— Ei. . . – Budo diz — Tem filme aqui?
— Eh. . . Acho que tem uns de terror que meu irmão deixou. . . – Eu vou até uma estante com livros e filmes e ele vem junto. . . — Hmm. . . Vamos ver. – Vou procurar os filmes, ele me abraça por trás e coloca sua cabeça do lado da minha, nessa hora eu coro bastante.
— Que tal esse? – Ele pega um filme chamado "O terror do Mar" me puxa para o sofá e coloca o filme no DVD.
— E-eh. . . T-tem que ser um filme de terror? He. . . – Eu digo.
— Hm? Não vai me dizer que está com medo?! – Ele diz rindo — Que bonitinho.
— E-eu? N-não. . . – O filme começa — E-eu vou fazer uma pipoca pra gente. . . – Eu vou na cozinha, faço a pipoca e volto.
Quando volto, ele estava sentado em um canto do sofá, eu sentei no outro e coloquei a pipoca no meio de nós dois, alguns minutos depois, concentrados no filme nós vamos pegar a pipoca ao mesmo tempo e nossas mãos se tocam, eu coro e tiro rapidamente, ele dá uma risadinha.
No decorrer do filme, ele ia cada vez mais chegando perto de mim, até que ele chegou ao meu lado e colocou o balde de pipoca no colo, confesso, estava cada vez mais difícil prestar atenção no filme.
— Hm, a pipoca acabou. . . – Ele diz, jogando a cabeça de lado de uma forma. . . Fofa? E colocando o balde do seu lado
— Oh, vou fazer mais então. – Eu digo, quando eu vou levantar ele segura meu braço.
— Fica aqui, o filme tá acabando mesmo. – Eu assenti e sentei novamente.
Houve uma hora no filme em que eles estavam em um barco e um bixo pulou do mar e engoliu um cara. . . Nessa hora eu morri de susto e por impulso eu pulei no colo dele e o abracei.
— Eh? He... – Ele me aperta — Assanhadinha você. . .
— Eeeeh? E-eu m-me as-sustei, fo-foi impulso – Eu tento voltar ao meu lugar mais ele estava me apertando muito. — Tch
— Agora você tá presa He. . . – Ele diz — Eu sei que você tá gostando, adimite.
— E-EH? Tá, ok. . . Confesso que estar envolvida por esses músculos não é ruim mas. . . – Eu digo, nessa altura do campeonato eu já tava parecendo um tomate — Mas eu tô ficando constrangida. . .
— Não tenha medo bebê, eu não mordo – Ele sussurra em meu ouvido, isso já tá virando rotina, e como sempre, me arrepoei dos pés a cabeça — Só se você pedir. . .
— N-não. . . – Ele se afasta com cara de interrogação — P-para. . . Não faz isso, por favor. Vocês. . . Me confundem. – Ele deixa eu sair, eu vou para a cozinha e aponho as mãos na bancada.
Budo Masuta
Ah cara. . . Será que ela tá brava comigo? É melhor eu ir falar com ela. . . Eu vou até a cozinha e ela está lá, apoiada na bancada, ela me olha, parecia triste.
— Ei. . . – Digo, com uma voz suave — Você tá bem? – Ela suspira, mas não responde — Me desculpa. . . Desculpa se eu fiz algo errado. Eu fui abusado, é isso? Me perdoa, é que. . . Quando eu estou com você eu não consigo me controlar, é estranho. Eu só quero estar com você, não digo que eu quero te ter pois você não é um objeto, eu quero você junto a mim. – Ela olha fixamente para mim — Ei. . . Fala alguma coisa, eu tô ficando preocupado. . . Você quer que eu vá? É isso? Eu-
— Não. . . – Ela diz, quase como um sussurro — Não vai, fica. – Ela morde o lábio, parecia estar confusa consigo.
— Então me fala, o que foi! – Eu me aproximo dela, ela se afasta um pouco e eu coço minha cabeça — Ei, não tenha medo. Eu vou ficar longe, tá? Não vou encostar.
— Desculpa – Ela diz e me abraça, eu fico surpreso. — É que. . . Tem você, tem o Taro, o Shin. . . Vocês me confundem!
— Eu te amo Ayano, eu te amo. Não sei o que eles fazem nem por que eles te confundem mas minhas palavras são sinceras, eu te amo. – Ela ainda não havia me soltado, ela apertava cada vez mais o abraço até que eu senti algo molhado — A-aya? O que houve?
— Eu. . . Não devo. . . – Ela diz, me solta é seca as lágrimas — Esse climão. . . Melhor irmos dormir. – Ela me puxa para seu quarto. — Ali, sua cama – Ela aponta para um colchão ao lado de sua cama.
— Nossa, que boa recepção. – Eu digo rindo, para descontrair um pouco.
— Hey, não reclame! Você que quis dormir aqui, teria um quarto todinho pra você. – Ela diz.
— Ah, é verdade – Nós começamos a rir, eu sento no colchão e ela na cama – Hey, desculpa, eu sei que deve ser chato. . . Mas eu me importo com você, o que houve? Por que estava chorando? – Digo, ela pensa um pouco e morde o lábio, relutante mas senta ao meu lado.
— Eu tive um trauma. . . – Ela respira fundo, parecia um pouco tensa, eu coloco a mão em seu ombro e digo:
— Oh, se quiser, não precisa falar.
— Não. . . Eu quero falar, você se abriu comigo, eu devo fazer o mesmo. – Ela diz — Eu tinha 13 anos. . .
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