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História Don't Touch Me - The Request


Escrita por: canislupus_

Notas do Autor


~Broteii

Oee, pois é... A fic está mesmo chegando no final, eu ainda não acredito!! Ainda não sei
o que vou fazer depois que ela terminar, nem sei se vou escrever outra fic... Me deem ideias, por favor!!

Obrigada ~pandachunn por me lembrar que tenho que postar hoje :v eu estava boiando ouvindo algumas músicas que nem percebi que já era hora de vim postar ASHUASH.


Mas sem enrolação, boa laytura e desculpe qualquer erro >< Logo logo eu posto o próximo cap ♡

Capítulo 37 - The Request


Acordei com um pequeno alvoroço no interior do meu quarto. Abri os olhos um tanto assustado, mas a voz de Appa logo me trouxe de volta a realidade:

-Acordamos você, querido? Desculpe, pensei que estivesse lendo.

-Eu estava... – respondi – Devo ter pegado no sono sem perceber... O que vocês estão fazendo?

Yoongi, que vinha logo atrás, respondeu:

-Pensamos em deixar seu quarto hospitalar um pouco mais pessoal. Sabe, do jeito que você gosta.

Era exatamente isso que eles estavam fazendo ao trazer para o quarto todos os meus CDs e DVDs de Omma.

Appa, Jungkook, os meninos e alguns enfermeiros que os ajudavam tinham entrado no meu quarto com os braços cheios dos meus posters -de cantores que eu gostava- e dos CDs e DVDs. Colando todos os posters nas paredes e colocando os CDS e DVDs em umas estantes.  Pelo que pude perceber, eles haviam trazidos todos que eu tinha. Nenhum ficara no chalé.

-Olha o que tenho aqui – Appa disse, enquanto balançava um dos DVDs de Omma que eu mais gostava, amava dançar seguindo seus paços, no DVD ela dança uma música própria sua, que fala sobre o quanto ela gostaria de ser mãe. Era uma dança calma, mas ao mesmo tempo especial.

-Senti falta desse DVD – falei, pegando-o na mão e lhe dando um grande abraço – E de todos os outros. É muito legal isso que vocês fizeram. Obrigado.

-De nada, querido. Queremos vê-lo feliz – Appa respondeu, aproximando-se. – Há algo mais que possamos fazer?

Eu já estava pensando naquilo há alguns dias. Eles provavelmente pensariam que aquele era um pouso ousado e até mesmo louco, mas eu tinha de arriscar.

-Existe uma coisa.

-Pode pedir – disse os meninos todos juntos.

-Qualquer coisa – completou Appa.

-Bom, já que posso pedir qualquer coisa, lá vai. Sei que estou bastante fraco, mas com a ajuda de vocês acho que posso fazer isso.

Respirei fundo, tomando coragem, e continuei:

-A visita que recebi de Kaeun no outro dia foi muito importante para mim. Ela me fez perceber, dentre muitas outras coisas, que não sou perfeito, mas que também não sou uma aberração. Sou diferente, assim como todo mundo é. Nunca fui perfeito, nem sempre alegre ou otimista, mas sim uma pessoa real, com medos, dúvidas e sentimentos divididos, atitudes às vezes controladas pelo amor, às vezes pela coragem, muitas vezes pela fraqueza. Em alguns momentos, aceitei meus espinhos; em outros apenas quis ter uma pele lisa como todos têm. E estou passando por uma fase complicada, em que ao mesmo tempo em que busco aceitar que logo vou partir, às vezes sinto uma raiva e uma tristeza sem fim por isso.

-Tudo isso é absolutamente normal, filho.

-Você é maravilhoso, Chim.

Appa, os meninos e o Jungkook ouviam atentamente e concordavam com o que eu dizia. Completei:

-A visita de Kaeun me trouxe um desfecho importante. E como todas as pessoas, eu preciso de mais alguns. Preciso dizer adeus da forma certa para algumas coisas e pessoas. E para Winner, minha Winner.

-Jimin, você está pedindo para sair do hospital neste momento em que sua saúde está completamente fragilizada? – Appa questionou.

-Estou sim. Eu preciso disso agora mais que tudo. Vejam como os CDs, DVDs e posters estão velhos e gastos. Eu já não olhava para eles há muito tempo. Eles estavam só criando poeiras num canto do meu quarto e da sala. Como eles, há muitas coisas que deixei para trás. Preciso me despedir de uma forma que me traga paz. Agora.

Eles se entreolharam, refletindo a respeito do meu pedido e dos riscos que ele traria.

-x-

 

A beleza daquele dia foi além dos limites e fez meu coração explodir de felicidade.

Appa, Jungkook e os meninos haviam conversado com o doutor Jack, e ele me liberou para ir às colinas durante uma manhã, desde que voltasse para o hospital até o horário do almoço, não fizesse muito esforço e tivesse a supervisão de um enfermeiro.

Assim, eu e meus sete acompanhantes partimos para o chalé.

Não há como descrever o que senti no caminho de volta para casa. Pensei que nunca veria aquele caminho de novo. Estava tudo ali. Cada arbusto, árvore e rochedo que eu conhecia e amava tanto.

Primeiro, eu quis ir direto para o roseiral.

O enfermeiro empurrava minha cadeira de rodas. Appa e todos os meninos caminhavam ao meu lado. E eu sorria e chorava sem parar.

Mas eram lágrimas de emoção que eu tanto queria, e não de tristeza, que certamente não caberiam naquele momento.

Haneul e os demais funcionários me esperavam, já sabendo da minha visita, e me receberam com palmas e gritos de felicidade.

Sorri para cada um deles e, então, voltei minha atenção às flores.

O mar vermelho, formado pelas rosas mais lindas do mundo, estava todo ali. Esperando por mim.

Era como se as rosas tivessem sentido minha falta quase tanto quanto eu sentira falta delas. O perfume estava mais delicado do que eu me lembrava, assim como a beleza. Uma beleza que, ao mesmo tempo em que era de fato delicada, era também agressiva.

Todos aqueles espinhos.

Eu me lembrei dos momentos que passei naquele local, lembrei das tardes e mais tardes que passei ali, fosse trabalhando, fosse desfrutando da companhia das flores – meu reflexo -, ou brincando com Tae.

Tae.

Conforme dei as instruções, o enfermeiro me levou até o velho e saudoso cantinho onde eu e meu melhor amigo de infância costumávamos brincar.

Pedi que me deixassem sozinho ali por um instante.

Sentado na cadeira de rodas, naquele local que era sagrado ao meu coração, eu quase podia sentir a presença de Tae junto de mim. Não importava onde ele estivesse ou o que estivesse acontecido em sua vida, eu sabia que, em qualquer lugar do mundo, ele estava feliz. Porque ele era um menino feliz, que só sabia sorrir e dizer palavras doces.

Lembrei-me de seu sorriso quadrado e do dia em que nos conhecemos, à sombra de uma árvore não muito distante dali. E das tantas vezes em que brincamos por entre as rosas vermelhas.

Sentia mais falta dele e daqueles dias que podia imaginar.

-Adeus, Tae – sussurrei.

Pude sentir o vento, que tantas vezes me abraçara e me confortara na solidão, carregou minhas palavras até o coração do meu amigo e que, onde quer que ele estivesse, receberia minha despedida e também estaria pensando em mim.

A vida, às vezes, nos separa das pessoas que amamos sem grandes explicações, mas não é por isso que tudo que vivemos juntos seja apagado. Pelo contrário, mesmo que Tae tivesse tomado outro rumo, eu sentia que a marca que ele deixara em mim havia sido profunda. Eterna. Eu amava meu pequeno amigo de sorriso quadrado e olhos miúdos.

Fora um belo desfecho.

Mais alguns viriam a seguir.

Com uma mistura de conforto e paz, deixei o roseiral e não olhei para trás.

Fui levado até o chalé.

Não haveria tempo para dar volta na floresta, tampouco seria seguro. Mas eu aproveitei para olhá-la com carinho. Já havia memorizado suas trilhas e clareiras. O cânion, os riachos, o lago vermelho. Tudo estava vivo em minha memória e continuaria a ser o cenário perfeito da minha vida.

Na clareira do chalé, meu coração se contorceu dentro do peito.

Winner caminhava ao lado da casinha de madeira.

Minha linda cachorrinha, que fora carregada pela tempestade, mas que só trouxe luz para meus dias, parou de andar quando viu que eu me aproximava.

Ainda na cadeira de rodas e sentindo um pouco de dificuldade para falar, eu disse pausadamente:

-Você está linda, minha menina. E eu tenho orgulho de você, sempre terei. Winner... Você é minha filha, minha irmã, minha amiga, minha cachorrinha querida. Appa vai cuidar de você quando eu... Partir.

Estava soluçando, sem perceber.

-Eu te amo demais, Winner. Demais

Minha cachorrinha me encarava de volta, com olhos tão negros e profundos, que eu podia ver o quanto sentimento havia ali. Eram águas infinitas. Sua capacidade de amar era infinita. E, dentro de mim, eu a ouvi dizer:

Eu também te amo, Jimin.

Ela não precisava de palavras. Winner me disse tudo com os olhos, como sempre fez. Sua companhia, fiel e reconfortante, fez com que eu me sentisse amado até mesmo nas adversidades.

Estava ficando muito nervoso, e o enfermeiro achou melhor não abusar. Então ele, Appa, Jungkook e os meninos me conduziram para o interior do chalé.

Meu lar estava exatamente da forma que eu havia deixado.

O cantinho da costura. Os livros. Os móveis. Meu quarto – a única mudança era a ausência dos posters, que agora me acompanhavam no hospital.

Tudo que eu deixara para trás me esperava de volta.

E aquele era o momento certo para voltar. Havia deixado muito para trás. E uma dessas coisas me aguardava lá embaixo na sala.

Realmente, era o momento certo de voltar para tudo. 


Notas Finais


~Saii


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