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História Doppelganger - Capítulo Dois


Escrita por: darksoulgirl

Capítulo 3 - Capítulo Dois


- MÃE. VOVÓ...

- GEMMA, NÃO SUBA AQUI. – ouvi minha mãe gritando do andar de cima.

- EU VOU AJUDAR VOCÊS.

- ESTÁ PERIGOSO, GEMMA. NÃO SUBA AQUI. SAIA DA CASA AGORA!

- MÃE...

- SAI DAQUI. EU VOU FICAR BEM, MEU ANJO. NÓS VAMOS FICAR BEM.

- NÃO SAIO!

- SALVE-SE, QUERIDA. MAMÃE E VOVÓ TE AMAM MUITO.

            Pisei no primeiro degrau para subir para o andar de cima, mas logo que eu pisei o degrau de madeira se desfez sob meus pés, logo depois o corrimão de madeira que ficava no andar de cima caiu sobre as escadas fazendo com que metade fosse engolida pelas chamas. Não tinha mais como eu subir para o andar de cima.

            Mesmo me sentindo fraca eu consegui correr para a porta, depois de chutes e ombreadas ela se abriu, eu corri e me joguei na grama, mês virei de barriga para cima e olhei para a casa, mais precisamente para o segundo andar que estava sendo devorado pelas labaredas de fogo. Eu comecei a ouvir, eu conseguia ouvir os gritos de dor da minha mãe sendo tomada pelo fogo, me virei de barriga para baixo, fechei os olhos forte e também meus ouvidos, mas não adiantava... Eu continuava a ouvir os gritos.

- PARA! POR FAVOR, PARA! – gritei.

- PARA! POR FAVOR, PARA! – me levantei da minha cama gritando, olhei em volta e eu estava no meu novo apartamento, não tinha cheiro de fumaça e nem estava quente. Não tinha nada pegando fogo ali, eu tive apenas mais um pesadelo. Pesadelos que todas as noites vêm me atormentar. O que tinha me feito acordar e gritar foi o despertador, muitos odeiam os despertadores, mas eu... Eu o amo, é ele que me faz acordar de meus horripilantes pesadelos, é ele que me salva do terror.

            Fiz minha higiene matinal, vesti uma roupa, comi um café da manhã reforçado e peguei minha bolsa no sofá. Sai do apartamento trancando a porta e fui até o elevador. Eu peguei um táxi até o campus da faculdade e não demorou muito para chegar lá. Peguei meus horários de aulas, fiz um tour pelo local, conheci as salas onde eu teria aulas, conheci a faculdade inteira. Quase uma hora depois de ter chegado lá eu já estava em um táxi voltando para casa, assim que eu entrei em meu apartamento eu me lembrei de que eu tinha que ir até o supermercado fazer compras, não tinha comida nenhuma nos armários e na geladeira. Sai novamente de casa e perguntei ao porteiro onde ficava o supermercado mais próximo e ele me explicou. Coloquei meus fones de ouvido, fiz um coque no meu cabelo e segui até o local, não demorava muito chegar lá, era uma caminhada rápida, só não sei como eu levaria tudo para casa depois.

            Peguei um carrinho em frente ao supermercado e entrei, comprei tudo que era necessário e algumas besteiras para comer mesmo. Quem não compra besteiras para comer?

            Caminhando para os caixas eu mexia a boca cantando a música que eu ouvia em meus fones, uma música de uma das minhas bandas favoritas – All The Right Moves da OneRepublic – com certeza eu deveria estar parecendo uma louca. Passei minhas compras no caixa e paguei, ao olhar para as sacolas no carrinho eu logo pensei: Eu não deveria ter comprado tanta coisa. Como eu ia levar tudo aquilo para casa?

- Como eu vou levar vocês? – murmurei olhando para as compras no carrinho.

- Eu te ajudo. – ouvi alguém falar comigo e me virei, me deparei com um rapaz, parecia ter a minha idade. Mas eu não o achava confiável, não o conhecia como eu poderia deixar que ele me acompanhasse até a minha casa?

- Não precisa, eu consigo levar sozinha.

- Mesmo? – não

- Sim.

- Como você vai levar isso tudo de a pé?

- Como você sabe que eu estou de a pé?

- Eu estava um pouco atrás de você. – olhei para ele estranho – Não precisa se assustar, eu não sou nenhum estuprador ou um ladrão. Vai querer ajuda ou não?

            Eu digo sim ou eu digo não? Se eu disser sim ele pode ser um ladrão ou estuprador ou sei lá o que e fazer alguma coisa comigo. Se eu disser não eu não vou ter como levar minhas compras para casa. Eu falo sim ou não, sim ou não, sim ou não, sim ou não...

- Sim, vou querer sua ajuda.

- Tá bom então.

            Levei o carrinho até o lado de fora do estabelecimento e nós dois retiramos todas as compras de dentro dele. Ele levava mais sacolas que eu, claro, e eu carregava algumas – as mais leves para ser mais exato.

            E lá estava a minha mania de cantar – sem que minha voz saia, eu só mexia com a boca mesmo – uma música que eu ouvia.

- Like an army falling one by one by one. Like an army falling one by one by one. Like an army falling one by one by one. Like an army falling one by one by one.

            O rapaz que me ajudava a carregar as compras olhou para mim de forma estranha, mas também quem não olharia?

- Então você tem essa mania de mover os lábios cantando a música que você está ouvindo?

- Você também tem essa mania? – eu me senti mais alegre por não ser a única louca ali.

- Não. – e a minha alegria foi embora.

- Ah tá.

- Meu nome é Justin. – tentando puxar conversa.

- Hum. – foi a única coisa que eu disse. O tal Justin riu.

- Qual o seu nome?

- Gemma.

- Prazer em te conhecer, Gemma. Você é daqui?

- Não, sou da Itália e você?

- Também não, sou canadense.

- Eu sempre quis ir para o Canadá.

- Você nunca foi?

- Não... É aqui que eu moro. – eu falei indo em direção a entrada do prédio.

- Se algum dia nos tornamos amigos eu te levo lá. – disse entrando no elevador. Eu o olhei estranho.

- Hum, ok.

            Chegamos ao andar do meu apartamento, fomos até ele e eu abri a porta. Falei para ele entrar e fomos até a cozinha, ele deixou as sacolas em cima da bancada.

- Obrigada!

- Por nada, precisando estamos ai. – disse e logo depois se virou saindo do meu apartamento e eu fechei a porta.

            Ele ficou pouco tempo no apartamento, mas o tempo que ele ficou foi o suficiente para deixar o cheiro de seu perfume, que era muito cheiroso e agradável por sinal.

            Eu comecei a guardar as compras quando ouvi a campainha tocar, fui até a porta e abri e lá estava o tal Justin.

- Eu esqueci o que eu comprei no meio das suas compras.

- Ah sim, pode pegar. – dei espaço para ele passar, ele olhou em algumas sacolas e logo achou o que tinha comprado.

            Ele balançou a cabeça em um cumprimento e eu sorri amarelo.


Notas Finais


Olá, peço que digam a opinião de vocês sobre o capítulo e a fanfic nos comentários e também peço que se puderem divulgar ou sei lá mostrar a fanfic para alguma amiga que também goste de ler.
Até o próximo capítulo.
TWITTER: https://twitter.com/ifhamiIton


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