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História Doux Aimee - Capítulo único.


Escrita por: Ringlets

Notas do Autor


Como podem ver, é uma One Shot Jailey kkk. Eu sou apaixonada por Jailey e muitas outras fics/Ones/Shorts estão por vir. Bem, eu gosto desse enredo e resolvi postar, então, espero que gostem.
Avisos básicos:

💎 Doux Aimee é Hailey Baldwin.
💎 Os personagens em si, tipo Hailey e Justin, não são meus. Mas suas personalidades sim!
💎 A história se passa em Versalhes, na frança, no século XX (20)
💎 A música do casal é You and I-Céline Dion.
💎 Desculpa qualquer erro.
💎 É só isso mesmo, tenha uma ótima leitura SZ

Capítulo 1 - Capítulo único.


Fanfic / Fanfiction Doux Aimee - Capítulo único.

As palavras neste papel de carta são como melodiosas notas da mais bela canção. Contam a ti exatamente o que quero, todavia, não tenho coragem de dizer.  – Justin Bieber.

Doux Aimee,

Aqui em Versalhes, hoje o dia amanheceu meramente frio, ainda assim, com um ar harmonioso de fim de ano. Seu grande dia esta à chegar, certamente esta ansiosa. Afinal, este é o dia dos sonhos de todas as garotas francesas. Mesmo que me doa imensamente o coração, hei de desejar-lhes parte de toda a felicidade que possa ganhar, já que és uma dama dotada de inteligência e nos convém perfeitamente a maneira como lhe dá com momentos desgostosos. Sorte do sorriso que tiver você como motivo. Minha bela dama, declaro a ti o fim deste relacionamento ominoso. Hei de me afastar agora, para que mais tarde não a machuque mais. Nunca fora minha intenção machuca-la, perdoe-me pelas lágrimas que fiz-lhe derramar, Doux, todavia, entrego-te de alma e coração ao seu prometido. Amo-te intensamente.

Com amor, Justin Bieber.

Após terminar a carta e finaliza-la com uma assinatura perfeita, Justin dobrou-a ao meio e colocou-a dentro do envelope, selando com um adesivo em formato de coração. Guardou-a no bolso lateral de sua farda e arrumou a espingarda traçada em seu peito, pondo-se a caminhar jardim adentro. Era arriscado, por este e outros atributos é que Justin optava por entregar uma carta a Aimee durante o amanhecer, e recolher uma carta dela ao pôr do sol, para que não corressem o risco de serem flagrados.

Como já estava acostumado, o pérfido rapaz de barba por fazer e atraentes olhos castanhos jogou uma pequena pedra na janela da jovem donzela, a qual estava amarrada ao pedaço de papel. Ao ver de muitos naquela época, a troca de cartas era de todos, o ato mais romântico já feito por um homem. E Justin o prezava fielmente.

Bieber reverenciou a bela dama, e a mesma, no topo de sua sacada, sorriu para o jovem atribuído como seu grande amor. Para ela, aquela carta era mais uma a qual Justin fazia na intenção de agradá-la e transformar seu dia, em algo mais suportável. Já que Aimee abominava cruelmente a ideia de nunca ter tocado em seu amado.

Ela cheirou a carta, a qual trazia consigo o delicioso perfume de Justin, e a abraçou fortemente.

Tomando tal ato como uma deixa, Justin acenou para a jovem e traçou seu caminho de volta ao portão de entrada, onde cumpria sua meta trabalhista.

- Cartas para a princesa, Bieber?! – Ryan, companheiro serviçal de Justin, fez questão de debochar da critica situação.

- Esta foi a última, Ryan. Eu a entreguei de vez, afinal, no próximo domingo ela já estará casada. – Justin suspirou em iminente frustração e Ryan apenas o olhou de soslaio, com uma expressão duvidosa.

- Pergunto-me por quais motivos a rainha jamais mandara-o para acompanhar Aimee em suas caminhadas. Será que desconfia de algo? – Ryan era o único que sabia da relação do soldado com a doce princesa, todavia, mesmo que fosse um rapaz de personalidade fútil, ainda era de total confiança de Justin.

- Não. A menos que você tenha falado demais. Sei que umas notas adicionais ao seu salário te fariam contar o maior segredo que esconde. – O dono de belos olhos castanhos disse sério, entretanto, com o tom de voz acentuado, e logo que acabará, soltara uma risada enaltecida.

- Está me ofendendo. Aqui é o que melhor me conhece, sabe bem como sou! – Ryan fez um semblante ofendido e sua voz soara melodramática demais.

- Nem sempre, nobre rapaz!

[...]

Na sacada a qual segundos atrás dava a mais bela visão de um anjo à Aimee, estava a garota de cabelos loiros, debruçada sobre a vedação gélida. Seus dedos percorriam de maneira ágil a extensão da carta, rasgando o papel aos lados e tirando o que mais à importava. Ela fitou a linda caligrafia bem alinhada e suspirou, pensando em quais belas palavras ele haverá de dizer-lhes hoje.

Aimee sentou-se na ponta de sua cama e ansiosa, passou os olhos pelo pouco de conteúdo que Justin lhe enviará. A carta deu a Aimee uma das piores sensações de sua vida. Momentaneamente , seus olhos brilhantes lacrimejaram-se e ela suspirou.

- Por que fizestes isto comigo, Bieber? – perguntou para ninguém em especifico, precisava apenas esvair a frustração e dor que preenchia seu nobre coração. Num instante, Aimee agarrou seu caderno de folhas roxas e sua caneta com um pompom fofinho, e batucou em sua escrivaninha, pensando nas melhores palavras para expressar a dor em seu coração. Talvez devesse lhe enviar os cacos de cristal, para representar os estilhaços de seu frágil coração.


Cher Justin,

Amargamente, retorno-te esta carta, com o coração apertado, digo-te que devesses rever os teus conceitos. Jamais desisti de ti, nem mesmo quando nobremente fora representar nosso País na guerra contra a Alemanha, e agora desististes de mim como se eu fosse uma rosa murcha. Por que quebrastes desta forma meu coração? Me trocastes por outra por não poder tocar-me? Peço-lhe que esqueça-me. Não hei de querer mais vê-lo, e sinto muito que minha última lembrança de vós, seja detestável. Eras meu protetor, sonhava em fugir contigo, e acordei em um pesadelo. Dói-me ter que aceitar nosso fim, ainda mais quando nem mesmo começamos. Todavia, desejo de todo o coração que consiga ser feliz, ou ao menos tente e finja, como eu irei fingir com meu marido. Amarei-te até quando meu coração aguentar.

Su Doux Aimee”


O fim da tarde chegou rápido, desastroso para Aimee Berthê e duvidoso para Justin. O loiro, por sua vez, perdera três avisos da rainha e uma chamada da corte. Ryan, como um bom colega, tomou o lugar do amigo e o cobriu em todos os turnos para que o mesmo não tivesse grandes problemas mais tarde.

Relutante sobre o retorno de sua carta, ele caminhou pelos fundos do jardim, escondendo-se ora ou outra entre as rosas vermelhas veneradas por Aimee.

Lá estava ela. Sua donzela estava tão cabisbaixa e triste, o sorriso que trazia-lhe paz fazia-lhe falta, já que nesta tarde não irradiava nos lábios de sua loira. Justin cogitou chama-la, mas o constrangimento parecia tomar conta de seu ser, e desta vez ele não sabia como chamar a atenção de Aimee. Um assovio? Uma pedrinha na janela? Um pigarreio? Não. O vento soprou minucioso aos cabelos loiros de Aimee, o que fez a carta voar de suas mãos direto aos pés de Justin.

Ao vê-lo fitando-a, seus pelos arrepiaram-se por completo, trazendo uma vontade louca de sorrir. Mas Aimee conteve-se, pois seu ego ferido e seu orgulho feminino eram com certeza maiores. Portanto, ela apenas bufou e entrou para dentro de seus aposentos, deixando um Justin confuso e atordoado.

Ali mesmo aonde prontificou-se, Bieber abriu a carta e deparou-se com gotas dolorosas de lágrimas sobre a caligrafia perfeita e delicada. Mesmo que borrada, a carta era evidente e as palavras tão duras pareceram arrancar o coração quebrado de Justin. Ele não queria desistir da mulher de sua vida, não era esta a sua melhor escolha.

Ele suspirou ao olhar pra cima e ter a visão da sacada vazia. Ele queria gritar seu amor, cantar a sua música favorita e borrifar seu perfume ao alto para que Aimee tivesse total certeza de que ele estava ali. Todavia, só o que fez Justin foi voltar ao portão. Como de costume, saiu com Ryan após apresentar-se no saguão para Tobias, o chefe da guarda nacional da rainha, saíram e seguiram vagamente seu caminho rumo a pensão, na qual dividiam um quarto.

[...]

Durante a noite, Justin revirou-se, praguejou-se, corroeu-se e nenhuma solução lhe parecia uma boa via. Ele sentia sua cabeça latejar em dor, e ainda assim não conseguia pregar os olhos. Doía-lhe saber que hoje, sua amada dormiria chorando. Ele procurava um refúgio em meio aos edredons, se afundava ali e molhava o travesseiro com suas lágrimas de dor. Justin fungou e, sabendo que nada adiantaria e nada o faria dormir, ele levantou-se e tomou sua caixa de cartas em mãos. Ele leu e releu cada mísera palavra escrita com carinho e graciosidade, cada carta retornada era como uma facada profunda em seu peito, no entanto, a dor de que estava deixando Aimee para sempre ainda parecia afronta-lo, e o pobre rapaz mostrava sua fraqueza através de lágrimas, ora ou outra até mesmo soluçava.

- Doux Aimee, jamais hei de machuca-la tanto quanto. Já que és quem me mantém respirando, e toda vez que choras, consequentemente posso de longe sentir sua dor. Amo-te mais do que amo à mim mesmo, e isso chega a ser insano. Não irei desistir de nós, querida! – Disse Justin, sentado na beirada de sua cama e encarando friamente a enorme lua, como se ela já não brilhasse como antes. Segundo Justin, seu brilho poderia comparar-se ao sorriso esganiçado de Aimee. Tão clichê.

Ryan finalmente entrou no quarto e suspirou revirando seus olhos azuis ao ver que Justin atormentava-se mais ainda, lendo as cartas antigas.

- Justin, se queres chorar, vá para o corredor ou para o banheiro, amanhã é sábado e já fora confirmado o casamento de Aimee com o príncipe da Inglaterra. Como disse, domingo ela já estará casada. Você só tem mais um dia. – o loiro se jogou em sua cama pequena e cobriu a cabeça, deixando claro que o assunto frustrado de Justin se encerrava ali.

As palavras de Ryan só fizeram com que Justin se praguejasse mais. Se questionasse mais. E se sentisse ainda pior pelo que fizera com sua amada. Não era certo abandona-la, pois assim como ele, Aimee a amava intensamente e chegava a ser insano.

Oito de março de mil novecentos e noventa e dois, Versalhes, França – sete e quarenta e cinco da manhã.

Aimee Berthê,

Vossa alteza, perdoe-me incomoda-la com este mero e insignificante pedaço de papel, sei que tens deveres á cumprir, portanto, prometo que serei breve. Eu, um nobre soldado francês, vindo da Inglaterra e acolhido em seu País pela generosa rainha Elizabeth, vigio-a durante os dias desde o furto de seu precioso colar de diamantes. Prezo pela sua segurança, todavia, nunca pude me aproximar o suficiente para dizer-lhes o quanto seus olhos me entorpecem e são hipnotizantes. Perco a noção do tempo quando estou á observa-los. És tão bela, que poderia compara-la á uma estatueta de ouro de algum museu francês. Fajuta és minha comparação, mas sou apenas um empregado de sua mãe tentando transparece-la uma paixão acuada em meu coração. Admiro sua delicadeza e venero sua bondade com o povo francês. Jamais imaginei que pudesse a ter com tanto carinho, mesmo sem tê-la tocado uma única vez, desejo a ti todo o bem que lhe for possível, e farei sua segurança mesmo que tal ato não sejas necessário.

Carinhosamente, Justin Bieber.”

[...]

Próximo dali, Aimee chorava baixinho, encolhida no canto úmido de seu banheiro, ela se perguntava se não havia sido suficiente para Justin?! Por que ele tinha que machuca-la daquela maneira?! As lágrimas contornavam sua bochecha e escorriam densas, até pingarem em seus joelhos com um peso sem igual. Doía no fundo e ela não sabia o que fazer. Ela só queria a garantia de que amanhã, no mesmo horário de costume, Justin iria entrega-la outra carta. Nesta, dizendo que tudo não se passava de uma mera brincadeira generalizada, e que ele a amava demais para simplesmente abandona-la.

Em suas mãos haviam alguns papéis, eram algumas das primeiras cartas trocadas com o amado.
Nove de março de mil novecentos e dois, Versalhes, França – quatro e trinta e sete da tarde.

Nobre soldado,

Agradeço-lhe pelas belas palavras e, sinto em lhe dizer que não és tão bom em disfarces, já que eu tinha total visão de seu semblante aguçado e abobado sempre fitando-me com cautela, ainda assim, sem salpicos, mas sou esperta demais para esconder tal ato de mim. Deves achar-me uma devota mimada da realeza, mas não. Na verdade, há momentos em que só quero estar no jardim e apreciar as belas rosas vermelhas, como aquela que me destes grudada á tua carta. Minha mãe é severa demais comigo, não me permite amizades, mas se nos falarmos por cartas, ela não terá como saber.

Docemente, Aimee Berthê”

Parecia lhe corroer. Seu coração, a cada milésimo de segundo, destruía-se mais, era terrível a sensação de perda. A sensação de que seu único diamante em meio a tanto caco de vidro, estava sendo roubado. Ela o queria, ela queria lutar por ele, mas suas forças pareciam ir embora junto com suas lágrimas, e só a dor permanecia, cada vez mais profunda e letal.


“Sem remetente,

As vezes acho que o amor é só uma maneira bonita de falar sobre o coração partido. Talvez, seja uma maneira de trazer adrenalina a vida e ao mesmo tempo, decepção. Se perguntassem agora como me sinto, eu diria que me sinto como um animal enjaulado. Pois sem seu amor sou assim, estou apenas vivendo por obrigação, já que você era o motivo dos meus dias mais ensolarados. Agora tudo é escuridão, medo e dor. Tudo parece me puxar para o fundo do inferno. Tudo de repente, parece ser absolutamente nada. E um nós, já não existe mais. Meus sorrisos agora, tornam-se forçados, não tem mais um motivo para serem sinceros. Então se perguntarem, diga que você precisava de um coração, então eu te doei o meu. Mas diga que estou bem e que estou vivendo o quanto posso, diga que estou vivendo de lembranças fajutas do passado, que me acendem uma chama calorosa de esperança. Esperança de que talvez amanhã ou depois, você volte gritando por ajuda. Dizendo que precisa de mim e dos meus carinhos. E mesmo que seja sua pior mentira, eu vou acreditar, porque o meu coração é seu. Minha alma é sua. E o motivo dos meus sorrisos, é você; Havia momentos em que me via caindo e apenas você, com seu jeito único de juntar as palavras, era capaz de levantar-me. O cheiro do seu perfume em cada pedaço de papel que entrava e saia pela janela, este era o ponto em que eu queria chegar. O ponto em que digo-te o tamanho do meu amor. É grande demais, é tão grande que chega a doer e machucar. E eu seria capaz de enfrentar o mundo todo só para estar ao seu lado e, pela primeira vez, encarar seus belos olhos. Ouvir sua voz melodiosa, e tocar sua pele quantas vezes for possível.

Sem remetente.”

[...]

O casamento já estava marcado e não tinha mais volta, os preparativos já estavam quase no fim, e Aimee já estava quase pronta. Justin permaneceu o tempo todo no jardim, fitando a janela da amada como se isso o fizesse voltar atrás em suas decisões. Seus olhos estavam inchados pelas lágrimas, todavia, Justin não queria desistir e o que planejava, era tê-la em seus braços pela primeira vez.

Nada demorou e por trás de algumas rosas vermelhas, Bieber pôde ver o príncipe Théo no altar, a espera de uma mão que não o pertencia.

Justin bufou em frustração e levantou-se, caminhando em direção ao portão de saída dos fundos, sem que ninguém o percebesse.

...

Aimee se olhava no espelho e repassava o seu pequeno discurso. Seus conceitos e atributos, qualidades e defeitos, tudo a par de um pequeno pedaço de papel. Toda a sua vida frustrada, todos os seus piores e melhores sentimentos estavam ali como um desabafo, em formato de carta. A caligrafia era simplesmente perfeita, digna de uma princesa. Mas Aimee não ligava para o que a tornava famosa e rica. Ela ligava para o que a fazia feliz, e o que a fazia feliz estava esvaindo-se por um fio devastador de insegurança. Ela era forte e queria segurar o mundo todo em suas mãos, ela dividiu uma para o mundo real, e outra para o seu mundo fictício e o seu príncipe. Mas o mundo real pesou-lhe demais, fazendo o fictício tombar. Aimee estava vegetando aos poucos junto de seu coração, e só quem era capaz de ver tal coisa, é o grande causador de seu maior sofrimento. A dor de saber que não o tem mais, mesmo que ele esteja ali em sua frente. A dor de ter sido trocada, abandonada, e esquecida. A dor de uma promessa quebrada.

[...]

Cinco e trinta e um da tarde. Aimee arrumou seu véu e Marília segurou a cauda do vestido branco. A loura olhou para trás com um fio de esperança, mas ao ver apenas o quase pôr do sol melancólico, voltou a caminhar pelo extenso tapete vermelho, completamente frustrada. Ele não estava ali, nem mesmo para despedir-se da jovem, a qual dizia amar tanto. Mas ele não veio, talvez não tenha conseguido. Talvez esteja esgotado demais.

Os convidados estavam ansiosos para a cerimônia real, afinal, era o grande dia da princesa. Ela deveria estar feliz, mas era perceptível que não estava. Ela estava cabisbaixa e parecia procurar por alguém a todo instante.

- Sejam bem vindos á esse dia especial. Estamos reunidos hoje para selar diante de Deus, a união de Aimee Berthê Lyyn Solaveyn e Théo Edward Murfdh. Vossa alteza pediu-me que não demorasse muito nos votos matrimoniais, então vou direto aos votos do casal. Aimee, se esta disposta a sacrificar-se pelo seu reino, repita comigo: eu Aimee Berthê Lyyn Solaveyn, prometo-te meu futuro marido – o padre, o qual havia sido convocado para abençoar a relação, fez uma breve pausa para que Aimee o acompanhasse nos votos.

Receosa, ela olhou em volta, para o povo que esperava compromisso e lealdade da futura rainha. Todavia, ela suspirou e puxou abruptamente o véu de seus longos cabelos loiros, o jogando no chão.


- Isto não é certo! – sua voz doce ecoou falhada, fazendo todos se espantarem e a olharem aguçados e curiosos. – não é certo que me entreguem de corpo e alma para um desconhecido. Que me abandonem assim, em um lugar onde não há amor, onde não há nada além da ambição coletiva por mais poder e mais dinheiro. Eu tenho quase vinte e dois anos, estamos no século vinte e me admira que ainda seja obrigado o casamento armado pela família. Somos franceses, somos uma potência mundial e temos regras e leis que devastam mais do que é possível ver. Eu amo meu povo e minha família, mas recuso-me a casar com Théo, assim como ele também recusa-se a casar comigo. Eu amo outro. Eu amo o cara que ganha pouco e vive muito. Que nunca falou comigo, mas que se expressa perfeitamente na escrita. Eu amo o cara que me chama de Doux Aimee e que me faz sorrir com um pedaço de papel. Que faz dos meus dias, suportáveis e coloridos. Que mudou meus atributos e conceitos, e, ainda que não surta efeito, eu irei tentar com vocês da mesma forma que ele tentou e conseguiu comigo. Infelizmente ele desistiu de mim, e me dói necessitar tanto de alguém que nem aqui esta mais.  – Aimee rasgou um pedaço da cauda de seu longo vestido, dando-lhe mais movimento, e então ela caminhou em direção a saída com seu rosto banhado à lágrimas. – Eu amo o soldado Inglês, que mamãe acolheu em nosso país e eu acolhi com amor em meu coração. Mas ele precisa voar, então darei à ele a liberdade que tanto quer. – Ela pôs-se a correr, tentando alcançar o mais rápido possível a rua em frente ao palácio.

Sua missão falhou devastadoramente, já que não teve tempo nem mesmo para pisar no asfalto e um enorme cavalo preto relinchou em sua frente.

Justin ganhava pouco demais, e carros eram apenas para a grande sociedade Francesa. Com o pouco que juntara de dinheiro em seus anos de trabalho, ele comprara um cavalo. Alto, de pelugem negra como a noite e uma bela crina caída ao lado. Ele adorava o animal, e como em contos de fadas clichê, foi com ele que fora buscar sua amada. Com Cisp.

- Eu estou aqui, Doux. Eu voltei para busca-la. Vim propor-te uma vida simples, sem muito luxo, mas prometo-te jamais abandonar-te e dar-lhe todo amor que habita meu coração. – Justin esticou a mão para Aimee e, relutante, ela a segurou. Com a ajuda de seu amado, ela montou em Cisp e o olhou por cima dos ombros, um tanto confusa. – eu tinha uma promessa para cumprir. – foi só o que pronunciou Justin, pois antes mesmo que alguém pudesse interferir ou protestar, ele pôs Cisp a cavalgar, e aos bocados se afastou dos convidados  visivelmente confusos.

- Justin eu – Aimee tentou falar, mas fora calada pelos lábios macios de Justin. Ela estava sentada de lado nas costas do cavalo, em frente a Justin, o que facilitou o seu ato. O beijo se iniciou calmo, prosseguindo no mesmo ritmo, cheio de amor, transparecia paixão e precisão. Justin afastou seus lábios dos de Aimee e sorriu entorpecido pelo momento. Era o melhor dia de sua vida, melhor do que a nostalgia de ler suas palavras em cartas, era sentir seu toque tão gracioso em pele.

- Você é minha, Aimee, eu te amo.

- Quem disse que conto de fadas não existe? – sussurrou a jovem loira, apoiando o queixo nas costas do amado.


“O fim nem sempre precisa ser trágico, afinal, finais felizes também podem ser conquistados. Aimee e Justin são a prova de que o príncipe, nem sempre é o melhor. Como em um livro romântico, o amor que se mostra destrutivo, mas, assim como derrota, ele também constrói!”


Notas Finais


Bem, é isso. Espero que tenha gostado. Obrigada por ler, e, se gostou, deixe um comentário pra eu saber que tu quer mais kk. Beijos e até uma próxima SZ


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