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História Dr. Pepper - "Estou aqui, vadias"


Escrita por: yookione

Notas do Autor


Oieee

Essa história tem me tomado muito tempo e força de vontade pra continuar lidando com ela, corrigindo errinhos, e tecendo-a. Sério, eu não to nem brincando quando eu digo que eu acho que estou trabalhando nela desde o inicio do ano.
(n ri da desgraça, o negócio é sério ;-;)
Mas eu coloquei bastante fé nela e FINALMENTE estou postando. Eu realmente espero que ela possa vingar, eu amo os personagens que coloquei aqui, e espero que quem quer q leia possa amar tbm :)))
Eu to muuuuito nervosa e ansiosa, espero que essa fic fique boa <3333

Boa leitura /o/

Capítulo 1 - "Estou aqui, vadias"


Fanfic / Fanfiction Dr. Pepper - "Estou aqui, vadias"

Ok, penso fechando o notebook e já me levantando em seguida. Prontinho.

De acordo com meus cálculos e conhecimento sobre a força aérea da Coréia, não demorará muito para algo acontecer. Por isso, tenho que correr logo, senão não terá adiantado de nada ter vindo aqui.

Um “estou aqui, vadias” não foi muito ofensivo, eu espero.

Mas de qualquer forma, a mensagem já foi enviada e meu trabalho para desviar a atenção da minha figura para, então, a figura dos outros, também. Eu precisava fazer isso para ficar mais tranquilo, pois com todas as forças secretas - militares, policiais e investigativas - do pais no meu pé não há nem possibilidade de eu fazer um trabalho em paz.

E o meu trabalho, especialmente, exige muita paz.

Já estou no térreo, me preparando para fugir, esperando o momento certo. Arrumo a máscara no rosto e a touca que cobre os meus cabelos. Ambas trabalhando em conjunto como um sutil disfarce para esconder minha identidade.

Todos no saguão do prédio se assustam com uma exclamação olhando para algo no céu, que eu já tenho uma ideia do que é antes mesmo me virar de costas e vê-lo se erguendo no alto da parede de vidro do saguão. Um avião pequeno, negro e aterrorizante. Lá no céu, voando tão baixo e tão próximo da estrutura que é óbvio para mim, e para as pessoas ao meu redor que gritam e saem desesperadas do prédio, que algo está ocorrendo conforme a mente de um maluco.

Mas eu não me mexo, e continuo imóvel olhando para o avião, esperando para ver o que o meu lindo país preparou para mim. Aguardando até o último momento para sair do prédio e correr para me salvar.

É então que vejo algo sendo lançado de si, em direção ao alto do edifício. Não é uma bomba, eu tenho certeza, porque eles não querem me matar ou matar as pessoas daqui. Eles querem destruir o prédio.

E é só ai, depois que ouço o baque do último andar desabando, e apenas aí, quando os gritos estão tão altos que não consigo nem ouvir meus próprios pensamentos, e rios de pessoas se derramam pelas escadas de emergência, que eu saio correndo do prédio, com nada além de um revólver, um novo pen-drive, e vinte won no bolso.

...

“Diga a ela para tirar os tomates do meu, Baekhyun, eu odeio tomates”, grita Yooa em meu ouvido, pelo celular.

Eu sempre passo a maior vergonha no Subway toda vez que tenho de comprar o almoço de Yooa, é como se a atendente já estivesse acostumada com a voz dela praticamente arrebentando o alto-falante do meu celular. A ruiva fala tão alto que nem preciso falar nada para atende, apenas acenar com a cabeça.

– Sinceramente, Yooa – reclamo, enquanto a mulher faz o sanduíche dela. – Não importa quantas vezes eu venha aqui, você insiste em tirar os tomates. Acho que toda a legião dos tomates já deve estar criando uma rebelião contra Yoo Shi Ah.

A mulher acaba de embrulhar o sanduíche, me encaminhando para o pagamento, e eu a agradeço silenciosamente por não rir da minha cara de otário de não poder dizer para Yooa que ela fala muito alto no celular.

Porque é aí que ela falaria mais alto ainda.

“Bom, é aquele ditado, tem gente que me ama e tem gente que me odeia”, fala ela sem se importar, “ah, e Kyungsoo está pedindo para você trazer algo para ele também.”

Eu solto uma risada leve, como se fosse uma piada. Porque, eu juro, adoraria trazer um bom almoço para meu grande e precioso amigo Kyungsoo, entretanto já estou pagando o de Yooa e nem por todo o dinheiro do mundo eu enfrentaria aquela fila enorme de pessoas novamente. Não sou tão paciente a esse ponto.

Por isso, digo:

– Aham, aham, trago, sim – agradeço à caixa e saio do restaurante para atravessar a avenida e finalmente entregar o tão real almoço parta a tão rainha Yooa. – Vou atravessar agora, desligando...

"Chegue logo" diz ela, e então desligo.

Coloco o celular no bolso e, com o almoço de Yooa na mão, espero o sinal da avenida fechar, junto com um monte de gente ao meu redor. O lugar é movimentado, com buzinas a todo tempo, pessoas conversando no telefone, empresários importantes correndo para não deixar um de seus milhões se perder em um negócio sem futuro.

Bem, e não é para pouco já que é praticamente o centro da cidade.

É basicamente aqui, e mais especificamente no prédio que está do outro lado da rua, que as novidades de toda a cidade acontecem. A sede de um dos principais jornais da Coréia do Sul, The Korea Times.

É aqui onde os furos mais importantes são reportados e onde as pessoas são mortas e perdidas, ressuscitadas e achadas. É aqui onde o caos é completamente estabelecido, sem demonstrar nada disso com as faces completamente opacas dos escritores da redação e dos repórteres que aparecem na TV. Afinal, eles, e eu também, nós estamos acostumados com esse tipo de coisa.

Entretanto, não importa quantas vezes eu pense nisso, sempre me sinto mal com o que eu fazia naquele prédio. Pessoas morriam, e nós ganhávamos dinheiro escrevendo sobre o assassinato ou acidente delas. Não que eu ache errado, mas... Nunca me senti muito confortável com a situação. Tanto é que hoje em dia, já em outro jornal, me sinto mil vezes melhor trabalhando com Política.

O sinal fechou e é nossa hora (minha e dos outros pedestres) de atravessar, assim paro de pensar um pouco e apenas caminho com a cabeça baixa e os passos rápidos que essas pessoas do centro insistem em dar; com o corpo aqui, mas a cabeça em outro lugar. Completamente hipnotizados.

Subo os pequenos degraus da faixada do prédio e empurro a porta do saguão com o ombro. O porteiro nem precisa se informar de quem sou, pois já me conhece, e libera a catraca para eu passar. Eu o agradeço com um aceno de cabeça.

Uma das coisas que sempre gostei aqui é que nosso setor (bem, infelizmente, meu antigo setor) fica no primeiro andar, portanto não preciso esperar muito no elevador. É bem diferente do meu trabalho novo, no The Korea Herald, onde o meu setor de política é, cansativamente, no sétimo andar.

Quando saio o elevador, a primeira figura que vejo se lançando em minha frente – a única na verdade – é Yooa com seus cabelos ruivos esvoaçando por todo o lugar. Ela me abraça apertado como se eu tivesse voltado da guerra.

– Baekhyuuun! – Ela me sacode. – Você veio mesmo, que saudades!

Eu a abraço por um tempo, pois também estou com saudades, e depois tento a afastar com as mãos, mas ela aperta ainda mais.

– Yooa – murmuro, com as sobrancelhas franzidas e a bochecha amassada. – Você fala como se não nos víssemos há um tempão... Foi semana passada.

– Ah, eu sei, né? Mas, ainda assim, não ter você trabalhando ao meu lado... Ah... – Ela suspira frustrada, finalmente se afastando e me dando espaço para respirar. – Ainda não me acostumei com isso. Bem, você trouxe o almoço?

Rio da forma engraçada como ela pode mudar de humor tão rápido por causa de um simples (e quando digo simples, é realmente simples pois Yooa não gosta de praticamente nada) sanduíche.

– Claro, não é? – Eu entrego a sacola a ela e seus olhos faíscam. – Eu não iria enfrentar toda aquela fila para deixar ele cair do meio da rua.

Vejo, pelo canto do olho, uma figura se juntando a nós. Kyungsoo.

É válido dizer que ele é o completo oposto de Yooa. Se a ruiva fosse o fogo, ele seria o gelo, e se ela fosse a França, ele seria a Coreia do Norte. Se ela fosse um arco-íris, ele seria uma simples pedra rabugenta. E eu? Eu sou a bolinha que fica oscilando entre esses dois extremos.

Não faço ideia de como eles ainda não se mataram trabalhando juntos, sem mim.

– Olhe, se ele não está vivo! – O moreno dá um peteleco na minha testa, e eu me preparo para revidar quando Yooa se mete no meio de nós dois.

– Ah, mas vocês não vão começar com isso de novo, vão?! – Ela me olha como se dissesse “estou de olho em vocês”, e então vira as costas, provavelmente para comer seu sanduiche em paz em sua mesa.

Eu e Kyungsoo a seguimos devagar, rindo.

– Então, como está indo sua vida extremamente interessante? – Kyungsoo ironiza para mim.

– Declarações políticas, projetos de desenvolvimento urbano, novas creches no interior do país... Você sabe, esse tipo de coisa.  – Bufo. - Sinceramente, não sei quanto tempo mais vou sobreviver nessa rotina horrível. Eu só queria conhecer alguém interessante, sabe, falar com alguém novo, fazer algo novo, mas esse negócio de mesmice está me enchendo o saco.

– Olha, eu já falei algumas coisas que você podia fazer... – Ele me lembra, sugestivo.

Eu rio, balançando a cabeça em negação.

– Kyungsoo, eu não vou pular de bungee jumping e nem voar de asa-delta. Não é assim que resolve.

– Tem certeza que o seu probleminha com a altura não tem nada a ver com isso? – murmura baixinho e olhando para o alto, como se não pretendesse me provocar.

– Eu, medo de altura? Desde quando? – Digo, encrencando com ele também, com um sorriso nos lábios.

– Vamos lá no terraço, então?

Rio falsamente, há-há-há, balançando a cabeça.

O escritório em que estamos está cheio de pessoas em suas mesas, que se negam a sair e curtir o seu horário de almoço fora do prédio para poder resolver algumas coisas ainda pendentes de seu trabalho, assim como Yooa, que mesmo com a boca cheia de pão carne e queijo, não tira os olhos do computador.

– Ah, quase ia me esquecendo – digo tirando uma barra de chocolate do bolso. A minha barra de chocolate que eu estava guardando. – Aqui está seu almoço, pinguinzinho.

Pinguinzinho era como eu o chamava nas estações de inverno da faculdade, pois ele andava todo empacotado, parecendo um saco de batatas... Mas eu sempre o disse que ele parecia um filhote de pinguim. Porque era muito mais fofo, e do jeito que ele andava ele realmente parecia um pinguim, com passinhos pequenos e pescoço inexistente por causa das roupas de frio.

E especialmente porque saco de batatas era como as outras pessoas, aquelas que ele não gostava, o chamavam.

Toda vez que nós nos encontrávamos para estudar juntos eu ria da forma fofa como ele andava e ele dizia que eu era um babaca, mas sei que por dentro ele sabia que eu não o via como as outras pessoas o viam.

– Ah, mas você... – Ele ameaça me bater, enquanto eu rio me encolhendo. Yooa, que estava comendo seu almoço tranquilamente, tira os olhos do computador e nos para.

– Eu juro que vou bater a cabeça dos dois contra a parede se começarem a brigar!

E então Kyungsoo, com uma bela cara de poucos amigos, abaixa a mão e pega a barra de chocolate.

– De nada – sorrio.

Nós paramos em frente à mesa de Yooa, eu esperando os dois comerem enquanto olho para as paredes de vidro do prédio, sem fome. Eu lembro quando trabalhava aqui, e, admito, eu tenho saudade de tudo isso.

Não porque o prédio era bonito, ou porque as horas de trabalho eram menores, mas sim por toda a equipe que eu tinha nesse andar. E como todos se falavam e se davam bom dia, boa tarde e boa noite. Como todos eram amigáveis, apenas com o desejo de melhorar o dia atarefado do outro.

Hoje, não tenho mais isso em meu escritório, sinceramente é bem solitário. Minha sala é separada dos demais, e não me sinto tão bem sobre isso, mesmo que eu saiba que isso signifique uma coisa muito boa, pois finalmente estou escrevendo os artigos que vão para as capas dos jornais. Isso deveria ser ótimo, era tudo o que eu queria.

Mas, mesmo com tudo isso, eu não posso voltar a trabalhar com eles.

Estou pensando sobre isso, enquanto olho distraidamente para Yooa comendo, e até me passa ideia de falar o quanto sinto saudade deles no trabalho, mesmo que eles já saibam.

No entanto, de repente as pessoas começam a gritar desesperadamente ao meu redor. Trabalhadores saem de suas mesas correndo, papeis meticulosamente organizados são derramados no chão, passos rápidos para a escada.

E eu ainda não sei sobre o que todo esse desespero se trata, mas descubro quando olho para o céu e, pelas paredes de vidro, vejo o avião.

 E, posteriormente, um projétil sendo lançado dele em direção ao topo do prédio.


Notas Finais


tan tan taaaaaan -q

Enfim, é isso, esse é tipo o prólogo do troço todo, a história começa mesmo no segundo capítulo, mas ainda assim esse é bem importantinho pra vida.
Como vocês podem ver, tem um ser maravilindo que ~talvez~ vocês não conheçam. É a lindíssima Yooa, ela é do grupo Oh My Girl, e vai ter sua importância na história. Caso queiram uma imagem dela, aqui está: http://41.media.tumblr.com/56a8e57bead182b70cb88927fec734fd/tumblr_o4hzvveFWr1uotx9no1_1280.jpg <3
Eu coloquei ela na história porque eu sempre acho que falta uma presença feminina nas fics de exo/bts/qualquer outro grupo de mlks ae. Então veio-me Yooa, ela vai ser um amorzinho, prometo <3

Enfim, bjinhos *3*
Fighting! ^^


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