História Dracula's Blood - Me Salve Deste Pesadelo!

Acordei em um quarto totalmente diferente. Sombrio escuro, cheio de estátuas e as cortinas todas fechadas. Olhei para o meu outro lado, um homem estava deitado. Parecia ser o mesmo da floresta, mais quem era ele? E onde eu estava.

Tentei pisar devagar no chão, mais ele segurou meu braço.

– Onde vai?

– ...

– Você é MINHA!

– Quem é você?

– Não lhe interessa. Você vai ficar aqui, comigo, agora é minha noiva. Não é mesmo Chloe? A garota meio humana meio vampira...

– A... Eu já sou noiva... E quem lhe disse essa bobagem?

– Eu sei dizer, apenas por beber o seu precioso sangue.

Um vestido nupcial que estava em meu corpo era transparente, deixando aparecer as curvas do meu corpo. Ele abaixou a alça e me cheirou, beijando meu pescoço.

– Me solta...

O empurrei, era difícil, ele era bem mais forte que eu.

– Onde estou?!

– Em sua nova casa... Seu pai aceitou nosso casamento, e você também, se esqueceu querida?

– NÃO!!! Eu não me lembro de nada disso. ME TIRE DAQUI!!!

Ele segurou meus dois braços com força e mordeu minha boca.

– AI!!!

Sangrou um pouco.

– Essa marca é para deixar claro. Você é minha!

Ele afirmou com toda certeza.

– Como você tem tanta certeza?

– Tenho cartas na manga. Não me subestime.

Ele se virou, e eu aproveitei a oportunidade para pular da janela, poderia ser uma casa, apesar de aparentar ser um castelo, não importava. Os cacos de vidro perfuraram meu rosto, minha barriga, senti o baque no chão. Sai mancando, tentando correr. Uma tempestade estava caindo sobre aquele lugar, muitos raios e a chuva era forte, eu mal conseguia enxergar. Mais segui em frente sem saber por onde ir. Vi algum movimento mais para trás, e com certeza seria ele atrás de mim.

Corri tanto sem olhar para frente que quando me dei conta estava na beira de um precipício, acabei escorregando. Alguém me segurou nos braços, me abraçando e afundando comigo na escuridão.

Abri meus olhos apavorada, minha boca e meu nariz sangrava.

Do lado da minha cama aquele desconhecido que parecia ter me salvado estava em pé, todo encharcado, assim como eu.

– O...

– Foi só um pesadelo.

Ele se chegou e beijou minha testa. Me deixando sem palavras nem ações. Aquele beijo foi reconfortante, eu tentei olhar em seu rosto, mais estava coberto por uma marcará de morcego.

Ele se virou foi na ponta da sacada e me dirigiu uma última palavra: - Leia a carta! - e pulou sem exitar.

Dei um salto da cama corri para minha cômoda, joguei todos os papéis de cima dela, das gavetas a procura da tal carta, corri para o meu guarda roupas e nada. Lembrei que algumas coisas eu guardava a baixo da minha cama.

Abri as gavetas e finalmente achei, a mesma estava meio empoeirada.

– O que está acontecendo? Será que está carta dirá?... Aí minha cabeça.

Deu uma forte dor e segurei minha testa com a mão.

– Não... Agora não... Eu preciso ler a carta.

Cai no chão como pedra.

– FILHA FILHA!!!

Meu pai me chacoalhava desesperado.

– O... O QUE?!!!

– O que aconteceu?

Ele pôs a mão no meu lábio inferior e em minha testa.

Eu assustada levei a mão na boca, era a mordida daquele homem apavorante.

Eu olhei meu pai assustada.

– Onde eu estava?

– O tempo todo aqui. Mais você se batia loucamente, e seu nariz começou a sangrar.

– Foi outro pesadelo!!! Achei que não sairia mais de lá... Alguém me salvou.

– Do que está falando.

– Vampiros podem nos prender em sonhos?

Meu pai me olhou assustado e respondeu receoso:

– Si...sim, é muito raro, tem de ter um poder mental extremamente poderoso!

– Você poderia me dar licença?

Meu pai saiu taquei a porta e janelas. Corri pro banheiro tomar um banho gelado, só assim me acalmaria.

Enchi a banheira com bastante espuma e pétalas de rosas.

Afundei minha cabeça na água e coloquei o dedo da boca, aquilo havia acontecido ou não?

Depois de sair do banho lembrei que eu deveria procurar alguma coisa. Mais o que? Não me lembrava.

Ouvi uma voz bem lá no fundo:

– A Carta, leia a carta!

Corri para minha penteadeira e abri a gaveta onde ela estava.

Abri com cuidado mais rapidamente, puxei o papel.

Ao ler, meu coração disparava, mais como? O que? Joguei longe correndo em direção a porta. Era correr ou perder.