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História Halloween Night - Doces ou Travessuras?


Escrita por: savethebestofme

Notas do Autor


Eu tinha postado essa fic como oneshot, mas vou dividir em capítulos pq ela ficou ENORME e eu não gostei ;-; também aproveitei para corrigir alguns erros. Se vc já leu ela, só ignore :') ou não, sla kajslsk

Se ainda não leu, leia os avisos, ela contém violência e umas coisinhas mais... não leia se não se sentir confortável ♡

Capítulo 1 - Doces ou Travessuras?


Fanfic / Fanfiction Halloween Night - Doces ou Travessuras?

As ruas de Daegu estavam repletas de folhas que insistiam a se desprender dos galhos das árvores e se acumular no chão, enfeitando a cidade em um misto de verde, amarelo, vermelho e laranja.


 Era Halloween, as crianças animavam-se muito nessa época do ano, vestiam roupas escandalosas e que, em suas concepções, eram assustadoras; logo saíam de suas casas em pequenos grupos de amigos e batiam de porta em porta, estendendo suas bolsas e sacolas e dizendo a clássica frase: Doces ou travessuras?


Neste ano, entretanto, o grupo de crianças pelas ruas fora reduzido e as que saíam para pedir doces já eram pré-adolescentes ou eram escoltadas pelos pais, mesmo que os mais velhos andassem alguns metros longe, eram poucas as que caminhavam sem algum adulto por perto.


O motivo disso eram as notícias que corriam pelo mundo, estampadas em folhas de jornais ou transmitidas pela televisão e rádio; haviam alguns relatos sobre pessoas – solitárias ou em grupo – que vestiam-se como palhaços e aterrorizavam as ruas, tanto à noite quanto ao dia, perseguindo pessoas a pé ou em seus carros em ruas movimentadas ou desertas. Alguns chamavam aquilo de "a epidemia dos palhaços", enquanto outros sequer se preocupavam com isso, sendo que em alguns países eles nunca foram vistos; a Coreia do Sul era um deles, todavia os pais protetores estavam alertas.


Jimin estava trancafiado em seu quarto, no andar de cima da casa, havia um bom tempo, arrumando-se para a festa que aconteceria em algumas horas, essa que ele ajudaria a preparar, como prometera.


Sua fantasia de anos atrás fora deixada guardada em uma caixa velha no porão e lá ficaria por um bom tempo; era de palhaço.Não que o garoto realmente estivesse com medo deles ou qualquer coisa do tipo, muito menos era supersticioso, contudo tinha medo de sair vestido daquela forma e ser preso ou agredido, sendo confundido com um daqueles idiotas; um dos seus melhores amigos, Hoseok, ficaria verdadeiramente aterrorizado ao vê-lo com aquela fantasia, pensar em sua expressão assustada e chorosa o fez rir para si mesmo em frente ao espelho, seria divertido, mas ele não o faria.


Taehyung lhe sugeriu usar a fantasia de Hulk, alegando que os músculos do baixinho contribuiriam para isso, no entanto, só de pensar em sair parcialmente nu, tendo seu tronco coberto por tinta verde, era o bastante para uma careta de desgosto formar-se em seu rosto; e, bom, não era como se seu namorado fosse gostar de vê-lo exposto daquele jeito em uma casa repleta de álcool e adolescentes que poderiam tirar proveito daquilo. Então o Park optara por vestir-se de Charlie Chaplin.


Ele ajeitou seus cabelos negros, penteando-os para trás e, em seguida, cobriu a cabeça com um chapéu, encarando seu reflexo outra vez; vestia roupas pretas dos pés à cabeça, tinha uma bengala branca na mão direita e um pequeno bigode que fora desenhado com o lápis de olho da sua mãe.


 O baixinho sorriu, dando uma última olhada em si mesmo e, assim que ouviu o som da campainha ressoar pelos cômodos da casa, ele desceu as escadas; seus pais assistiam à um filme na tevê, sentados juntos no sofá. Jimin abriu a porta, nem tão animado, dando de cara com um grupo de crianças que grunhiam como monstros para amedrontá-lo; então, eles pararam e falaram em coro:


– Doces ou travess–


Ele fechou a porta, bufando, e foi se sentar com o casal na sala; já era a quarta vez desde que começara a se arrumar. – Jimin, não seja mal-educado – sua mãe o repreendia, de cenho franzido, formando uma expressão nada contente. – Eles só estão se divertindo, sabe disso, você já foi criança uma vez.


– Eles são irritantes.


– Assim como você é – o Senhor Park comentou, com um pequeno sorriso nos lábios, fazendo o filho revirar os olhos. – Nem por isso nós batemos a porta na sua cara, certo?


– Certo – resmungou.


– Nessa festa terá bebidas? – a mulher lhe perguntou e ele sorriu.


– Apenas refrigerante, fique tranquila – mentiu.


– É bom que esteja falando a verdade – ela ergueu as sobrancelhas, Jimin apenas assentiu. – Seokjin estará lá? – mais uma vez, o jovem assentiu. – Ah, isso é bom, me sinto muito tranquila agora – disse sorrindo para o marido, que retribuiu. – Ele é um garoto de ouro, tenho certeza que vai te vigiar por mim.


– Com certeza – o garoto sorriu forçadamente.


– Não volte muito tarde, ok? Não quero que falte aula amanhã – repreendera, apontando-lhe o indicador.


– Sim, mãe – suspirou, tentando não rolar os olhos mais uma vez. – Eu não sou uma criança.


– Não importa, Jimin. Qualquer coisa, nos ligue, você sabe nosso número de cor, não?


Seria mais fácil se a senhora me desse logo um celular, pensou em dizer, mas lembrou-se do quanto era ruim voltar à esse assunto, sabia que eram poucos os jovens que tinham condições de tê-los.


 –  Sim, mãe – repetiu, de forma mais arrastada que a primeira, sua mãe podia ser bem chata quando queria.


– E Yoongi? – seu pai perguntara, desviando a atenção do televisor para encará-lo; o moreno queria sorrir da forma mais cínica e travessa ao ver o quão ingênuos seus pais eram, pensando que o branquelo era nada mais que seu melhor amigo. – Ele vai?


– Sim, pai, estou esperando ele para irmos juntos – comentou, sorrindo o mínimo que conseguia.


– Isso é bom. Fique com os seus amigos e não se misture com estranhos.


– Caso contrário, essa será sua primeira e última festa, mocinho – completou a senhora, repreendendo-o outra vez; o jovem apenas revirou os olhos, sem dar muita atenção para o que diziam.


Alguns minutos se passaram em silêncio, os dois assistiam ao filme que Park não conhecia, enquanto o próprio batia o pé no chão, ansioso. A campaínha tocou outra vez, de uma forma impaciente.


Ele levantou-se, bufando, e abriu a porta sem delicadeza alguma. – Vão embora! – reclamou, encarando um garoto franzino do lado de fora que ergueu as sobrancelhas e reprimiu os lábios, segurando um sorriso. – Oh, desculpa, hyung. Eu achei que fosse aquelas crianças irritantes outra vez.


– Esse é o espírito de Halloween! – zombou. – Já está pronto? – perguntou e Jimin apenas assentiu.


 O loiro estava extremamente sexy com sua fantasia: vestia uma camisa branca de botões com um decote grande, calças e capa da cor preta, que contrastavam com sua pele alva – essa que parecia ainda mais pálida; seus olhos eram levemente contornados por maquiagem preta, mas não o suficiente para perceber em alguns metros de distância. Seus lábios aparentavam ter um tom mais vermelho que o natural e em seu pescoço havia uma gargantilha preta com um enfeite de ouro no centro.


– Uau, v-você tá bonito – sussurou, parte por estar deslumbrado demais para proferir aquelas palavras em alto e bom som, e parte para que seus pais não o ouvissem.


– Eu sei – ele sorriu largamente, mostrando dentes pontudos e artificiais. – Você não está nada mal, também – o mais velho o olhava da cabeça aos pés, um olhar nada puro em seu rosto.


Jimin riu, cobrindo a boca com a mão pequena e sentiu as maçãs do rosto levemente quentes enquanto encara os lábios do outro, pensando seriamente em senti-los ali mesmo, na porta da sua casa, e logo marcar toda aquela pele exposta do seu peito e pescoço, manchando-a com um misto de roxo e vermelho que os seus lábios deixariam nela. 


– Jimin, é o Yoongi? – a voz da sua mãe o tirou dos seus devaneios, o mais velho percebera o que ele fazia até alguns segundos atrás e riu.


O menor desprendeu o lábio entre seus dentes e soltou o ar que sequer percebera ter prendido. – Sim, mãe!


– Não vai me deixar dar um oi para os meus sogros? – o loiro sussurrou, sorrindo, e Jimin assentiu, dando espaço para que ele entrasse, ouvindo sua mãe murmurar algo sobre estar com saudades. 


・ ● ・ ● ・


Seokjin e Namjoon voltavam para casa com algumas sacolas nas mãos, cheias de bebidas alcoólicas, refrigerantes, doces e salgadinhos. – Quer que eu leve mais algumas? – o mais velho perguntara, vendo que as juntas dos dedos do namorado já estavam brancas.


– Qual é, Jinnie, eu aguento – ele rolou os olhos, continuando a andar como se as sacolas não estivessem realmente pesando e fitando o céu que tornava-se um misto de laranja e azul já que o sol estava se pondo. – Sou mais forte que você – sorriu, orgulhoso, e só livrou-se de um tapa pelo fato de que o moreno estava com as mãos ocupadas.


– Tem certeza que é uma boa ideia? – insistiu, pela terceira ou quarta vez naquele dia.

– Eu não sei – admitiu, dando de ombros. – Mas é o último ano escolar dele e do Jimin, talvez eles sigam caminhos diferentes, faculdades diferentes, sabe? – Jin assentiu, sorrindo para si mesmo ao ver como o mais novo era um bom irmão para Taehyung, mesmo que não aprovasse totalmente aquela ideia de festa. – Eles precisam de um pouco de diversão antes disso, precisam se distrair e pensar coisas como "estamos juntos agora". É o que importa.


– Aish, você e sua má influência – o moreno rolou os olhos, balançando a cabeça negativamente. – Mesmo que seja um ato bonito – murmurou para si mesmo, entretanto o maior ouvira e sorriu largamente.


– E, aliás, meu pai permitiu a festa e as bebidas alcoólicas.


– No entanto, o xerife acha que vamos estar lá – ressaltou. – E o álcool era apenas para quem tivesse a idade apropriada para beber.


– Isso são só detalhes – comentou, rindo, e Seokjin o fuzilou com o olhar. – Então quer mudar de ideia? Quer ficar naquela casa cheia de adolescentes ao invés de ficar comigo, sozinhos no seu apartamento? – Namjoon sorriu de forma travessa, exibindo suas covinhas que eram um dos seus tantos charmes e o outro instantaneamente cedeu.


– Tudo bem, talvez não seja uma ideia tão ruim – sorriu, fazendo o mais novo rir. – Mas o Tae... não me leve a mal, mas ele... – O Kim mordeu o lábio, sem ter em mente um adjetivo que pudesse usar sem realmente ofender o cunhado.


– Ele é irresponsável – completou e o namorado assentiu. – Eu sei, mas confio nele. O máximo que pode acontecer é algumas cortinas pegarem fogo.


– Pelo jeito o poder de destruição é genético – comentara e os dois gargalharam, as covinhas do mais alto mostraram-se presentes outra vez e Jin as fitou por alguns segundos, esquecendo do que conversavam.


– Yoongi e Hoseok já são adultos, eles vão cuidar de tudo – tentou assegurá-lo, todavia mal acreditava em suas próprias palavras.


– Sério, Namjoon? – o Kim ergueu as sobrancelhas, recebendo um encolher de ombros do outro e riu com escárnio. – Hoseok é só adulto na idade. E Yoongi... se algo acontecer ele apenas vai pra casa, arrastando Jimin consigo e o resto que se vire.

Joon riu, balançando a cabeça em sinal de desaprovação. – Yah, não diga essas coisas, eles são bons garotos.


– Eu sei. Só não são responsáveis – comentou, estalando a língua no céu da boca quando algo pareceu piscar em sua mente. – E Jeongguk? Aquele garoto já chegou perto de álcool alguma vez na vida?


– Eu não sei, acho que vamos descobrir – riu para si mesmo, imaginando como seria o estado dos garotos bêbados depois da festa.


Notas Finais


Eu queria ver o Jeon bêbado, e vcs? Ksjsksjsl


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