História Double Psycho Three Lovers - Meus demônios Pt. 2

— . . . Eu quero que você aceite ter um encontro comigo. . . Onde e quando eu quiser – Budo diz, ufa! Era só isso. . .

— Ah, claro. — Concordo — Agora diga. . .

— Bem . . . Tudo começou a 3 anos atrás. . .

Modo narração/flashback

Budo Masuta

Minha mãe estava doente, meu pai já havia ido embora. . . O tratamento era caro, ela não tinha condições de trabalhar, eu não conseguiria arranjar um emprego a tempo, precisava de uma quantia grande de dinheiro em um pequeno espaço de tempo. . . Daí me veio a ideia.

Eu era, e ainda sou, muito habilidoso com artes marciais e fui convidado uma vez para uma luta, mas não era qualquer luta.  Na hora recusei, mas atordoado pelo sofrimento da minha mãe e pela necessidade de conseguir aquele dinheiro eu me sucumbi, procurei o cara que havia me convidado e participei de uma luta, eu venci, ganhei ¥ 1.000. No fim da noite eu havia ganhado o suficiente para bancar o tratamento de minha mãe e ainda sobrara dinheiro. . . 

Deslumbrado, eu voltei no outro dia, e no outro, e no outro. . . Todos os dias às 00:00 eu voltava naquele local, lutava, ganhava e lucrava. No fim, me tornei viciado no lucro fácil e na luta clandestina. . .

Um dia, quando eu já era muito conhecido por lá, um garoto me desafiou, ele disse "Sua mãe morreria de desgosto ao ver o fracote que você é", eu, irritado com a situação parti para cima do cara, a raiva subiu a minha cabeça, eu joguei ele no chão e soquei sua cara com toda minha raiva, dei-lhe repetidos socos, de um lado para o outro, quando percebi meus punhos estavam ensanguentados e seu pescoço? Havia deslocado. Eu havia matado aquele cara.

Na hora eu não pensei em nada, não consegui raciocinar, eu peguei minhas coisas e fui embora para casa, quando cheguei minha mãe estava a me esperar, ela me olhara com desgosto e perguntara aonde eu estava, apesar de já saber a resposta, digo-lhe que estava numa festa. Vejo uma lágrima escorrer de seus olhos, ela começa a chorar, diz "Você me decepcionou" e respira fundo, depois disso ela cai no chão, ela havia tido um infarto. Pensei em levá-la ao hospital mas era tarde de mais. . . Minha mãe morrera de desgosto, no fim das contas.

Modo narração/flashback off

Ayano Aishi

Budo começa a chorar, eu, sem pensar, passo a mão no seu rosto enxugando suas lágrimas e o abraço

— Ah cara. . . Eu não. . . – Eu digo, buscando em minha mente palavras para reconfortá-lo.

— Não diga nada. . . Apenas não me solte, por favor. – Ele diz com uma voz manhosa — Só continue aqui. . .

— Eu. . . – Suspiro, passo a mão em seu rosto trazendo-o para minha direção — As vezes, temos que aprender a lidar com os nossos demônios, ignorá-los apenas trará mais dor. . . Eu digo por experiência própria.

— Só me ajude. . . Sua presença me faz bem, não sei explicar, eu te. . . – Ele suspira e tira minha mão de seu rosto — Deixa pra lá. 

Budo se levanta, ele estende a mão para que eu faça o mesmo, aceito sua ajuda e me levanto também.

— Melhor irmos embora, a escola irá fechar logo. . . – Faço um movimento em afirmação. — Sei que eu sempre te pergunto mas. . . Posso te acompanha até em casa? – Repete.

Nós saímos da escola, o portão estava quase fechando, tentamos conversar sobre assuntos diversos até que na porta de minha casa. . .

— Agh, que merda! – Budo diz remexendo seus bolsos — Esqueci minhas chaves! 

— Ah cara, sério? Oh. . . A escola já deve estar fechada — Ele me olha com uma cara triste e diz:

— Uh, bem. . . Já que é assim, vou para a casa do Sho. . . – Ele beija minha bochecha, vira as costas e começa a andar — Até mais Aya. . .

— Ei, espere! – Eu seguro seu braço e ele olha para mim surpreso. — Você. . . Pode ficar aqui. 

— Você tá falando sério? – Ele diz, agora um pouco mais feliz.

— Sim, estou. – Digo — Está tarde, é perigoso você andar sozinho e. . . E se o Sho não estiver em casa? — Ele concorda e da um sorriso de deboche — Eh? O que foi?

— Você se importa comigo! – Ele diz, se sentindo vitorioso.

— He. . . Talvez. . . – Digo um pouco envergonhada — Mas bem, vamos entrar!

Nós entramos, eu fiz alguns cockies para nós comermos enquanto conversávamos. Eu descobri várias coisas sobre ele é vice versa. A conversa estava maravilhosa até que uma hora. . .

— Cara. . . Eu preciso de um banho! – Budo diz enquanto mexe em seu cabelo, ele. . . Fica tão. . . Bonito? Quando mexe no cabelo. Ayano! Que pensamentos são esses?

— Bem, o banheiro é logo ali, lá tem toalhas. Fique a vontade. – Digo apontando para o banheiro. — Vou pegar algumas roupas do meu irmão para você.

— Hm, obrigada Aya, você é demais! – Ele levanta e vai em direção ao banheiro.

Uns 15 minutos depois ele sai, aquela cena foi. . . Maravilhosa! Aqueles músculos molhados e ele só com uma toalha, fiquei até tonta.

— Terra chamando Ayano – Budo diz — Então, você pode pegar as roupas para mim logo? É que eu tô ficando com frio hihi — Ele diz rindo e mexendo nos cabelos. 

— E-eh, ah sim. . . Aqui estão – Entrego a roupa para ele, ele pega e volta ao banheiro para se vestir. Quando ele sai. . .

— Bom Aya, a permuda serviu, a camisa não. . . Acho que vou ter que ficar sem. . . – Ele diz

— Não vejo problema algum nisso haha – Digo, nós começamos a rir juntos e após isso fui tomar banho.

Quando terminei, ele perguntou onde iria dormir, eu disse que seria no quarto do meu irmão, ele insistiu para dormir no meu quarto, depois de várias tentativas eu acabei cedendo.