Thomas parou em frente à porta da diretoria e respirou fundo. Estava nervoso, pois era a terceira vez que ele ia parar na diretoria por causa do Adam aquela semana.
— Bate logo. –Adam o apressou e ele bateu.
— Entre. –O diretor disse de dentro da sala. A voz rouca e grossa dele arrepiava a espinha de Adam.
Thomas abriu a porta e o encarou.
— Vocês de novo? –O SR. Morrison parecia cansado de ver os dois em sua sala.
— Oie. –Disseram em uníssono. Adam olhava por cima do ombro de Thomas, o que fez o diretor rir.
— Sentem meninos. – Eles entraram e sentaram. –O que vocês fizeram agora?
— Nada! – Disse Thomas – A gente só estava conversando baixo. E o professor começou a gritar. -Ele cruzou os braços e pareceu que a manga de sua camisa vermelha iria rasgar, com os braços musculosos e cheios de veias de Thomas.
— Café? –Perguntou o diretor colocando duas xícaras cheias de café com leite em cima da mesa.
— Obrigada.
Adam olhou para a xícara como se fosse uma mulher nua.
— E porque vocês dois estavam conversando quando o professor pediu silencio?
Thomas arqueou a sobrancelha e olhou para Adam, tal como o diretor. Adam olhou confuso para os dois.
— O que?!... A culpa não é minha! Ele que ficou olhando igual idiota pra...
Thomas tampou a boca de Adam antes que ele pudesse terminar a frase.
— SAI! –Disse tirando a mão de Thomas de sua boca. -Queria saber por que vocês sempre me culpam de tudo...
— Porque a culpa geralmente é sua.
O diretor o cruzou os braços e se inclinou na cadeira.
— CLARO QUE NÃO! Nossa... Que mentira Sr. Morrison, isso é calunia hein!
— Claro... Bom, eu estaria errado em não punir vocês pela terceira vez. Então três horas na detenção por três dias a partir de amanhã.
— Ah não! – Resmungou Thomas.
— Pow Sr. Morrison, vacilo.
— Desculpe meninos, são regras da escola. E eu já safei vocês do castigo três vezes essa semana. Vocês podem ir agora.
Eles se levantaram e saíram. Já tinha batido o sinal da penúltima aula, Adam foi para álgebra e Thomas para filosofia.
Era a aula preferida de Thomas. A professora era um amor, e a matéria era a mais interessante.
— Hoje vamos ver como e onde surgiu o termo “filosofia”. Filosofia é uma palavra grega que significa "amor à sabedoria" e consiste no estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem.
Thomas não estava prestando atenção na aula. Conseguia pensar apenas em Clary.
“Clarice Hansen”. Pensou. “Hansen... George Hansen... Eu conheço esse nome.”
— Thomas? Está prestando atenção?- A professora perguntou, percebendo que Thomas estava em outro mundo.
—An? Ah Sim, sim. Estou.
— Estou vendo. Bom como eu ia dizendo... A Filosofia surgiu na Grécia Antiga, por volta do século VI A.C. Naquela época, a Grécia era um centro cultural importante e recebia influências de várias partes do mundo...
O sinal da última aula bateu, e Thomas tinha esse período livre. Foi em direção à saída e encontrou Ben no caminho.
—Espero lá fora.
— Beleza.
Thomas foi para fora e sentou-se em um banco perto da saída da escola.
— VIAADO!- Clary gritou no meio do corredor.
— Cala a boca, inferno?- Brady se virou.
— Você tem horário livre?
— Tenho, por quê?
— Eu também, vamos à doceria da minha mãe?
— Doce de graça? Só se for agora.
— Amanhã – Disse a Sra. McClain sorrindo-lhes com uma jovialidade levemente ameaçadora. – Vocês irão conhecer o Centro de Incubação e Condicionamento de Londres Central. Alguém sabe o que funciona nesse lugar?
Jesy levantou a mão.
—Acontece um processo de laboratório, por meio do qual se cultivam microrganismos e fetos com o fim de estudar ou facilitar o seu desenvolvimento.
—Exatamente senhorita Thompson.
— E porque precisamos saber tanto sobre fetos?- Perguntou Bem do fundo da sala.
—Por que um dia não tão distante você vai introduzir um em alguém. – Debochou Justin, fazendo todos rirem.
A professora o encarou com olhar de reprovação o fazendo ficar quieto.
— Por que cairá na prova. E que eu saiba você precisa da prova para passar na minha matéria.
— Ah... Ta. Entendi. – Ben disse escorregando na cadeira.
O sinal bateu, e todos saÍram da sala.
— AAAAAAAAAAA - Ben gritou na tentativa de assustar Adam e Thomas que estavam sentados na escada
— AAAAAAAAAAAAAA- Thomas gritou.
— AAAAAAAAAAAAA- Adam gritou em seguida.
Ben deitou no chão e começou a rir.
— Idiotas. - Disse ainda rindo.
— Vamos?
— Vamos.
Eles entraram no carro de Thomas e partiram para a casa do Ben.
Thomas estacionou o carro na garagem e entrou. Deixou a bolsa no quarto e foi direto para o escritório de seu pai.
— Pai? – A porta estava fechada, Thomas bateu três vezes, mas Louis não respondeu. Ele entrou. — Preciso falar com você... - Thomas estava tenso, sua mãos suadas e as pernas tremulas. - Sobre a faculdade.
— Já decidiu? – Louis perguntou sem tirar os olhos de seus papéis.
— Não.
— Então não quero saber.
— Mas é importante.
— É importante você me fazer um discurso falando quão o futebol é importante pra você?
— Sim...
— Não é mais importante que o meu trabalho.
— Pai, por favor.
Louis suspirou passando a mão no rosto.
— Você tem 3 minutos.
— Eu sei que você sabe que o time é minha prioridade agora. As regionais estão chegando e, eu não posso deixar isso de lado.
— Mas você vai. Vai deixar isso de lado, vai estudar para entrar em uma boa faculdade e conseguir um bom emprego. – Louis disse. – Pode ir agora.
— Mas pai... Olha... Tudo bem. Vamos fazer um acordo? Se eu conseguir entrar na faculdade você me deixa continuar no time.
Louis soltou a caneta e apoiou os braços na mesa.
— E se não conseguir?
— Eu largo o time, e arrumo um emprego.
— Feito. As inscrições para Harvard e Yale já estão abertas. Mande sua carta de recomendação.
— Obrigada. - Thomas abriu um grande sorriso no rosto.
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