1. Spirit Fanfics >
  2. Doushite >
  3. Eu, uma garota confusa que não sabe o que é amor

História Doushite - Eu, uma garota confusa que não sabe o que é amor


Escrita por: misakoishida

Capítulo 4 - Eu, uma garota confusa que não sabe o que é amor


Fanfic / Fanfiction Doushite - Eu, uma garota confusa que não sabe o que é amor

Doushite

Capitulo 4: Eu, uma garota confusa que não sabe o que é amor

By Misako Ishida

 

De uns tempos para cá, Taichi começou a ficar estranho. Ele estava inquieto, irritado, sem paciência e passou a querer discutir por qualquer coisa. Primeiro pensei que o fato de sua irmã ter começado a namorar com o melhor amigo dele fosse a causa, mas descartei essa ideia depois de um tempo quando percebi que ele não mais se incomodava com esse fato. Inclusive até saímos os quatro juntos.

Depois, suspeitei que fosse pelo fato de não passarmos mais tanto tempo juntos quanto antigamente. Mas entre o meu trabalho na floricultura, a escola e os treinos quase não sobrava tempo livre e nem disposição para fazer muita coisa. Taichi era muito agitado e gostava de se aventurar pela cidade. Mas também fui descartando essa hipótese porque ele parou de reclamar tanto e começou a se ajustar aos meus horários, preferindo até mesmo programas mais tranquilos.

Mas mesmo assim ele continuava esquisito. Um dia, quando saímos com Hikari e Yamato, houve uma grande confusão. Taichi estava muito mal humorado e acabou gritando comigo. Naquele momento criou-se um momento de imensa tensão, pois Yamato me defendeu.

E foi assim que eu percebi o que estava acontecendo. Taichi estava enciumado. Ele tinha ciúmes de Yamato comigo. COMIGO! Aquilo era loucura! Como ele poderia pensar numa coisas dessas?! Era o namorado da irmã dele!

Pelos dias seguintes eu comecei a prestar mais atenção nas situações. Eu passei a perceber como Taichi ficava alterado cada vez que Yamato estava por perto. E foi assim também que eu passei a notar como Yamato ficava quando eu estava por perto.

Passei a perceber os olhares discretos. E notei a forma como ele me olhava. Estava ali. O tempo todo esteve ali e eu nunca percebi. Talvez Taichi tivesse razão, talvez o motivo de ele ir à loja todos os dias não eram as flores, mas eu.

Yamato era bonito. E muito atraente. Tinha um cabelo que podia ser considerado perfeito. E olhos enigmáticos e misteriosos que eram capazes de te fazer se esquecer do mundo. Seu sorriso era contido, mas não menos cativante. Sua voz tinha um tom excepcional que enfeitiçava, principalmente, quando ele cantava. Seu corpo então... É melhor deixar os detalhes para lá.

Mas acima de toda essa aparência e toda a frieza que o encobria, Yamato Ishida era um garoto inteligente e perspicaz. Eu conseguiria passar horas conversando com ele sem enjoar. Ele era atencioso e prestativo. Ele era educado e se comportava como um cavalheiro. Não aqueles que acham que precisam fazer tudo para a mulher, mas aquele tipo encantador e acolhedor que entende e respeita cada um de seus limites e espaços.

E então, por causa do ciúme bobo do meu namorado, eu estava me apaixonando pelo melhor amigo dele. Que era namorado da minha amiga e cunhada.

Obrigada pelo drama, vida!

Foi-me impossível não sentir coisas por ele depois que passei a notá-lo. Qual garota em sã consciência poderia ignorar Yamato Ishida? Eu não pude!

E precisava fazer algo quanto a isso. Eu fui me ausentando de sua presença. Evitava ao máximo um encontro repentino com ele e passei a recusar as saídas de casal. Coisa que deixou Taichi bem feliz e com um humor mais agradável.

O tempo foi passando e ao contrário do que imaginei, não vê-lo me fez pensar constantemente nele. Era uma coisa tão estúpida e idiota. Como eu podia estar pensando em outro quando estava aproveitando uma tarde com meu namorado? Ou quando estava prestes a dormir? Ou quando acordava? Ou quando estava na floricultura e cada pessoa que entrava eu ansiava que fosse ele. Aquilo precisa ter um fim.

Eu estava enlouquecendo. Era a única explicação plausível. Deveria ser alguma atração passageira e proibida, daquelas em que surgem as tais fantasias e um dia você ri da situação. Só que eu sonhava com ele. Eu passei a desejá-lo. Queria beijar a sua boca.

Droga! Malditos hormônios!

Eu estava cumprido bem o meu dever de me afastar dele e de preservar aquelas relações. Até aquele dia. Naquela ocasião, eu não pude escapar. Hikari insistia que saíssemos os quatro juntos. E mesmo contra nossa vontade, eu e Taichi concordamos. Iríamos nos encontrar no apartamento de Yamato, o porquê eu não sei. Apenas sei que era para lá que eu me dirigia.

Quando toquei a campainha, minha mão estava tremendo. A porta se abriu e logo ele estava na minha frente. Vestindo uma calça de moletom e uma regata branca. Uma cena que me desconcertou e me desestabilizou.

- Oi – eu conseguir dizer.

- Oi. – ele respondeu com um sorriso amigável.

Como ele era lindo! “Controle-se, Sora! Controle-se”, eu pensava desesperadamente.

- Eu cheguei muito adiantada? – questionei preocupada.

- O Taichi não falou com você? Eles cancelaram nossa saída. Parece que eles tinham um jantar de família para ir e haviam se esquecido.

- Na verdade, meu celular estava descarregado e eu o deixei em casa. – expliquei.

Apesar de ter ido até lá a toa e me remoendo por dentro de tão nervosa, agora estava aliviada por não ter que encarar Yamato na minha frente. Dei um breve suspiro e tentei me despedir. Digo tentei porque o que aconteceu a seguir jamais faria parte dos meus planos.

- Por que você não entra? – ele sugeriu. – Estou sozinho em casa e a pizza acabou de chegar. Podemos ver um filme.

Eu não sabia o que responder. – Não sei, talvez seja melhor eu ir embora.

- Você já está aqui. Aproveite a pizza pelo menos. – ele insistiu.

Eu não deveria ter aceitado, mas quando percebi já estava dentro de seu apartamento. Nos sentamos na sala e procurei manter uma distância prudente e segura dele. O que era bem difícil, pois eu deveria ficar a quilômetros de distância de toda aquela tentação.

- Você disse que está sozinho. – eu tentei puxar assunto para não parecer estar tão nervosa e aflita em estar ali.

- Sim. Meus pais são repórteres e estão sempre fora de casa, seja cobrindo alguma notícia, fazendo uma nova série de reportagens ou passando várias horas nos estúdios de edição. Eu e Takeru já nos acostumamos com isso.

- E seu irmão?

- Como supostamente iríamos sair hoje, ele foi dormir na casa de um amigo.

- Entendi.

Eu estava sentada no sofá da sala dele, comendo pizza e escolhendo um filme. Estávamos nós dois sozinhos. E meu coração queria sair pela boca, competindo com a bile que também pedia passagem. Eu não prestei atenção alguma no filme. Se me perguntar do que se trata, eu não saberia responder. Nem sequer me lembro do nome.

Estava ansiosa para ir embora e talvez eu tivesse deixado transparecer isso durante a noite toda, porque ele me fez uma pergunta que me deixou ainda mais sem reação.

- Sora, por acaso eu te fiz alguma coisa? Notei que já faz um tempo que você tem me evitado e... Eu só queria saber se eu fiz algo indevido.

O que eu poderia responder? “Sim, você fez algo extremamente indevido. Você é você! Você é aquele rebelde que parece perfeito e que toda menina cai rendida de amores. É isso que você fez!” Claro que não poderia dizer algo assim. Eu não sabia o que fazer e ele estava ali esperando uma resposta.

- Não aconteceu nada. – murmurei sem convicção nenhuma.

Ele se aproximou até ficar à minha frente. Eu tive que me conter para não sair correndo e piorar as coisas. Se eu passasse por aquilo, talvez toda aquela confusão dentro de mim fosse embora. Não haveria mais motivos para ficar como eu estava.

- Sora... – ele deu mais um passo em minha direção.

E eu perdi o controle. Dei dois passos para trás assustada. – Para! Você é o melhor amigo do Taichi e namorado da Hikari.

Ele me olhava totalmente confuso. E eu apenas repeti aquela frase novamente quando ele deu mais um passo.

- Por que você está me falando isso, Sora?

- Porque... Porque... Porque...

- Por quê?

Impulso. E foi em um impulso que eu o estava beijando. E prontamente ele correspondeu. Era intenso. Parecia que um fogo brotava de dentro de mim e me fazia querer mais. E mais. E mais. Aquilo não tinha fim.

Era-me impossível me afastar dele. Eu queria tanto continuar sentindo aquelas sensações incríveis, queria aqueles beijos, aquelas mãos segurando firme a minha cintura, aquele corpo colado ao meu.

Eu parei de pensar no momento em que ele me tomou nos braços e me levou para o quarto dele. Porque as coisas estavam realmente caminhando para isso e não fiz questão nenhuma de impedir. Tiramos as roupas que eram totalmente desnecessárias e nossos corpos se tocaram me causando faíscas na pele. Me queimando.

Ele me deitou na cama e passou a beijar meu corpo. Céus! Era tão indescritível, tão excitante. Ainda mais quando a língua dele tocou meu sexo. Me contorci de prazer. Quando ele parou, eu ansiei por mais. Queria muito mais. Ele voltou percorrendo meu corpo com a boca, até beijar a minha boca novamente, se posicionando entre as minhas pernas.

Eu senti a ereção dele me tocando e então me lembrei de algo, que naquele momento era importante. – Eu sou virgem. – sussurrei em sua boca.

Ele me olhou intensamente. – Devo parar?

Sim, aquilo era o certo a se fazer. Parar com toda aquela loucura. Eu estava traindo meu namorado com o melhor amigo dele. E ele estava traindo a namorada com a cunhada dela. Droga! Que discurso mais chato. Eu ficava repetindo isso toda hora e então me dei conta do quanto era insuportável isso.

- Não. Continue.

Aquela foi a permissão que ele queria e precisava. E eu também. – Vou ser gentil. – ele murmurou e beijou minha testa.

Estava doendo. Mais do que eu pensei que poderia doer. Mas eu ficava me lembrando da língua dele me dando prazer e eu queria sentir aquele prazer novamente. Quando ele entrou, quando ele rompeu com a minha virgindade, a dor ficou um pouco mais intensa. Ele ficou parado lá dentro, sem se mover, enquanto beijava meu pescoço delicadamente, me provocando arrepios.

Aquela dor foi se dissipando e aos poucos fui percebendo uma sensação prazerosa. E se tornou ainda melhor quando ele começou a se mexer. Entrando e saindo. Até que todo aquele prazer culminou numa explosão, me fazendo gemer intensamente.

Se não fosse tudo tão real, eu diria com certeza que era um sonho. Mas depois de fazê-lo mais algumas vezes (sim, vezes) senti o quão incrivelmente era real. Já estava no ponto em que eu não era capaz de enganar a ninguém. Eu gostava de Yamato Ishida e tinha feito sexo com ele. Eu fiz sexo com ele e queria continuar ao lado dele (ou embaixo dele, ou em cima dele, tanto faz).

Só que a bela noite que tivemos juntos não durou tanto quanto eu imaginei. Na manhã seguinte, acordei com a cabeça no peito dele e os braços dele me segurando possessivamente. Era bom aquele calor e aquela segurança. Fechei os olhos novamente, aproveitando aquela proximidade, quando ouvi uma batida na porta do quarto e ela logo se abriu, nos sobressaltando.

- Oniisan, eu trouxe...

Takeru parou de falar e nos encarou. Seu rosto expressou facilmente a surpresa inicial e depois a raiva descomunal. Ele deu meia volta e bateu a porta com força.

Foi quando eu percebi o que realmente havia acontecido. Eu traí meu namorado com o melhor amigo dele. Eu traí a minha amiga fazendo sexo com o namorado dela. E agora o irmão de Yamato, que era o melhor amigo de Hikari, tinha nos visto.

Me levantei imediatamente e comecei a pegar minhas roupas pelo chão. Precisava sair dali o mais rápido possível. Yamato estava falando comigo, mas não ouvi uma palavra sequer. Me vesti e sai do apartamento correndo.

Tudo estava girando. Me sentia enjoada e minha cabeça estava prestes a explodir. O que eu tinha feito?

Eu traí meu namorado.

Com o melhor amigo dele.

Que é namorado da irmã do meu namorado.

CONTINUA...



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...