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História Don't live in the past (Imagine Jungkook BTS) - Capitulo 12


Escrita por: me_cared_too

Notas do Autor


Se preparem pra esse capitulo, porque ele é o meu queridinho!
Talvez eu poste outro essa madrugada, mas nada é certo ainda.
Obrigada por acompanharem e boa leitura <3

Capítulo 12 - Capitulo 12


Fanfic / Fanfiction Don't live in the past (Imagine Jungkook BTS) - Capitulo 12

P.O.V Jungkook

5 anos atrás

Fazia uma semana que meu pai tinha sido assassinado, foi difícil enterrar seu corpo sem que ninguém visse e acabar com qualquer rastro do acontecimento, eu não queria ir para o orfanato ou pra qualquer outro membro da família, fora o meu primo Maxon, ninguém se importava comigo ou com o meu pai, mas se bem que não tenho tido noticias dele ultimamente. Eu sabia me virar sozinho, eu tinha que conseguir.

Saí de casa pela primeira vez desde a cena, tudo havia ficado sem cor, as pessoas me cumprimentavam, mas eu não conseguia responde-las e nem mesmo olhar em direção a elas. Segui meu caminho sem saber ao certo onde ir, só precisava de ar fresco, lembrei que meu aniversário de 13 anos estava perto e pela primeira vez eu não tinha nem um pouco de animação, não tinha ninguém pra se lembrar mesmo. Parei em uma rua vazia, vi um homem trocando uma espécie de arma com outro, parecia ser o mesmo tipo de arma que matou o meu pai, senti uma raiva repentina e meu cérebro parou, minha visão ficou turva e quando me dei conta, estava no mesmo lugar onde se encontravam aqueles dois estranhos, olhei para as minhas mãos e elas estavam cobertas de sangue alheio, havia uma faca em uma delas, soltei assustado, de onde diabos ela veio? O que eu tinha feito? Não conseguia me lembrar e a minha cabeça doía, mas já sabia o que tinha acontecido. E por que eu não sentia nenhum remorso? Olhei para o chão vendo o corpo dos dois homens, ambos mortos, tentei sentir culpa ou demonstrar algum sentimento, porém uma sensação prazerosa me dominou e um sorriso se formou em meus lábios, por que eu estava tão satisfeito com isso? O que estava acontecendo comigo? Estranhei, mas por algum motivo já sabia o que fazer, algo como instinto, um que só havia vindo á tona agora. Peguei uma flanela que encontrei no bolso de um dos caras e com ele limpei o cabo da faca, eliminando completamente as minhas digitais e em seguida posicionei a mesma na mão de um deles.

Corri de volta para a minha casa, tentando ao máximo não ser notado, assim que entrei na mesma tranquei a porta e me despi, pronto para entrar no banho. A medida que a água ia escorrendo pelo meu corpo eu olhava para o chão molhado observando o sangue descer pelo ralo. Provavelmente a minha vida seria assim daqui pra frente, poderia usar isso pra ganhar dinheiro, usar esse novo talento á meu favor e assim me manter, mas eu precisava pensar em muita coisa ainda, tipo como enganaria o serviço social. No momento não queria me preocupar com nada, desliguei o chuveiro, vesti um pijama qualquer e me deitei pronto para dormir, devido ao meu cansaço não demorou muito.

Na manhã seguinte acordei com fortes batidas na porta, bufei e levantei ainda sonolento e fui ver quem me incomodava tanto. Ao abrir a porta dei de cara com uma mulher de terno oferecendo um sorriso amigável pra mim, que não fui capaz de corresponder, afinal, ela me acordou pela manhã. A mulher tinha a pele escura e seu cabelo era curto e afro.

- Jeon Jungkook? - Ela perguntou.

- Sim senhora, no que posso ajudar? - Respondi tentando não ser ignorante.

- Recebi uma ligação de seus vizinhos, eles parecem preocupados pois não tem visto o seu pai ultimamente, está tudo bem?

- Hã... Está. - Cobri a entrada.

- Posso falar com ele?

- Ele não está em casa agora. - Eu já estava impaciente.

Ela arqueou uma sobrancelha.

- Na verdade ele não tem estado a um tempo, não é?

Não soube o que responder, ela havia me pegado de surpresa.

- Me acompanhe por favor. - Ela apontou para o seu carro e eu neguei com a cabeça já sabendo o que aconteceria.

- Não! Eu não vou sair daqui! - Gritei, assustando a mulher que não esperava por aquilo.

- Você tem que entender, não tem idade suficiente para morar sozinho. - Ela mantinha a voz calma.

- Eu posso me virar! - Debati.

- Não, não pode! Ao menos que tenha um parente com quem você possa ficar, terá de vir comigo. - Ela agarrou em meu braço.

Foi então que eu pensei em algo que poderia dar certo e me soltei drasticamente de seu aperto.

- Eu tenho uma tia. - Sorri de canto.

- É mesmo? - Ela perguntou duvidosa.

- Sim senhora, só preciso ligar para ela e contar o aconteceu.

- Então faça. - Ela cruzou os braços no peito e se manteve parada na porta.

- Certo, se me dá licença, é pessoal. - Falei adentrando na minha casa e indo em direção ao quarto do meu pai.

Peguei o seu celular que ainda se encontrava ali, caso alguma coisa assim acontecesse e revirei os contatos, eu sabia que poderia arranjar o número de alguma mulher qualquer lá e assim eu fiz, peguei o primeiro que vi, de uma tal de Suzi.

- Alô? - Uma voz feminina atendeu.

- Suzi? - Forcei a voz como a de meu pai.

- Sim, quem é?

- Não me venha com perguntas tolas, você sabe quem eu sou e preciso de um favor seu.

- Diga. - Foi seca.

- Preciso que finja ser a tia do meu filho por alguns dias, tenho que resolver algumas coisas. - Menti.

- E por que eu faria isso?

- Você sabe muito bem. - Respondi rígido.

- Achei que já tínhamos resolvido aquilo.

Eu não entendia nada do que ela se referia, mas entrei no papel mesmo assim, afinal, estava dando certo.

- Só achou, vai ajudar ou não?! - Falei impaciente.

- Vou... - Ela bufou.

- Boa garota, preciso de você amanhã.

- Mas já?! - Debateu irritada.

- É muito urgente, por favor.

- Tudo bem... Lá pras 13:30 eu te encontro aí.

- Na verdade provavelmente eu já vou ter saído, então ligue para Jungkook nesse horário para descobrir onde ele estará.

- Ok, tchau.

- Espera! Mais uma coisa. - Me apressei.

- Qual? - Ela bufou impaciente.

- Eu não tenho saído de casa a alguns dia, então provavelmente o serviço social vai achar que eu abandonei o meu filho ou coisa do tipo, mas não se preocupe com isso que eu vou resolver.

- Pelo amor Jeon! Você tem que tomar um rumo na sua vida! - Me repreendeu.

- Era só isso mesmo, tchau.

Encerrei a ligação satisfeito e fui de encontro a mulher.

- E então...? - Ela questionou.

- Minha tia chega amanhã por volta das 13:30.

- Ótimo, então até lá você ficará no orfanato e conversaremos com a sua tia quando ela chegar. - A mulher disse satisfeita. - A propósito, meu nome é Lea.

Revirei os olhos impaciente e entrei no carro confiante, será só por um dia.

Ao entrar no orfanato me deparei com várias crianças correndo e brincando juntas, outras desenhavam em um papel qualquer e fingiam estar bem, mas eu não me importei com nenhuma delas, só queria dar o fora de lá o mais rápido possível. Lea me mostrou o meu quarto temporário e decidi ficar nele o resto do dia, os garotos que já eram de lá tentaram se apresentar, mas eu deixei bem claro que não estava a fim de conversas.

Depois da ajuda de Suzi eu finalmente consegui escapar do serviço social, com exceção da Lea que cismava em duvidar da minha história toda, ter ela no meu pé já estava me incomodando bastante.

Assim que ganhei a minha grana por fazer o meu trabalho sujo, voltei para casa com a minha marmita faminto e ansioso para devorar aquela comida, mas dei de cara com aquela mesma mulher perseguidora.

- O que diabos você está fazendo na minha casa? - Perguntei irritado.

- Tenho uma licença para checar se tudo está bem aqui. Cadê a sua tia? - Ela perguntou olhando ao redor.

Revirei os olhos impaciente.

- Saiu.

- Engraçado que sempre que eu venho checar as coisas você está sozinho... - Ela duvidou se aproximando com os braços cruzados.

Sem saber o que responder novamente, olhei para os lados procurando alguma saída, e uma faca próxima pareceu a melhor solução, deixei um sorriso cínico escapar e Lea me olhou curiosa, foi o tempo de ela seguir o meu olhar que em um gesto rápido eu peguei a faca e após derrubar ela no chão me posicionando em cima de sua barriga, enfiei diversas vezes em seu peito.

Sem dar tempo de qualquer escândalo, a mulher se manteve no chão sem nenhuma força.

- Era melhor não ter se metido em assuntos onde não foi chamada. - Falei enquanto saia de cima dela que me olhava chocada.

- Eu... Só... Queria... Ajudar. - Usou suas últimas forças para proferir tais palavras e então fechou seus olhos falecendo.

Me levantei limpando o sangue da faca com meus dedos e pensando em uma maneira rápida de sumir com o corpo sem deixar rastros.

Não me importava se a pessoa fosse a mais bondosa da cidade, se ela fizesse qualquer coisa pra me prejudicar... Teria o mesmo fim que a assistente social. Apenas eu sabia como viver a minha vida e não queria que ninguém se intrometesse nas minhas decisões.

Depois de limpar a minha bagunça e finalmente comer a minha marmita, saí em busca de ar fresco e senti a minha liberdade após me livrar daquele chiclete no meu tênis.

- Oi. - Ouvi uma voz masculina me cumprimentar.

Não estava com a mínima vontade de responder, mas como estava com uma boa sensação de liberdade, olhei para o lado curioso e vi um menino que aparentava ter a minha idade caminhando ao meu lado, com um sorriso distraído no rosto.

- Oi - Respondi seco voltando á olhar pra frente.

- Está de mal humor? - O menino questionou.

- Só estou cansado de pessoas se envolvendo onde não devem. - Arqueei uma sobrancelha em sua direção.

- Está de mal humor. - O menino afirmou desviando o olhar, ainda com um sorriso no rosto.

Revirei os olhos já irritado com a atitude do menino.

- O que você quer? - Perguntei indo direto ao ponto.

- Quero ser seu amigo, já te vi outras vezes e você parece ser tão sozinho... - Ele parecia ter pena de mim, odiava tal atitude.

- Eu gosto de ficar sozinho, não sinta pena. - Resmunguei.

- Não tenho pena. - Ele simplesmente disse e eu o olhei surpreso. - Só gostei do seu jeito e quis me aproximar.

- Qual o seu nome? - Perguntei agora interessado.

- Jimin, Park Jimin e o seu? - Parou de andar e me estendeu a mão.

- Jungkook, Jeon Jungkook. - Parei também e apertei a sua mão com um sorriso de canto.

- Me conta a sua história Kookie. - Voltou a andar me encarando.

- Kookie? - Arqueei uma sobrancelha.

- Gosto de dar apelido ás pessoas, Kookie combina com você, agora me conta a sua história. - Me deu uma cotovelada estimulando.

- Você não iria acreditar. - Ri sarcástico, mas já me preparando para dizer tudo, eu sentia que pela primeira vez uma grande amizade estava pra surgir.



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