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História Dra. Adolescente - Regra número 6: Procure pelos motivos


Escrita por: crossoverstotal

Capítulo 7 - Regra número 6: Procure pelos motivos


Riley's P.O.V.

- E aí, família! - Gritou meu tio Josh, escancarando a porta. Ele deu uma rápida olhada pela sala e fixou seus olhos em Maya - E Maya.

- É, a Maya é única aqui que não é da família. - Disse Farkle, irônico.

- Dr. Gola Rolê! - Cumprimentou Josh - Você não está mais usando gola rolê! Está bonito de gravata!

Ele olhou novamente para Maya e acrescentou:
- Você também está bonita, Maya.

Ela corou e agradeceu.

Carly não deve ter aguentado ficar quieta, porque se levantou e disse, quase gritando:
- Quem é você e como deixou a Hart envergonhada?

Josh corou e esfregou a nuca. Vendo que o universitário não iria responder,ela simplesmente mudou de assunto.

- Você é parente dela? - Apontou para mim.

- É, eu sou o tio dela.

Ela ergueu as sobrancelhas.

- Tá de brincadeira.

- Ele é três anos mais velho que a gente. - Disse Maya, o que não pareceu esclarecer muita coisa.

- Mães diferentes? - Perguntou Carly.

- Mesma mãe, não me pergunte como. - Ele respondeu.

Ela deu um sorrisinho, se virou para Maya e perguntou, como se estivesse se referindo a um produto:
- Ele está disponível?

- É só pra mostruário. - A loira respondeu, entrando na brincadeira. 

Como não podíamos passar mais de cinco minutos de tempo livre sem a interrupção de House ou algum de seus relacionados, o celular de Carly tocou. Ela atendeu e, sem ao menos dizer "alô" ou perguntar quem estava falando, seguiu-se uma sequência de "Hmh's" e, no final, um "Tá, eu aviso pra ela" antes de desligar.

Ela continuou fazendo algo no celular, mas disse, sem nenhum destino aparente:
- Uma vizinha acha que eles são gays. House diz que, fingindo que são gays, vão conseguir transar com ela. Wilson não acha, mas você sabe como eles são.

Todos franziram a testa, menos Farkle e Maya.

- O que a gente tem a ver com isso? - Perguntou o gênio.

- Não estava falando com você, estava falando com ela.

Maya repetiu a pergunta.

- O que vocês acham que tem a ver? - Ela respondeu, ácida - Eles se meteram em uma enrascada e nós vamos ter que resolver. O nome da mulher é Norah, então, se ela aparecer por lá, confirmem a história.

- Quantos por cento de chance isso tem de ir parar na polícia, na Cuddy ou no Departamento de Educação? - Maya dessa vez dirigiu a pergunta a Farkle. Este ficou alguns segundos pensando antes de responder:

- 40%.

Carly deu de ombros.

- Até que não é tanto assim.

- Não é tanto assim? - Questionei, com uma sobrancelha levantada - Qualquer chance de ir parar na polícia já é muito!

Ela sorriu.

_ É, talvez no mundo real. Mas não no mundo do House.

- Vamos falar disso lá dentro. - Maya se levantou da cadeira em que estava sentada. Em seguida, se aproximou de mim e sussurrou em meu ouvido: - Não quero que seus pais ouçam o que temos pra dizer.

A loira se levantou de seu lugar à mesa e virou o corredor.Farkle e Carly seguiram-na, quase automaticamente.  Lembrei-me de perguntar á minha mãe:

- Podemos..?

- Claro, podem ir - Ela respondeu com um sorriso.

 Olhei para Noah e Zay e fiz um gesto de cabeça em direção ao corredor. Eles se levantaram e seguiram na mesma direção. Fui por último.

Quando cheguei ao quarto, todos já estavam acomodados, inclusive Carly, que parecia muito confortável para quem estava visitando a casa pela primeira vez. Tentei ignorar isso e me sentei na Bay Window, com Maya e Farkle.

A primeira coisa que Maya disse foi:

- Minkus, você dormiu?

Ele meneou a cabeça.

- Só uma hora.

- Uma hora de sono em dois dias. Isso é totalmente saudável.

- Falou a garota que fuma um maço de cigarros por dia.

- Pelo menos os cigarros não diminuem minha capacidade de trabalho. House vai saber que você não está em plena forma, amanhã.

- Dane-se o House! - Interrompi, exasperada. Farkle franziu a testa, Naoh recuou e Maya arregalou os olhos - Farkle, você não pode passar tanto tempo sem dormir!

- Olha, stou agradecido que minhas esposas se importem comigo, mas não tenho tempo para dormir. Tive que ir à duas reuniões, e ainda pssei no loft para ver o que a decoradora andou fazendo.

- Que loft? - Perguntei.

- Bom, meus pais compraram um loft em Jersey e, como eu peguei meu pai com a amante pelo que deve ter sido a décima vez seguida, ele conveceu minha mãe a me deixar dormir lá, de vez quando, para ficar mais perto do hospital.

- Sinto muito pelo seu pai. - Eu disse.

Ele deu uma risada sem humor.

- Não sinta. Eu não me importo.

- Seu pai... tem uma amante? - Perguntou Noah.

- Claro que tem. Gente rica sempre tem amantes. A amante tem, pelo que eu saiba, dois carros de luxo, um apartamento em Manhattan e um monte de joias da Tiffany's. Mas acho que minha mãe também tem um amante. Pelo menos, espero que tenha, assim eles estariam quites.
- Você age como se seus pais estivessem em uma novela. - Comentou Zay.
Farkle deu de ombros.
- Eles também agem.
- Gente rica sempre age. - Observou Carly.
Ele concordou.
- Agimos mesmo.
E, pela primeira vez, ele referiu a si mesmo como "gente rica". Aquilo, acima de tudo, foi o que fez o ambiente ficar melancólico. Eu não estava acostumada com melancólico, mas não fiz nada. Foi, de alguma forma, reconfortante. Pelo menos não era frenético, como sempre era, quando Maya e Farkle estavam por perto, como se estivessem sempre trabalhando, sempre tendo que fazer algo, atender mais alguém.
Smackle entrou pela porta, mas não foi exatamente de repente, porque ouvimos seus passos no corredor.
- Desculpe o atraso. - Ela disse, enquanto tirava os óculos e esfregava os olhos - Passei as últimas doze horas olhando através de um microscópio. Sinto como se fosse ficar cega. 
- Isso é patético. - Disse Maya. 
Felizmente, Smackle era inteligente o suficiente para entender que não estava falando dela.
- Tudo isso, quero dizer. Somos um bando de adolescentes fingindo serem adultos. Não somos. Não somos maduros o suficiente para termos um relacionamento aberto, nem para fingir que é normal nossos pais terem amantes, nem para termos vidas em nossas mãos todos os dias. Não é assim que funcionam as coisas.
- Talvez seja. - Eu disse - Talvez... Possamos fazer isso. Talvez sejamos adultos, ou pelo menos adultos o suficiente.
Maya olhou para mim e levantou uma sobrancelha.
- Quer me contar alguma coisa?
A notícia parecia um pouco menos empolgante.
- Eu vou trabalhar com vocês.
Maya estava surpresa, mas não sei descrever a expressão de Farkle. Era algo entre surpresa, felicidade e medo, se é que isso é possível.
- Mas como..? - Maya começou - Você falou com o Jonh?
- Não. Porque falaria?
- Alguém falou. - Disse Farkle, sem responder minha pergunta.
- Tem que ser a Cuddy. - Divagou Maya, em uma linha de raciocínio que eu não conseguia entender - Porque a Cuddy faria isso?
- Ela precisa de alguém que possa fazer o que ela faz. - Interveio Smackle - Com o House, quero dizer.
- Explique-se. - Pediu Maya.
- Bem, vocês disseram que a Cuddy adotou um bebê recentemente. Com toda essa pressão, mais controlar o House... E Missy não saber fazer nada sozinha... Ela deve estar a ponto de desmoronar.
- Então... Acompanhem meu raciocínio... Cuddy vai até John, e diz que precisa de alguém com quem dividir a pressão. Ele não pode tirar Missy para colocar outra pessoa, porque estamos quase acabando o ano letivo e ele não tem motivos para tirá-la agora. Então, a pessoa que ele julga mais responsável, ou seja, Riley, na posição mais próxima de House: a equipe.
- Essa - Noah foi o primeiro a se manifestar - É uma teoria... Extremamente elaborada.
- Ela é fã de coisas elaboradas. - Observou Zay. Depois, se ajeitou na cama e perguntou: - Mas, só tem três médicos no departamento, além da garota que não pode assumir. Quem vai ser o tutor dela?
Maya, Lucas e Farkle, tinham nos contado que Treze não podia "assumir um E.M.", mas não quiseram nos contar porquê.
- Tá, eu cansei de vocês falarem de mim como se eu não estivesse aqui. - Eu disse - Minha tutora vai ser alguém chamado Ramy Hadley.
Todos franziram a testa, menos Farkle. Esse último olhou em volta e, vendo que todos estavam confusos, esclareceu:
- Sério? Esse é o nome de verdade da Treze!
- Ah, é! - Exclamou Maya - De vez em quando a Cuddy chama 'ela' assim, quando está gritando!
Ele escondeu o rosto nas mãos e suspirou.
- Isso definitivamente não vai dar certo.



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