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História Don't say anything - Markson - Lágrimas para um garoto misterioso


Escrita por: KimSukKwan

Notas do Autor


Voltei >///<
Mas um capítulo Markson com direito a shipps secundários :v
Hope u enjoy it

Capítulo 2 - Lágrimas para um garoto misterioso


Fanfic / Fanfiction Don't say anything - Markson - Lágrimas para um garoto misterioso

Uma semana se passou desde o ocorrido e eu ainda não compreendo como isso aconteceu de tal forma. Bambam, um amigo de infância, me visita quase todos os dias afim de saber por que ando tão aéreo ultimamente. Com ele eu consigo desabafar, confesso que já fizemos coisas mais íntimas uma ou duas vezes, mas isso não foi capaz de arruinar nossa amizade. Isso aconteceria se não fôssemos tão próximos. Bambam é bem companheiro mas isso não é o que é o que eu mais admiro nele. O que mais almejo ter como ele é seu realismo. Ele consegue manter-se com os pés ao chão quando algo é muito impossível. Logo ele entra na sala, borrando todos os meus pensamentos, acompanhado de duas garrafas com um conteúdo não tão alcoólico. 


– Tá, acho que já é hora de me dizer quem ou o que está de abalando. Você faltou todos os treinos de dança e seus raps não soam como antes, parecem como de um velho pelancudo. – ele falou a última parte tentando descontrair, com sucesso. Dei um breve riso. 

– Sabe aquela pessoa que eu falei que eu sempre encontro na praça? – ele assentiu tomando um gole da bebida – “conversei” com ele à uma semana atrás. Eu estava certo, ele era como um boneco de cera. Parecia até perfeito demais para ser de verdade ou humano. Quando estávamos conversando ele disse meu nome, sem eu nem mesmo ter me apresentado. Eu não estava com crachá ou algo do tipo. – ele se mostrou meio atordoado, assim como eu no dia – depois ele apontou para trás de mim, e eu como uma pessoa muito preocupada, olhei. Só que quando eu garanti que não havia nada, direcionei meu olhar para ele e ele não estava mais lá! Sem explicação alguma. Ou ele é primo do Usan Bolt ou eu realmente demorei muito e fiquei meio apavorado. Sabe como é, adrenalina. 

Ficamos em silêncio por alguns minutos, onde ele parecia analisar a situação E tentar me dar uma justificação plausível para tal acontecimento. 

– Jack, é meio óbvio o que você tem que fazer. Ir até lá de novo e chamar ele pra conversar direito, dessa vez, garantindo que nada irá atrapalhar esse diálogo. – Até aí eu estava levando a sério... Até que...- Se o tu quer o boy, tu tem que ir atrás do boy. Ele não vai vir pra você de bandeja. – Eu ri. 

Assim passamos a noite conversando e bebendo, estava mais para matar a saudade ou algo do tipo, ele não foi embora e dormiu lá, gentilmente me expulsando do meu próprio quarto, só não bati nele porque já estava caindo de sono involuntariamente. 

No dia seguinte eu já sabia tudo o que teria que fazer, desde acordar até ir ao local. Eu realmente tratei de bolar toda uma estratégia para que nada desse errado. Aquele garoto me mudou e nem sabia disso, ou sabia. E eu ainda não descobri se isso é bom ou ruim. Mas a pior parte nem é essa. O pior é que eu fui lá, me sentei no mesmo banco de sempre e esperei. Eu esperei a noite toda e ele não apareceu. E não foi como naquela noite em que ele surgiu, talvez pelas minhas preces internas. Ele não apareceu mesmo. Talvez estivesse ocupado... Compreensível? Não. No dia seguinte... Nada... E depois, advinha? Nada. Aquilo estava me corroendo por dentro, como assim? Todas as vezes que nos encontramos, nos olhávamos como um pedido mudo para o dia seguinte. Mas não aconteceu esse “ dia seguinte “. E estava beirando o estágio: loucura. Aquele em que você vê o rosto da pessoa que ama ou odeia em todas as pessoas e em todos os lugares. Quando eu estava tomando banho ele estava na janela. Estou ficando louco. Quando eu estava conversando com o Bambam, ele estava na cozinha. Estou ficando louco. Quando eu estava dançando, ele estava lá, seu reflexo no espelho. CHAME UM PSICÓLOGO! Resolvi, então, pedir conselho à um outro amigo, não tão próximo, mas que com certeza entendia mais da minha situação do que o Bambam. Desculpa. Recorro ao Jaebum, carinhosamente apelidado por mim de JB. Marquei de ir à sua casa e assim fiz. Chegando lá, quem me atendeu não foi ele, foi JinYoung, que comparando é bem mais próximo de mim do que JB. 

– Oi Hyung, JaeBum está? 

– Oi – Ele deu passagem para que eu entrasse – está mas creio que não da forma que você precisa – ele deu uma risada audível – dormindo. Eu posso ajudar? 

Eu estava tão apressado para resolver o meu “problema” que eu nem indaguei o por que do JinYoung estar na casa dele. Apenas deixei passar, assunto para outra hora. Eu contei toda a história, com direito a detalhes e tudo mais, queria que ele compreendesse e me ajudasse do jeito que eu preciso. 

– Então quer dizer que o cúpido andou te traindo – Ele falou, olhei-o incrédulo – Estou brincando. Honestamente, não é um conselho que eu daria, mas acho que você precisa é esquecer. Você ama o cara E o cara parece um agente do FBI, sabe teu nome sendo que nunca conversaram. No mínimo é assustador. Além do mais, ele nem aparece, é como dar um pirulito para uma criança e depois arrancar da boca dela. – Concordei – Hoje vai ter uma comemoração, mais como trote para calouros da minha faculdade, você vai. Isso não é um pedido. E então você vai se divertir e vai esquecer essa pessoinha aí. 

Se tem uma coisa que eu aprendi é que JinYoung não propõe, ele faz. Ele não ameaça, ele espera o momento certo pra agir. JaeBum logo acordou e eu “briguei” com ele por bancar a bela adormecida e não estar no horário combinado me esperando. Depois disso demos longas risadas, fazendo as típicas piadas sem graça na qual rimos do mesmo jeito. Não da piada, e sim da cara que o JaeBum fazia quando elas eram feitas. Totalmente adorável, mesmo que ele me batesse quando eu dissese isso. 

As horas se passaram rápido dessa forma, uma tarde entre amigos. Nós arrumamos quando faltavam poucos minutos para começar essa tal festa e entramos no carro, diga-se de passagem era muito bonito. Eu sentei no banco da frente e JaeBum no do motorista, JinYoung ficou atrás com a desculpa de que tinha que terminar de calçar os sapatos, já que saiu apressado. Caramba, JB dirigia muito rápido, poderia encenar um novo velozes e furiosos com perfeição. Como era meu dia de diversão, abaixei o vidro e deixei que metade do meu corpo fosse para fora do carro pela janela. Não tinham carros ao redor então eu dei uns gritos enquanto JinYoung me dava uns gritos, mas não de felicidade como eu, eram gritos que indicavam que a minha pele iria ficar formigando depois que ele me batesse. Entrei no carro de novo e ouvi um suspiro aliviado vindo dele. 

Chegando lá, era possível ver muitas coisas. Pessoas se beijando independentemente do gênero, pessoas gritando, pessoas dançando, se jogando na piscina, meninas tirando a roupa, papel higiênico e ovos, tinta, um barril de cerveja e alguns jovens fazendo fila para beber dali. Eu não fiz diferente, me aproximei do barril, apoiando minhas mãos na borda e bebi bastante, enquanto algumas pessoas desconhecidas gritavam algo como “BEBE, BEBE, BEBE” “VIRA”. Parei de beber aquilo quando senti falta de oxigênio, assim tossindo algumas vezes. 

JinYoung e JB começaram a rir escandalosamente de mim. Quando eles saíram dali acenando para que eu os seguisse, eu vi Mark. Dessa vez ele não estava com um sorriso, estava com uma cara que parecia ser de desgosto. Eu não estava acreditando muito, já que eu me auto denominava doido, então pisquei algumas vezes. Comprovei que eu estava doido mesmo, não tinha ninguém ali. Segui eles dois rumo a dentro da festa. Passou-se muito tempo naquela festa, à essa altura do campeonato eu já tinha beijado pessoas que nem sabia o nome, dançado até ficar cansado, ter tinta neon em mim e ter sido empurrado na piscina pelos meus acompanhantes. Estava realmente muito bom, estava amando tudo aquilo. JinYoung chegou pra mim E disse: 

– Você estava gostando de alguém? 

– Do que tu tá falando? – rimos – Brother, eu não sei nem meu nome. 

Gargalhamos tanto que caímos ao chão. À essa hora não havia quase ninguém na festa, beiravam umas 4 da manhã, deduzi. Só tinham copos de plástico colorido jogados ao chão, uns vermelhos e outros azuis. Pessoas indo embora, mulheres sem salto e homens sem camisa. JaeBum estava no banheiro, ele não tinha bebido pois era o motorista, JB sempre tão altruísta. Mas logo fomos levantados do chão por ele, mas eu queria ficar um pouco mais. Apenas era uma desculpa para eles irem sozinhos, claramente dava para ver o que eles iriam fazer e eu não ousaria atrapalhar. A festa era perto, e eu poderia facilmente ir sozinho para casa. Ainda guardava um pouco de mim dentro do meu corpo. Permiti que eles fossem para casa, diversas vezes JinYoung tentou me impedir, mas eu dei boas razões para ele e fiquei. 

Após ver o carro, que agora já não era tão bonito assim, por conta das tintas, eu comecei a andar pela estrada. Nem na rua, nem na calçada, em meio termo. Vez ou outra tropeçando em meu próprio pé, acho que o cheiro do álcool vindo de mim poderia ser sentido de longe. Andei... Andei... Andei como um pagão, admito, não estava achando a minha casa. Todas elas pareciam iguais. Ele apareceu na esquina e com a minha voz embargada pela bebida eu não hesitei em falar. 

– Vá tomar no seu cu – Eu disse carinhosamente irônico – Onde é que você estava esse tempo todo? – ele nem se mexia e eu continuei andando – Você sabe meu nome é eu não sei o seu, e ainda por cima fica na minha cabeça. Eu juro que se você for uma mera ilusão de mim, quando você aparecer vou te encher de porrada – eu falava aquelas coisas sem pensar, mas o que eu queria mesmo era abraça-lo. 

Continuei andando até chegar a ele, em uma distância favorável. E JaeBum vinha correndo da outra esquina até nós. 

– Jackson... Você não parece bem... – Ele nem deu bola para quem estava na minha frente. 

– Talvez porque eu passei a semana procurando ele e ele some? – Apontei para o garoto. 

– Jack, você está muito bêbado, não tem ninguém aí... 

Eu olhei para o JB, olhei para o rapaz. Ele estava ali sim. E eu vi uma lágrima cair de seu olho... então ele olhou com pavor para trás, mas dessa vez eu não acreditei... Por erro meu... Mas eu tive sorte. Porque de alguma maneira, aquele garoto misterioso tinha me empurrado para direção contrária ao carro que vinha em alta velocidade, mas para minha infelicidade pegou nele. Eu consegui correr até ele, com força que não sei de onde veio mas ele já não estava ali. Agora eu tinha certeza da minha loucura, e desmaiei. 

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Acordei em meu quarto, com novas roupas e um Bambam cansado e dormindo ao meu lado. Olhei ao redor e ele de novo estava sentado no criado mudo, eu estava pronto para gritar com ele mas ele fez sinal de silêncio e eu entendi. 

– Jackson, precisamos conversar. – Sussurrei que eu sabia – Jack... – Ele derrubou mais uma lágrima, e eu como sempre não estava entendendo nada – Eu não existo. 

– Eu sei que não existe, uma pessoa de verdade não me deixaria dias sem vê-la. 

– Não Jackson... Não é isso. Eu... Morri no dia em que você nasceu... Eu vi você crescer... Eu vi você evoluir... Eu vi tudo... Eu sei que não está entendendo mas... É assim que eu sei tudo sobre você... Sobre o Bambam... E os seus amigos. Não, eles não podem me ver. E nem você pode me ver o tempo todo. Eu estou aqui quando você corre perigo... É por isso que eu não apareci... É melhor pra você continuar com seus amigos, isso não é normal... Por favor desgoste de mim, eu irei desgostar de você – ele abaixou a cabeça e eu chorei silenciosamente – Eu não direi meu nome... Não quero que pensei em mim. Eu não quero que você sofra por alguém que já nem mais oxigênio respira... 

E ele sumiu novamente... Me deixando acompanhado somente de minhas lágrimas... E um Bambam confuso 


Notas Finais


*Desviando das pedras*
Seguinte, sei que alguns de vocês não esperavam um capítulo com um desfecho como esse. Mas era a ideia inicial e eu vou continuar. Ou talvez eu esteja errada. Ainda tem muita coisa pra acontecer.
Detalhe: Quem estava no Carro em alta velocidade era o Yug :v

∆KimSukKwan


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