês estão fazendo DLMG ser o que é! <3
Eu fiquei com um pouco de problema para escrever, portanto não foi um dos melhores capítulo, mas espero que gostem.
Boa Leitura.

Capítulo 36 - Ligações


Fanfic / Fanfiction Dont Let Me Go - Ligações

Eu havia dormido com um urso?

Meus olhos abriram como um susto, devido aos barulhos desconhecidos que vinham do lado direito da cama. Um braço envolvia minha barriga descoberta, e eu soube que já era de manhã devido à luz que entrava pela janela, esquecida de ser fechada na noite passada.

Gemidos de dor aumentavam à medida que eu despertava, sentindo o lençol lamber meu corpo coberto apenas pelo lingerie provocante. Meus membros estavam doloridos e tudo o que eu queria era passar o dia todo na cama, mas o Zé Colmeia ao meu lado, resmungava cada vez mais ato, um grunhido que meu cérebro interpretou muito bem.

Resmungos de ressaca.

Um sorriso maroto se formou em meu rosto, e eu rolei na cama até dar de cara com Harry, que não era a das melhores. Seus cabelos cacheados estavam uma grande confusão e bagunça, a ponto de eu achar que nem um pente daria jeito nos nós.

Seu rosto estava amassado e vermelho, como se alguém houvesse esfregado a pele toda no asfalto. Uma careta foi formada e seus olhos se apertaram, em um evidente sinal de dor de cabeça, e quando ele tirou o braço de cima de meu corpo, um estalo em seu osso me fez pensar que ele estava com oitenta anos.

Harry Styles estava na pior ressaca do mundo, e eu simplesmente comecei a gargalhar, sentando-me na cama e abraçando minha própria barriga.

Ele resmungou algumas palavras que eu não entendi, e abriu os olhos, forçando-os e levando os dedos até as têmporas, o que entendi como um ato desesperado para fazer a dor de cabeça ir embora.

− Nora? – Sua voz rouca estava mais rouca que o normal, e meu nome pareceu ficar mais extenso que o comum em seus lábios.

Seria excitante, caso não estivéssemos naquela situação hilariante para mim.

− Desculpe, querido, sei que deve estar com dor de cabeça, mas... – Minhas mãos voaram para os lábios, em uma tentativa de abafar o riso enquanto Harry deixava o lençol cair até seu quadril, ao mesmo tempo em que ele sentou-se ao meu lado, coçando o cabeça e bocejando.

− Tudo bem, pode rir da minha ressaca infernal – ele disse, voltando-se para mim, mas no momento em que colocou os olhos em meu corpo, Harry abriu a boca em um ato de surpresa, e eu lembrei-me de que ainda usava a lingerie que colocara para ele.

− Está tudo bem, Harry? – perguntei, de forma inocente, sentindo seus olhos estudarem todos os pedaços de pele que a peça permitia.

− Por favor, diga que eu não fiquei bêbado a ponto de me esquecer que a gente... – Harry não terminou a frase, apenas colocou a mão na testa e jogou-se de volta na cama, e um resmungo saiu de seus lábios quando a cabeça cacheada deu de encontro com o travesseiro.

Com um sorriso maroto, engatinhei até fica em cima de Harry, ouvindo-o gemer quando deixei um beijo no canto de sua boca, antes de me ajeitar em seu peito.

− Ontem, depois que nós dançamos em cima na mesa do pub, você me jogou na cama e fizemos o sexo mais louco de todos – sussurrei contra seu ouvido, olhando fundo em seus olhos a espera de sua reação, segurando meu próprio riso.

− Oh, não! Babe, desculpa, eu não queria ter bebido tanto... – Harry voltou a sentar-se na cama, levando as mãos até meus quadris. Mordi o lábio inferior, par conter o riso, frente a sua reação desesperada.

Enquanto Harry tagarelava, tomei seu rosto em minhas mãos, selando nossos lábios em um beijo rápido. Seus lábios estavam secos e um pouco rachados e soube que precisava faze-lo beber o máximo de água possível.

O gosto de álcool já não existia, e quando senti sua língua brincando com a minha, perdi a cabeça por alguns segundos, ao mesmo tempo em que Harry brincava com o elástico da calcinha de renda.

Deixei que ele mudasse nossas posições, deitando-me gentilmente contra o colchão quentinho. Sem me importar com a dor de cabeça que ele sentia, agarrei suas mechas cacheadas, puxando-as ao sentir seus lábios descendo pelo vale entre meus seios.

− Harry? – chamei sua atenção, fazendo com que ele olhasse para mim com seus olhos verdes intensos, e um pouco cansados. – Nós chegamos ao quarto ontem, e quando já estávamos na cama, eu fui para o banheiro... Coloquei o conjunto, mas quero que saiba que foi a Hazel que comprou e colocou na mala. Mas quando voltei, você tinha caído no sono como uma pedra.

Não sei se Harry ficara mais surpreso com a mentira do sexo selvagem ou com a verdade de ele ter caído no sono, antes mesmo de alguma coisa ter acontecido.

Ele segurou minhas mãos, beijando-as com carinho antes de rolar para o lado, deitando com a cara no travesseiro e soltando xingamentos para si mesmo.

− Eu não acredito, sou um idiota. – Aquela foi uma das poucas coisas que entendi, devido sua voz abafada pelo travesseiro.

Ri em silêncio antes de inclinar-me sobre Harry, acariciando suas costas com carinho. Ele virou o rosto e me encarou com seus olhos verdes, que imploravam por desculpas.

− Harry, você estava bêbado, e eu provavelmente também estava muito alegre para... – Apontei para as roupas íntimas que eu vestia, em uma explicação silenciosa.

− Você está linda. – Harry mal deixou tempo para que as palavras se processassem em minha mente, pois já se inclinava para que nossos lábios se encontrassem em um beijo carinhoso e lento. – Não acredito que dormi enquanto você estava toda sexy em minha frente.

Dei risada, puxando-o pelo pescoço e deixando que ele voltasse para cima de mim com um sorriso maroto no rosto e, soube que Harry estava pronto para fazer tudo o que não fizemos na noite passada.

Meu corpo todo se ascendeu, em respostas aos beijos molhados que agora eram depositados em meu pescoço. Suas mãos desceram pelas laterais de meu corpo, parando para brincar com a calcinha mais uma vez antes de voltar o caminho até minhas coxas. Minha cabeça foi par trás e um gemido baixo deixou meus lábios quando senti sua língua em minha barriga, e em um ato instantâneo, envolvi seu quadril com minhas pernas, e um ofego saiu de ambos quando nossas partes de tocaram.

− Diga que a Hazel colocou mais algumas dessas peças na sua mala – Harry implorou, levando as mãos até o feixe do sutiã.

− Podemos dar um jeito nisso – respondi, passando minhas unhas por dentro da camisa, a qual ele havia dormido.

No momento em que Harry descia as alças do sutiã por meus ombros, beijando o caminho que suas mãos faziam, o som alto de alguém batendo na porta nos fez pular de susto.

− Serviço de quarto! – A voz gritou, fazendo com que eu e Harry nos olhássemos, abrindo um sorriso cúmplice.

− Terminamos isso mais tarde – ele sussurrou em meu ouvido, levantando-se em direção à porta, enquanto eu corria para o banheiro.

Tomei um banho rápido, vestindo as roupas mais confortáveis possíveis, sabendo que sairíamos pela cidade mais uma vez. Terminei de trançar meu cabelo assim que coloquei o pé no quarto outra vez, e encontrei Harry arrumando a pequena mesa próxima a sacada com o nosso café da manhã.

− Você deveria comer alguma coisa enquanto eu vou tomar banho – ele disse, puxando-me pelos passadores da calça jeans branca e rasgada, para um beijo rápido.

− Você também tem que comer alguma coisa, e beber também, ou essa dor de cabeça vai piorar! – ralhei com Harry, ficando nas pontas dos pés e beijando sua testa, vendo-o sorrir.

− Tudo bem, mamãe. – Ele piscou para mim, indo em direção ao banheiro, enquanto eu revirava os olhos e sentava-me na mesa, vendo todas aquelas coisas deliciosas postadas em minha frente.

Resolvi cortar uma fatia do Barm Brack que me tentava com uma aparência deliciosa. Comi diversas vezes aquela versão de bolo de frutas no Inglaterra, mas nada era comprado ao toque irlandês.

Quando Harry saiu do banho, com os cabelos úmidos e vestindo roupas novas, não havia sobrado nem um pedaço de Barm Brack para ele.

− Meu Deus, eu namoro um monstrinho comedor de bolo – Harry disse, e com um sorriso, acertei-lhe o rosto com meu guardanapo em forma de bola, vendo-o fazer um bico enquanto se servia com um copo de suco.

− Não tenho culpa se esse bolo é muito melhor na versão irlandesa – balbuciei, limpando os resquícios do bolo que se acumularam em meu colo.

− Já sabe onde vamos hoje? – ele perguntou, passando geleia de morango em uma torrada.

− Tem certeza que só vamos ficar dois dias em Dublin? – Fiz bico, realmente chateada por saber que aquele seria nosso último dia ali.

− Vamos passar mais dois dias aqui, na volta. – Harry riu da minha cara chateada, jogando de volta a bolinha de guardanapo. – Tenho mais lugares para leva-la.

− Certo. – Batuquei os dedos na mesa, tentando lembrar-me dos pontos turísticos que eu havia pesquisado. – Que tal a fábrica da Guinnes?

Harry olhou-me com uma expressão incrédula, mas eu apenas encolhi os ombros e abri um sorriso amarelo.

− Quer visitar uma cervejaria quando eu estou de ressaca? – Ele jogou os braços para o alto, em um ato dramático.

− Ah, Harry! Eu mal bebi dois copos ontem, tentando ficar no mínimo sóbria para levar-nos para casa, acho que mereço. – Rebati, cruzando os braços e lançando um olhar provocador para Harry.

− Tudo bem! – Ele levantou os braços em rendição. – Não precisa me olhar com essas sobrancelhas erguidas.

Com uma dancinha da vitória, peguei minha bolsa e segui porta à fora com Harry, dando de cara com um dia ensolarada e alegre.

Cantarolava uma música irlandesa, a qual eu ouvira em um comercial de comida, enquanto Harry batucava os dedos o volante, entrando nas tortuosas que o GPS mandava. Eu remexia os dedos à medida que me lembrava da animação do duende que dançava no comercial, e por alguns segundos, comecei a rir sozinha.

− Você está tão apaixonada pela Irlanda que já decorou até os comerciais? – Harry perguntou, olhando-me com sua expressão carinhosa de sempre.

− Esse é o melhor país de todos – cantarolei, jogando os braços para cima, fazendo com que Harry gargalhasse.

− Você nunca foi ao Japão, aquilo é o paraíso. – Harry olha para os lados, procurando uma vaga para estacionar a enorme BMW.

− Eu nunca gostei mesmo do Godzilla, os duendes são mais fofos – disse, vendo-o olhando para mim com uma expressão surpresa.

− Devo me preocupar de ser trocado por um duende irlandês? – ele perguntou, enquanto estacionava a caminhonete.

− Nunca – respondi convicta, vendo-o abrir um sorriso de covinhas.

Andamos um quarteirão, para dar de cara com a grande construção assustadora da fábrica de cerveja mais famosa da Irlanda. Uma multidão de pessoas conversava, animadas, seguindo-nos para os enormes portões de ferro abertos

A construção se assemelhava muito com uma cópia da Fantástica Fábrica de Chocolate, e eu já esperava encontrar o Willy Wonka cantando na entrada. Todas as paredes eram de tijolinhos vermelhos, e as enormes chaminés já trabalhavam expelindo um cheiro delicioso de cevada.

− A Hazel amaria tudo isso – sussurro no ouvido de Harry, enquanto entregávamos nossas entradas para o tour pela fábrica.

Seguíamos a cada andar, conhecendo as etapas de produção da cerveja, que deixavam-me cada vez mais eufórica para a hora da degustação. Harry que andava calmamente atrás de mim, abraçado à minha cintura, divertia-se com meus olhos brilhantes.

− Chegamos ao fim da nossa visita, vocês podem agora entrar no nosso bar com vista panorâmica da cidade, e experimentar o nosso pint de 500 ml. – O rapaz sorridente que fora nosso guia, sorria para todos os senhores barrigudos que faziam o tour, os quais só estavam ali para a prova da cerveja.

Acabei tendo que implorar para que Harry me ajudasse a terminar aquele copo, que mais parecia um barril de cerveja preta.

Como aqueles senhores barrigudos conseguiam tomar três copos daqueles?

Fiquei com essa pergunta na cabeça por todo o caminho de volta até a saída da fábrica, e mal percebi quando passávamos por uma área cheia de barris de madeira deitados, formando paredes de cerveja.

− Harry, nós passamos por aqui? – perguntei, mas assim que olhei para ele, fui puxada para trás das barricadas de madeira.

− Só achei que poderíamos terminar o que fomos interrompidos – ele sussurrou em meu ouvido, pressionando meu quadril com as mãos e deixando um beijo em meu pescoço.

− Aqui? – Minha voz saiu esganada, enquanto eu olhava para todos os lados do corredor vazio.

Harry apenas me silenciou com os lábios, pressionando-me contra a parede a parede branca, que impedia a visão de qualquer um que passasse pelo corredor.

Tentei pensar com clareza, mas o gosto de álcool em nossos lábios era inebriante. Segurei seus cabelos com força e suguei seus lábios vermelhos, descendo os meus pelo seu queixo bem desenhado, deixando uma mordida ali.

Fiquei surpresa comigo mesmo, devido à falta de controle que sempre me tomava quando Harry me envolvia em seus braços.

Meus beijos foram direcionados para o seu pescoço, um dos meus pontos fracos em Harry. Sua pele quente me provocava, e acabei deixando uma mordida ali, ouvindo gemer baixinho.

− Nora... – Meu nome dito pela sua voz rouca e baixa fez-me arrepiar, enquanto sentia suas mãos subindo minha blusa vermelha de mangas até o cotovelo.

Meus dedos engatinharam até a barra da blusa dele, e deixei arranhões provocantes onde suas tatuagens cobriam o V do quadril.

− Acho que vou pedir demissão essa semana, não aguento mais ficar sendo guia desses velhos barrigudos. – A voz do menino que a pouco fora nosso guia nos surpreendeu, e minha boca rapidamente se afastou dos lábios de Harry.

Ele não conseguia nos ver, escondidos entres os barris de cerveja, mas eu podia ver que ele andava ao lado de uma loira que se insinuava para o menino.

Olhei para Harry que sorria maroto para mim, arrumando minha blusa de volta para o lugar, antes de beijar a ponta do meu nariz.

− Hoje é o dia de sermos interrompidos – ele disse, entrelaçando nossos dedos e me puxando para fora do nosso esconderijo.

− Por que não vamos almoçar? – perguntei, soltando um suspiro decepcionado, pois meu corpo ainda reagia aos toques de Harry.

− Boa ideia. – Ele olhou para mim com um sorriso brincalhão, e fiquei assustada, tentando imaginar onde Harry me levaria.

Passamos longos minutos rodando pela cidade, que parecia muito movimentada aquele dia, até que a paisagem ao meu lado tornou-se cheia de árvores e uma enorme placa anunciava a chegada no parque Pheonix.

− Aqui tem um cachorro quente maravilhoso. – Harry explicou, entrando na área marcada para os carros.

Aquele parque parecia uma floresta enorme, com mapas a cada meio metro para as pessoas não se perderem, e tenho que admitir que se Harry não estivesse segurando minha mão e guiando-me entre os banco, chafarizes e cachorros brincando, eu me perderia e acabaria chorando.

Olhava para as famílias que estendiam toalhas no gramado, para um típico piquenique de domingo, até que meus olhos encontraram um carrinho simples de cachorro quente, com cinco pessoas na fila.

Naquele momento, meu estômago roncando, avisou-me da fome.

− Um cachorro quente completo, por favor. – Atropelei a fala de Harry que estava pronto para fazer nossos pedidos quando chegou sua vez, mas minha fome falou muito mais alto, fazendo o homem de meia idade rir.

Voltamos andando lentamente, devido minha dificuldade de colocar todas aquelas coisas na boca. Tinha certeza de que meu rosto estava todo sujo de mostarda, e algumas batatas deveriam ter grudado no meu cabelo.

− É melhor nos sentarmos, antes que você seja devorada por seu lanche – Harry zombou, ajudando-me a sentar no gramado, onde as famílias ainda se divertiam sentadas nas toalhas quadriculadas.

− Não fique jogando praga no meu lanchinho – disse, enquanto sentia seus dedos limpando o ketchup de minhas bochechas, antes de lambê-los.

− Sua concepção de pequeno me assusta. – Harry encolheu os ombros quando lhe deu um tapa ali, me justando a ele nas risadas.

−Tyler! – O chamado ofegante nos fez virar o rosto para a mulher que corria em nossa direção, no momento em que um emaranhado de cabelos ruivos caiu nas pernas dobradas de Harry.

Arregalei os olhos quando um pequeno menino levantou o rosto, nos encarando com um sorriso banguela e as bochechas coradas.

− Oi! Vamos blincar? – O menino, cujo nome deveria ser Tyler, cutucou Harry com os dedinhos gorduchos e sorriu para ele, recebendo um sorriso de covinhas em troca.

− Ei, campeão! Do que você está brincando? – Harry pegou-o nos braços, ajeitando o menino em seu colo.

Olhei para Tyler, que deveria ter cinco anos, com um sorriso no rosto, já que aquele pequeno de olhos eletrizantes fazia-me lembrar de Cassie.

− Pega-pega com a Olive! – Ele bateu palmas, apontando para a mulher que se aproximava, ainda ofegante.

− Ty! Eu nunca achei que essas perninhas pudessem correr tanto! – A mulher, também ruiva, sorriu para nós, e eu acenei de volta, ainda vendo Harry brincando com o menino em seu colo.

− Você pode se surpreender com essas coisinhas – disse, chacoalhando as pernas de Tyler, que sorriu para mim.

− Você peldeu, Olive! – ele cantarolou, fazendo Olive rir e revirar os olhos.

− Ele é meu sobrinho, achei que seria uma boa passar o dia aqui – ela explicou, pegando Tyler no colo. O menino acenou freneticamente para Harry.

− Deixe a sua tia bem cansa, campeão – Harry disse, fazendo com que Olive arregalasse os olhos enquanto se afastava.

Tyler, virada para suas costas, acenou para nós com um sorriso infantil, cujo me fez querer ligar naquele momento para Martha e perguntar sobre Cassie.

− As crianças amam você, Harry– comentei, sendo puxada por ele para deitar em seu peito, na grama.

−Espero que os nossos também amem – Harry respondeu, fazendo-me levantar a cabeça e encarar seus olhos verdes, para perceber que ele falava sério.

Um sorriso tímido formou-se em meus lábios, e eu voltei a me aconchegar em seu peite, sentindo seus dedos acariciando meus cabelos, enquanto minha mente voava em pensamentos.

Uma de minhas mãos estavam apoiadas na perna de Harry, enquanto ríamos baixinho ao ver Tyler mais uma vez correndo de Olive, até que senti o celular de Harry vibrar no bolso e ele arregalou os olhos, pegando o aparelho vibrando ao mesmo tempo que se levantava.

− Está tudo bem, amor? – Perguntei, já sentada, olhando para a expressão nervosa de Harry.

− Sim, eu só... – Ele olhou nervoso para os dois lados, depois para a tela do celular e coçou a cabeça. – Preciso mesmo atender essa ligação, pode esperar aqui?

− Claro... – respondi desconfiada, vendo-o se afastar até uma árvore muito grande a poucos metros de nós.

Infelizmente, só consegui ver seus lábios mexendo e suas ações eufóricas, sem entender muito o que estava acontecendo. Ele passava a mão pelo rosto e fazia caretas, e comecei a pensar que estava acontecendo algo com Anne e Gemma.

Estava me levantando para ir até Harry quando ele desligou a chamada, vindo até mim com um sorriso duro no rosto.

− Quem era? – Olhei para sua mão que segurava o celular com força.

− Quem? – Ele estava se fazendo de desentendido.

− Quem era no celular? – Coloquei as mãos na cintura, sem acreditar que Harry estava me escondendo algo na cara dura.

− Era...O Niall. – Harry sorriu, como se estivesse contente com a própria invenção.

− Por que Niall ligaria... – Começaria uma nova rodada de perguntas, mas Harry entrelaçou nossos dedos e me puxou afobado em direção ao lago do parque.

− O que acha de andarmos de pedalinho? – ele pergunta, já tirando a carteira do bolso e entregando para o rapaz novinho que cuidava dos brinquedos.

Suspirei pesadamente, deixando aquela conversa estranha no celular para longe, não queria estragar o dia, nem parecer uma maníaca questionadora. Olhei para o barquinho com nada mais que assentos e pedalinhos, e sorri para Harry, balançando a cabeça enquanto ele me ajuda a entrar no brinquedo.

Harry tornara-se uma criança mais uma vez, pedalando animadamente para dentro do lago, em direção aos outros pedalinhos ou até mesmo para os barquinhos das crianças que brincavam com os pais ali.

− Harry! Nós vamos morrer! – gritei, tampando o olho e pedalando desenfreada à medida que nosso barco ia em direção ao outro, quase batendo.

− Abra os olhos, pequena – ele sussurrou, beijando minha bochecha e afastando minhas mãos do rosto.

Espiei por entre os olhos, vendo um caminho de árvores que brotavam flores rosas claro em toda a margem do lago. Fiquei sem fôlego à medida que uma flor caia lentamente na água, seguindo o curso junto com muitas outras, formando um cobertor rosa em nossa volta.

−Oh! É lindo! – Voltei para Harry e beijei-lhe os lábios rapidamente, apenas para voltar a apreciar a paisagem em minha volta.

Eu estava de boca aberta, alheia à tudo em minha volta, até que um espirro de água acertou meu rosto.

Olhei para o lado, apenas para encontrar um Harry com um sorriso maroto, e uma de suas mãos estavam na água, incriminando ele.

− Isso vai ter troco! – Comecei ali uma guerra de água, ensopando Harry ao máximo que minha mão conseguia.

Nós já havíamos esquecido dos pedais, e o barco girava lentamente, embalado pelas nossas gargalhadas, que continuaram até a volta para o hotel.

Perdemos a noção do tempo, quando Harry entrou na brincadeira com um labrador contente que jogava frisbee no parque, e ao chegarmos no hotel tivemos que jogar todas as roupas de volta na mala como dois foguetes, quase perdendo a hora para o check-out.

− Espero que a estadia de vocês tenha sido agradável. – O chofer alegre que ajudou a colocar as malas no carro, acenou para mim com um sorriso amigável, e eu apenas acenei de volta, sentindo uma enorme tristeza à medida que Harry pegava a rodovia para sair de Dublin.

− Eu já estou com saudades – suspirei, ajeitando-me no banco e vendo a paisagem campestre já tomando conta da estrada. – Para onde vamos, capitão?

− Inistioge! Nossa primeira parada nas cidadezinhas. – Harry explicou, contente, mostrando-me as fotos da cidade pelo celular.

− Pesca e pubs? Gostei muito desse lugar. – Sorri para Harry, aumentando o som do rádio, que tocava meu CD favorito dos Beatles.

Harry e eu cantávamos alegremente Love Me Do, quando seu celular começou a tremer entre nós, e meus olhos capitaram um nome desconhecido.

Robert Strike.

− Não vai atender? – perguntei, coçando-me de curiosidade para saber quem era o homem que ligava para Harry, suspeitando ser o misterioso da ligação do parque.

− Deixe tocar. – Olhei para Harry, mas ele apenas mordia o lábio inferior, focado na estrada em sua frente.

O mesmo nome ligara mais três vezes dentre um período de uma hora, mas Harry apenas ignorava, aumentando cada vez mais o som do rádio, e apenas foi atender quando paramos em um posto para abastecer.

Ainda sentada no banco do passageiro, olhei pela janela para encontrar Harry sorrindo para o telefone, enquanto acionava a bomba de gasolina.

Naquele momento, minha curiosidade estava no limite, e eu precisava saber quem era Robert Strike.

Continua...


Notas Finais


Esse foi o capítulo (não muito bom) dessa semana!
Por favor deixem aqui suas opiniões sobre o capítulo, pois é muito importante para eu melhorar no próximo.
Até a próxima.
Xoxo, Gabi G.


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