1. Spirit Fanfics >
  2. Don't touch me >
  3. O que aconteceu aqui ?

História Don't touch me - O que aconteceu aqui ?


Escrita por: ansodomitee

Capítulo 2 - O que aconteceu aqui ?


Fanfic / Fanfiction Don't touch me - O que aconteceu aqui ?

Estava em um bar na avenida principal, o Rosseaus Maddie, que ficava perto do meu apartamento. Mas o bar já estava esvaziando, as pessoas evaporaram tão rápido que eu perdi a noção de quanto tempo estava ali e quanto tinha bebido. Estava me preparando para ir embora, levantei um pouco tonta, acabei tropeçando e cai, ou quase, pois um cara me segurou á tempo, antes que eu caísse de cara no chão, levanto o olhar. Cabelos ruivos, olhos cinzentos e um sorriso... Horripilante e encantador me devoram. Ele segura meus braços, olha firmemente para mim, me fita com intensidade, eu devolvo o olhar, acho que até um pouco mais intensamente. Tento sair do meu devaneio rapidamente, olho em volta e vejo que as poucas pessoas que sobraram no bar, estão olhando para nós dois, que sem perceber, estávamos ficando próximos de mais um do outro. Sorri ao perceber os olhares alheios, então ele me ajudou a levantar.

- Cuidado, gracinha - Ele disse - Está bem para andar  ?  - Me olhou de cima à baixo, com preocupação

Aquela voz rouca e sexy me fez corar, quando percebi estava transpirando. Até que ele me soltou me ajudando a ficar estável. Murchei com a falta de seu toque, acho que ele percebeu, pois me olhou de um jeito um tanto malicioso.

- E-estou... - Olhei para os lados tentando achar apoio - obrigada

Tentei forçar um sorriso, mas ficou patético. Me esmurrei em pensamento. O cara continuava me encarando, enquanto encostava no balcão ao meu lado.

- Você quer ajuda ? Bem, não acho que seja bom você andar sozinha à essa hora, ainda mais nesse estado - Sorriu

Fiquei realmente inclinada a recusar o pedido, mas estava tudo indo tão mal, eu precisava de compania, distrair-me dos problemas, então não usei o filtro que  há entre o cérebro e a boca, logo soltei :

- Acho que preciso de compania .

O ruivo sorriu vitorioso e estendeu o braço para mim, que segurei sem hesitar. Olhei para trás enquanto andávamos e vi que o Larrey, o Barman, sorria para mim, já sabendo o que aconteceria, eu devolvi o sorriso e acenei para ele, que acenou de volta. Caminhamos para fora do bar, o frio de Gotham me dominou, me encholi no casaco fino que usava, puxando a gola para mais perto de meu rosto.

- Para onde, senhorita ? - O ruivo disse.

Eu sorri e apontei o lado direito da rua, ele assentiu com a cabeça e nós continuamos a andar.

- Mora aqui à muito tempo ? - Ele iniciou a conversa

- Nasci aqui e cresci aqui - Eu retruquei, um pouco sem ânimo, a bebida estava me deixando sonolenta

- Tem quantos anos ?

- 18. -

O ruivo parou por um instante e colocou a mão no peito, fingindo surpresa.

- Eu também.

(....)

Quando chegamos em frente ao apartamento procurei em meus bolsos minhas chaves, me assutei quando vasculhei toda a blusa  e então encontrei nada, mas logo achei as chaves no bolso de trás da calça. Passamos pela portaria, que por acaso, estava completamente vazia, na verdade, o lugar todo estava bem quieto e calmo. Me virei para o ruivo que posicionava  as mãos contra minhas  costas, sem me tocar, como se soubesse o quanto eu estava tonta, e fosse cair à qualquer momento. Dei risada, quando chegamos em frente ao elevador. Cliquei no botão do primeiro andar, o elevador veio rápido, óbvio, não havia mais ninguém o usando à uma hora dessas, revirei os olhos para mim mesma, então entramos. Cambaleei um pouco e o ruivo me segurou.

- Opa, acho que já estamos chegando, não desmaie agora- Ele sorriu debochado.

Cliquei no botão do terceiro andar,  então apenas deitei minha cabeça em seu peito e fechei os olhos, seus braços me envolveram, são tão aconchegantes, seu cheiro... é simplesmente inebriante. Saltei quando o elevador apitou que havíamos chegado ao terceiro andar. Revirei os olhos, estava tão bom, pensei. Ele segurou minha mão e então saímos, olhei em volta e dei risada, ao pensar na besteira que estava fazendo. Puxei ele até o final do corredor, para o número 257, meu apartamento. Abri a porta com cuidado, mas não adiantou muito, acabei tropeçando no carpete  e cai no chão. Ouvi a porta bater, então me virei para ver
O ruivo estava à trancando, olhei confusa para ele ainda no chão, ele guardou as chaves no bolso e me levantou brutalmente, me puxando pelos braços, levantei meu olhar para seu rosto, e senti meu sangue ferver. Sua expressão era diabólica, ele sorria, mas não com aquele olhar dócil de antes, era um olhar intenso e sombrio, e então ele começou a acariciar meu rosto, enquanto apertava meu braço, estava me machucando e eu podia sentir suas unhas cravarem em minha pele. Acabei ficando mais tonta, o jeito com que ele me chacoalhava me fez ter ânsia.

- Par... - Eu mesma me interrompi.

Iria pedir para que ele me soltasse, mas então me lembrei que eu não sabia o nome dele, não sabia nada.

- Ah.... Que mal educado ! Acho que esqueci de me apresentar, sou Jerome. - Vi seu olhar sombrio se transformar em um olhar escuro, possesso, intimidador e taciturno, aquilo me fez encolher. Logo o nome veio a minha mente, Jerome Valeska, um dos  detendos mais perigosos de Arkham. Meu corpo todo estremeceu, senti uma tontura horrível, como se à qualquer momento fosse cair de um precipício.

- Parace que já ouviu falar de mim - Ele disse, enquanto agarrava meu pescoço com força. -

Ele começou a rir de um jeito que eu nunca tinha visto, sua risada invadiu todo o cômodo, deixando o lugar tenso e assutador. Mas do nada, ele parou. Olhou para mim com seriedade, observou  minha dificuldade para respirar e abriu um sorriso tão grande que eu não sabia como reagir. Ele olhou nos meus olhos como se eu fosse um animal indefeso, um bicho medroso e assustado. Infelizmente naquele momento, isso era exatamente o que eu parecia. Estava me afogando em seus dedos,  ficando sem ar, comecei a me debater em uma tentativa falha de faze-lo parar. Senti uma sensação indescritível passar por meu corpo quando ele me levantou um pouco ainda me segurando pelo pescoço, e disse baixinho encostando os  lábios em minha bochecha :

- Sua mãe não te ensinou a não confiar em estranhos ?

______________♡____♡_______________

Acordei de sobressalto. A luz morna bateu em meu rosto, fazendo meus olhos arderem um pouco. O que foi isso ? Meu subconsciente gritou em pânico, logo percebi que estava sozinha, olhando para os lados desesperadamente,   FOI APENAS UM PESADELO HORRÍVEL, DE QUANDO CONHECI AQUELE MONSTRO   , repeti essa frase várias vezes para mim mesma, até que me Senti confiante o suficiente para levantar da cama. Me impulsionei para frente, mas espera... olhei para baixo, minhas mãos...amarradas a cama, assim como meus pés. Amarras de couro prendiam as extremidades do meu corpo. Do nada, memórias vagas voltam lentamente, Jerome, aquele senhor, o cárcere privado e tudo o que eu havia passado na última semana. Olho para o teto,  minhas mãos tremem, mas eu não sinto nada além disso, ainda estou aqui, nunca sai daqui, lágrimas escorrem por minhas bochechas, mas eu não consigo me mover, nem ao menos desgrudar os olhos do teto, o teto do meu quarto, onde estão me mantendo presa. Algum ruído interrompe meus pensamentos, mas ainda sim, não movo um músculo, ouço outro ruído, quando vejo cabelos ruivos e olhos cinzentos se aproximarem da cama.

- Ei, está viva ? - Era Jerome, passando a mão por cima do meu rosto, abanando, como se estivesse verificando minha vivacidade.

Olhei para ele apática, não consigo falar, algo prende minha garganta, e então eu percebo dentro de toda aquela confusão mental : Eu estava em estado de choque.

- Você vai ficar assim por muito tempo ? Eu trouxe comida, para nós três - Ele falou debochado, rindo da minha cara.

Tentei recobrar a consciência. Ele disse nós três ? Em um esforço muito grande, consigo virar o rosto, acho que três centímetros para a direita. E eu vi, ali em cima da minha escrivaninha, a cabeça decapitada de um homem,  olhos amedrontados e boca aberta, ele me fitava com profundidade, acho que nunca vi uma expressão tão assustadora. Logo desperto do transe em que me encontrava, quando sinto uma crise de choro me atacar violentamente, pois eu tinha reconhecido aquele homem,    era o senhor que havia tentando me ajudar na noite passada.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, estou continuando por vocês <3


And remember : There's nothing more contagious than laughter.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...