História Dragão Assassino - Nova Recruta

Depois de vários minutos de corrida, Happy e Natsu segurando Mine chegaram a base da Night Raid, ela estava bem silenciosa, mas eles sabiam o motivo, todos tinham saído em missões próprias, talvez alguns já tenham retornado, mas não todos.

Eles rapidamente entraram e foram em direção a sala de reuniões e encontraram Najenda sentada em seu trono fumando um cigarro e os olhando criticamente. Natsu e Happy pularam um pouco de surpresa quando viram o seu olhar.

Najenda: Então.........pelo o que eu me lembro, a missão de vocês era matar uma família rica que tinha envolvimento na corrupção do Império, não trazer com vocês uma garota desconhecida. Cuidado para explicar isso Natsu e Happy? – ela disse com uma voz critica e soltou uma cortina de fumaça pela boca.

Natsu ainda segurando Mine e Happy se aproximaram de Najenda ficando a alguns metros dela.

Natsu: Bem você vê Chefe....... – ele começou nervosamente.

Happy: Aconteceram coisas – ele terminou também nervosamente.

Najenda: Uh..... – ela se inclinou para á frente – então me iluminem ‘’que coisas aconteceram?’’ – ela disse a ultima parte com aspas obvias na frase.

Natsu se sentou no chão e apoiou Mine em seu ombro direito, e Happy permaneceu flutuando ao seu lado esquerdo.

Natsu: Bem Chefe........

Natsu então passou a explicar tudo o que aconteceu, inclusive como ele encontrou Mine e como ele achava que ela podia usar um Teigu. Depois que Natsu terminou sua explicação, alguns minutos de silencio se seguiram com Najenda o olhando atentamente, e Natsu devolvendo o seu olhar.

Najenda: Então, você acha que ela pode ser uma candidata a ser uma usuária de Teigu........ e se eu estou correta, você quer que eu dê Pumpkim pára ela não é? – ela disse com uma voz calma e Natsu coçou as costas de sua cabeça.

Natsu: Inteligente como sempre Chefe – ele sorriu timidamente.

Najenda: E por que eu deveria dar o meu Teigu para essa menina Natsu? Você sabe o quanto eles são raros e valiosos, o que você pode dizer, que vai me convencer que ela pode utilizá-lo? – ela perguntou com uma voz exigente.

Najenda podia ser descontraída e legal com seus subordinados a maior parte do tempo, mas era nesses momentos que ela mostrava sua verdadeira face como líder da Night Raid.

Natsu á olhou por vários momentos em silencio, ele tinha uma expressão séria em sua face que só era vista pelos membros da Night Raid durante as missões, essa era uma expressão que ele reservava somente para seus inimigos e situações que exigiam extrema cautela e seriedade.

Happy e Najenda olhavam Natsu atentamente nesse tempo. Najenda queria saber que motivos Natsu poderia lhe apresentar que poderiam lhe convencer a entregar Pumpkim, e Happy estava curioso por que Natsu parecia gostar tanto de Mine.

Happy não sabia ao certo o motivo, mas Natsu parecia ter gostado de algo em Mine logo quando a conheceu, claro não é como se fosse difícil Natsu gostar de alguém, é só que Natsu parecia ter gostado dela ao ponto de levá-la ao exercito revolucionário onde ela se tornaria uma assassina, o que ele tem que ter motivos muito bons para isso, afinal você não sai por ai recrutando qualquer para esse tipo de trabalho que eles têm.

Não é como se você fosse a primeira pessoa que visse passando pela rua e dissesse: Ei, você gostaria de se tornar um assassino para salvar o império da corrupção?

Isso seria idiotice não é?

......

Natsu respirou fundo após vários momentos de silencio, limpou sua garganta e começou a falar.

Natsu: Eu não sei ao certo como eu posso lhe convencer Chefe......... – ele começou em um tom calmo e baixo e Najenda se inclinou ligeiramente para á frente para ouvi-lo melhor – mas quando eu conheci essa garota e olhei em seus olhos eu vi um pouco de mim mesmo, nela sabe.........

Najenda e Happy olharam Natsu sem entender o que ele queria dizer, mas ele não se importou e continuou falando.

Natsu: Eu nunca falei do meu passado para ninguém aqui, mas eu ainda vou você não precisa se preocupar. Mas quando eu olho para ela, eu vejo eu em minha infância, eu não tinha objetivo, eu não tinha memórias da minha família, eu não era necessário em nenhum lugar, tudo o que eu tinha era meu nome que por algum motivo eu podia me lembrar – Natsu fechou seus olhos suspirou e continuou – então eu conheci alguém que me deu memórias novas, um objetivo e um motivo para continuar.

Ei garoto você gostaria de aprender magia?

Se você não tem objetivos, motivação ou mesmo uma família eu posso te dar tudo isso.

Eu posso ver que você tem muito potencial só olhando para você, por que você não aprende minha magia e se torna um Dragon Slayer do fogo?

Natsu sorriu de canto se lembrando dessas palavras, essas foram algumas das coisas que Igneel o disse quando eles se conheceram. Essas eram algumas das lembranças mais importantes que ele tinha.

......

Happy olhou Natsu com olhos suaves sabendo do que ele estava falando, ele sabia tudo sobre Natsu, se existisse algo sobre Natsu que ele não soubesse, provavelmente o próprio Natsu não sabe disso.

Happy: ‘’Igneel........’’ – Happy pensou consigo mesmo.

Najenda: ‘’Interessante..............’’ ­– Najenda pensou interessada e continuou a ouvir o que Natsu tinha a dizer.

Natsu: Essa garota não....Mine, não tem nada nesse mundo, ela não tem família, ela não tem amigos, e todos a desprezam só por ser quem ela é........ela quer mudar o mundo que vivemos, ela quer um lugar mais pacifico e justo para viver, ela não quer que ninguém como ela sofra o que ela sofreu, e ela quer garantir isso com seu próprio esforço........... essa noite ela conseguiu um novo objetivo um motivo para viver, mas ela precisa de alguém para guiá-la no caminho certo e garantir que ela consiga realizar seu sonho. Seu sonho é nobre, ela quer livrar o império da sua corrupção e para isso eu acho que ela precisa do Pumpkim.....não eu tenho certeza que ela precisa dele, e que ela é a usuária certa para ele, ela é aquela que vai poder usá-lo para máximo potencial.

Najenda olhou Natsu por vários minutos em silencio, ela estava considerando seriamente as palavras dele, ela nem mesma mais usava o Pumpkim, então por que não dar uma chance a essa menina?

Ela então soltou uma grande nuvem de fumaça de sua boca e disse calmamente.

Najenda: Vamos fazer assim Natsu. Eu vou lhe dar um voto de confiança, amanhã nós testaremos a compatibilidade dela, se ela for compatível ela poderá o ter, mas se ela não for, nós vamos ter que arrumar outro Teigu para ela, ou enviá-la para nossa oficina.

Natsu sorriu largamente ao ouvir isso.

Natsu: Obrigado Chefe, eu....... – ele iria continuar, mas Mine começou a se mexer ao seu lado indicando estar acordando e Natsu parou, Happy rapidamente se sentou e ficou quieto, afinal Mine ainda não sabia sobre ele.

Mine abriu lentamente seus olhos e piscou algumas vezes para retirar a neblina proveniente do sono de seus olhos.

Mine: Onde estou........ – ela olhou em volta e seus olhos se arregalaram e ela saltou em pé apontando acusatoriamente para Natsu – por que você me nocauteou? Eu sabia que não devia confiar em você, como eu pu.....

Natsu: Oi, oi calma ai Mine – Natsu se levantou e balançou suas mãos em gesto apaziguador, Mine parou de falar e olhou para ele com seus olhos entrecerrados – eu só fiz isso, por que assim seria mais fácil te trazer para cá, e também eu não podia deixar você ver o caminho para cá sem saber se nós podemos confiar em você, me desculpe, mas nessa linha de trabalho nós temos que desconfiar até da nossa própria sombra – ele falou calmamente e Mine o encarou por vários momentos.

Natsu devolveu seus olhar e ambos travaram uma batalha de olhares, nenhum dos dois estava disposto a desistir, mas ambos tiveram que jogar a toalha quando Najenda tossiu em sua mão robótica para chamar a atenção deles e ambos quebraram seu contato visual para olhar para ela.

Najenda: Desculpe se você não gostou do que Natsu fez, mas o que ele disse é verdade, mas você não precisa se preocupar, pois se nós quiséssemos fazer algo com você, nós não iríamos deixar você acordar estando desamarrada não é? – Najenda disse em sua melhor voz diplomática e Mine suspirou vendo que ela estava certa.

Mine: Tudo bem eu entendo........ – ela murmurou e Natsu sorriu – mas não fique achando que eu lhe perdoei idiota – ela olhou fulminantemente para Natsu e seu sorriso sumiu e um arrepio subiu por sua espinha.

Tão parecida com Erza.

Natsu: ‘’Eu não posso nunca deixar essas duas se encontrarem, nenhum dos universos sobreviveria a uma catástrofe dessa magnitude’’ – Natsu pensou engolindo em seco e Najenda olhou divertida para Mine.

Najenda: ‘’Ela tem fibra, eu gosto disso’’ – Najenda gostava de pessoas com atitude. Ela limpou sua garganta e agora disse em voz alta – acho que você precisa saber quem somos, e os detalhes do que fazemos se você quer ser uma de nós – Mine assentiu e voltou a se sentar no chão – eu vou começar me apresentando, eu me chamo Najenda e eu sou a líder da Night Raid e nós somos........

E assim Najenda passou a dar a mesma explicação que deu a Natsu e Happy no primeiro dia deles como membros da Night Raid.

Mine escutava tudo atentamente sem dizer nada, afinal essa era sua chance de fazer a diferença, e como Najenda era a líder do grupo, ela não podia perder pontos com ela logo de cara. Quando Najenda terminou sua explicação, Mine continuou a olhando em silencio, então ela perguntou.

Najenda: Eu sei que você já sabia onde estava se metendo graças a Natsu – ela olhou de relance para ele que coçou sua cabeça timidamente – mas eu tenho que perguntar mesmo assim – ela deu um trago em seu cigarro – Mine não é? – ela assentiu – Mine você tem certeza qu....

Mine: Eu tenho – Mine respondeu antes que Najenda pudesse terminar sua pergunta pegando todos de surpresa – eu não preciso pensar nisso antes de responder, eu sei muito bem onde eu estou me metendo vindo aqui e querendo participar – um sorriso sarcástico se esticou em seus lábios – também, eu duvido que vocês me deixassem ir embora depois de ter ouvido sobre vocês e ter visitado sua base secreta não é? – Najenda e Natsu sorriram.

Eles gostavam cada vez mais de Mine.

Najenda: Você é uma garota esperta não é? – Mine cruzou seus braços com um ar de superioridade e Najenda soltou uma pequena risada com isso – sabe eu realmente já gosto de você...... – ela balançou sua cabeça divertida.

Natsu assentiu concordando com Najenda e Happy suspirou.

Happy: ‘’Ótimo alguém com uma atitude ruim.......’’

Natsu: ‘’Eu estava certo em arrastá-la para cá........hmm, mas quando eu penso nisso, ela me parece familiar por algum motivo.......hmm sua voz talvez?’’ – Natsu começou divertido e terminou pensativo seu trem de pensamentos.

Nesse momento os outros membros da Night Raid chegaram de suas missões e entraram na sala de reuniões.

Conveniente como eles sempre chegam quando um há um novo recruta não é?

Eles ficaram surpreendidos ao verem uma garota que eles não conheciam conversando com Najenda e usando roupas sujas e o casaco de Natsu.

Lubbock: Ei quem é ela? – ele sussurrou para Leone que deu de ombros.

Leone: Nenhuma idéia – ela murmurou desinteressadamente, mas na verdade ela estava observando Mine com interesse, se ela estivesse ali, só podia significar que ela seria um membro.

Najenda viu os outros membros chegarem e se ajustou em sua cadeira, Natsu Happy e Mine os ouviram chegar e se viraram, Natsu sorriu ao vê-los, e sem que ele percebesse um pequeno rubor se formou em suas bochechas ao ver Akame.

Najenda: Agora que vocês chegaram, nós podemos apresentar nossa nova recruta – ela apontou para Mine – Essa é Mine, Natsu a conheceu na capital depois que sua missão acabou e a trouxe para cá para se juntar a nós – Leone zombou ouvindo isso.

Leone: Sério Natsu? – ela bufou – você não traz para nosso esconderijo a primeira pessoa que vê na capital – ela disse como se estivesse o repreendendo, mas na verdade ela só estava brincando com ele, mas Natsu sendo ele mesmo, não entendeu isso e inclinou sua cabeça com confusão.

Natsu: Mas não foi isso que você fez comigo Nee-san? – todos menos Sheele e Mine caíram para frente comicamente em Natsu não percebendo que Leone só estava zombando dele.

Mine levantou uma sobrancelha para com á maneira como Natsu chamava Leone, afinal qualquer um podia ver que eles não se pareciam em nada, mas resolveu guardar isso para si mesma.

Sheele: Leone, Natsu está certo, você fez exatamente isso com ele, então por que você quer repreende-lo? – ela disse com sua voz gentil habitual, mas sua expressão era de confusão.

Cabeça de ar.

Isso foi o que se passou na cabeça de todos menos Natsu ao ouvir o comentário de Sheele.

Leone: Jeez, vocês dois tem muito em comum sabiam? – ela murmurou e todos riram.

Najenda: Vamos continuar, pois nós estamos saindo do tópico aqui – ela disse divertida – Mine a partir de agora é uma de nós, então eu quero que todos se apresentem corretamente.

Bulat deu um passo à frente e disse.

Bulat: Eu sou Bulat, prazer em conhecê-la jovem senhorita – ele disse com um sorriso tão encantador que se ele não fosse gay, todos pensariam que ele estava tentando impressionar Mine.

Sheele: Prazer eu me chamo Sheele – ela se curvou educadamente. Sheele então se levantou e colocou um dedo em seu queixo – você e Natsu são parentes? Vocês têm a mesma cor de cabelo, sabe.

Uma gota apareceu na testa de Mine.

Mine: Não, não somos não...... – ela respondeu sem jeito sem entender o jeito de Sheele. Após sua resposta Sheele deu de ombros como se não se importasse com isso e ficou ao lado dos outros.

Lubbock: Eu sou Lubbock – ele a fitou intensamente a deixando desconfortável – ‘’hmm, ela não tem a forma de Leone-Neesan, mas certamente é bonitinha, é só ela se arrumar e.........’’

Sem que ele percebesse, ele começou a dar uma risada estranha e todos o encararão com desprezo enquanto o mesmo pensamento passava pela mente de todos.

Pervertido.

Mine, entretanto fechou o casaco de Natsu em volta de si protetoramente e olhou com raiva para Lubbock o fazendo recuar.

Natsu sorriu vendo isso.

Seus pensamentos de ela ser uma mini Erza se tornavam cada vez mais precisos.

Leone tossiu em sua mão e disse despreocupadamente.

Leone: Não se importe com o pervertido aqui – ela chutou Lubbock nas costas e pisou nas suas costas quando ele caiu – eu me chamo Leone, prazer – ela terminou animada.

Akame: Akame – foi tudo o que ela disse em sua voz monótona habitual.

Akame não era do tipo falador.

Bem com Natsu era um pouco diferente.

Por que será?

Mine: Eu me chamo Mine – ela disse simplesmente e virou ligeiramente seu rosto de lado. Ninguém exceto Lubbock pareceu se importar com sua atitude.

Lubbock: Ei, você poderia pelo menos ser mais educada ao se apresentar não acha? – ele perguntou rudemente e Mine virou seu rosto de lado por completo.

Mine: Isso pouco me importa, eu não estou aqui para fazer amigos, tudo o que eu quero é torcer a garganta daquele maldito ministro – ela disse rudemente e Lubbock rangeu seus dentes.

Lubbock: Ora sua – ele iria avançar em sua direção, mas Akame colocou seu braço na sua frente e sacudiu sua cabeça negativamente o fazendo parar – você ainda vai engolir suas palavras – ele murmurou mal humorado.

Natsu: Bem, melhor eu mostra o quarto vago para Mine, ela deve estar cansada depois de tudo hoje – ele disse efetivamente cortando o clima estranho que tinha se instaurado na sala.

Najenda: Você está certo Natsu, na verdade todos precisam descansar, amanhã nós podemos continuar – todos assentiram.

Natsu: Mine me siga – ele começou a andar e Mine e Happy o seguiram, claro que Happy estava fingindo ser um gato normal, quando eles chegaram até os outros membros Natsu parou e disse – oh eu já estava esquecendo – ele remexeu em seu bolso de trás e retirou um livro de lá – quando eu estava indo para minha missão, eu encontrei uma livraria e vi esse livro na vitrine e por algum motivo eu me lembrei de você Sheele – ele estendeu o livro para ela e todos ficaram com gotas nas suas cabeças ao vê-lo.

O livro era de capa dura e amarelo, na capa da frente tinha uma imagem de uma espécie de elefante azul com Kanjis impressos dentro, o que fez todos ficarem com as gotas foi a tradução deles.

Cem maneiras de se curar quando se é burro.

Bem nem todos ficaram com gotas, Sheele na verdade ficou com seus olhos brilhando ao ver o livro e o pegou rapidamente.

Sheele: Obrigada Natsu, isso vai me ajudar muito – ela o abraçou o que ele retribuiu.

Natsu: Não foi nada Sheele, mas eu realmente queria saber por que esse livro me lembrou de você – ele disse após eles se separarem do abraço e olhou para cima pensativo, fazendo todos tropeçarem no ar comicamente.

Sério será que eles não são parentes não?

Natsu: Bem vamos deixar isso para depois, vamos Mine – ele continuou andando e Mine o seguiu silenciosamente se perguntando se eles eram mesmo assassinos.

Afinal que grupo de assassinos agia desse jeito?

Essa pergunta é muito fácil de ser respondida.

A Night Raid é claro.

Quando Natsu Happy e Mine saíram todos se voltaram para Najenda.

Bulat: Chefe, por que Natsu a trouxe? – ele perguntou seriamente – eu não acho que ela só pediu isso a ele e ele fez, ele deve ter tido um bom motivo não é?

Najenda assentiu e se levantou.

Najenda: Ele quer que eu dê Pumpkim pára ela – ela disse simplesmente e todos arregalaram seus olhos.

Lubbock: Najenda-san, você não pode fazer isso, um Teigu é algo muito valioso para se dar assim, e esse Teigu em especial é o seu – ele disse em protesto.

Najenda: Primeiro nós vamos ter que testa sua compatibilidade, e eu espero que ela seja compatível, vai ser bom colocar Pumpkim em uso de novo – Lubbock iria protestar, mas Najenda levantou sua mão o impedindo – eu te entendo Lubba, mas eu nem uso mais o Pumpkim, um Teigu desses é muito valioso como você disse, mas se eu não der um uso decente a ele, ele não será nada mais do que um monte de ferro sem utilidade.

Lubbock queria protestar mais, mas ele sabia que Najenda estava certa, e também ela era líder deles, suas decisões eram finais e todos sabiam disso.

Ninguém da Night Raid nunca cometeria insubordinação.

Leone: Mas você acha que ela poderá ser capaz de usá-lo? – ela perguntou curiosamente.

Najenda: Natsu acha que sim, ele disse que ela tem uma mira muito boa e parece ser uma coisa natural, esse é um dos requisitos mínimos para usar Pumpkim, e eu resolvi dar um voto de confiança para ele – ela disse calmamente.

Akame virou suas costas e começou a sair.

Lubbock: Aonde você vai Akame-chan? – ele levantou uma sobrancelha com curiosidade.

Akame: Chefe mandou todos descansarem, e eu vou fazer isso – ela disse calmamente, e Leone sorriu maliciosamente.

Leone: Você diz isso, mas na verdade vai esperar Natsu no lugar privado de vocês não é? – todos podiam ver Akame corar com suas palavras.

Uma das maneiras mais fáceis de fazer Akame demonstrar emoções fortes era a provocando sobre Natsu ou o ‘’lugar privado’’ deles como Leone gostava de chamar, desde que ambos começaram a se encontrar todas as noites na varanda da área de treino e os outros descobriram isso, eles tem provocado ambos incessantemente.

Akame: Eu não sei do que você está falando – ela disse meio perturbada e saiu andando ao som do riso dos seus amigos.

Akame não sabia ao certo ainda o que era, mas o que começou como curiosidade e interesse sobre Natsu vinha evoluindo com o tempo, e vinha se transformando em um sentimento que ela não sabia ao certo o que era. Tudo o que Akame sabia, era que ela ansiava pelas horas da noite que ela conversaria com Natsu, e sempre sentia sua falta quando ele não estava por perto, quando ele estava longe era como se ela estivesse vazia por dentro, estar perto dele era trazia um sentimento que ela gostava muito, mas não sabia o que era.

Com Natsu.

Natsu levou Mine para o segundo andar da base onde tinha mais quartos vagos, Natsu Mine e Happy não trocaram nenhuma palavra o caminho inteiro, Natsu sabia que Mine tinha problemas em falar com as pessoas, ela tinha visto o lado ruim delas antes, por isso era meio difícil conversar.

Ele sabia que experiências ruins e traumáticas mudavam as pessoas e fazia com que elas criassem uma personalidade diferente para se protegerem, mas no fundo elas só tinham medo de sofrer de novo. Ele conhecia bem alguém que era assim.

Erza......

Ele não a conhecia na época em que ela entrou na guilda, mas ele sabia como ela agia e que Gray se aproximar dela foi o que ajudou em sua mudança, Erza se mantinha afastada das pessoas e não queria fazer amigos para não se magoar de novo, tudo o que ela queria era proteger seus sentimentos, e Mine estava nesse mesmo caminho.

Mas Natsu não deixaria que ela ficasse assim por muito tempo, ele se tornaria amigo dela ou ele não se chamava Natsu Dragneel.

......

Mine o caminho inteiro olhava de relance para Happy, ela não tinha reparado antes, mas ela nunca tinha visto um gato azul antes, e ela estaria mentindo se dissesse que não achava ele bonito.

Ela também achava curioso como ele sempre seguia Natsu por onde ele fosse sem que ele precisasse chamá-lo, até parecia que ele era mais inteligente do que os gatos comuns.

Depois de alguns minutos de caminhada Natsu finalmente parou na porta de um quarto e abriu a porta. Ele então entrou e Mine e Happy o seguiram.

O quarto era grande, ele tinha uma cama um guarda roupas e uma janela no lado esquerdo dele, sua mobília era escassa, mas tinha mais do que espaço de sobra para colocar mais coisas.

Natsu: Bem, a partir de hoje esse é o seu quarto, não tem muita coisa nele, mas você pode comprar mais coisas conforme for ganhando dinheiro com nossas missões – Natsu disse sorrindo.

Mine estava encantada com o quarto, sim não era nada de especial para algumas pessoas, mas para ela que não tinha nem mesmo uma casa, era como se fosse um palácio, ela não queria demonstrar, mas estava muito feliz com seu quarto.

Mine: E-ele e-sta be-m para mim – ela gaguejou ao tentar esconder que gostou muito do seu quarto – ah – ela retirou o casaco de Natsu com alguma relutância e o estendeu – obrigado por isso – ela murmurou.

Ela gostava do casaco, mas não era dela e ela tinha que devolver e ela sabia disso.

Natsu olhou para Mine alguns instantes então pegou o casaco e mexeu nos seus vários bolsos que existiam dentro dele assim retirando várias adagas e as colocando no chão. A boca de Mine se abriu em choque ao ver isso, pois pelo tempo todo em que ela usou esse casaco ela não sentiu nenhuma dessas armas nele.

Mine: O-o-que?

Natsu: Eu escondo várias armas nas minhas roupas, nesse tipo de profissão nunca se sabe quando se vai precisar – ele então estendeu o casaco na direção de Mine – tome, eu sei que você gostou dele, eu tenho vários desses, você pode ficar com esse como um presente de boas vindas o que acha? – ele disse sorrindo e o rosto de Mine se iluminou.

Mine: Obrigada – ela rapidamente pegou o casaco e o colocou de novo – ‘’eu nunca ganhei um presente antes.......’’ – ela ainda tinha um sorriso em seu rosto, mas então percebeu como estava agindo e fechou sua cara e virou seu rosto – ‘’o que eu estou fazendo? Eu acabei de conhecer ele, e já estou confiando nele mais do que é seguro, as pessoas mentem, eu posso ter me metido em uma armadilha e nem sei......’’ –  ela passou suas mãos pelo casaco e sorriu minimamente – ‘’mas é bom ganhar um presente.......’’

Natsu: Bem, eu acho que já vou – ele iria saindo com Happy o seguindo, mas parou quando Mine segurou seu braço – hmm, o que foi Mine?

Ela se ajoelhou na frente de Happy.

Mine: Ele é seu? – Natsu assentiu – você o treinou?

Natsu: Não, por quê? – ele estava confuso.

Mine: Ele parece ser muito inteligente, e sempre te segue mesmo que você nunca diga nada – ela estendeu sua mão cautelosamente e arranhou Happy atrás de sua orelha e ele soltou um ronronado involuntário e Mine sorriu.

Natsu: Ah....... – seu rosto se iluminou com a compreensão do que ela estava falando – não, eu nunca o treinei, você poderia dizer que Happy simplesmente é muito inteligente – ele piscou para ele – bem eu tinha me esquecido, mas amanhã você pode tomar um banho, já esta muito tarde e é melhor você descansar agora – ele viu que Mine ainda olhava Happy – se você quiser, ele pode ficar aqui essa noite o que acha?

Happy olhou para Natsu, mas ele olhou de volta com um olhar que dizia: Fique aqui, você não está vendo que ela gostou de você?

Happy ficou quieto e Mine disse.

Mine: Sério? – seu rosto se iluminou, mas então ela tossiu e virou seu rosto de lado – não precisava, mas obrigada.

Natsu riu vendo isso pegou suas adagas e saiu pela porta.

Natsu: Boa noite Mine.

Ele fechou a porta e Mine pegou Happy em seus braços e se sentou na cama com ele em seu colo mexendo em suas orelhas dando a ele um sentimento confortável.

Mine: Será que eu posso confiar neles? – ela falava consigo mesma, mas realmente esperava uma reposta, mas ela sabia que não a teria, ou pelo menos achava.

Happy: Claro que você pode – ele disse rapidamente, e Mine parou de fazer carinho nele com seus olhos indo à largura de pratos.

Mine: Você falou?......- ela riu nervosamente – claro que não, eu acho que o dia simplesmente foi cheio demais.

Happy: Primeiro, por que você parou o carinho? Eu gosto dele, segundo é claro que eu falei.

Mine olhou em choque para ele.

Mine: Eu estou tendo alucinações? – ela perguntou em choque e Happy sacudiu sua cabeça.

Happy: Não você não está, eu realmente posso falar, todos da Night Raid sabem disso, eu só estava quieto até agora para não assustá-la, mas agora que estamos sozinhos, e você é uma de nós, eu achei que devia me apresentar devidamente – ele se virou para ela – eu sou Happy, o parceiro de Natsu.

Ele sorriu para ela, e Mine o olhou por vários momentos em silencio então suspirou.

Mine: Ok......eu me surpreendi, mas se todos sabem que você fala, então eu acho que não estou tendo alucinações.......e é legal conhecer um gato falante, eu nunca vi um antes – ela murmurou, mas Happy escutou.

Happy: Eu sou o único nesse mundo – Mine se surpreendeu, mas Happy continuou – e você queria saber se podia confiar neles não é? – Mine assentiu – então eu te respondo, você pode confiar completamente neles.

Mine: Você tem certeza? – ela perguntou cautelosamente e Happy sorriu.

Happy: Eu sou um gato falante, é claro que eu tenho certeza, existe alguém mais confiável do que um gato azul e falante? – ele disse sorrindo e Mine soltou uma pequena risada depois de muito tempo sem rir.

Mine: Você não faz sentido nenhum......

Happy olhou para seu sorriso e percebeu que ele era meio forçado, ele podia ver que ela tinha dificuldades em sentir felicidade, mas ele não podia culpá-la depois da vida que ela deve ter tido.

Happy: Ei, ainda está um pouco cedo, você quer conversar, eu posso lhe contar coisas constrangedoras sobre os outros membros o que acha? – ela sorriu de canto.

Mine: Claro.....Happy.

......

Sem que nenhum deles soubesse, Natsu estava encostado na parede de fora do quarto. Ele estava com seus braços cruzados e estava sorrindo.

Natsu: Deixe para Happy fazê-la feliz mesmo que um pouco – ele franziu sua testa – mas eu sei que era meio forçado – ele suspirou e sorriu – mas você logo, logo estará sorrindo genuinamente Mine.

Ele se desencostou da parede e saiu andando na direção da varanda da área de treinamento, estava na hora de seu tempo sozinho com Akame.

Eles tinham esse tempo quase todas as noites, e sempre ansiavam muito por ele.

Continua.