História Don't live in the past (Imagine Jungkook BTS) - Capitulo 26

- Como? - Foi tudo o que eu consegui dizer, minha voz saindo falha.

- Mesmo não precisando, vou dar uma explicação para você. - Victor se pronunciou após jogar Jimin para o nosso lado.

- Pode começar. - Jungkook falou ríspido, seus olhos sombrios não desgrudavam do mais novo.

- Se controla, que quem está em vantagem agora sou eu. - Ele respondeu no mesmo tom, pelo visto estava mais corajoso. - Quando o desgraçado enfiou a faca em mim, eu perdi completamente as forças e desmaiei ali mesmo, porém, eu acordei em uma cama de hospital. Demorei um tempo pra acreditar que estava vivo. - Ele se virou para trás quando duas pessoas apareceram, Tony e Ana Clara. - Eles me salvaram.

Eu não conseguia dizer nada, eu tinha certeza que vi Victor morrer na minha frente, eu não esperava por aquilo e ia demorar um pouco pra sair do meu estado de choque.

- Direto ao ponto. - Kookie revirou os olhos, ele não parecia tão surpreso quanto eu.

- Como você me conhece _____. - Sorriu pra mim, deixando Jungkook ainda mais irritado, se é que era possível. - Eu não levo desaforo pra casa e logo comecei a planejar a minha vingança, que vocês já sabem qual é.

- Qual é a dos celulares? - Maxon perguntou, ele realmente tinha cismado com aquilo.

- Uma maneira de brincar com vocês. - Sorriu malicioso. - Cadê o Taehyung?! - Perguntou em tom de deboche.

- Qual é a próxima etapa do seu plano? - Jungkook perguntou impaciente.

- Vou deixar você ver os seus hyungs... Antes de morrer.

Victor sinalizou para nós o seguirmos e mesmo relutantes, nós fomos. Entramos em uma casa localizada naquela mesma esquina e encontramos os meninos amarrados em um sofá, a cena foi engraçada no inicio, eles estavam coladinhos. Jungkook e Jimin correram pra libertar os mesmos, que logo já estavam recuperados, eles deram um longo abraço coletivo e ouvi alguns murmúrios dos tipos "eu estava preocupado" e "achei que vocês não os encontrariam". A cena foi fofa e quase me emocionei ao ver o quanto eles eram unidos, mas logo passou quando Victor pigarreou e todos se viraram, olhando o mesmo com fúria.

- Não tentem nada. - Victor alertou mostrando uma arma de choque em sua mão.

Namjoon ignorou o aviso e correu confiante em direção do mais novo, mas acabou caindo no chão se contorcendo de dor.

- Quem quer ser o próximo? - Sorriu brincalhão.

Jungkook transbordava de ódio, eu podia sentir, mesmo estando longe.

- Espero que tenha aproveitado seus últimos minutos "Kookie". - Victor falou e sorriu de canto.

Tony correu na direção do meu namorado e acertou um soco surpresa em seu rosto, que fez o mesmo recuar uns passos devido ao impacto.

- Quem não te acerta um soco mesmo? - Perguntou sarcástico sorrindo satisfeito.

- O que não vai estar vivo pra contar a história. - Jungkook retribuiu o sorriso.

Poucos segundos depois o Tony gemeu de dor e levou sua mão ás feridas, Jungkook havia enfiado a faca em dois lugares dessa vez, para garantir que o serviço fosse feito, uma no peito e outra no estômago. Os cortes ficaram tão profundos que atravessaram o menino de forma que a ponta da faca aparecesse nas costas dele.

Victor olhou perplexo para o corpo do seu amigo no chão e depois mudou sua visão para Jungkook, que mantinha o sorriso sarcástico.

- Vai se arrepender disso. - Murmurou o mais novo deles e se preparou para sair.

- Vai fugir? - Jungkook atraiu rapidamente a atenção dele. - Esse é o seu problema Victor, você não passa de um covarde querendo se passar de valentão. - Provocou. - Tudo o que você consegue fazer é joguinhos, porque sozinho não passa de mais um merda. - Cuspiu as palavras com facilidade.

No mesmo instante Victor se virou e puxou uma pistola de dentro da sua calça, puxou o gatilho e mirou no meu namorado.

- Não... - Murmurei e me preparei para entrar na frente, mas escutei o barulho de tiro e me encolhi recusando a olhar a cena, seria a segunda vez que eu perdia ele naquele dia, senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto novamente.

- Não! - Ouvi Jungkook gritar e no mesmo segundo olhei o que tinha acontecido.

Victor não estava mirando no Kookie... E sim no Jin.

Todos olhavam incrédulos para o que acabara de acontecer, a ficha não caiu para ninguém, mas todos, com excessão do maknae, correram para o corpo ensanguentado do amigo e choraram ainda sem acreditar.

- Seria muito chato te matar agora. - Victor falou se preparando para sair novamente.

- Seu filha da puta! - Jungkook gritou e correu em direção ao mesmo impedindo que ele saísse. Enforcou o mais novo tirando toda a força dele e depois jogou com tudo na parede, de modo que causou uma rachadura na mesma, podia jurar que ouvi um osso quebrar.

- E-espera. - Victor falou em meio a sua dor. - Acho que v-vai gostar de uma informação antes. - Mesmo com tudo ele sorria, sabia do estrago que iria fazer antes de morrer.

- Sou todo a ouvidos. - Jungkook se afastou um pouco do garoto ferido para escutar o que ele tinha a dizer.

- Os seus amigos, que vocês tanto consideram. - O mais novo começou, fazendo Jungkook olhar para o Jimin rapidamente. - Não são tão fiéis quanto vocês pensam, eles me ajudaram com tudo. - Ele mudou o seu olhar para mim. - Quem vocês acham que sequestraram os meninos?

Olhei para Jimin que tinha uma expressão tensa.

- É mentira! - Jungkook gritou levantando o outro pela gola da camisa.

- Bom... - Todos se viraram na direção a voz, era Yoongi. - Quando chegou na minha vez de levar aquela agulhada, eu revidei e consegui tirar o capuz da pessoa... E era aquela menina que não sai do lado da _____, se não me engano o nome dela é Laura.

Meu sangue gelou uma vez que Suga pronunciou tais palavras, aquilo não podia ser verdade, era por isso que ela estava estranha todo esse tempo? Como ela foi capaz de fazer isso comigo? Minha melhor amiga, achei que eu fosse o mesmo para ela. Mais lágrimas escorreram pelo meu rosto, mas estas eram de raiva.

- Quando isso aconteceu, eu estava nos braços do outro sequestrador, ele ia me dar a agulhada quando viu o vacilo da Laura. - Hoseok continuou. - Então ele murmurou um "porra", mas foi o suficiente para eu reconhecer ser a voz do Jimin. - Concluiu com decepção presente em sua voz.

Jungkook nem sequer olhou nos olhos do amigo, continuou imprensando o Victor na parede, o fuzilando com mais raiva ainda por tudo que ele tinha aprontado.

- E mais, _____, se toca, ele não te ama. - Victor riu sarcástico. - Psicopatas não tem sentimentos, eles não são capazes de amar.

Kookie se virou para me encarar, seus lábios entreabertos como sua mania permitia e depois se virou para o menino novamente.

- Então talvez eu não seja um psicopata. - Sorriu de canto. - Mas sentiria um prazer indescritível ao te ver morto por minha causa.

Ao dizer isso Jungkook descontou toda a sua raiva no responsável por aquilo tudo, o socou em todos os lugares possíveis e quando o outro estava completamente sem forças novamente, caído ao chão, ele se direcionou á garagem daquela casa que nem sequer conhecia, arrastando o mais novo pelo braço, que gemia de dor a medida que batia em algum móvel e eu os segui. Pegou sua faca e distribuiu cortes profundos por todos os lugares onde antes havia socado, deixando o outro todo mutilado e desfigurado, esse por sua vez só conseguia soltar uns gemidos de dor e nada mais. Jungkook pegou um vidro de álcool que encontrou largado ali e despejou por todo o menino, que dessa vez soltou um grito alto devido a dor que este lhe causara.

- Agora eu quero ver você sair vivo. - Jungkook sorriu sádico ao riscar um fósforo e encarar a chama.

- N-não... - Ele protestou com dificuldade. - ______, por f-favor, e-eu t... - Não conseguiu terminar a frase.

Sem perder mais tempo, Kookie jogou o fósforo aceso no mesmo, que gritou como nunca tinha gritado antes. Ficamos parados observando o mais novo morrer aos poucos, sem nunca parar de gritar conforme sentia sua pele queimando. Os olhos sombrios do Jungkook brilhavam com a cena e um sorriso psicótico e satisfatório invadiu os seus lábios. O fogo era a única iluminação daquele lugar, o que deixava a cena que eu presenciava ainda mais assustadora. Meus olhos focaram no menino de pé observando aquilo satisfazendo o seu desejo, seu cabelo escuro e liso grudava na testa devido ao suor e invadia a região dos olhos devido ao comprimento.

Eu não conseguia olhar para o corpo queimando nem por mais um segundo sequer, estava me dando agonia encarar aquela cena, não era normal.

Os gritos finalmente cessaram e eu arrisquei olhar para o Victor, que agora estava praticamente em cinzas. Foi a cena mais horrível que eu presenciei em toda a minha vida.

- Não era pra você ter me seguido. - Seus olhos agora normalizados estavam em mim.

- Desculpa. - Baixei o olhar me tranquilizando ao vê-lo da forma normal.

- Vai saber lidar com isso sem se afastar? - Franziu o cenho preocupado.

- Eu fiz uma promessa. - Sorri fraco. - E eu te amo.

Seus olhos se acalmaram por completo e ele selou os nossos lábios, eu retribui deixando o beijo mais intenso, com desejo, fúria e medo.