Narrador
Os Nuei chegam ao palácio, à sala do trono, e são recebidos por um cumprimento pouco efusivo dos Briefs, e os mesmos fazem uma reverência à família real. Estavam presentes Lana, os seus pais e o seu irmão mais velho, que aparentava a mesma idade de Vegeta.
- Sua majestade, estamos aqui a seu pedido, mas saiba desde já que nada que nos possa oferecer vai fazer com que aceitemos a anulação do casamento do seu filho com a minha filha. Sua majestade deu a sua palavra! Bem como sua falecida esposa! Isso deveria valer de alguma coisa.- O saiyajin mais velho falava de forma respeitosa, mas determinada.
- Repare, meu filho não poderia saber que o planeta Vegeta iria voltar a existir e que nós seríamos ressuscitados com ele. Ele refez a sua vida e não seria justo que o meu filho esperasse por quem já estava morto, convenhamos!- O rei se levanta do seu trono.
- Muito bem, até entendemos isso, mas para tal, basta anular o casamento com a terráquea e cumprir agora com a vossa palavra!- O patriarca da família Nuei falava apontando para Bulma, que já espumava.
Kaya fez-lhe sinal com a cabeça e com uma das mãos para que não falasse nem fizesse nada. Elas deveriam manter-se fiéis ao planejado. Mas o ki de Bulma… Meu Deus, o ki de Bulma estava num nível de irritação estratosférico. Quem aqueles saiyajins pensavam que eram?! Ela e Vegeta tinham uma família juntos, ela lutou por ele todos aqueles anos, aceitou suas falhas, fez dele um homem melhor, um homem que sabia deixar uma mulher sem fôlego e agradá-la, apenas para agora vir uma vagabunda retirar o seu homem?! Ah não! Bulma Briefs não iria aceitar isso! Os olhos de Kaya se estreitavam olhando para a sua tia e sua boca se contraía, Kaya percebia que ela estava quase perdendo o controlo. Bulma respirou fundo, procurando então se acalmar.
- Portanto, sua alteza, a menos que esteja disposto a casar-se com a minha filha, não vejo de que outra forma possamos resolver esta questão.- A mãe saiyajin se dirigia agora a Vegeta.
- Quanto?- A voz serena e baixa de Kaya cortava o silêncio que se fizera na sala por alguns minutos.
- Desculpe?!- Litus Nuei questionava a princesa, que o olhava impassível, com uma expressão indecifrável no rosto.
- Meu nobre senhor, talvez não me tenha ouvido. Eu perguntei quanto. Quanto vocês querem para anular esse casamento ridículo.- A serenidade e frieza da poderosa saiyajin chegava a assustar até Vegeta.
- Mas… Princesa… Veja bem… Não se trata de dinheiro! Trata-se da palavra do seu avô, que prometeu casar seu filho Vegeta com minha filha Lana! Somos fiéis ao trono há muitos anos, contribuímos muito para este império, para ele ser hoje o que é!- Litus começava a se exaltar, mas deveria ter cuidado, pois todos conheciam bem a ira da princesa Kaya, e das suas façanhas em batalha e seu enorme poder. E Vegeta… Bem… Vegeta era uma força da natureza, impiedoso, o herdeiro. Melhor não mexer com eles, os Nuei sabiam que não iam conseguir vencer por força.
- Meu senhor, se me permite… Eu sei que vocês estão há muito falidos. Este casamento de fachada serviria apenas para que vocês fizessem parte da família real, e pudessem recuperar um pouco dos maus investimentos que fizeram. Todos nós sabemos bem da predileção do seu filho mais velho por jogo, mulheres e bebida.- Os Nuei engoliam em seco… Não dava para negar. – Aliás, nós estamos sendo até bastante generosos! Poderíamos anular este casamento mesmo sem vos dar nada em troca!- O sorriso sarcástico nascia nos lábios da saiyajin.
- Como?! Princesa, me desculpe, mas penso que está se excendendo!!!- Estava sendo difícil para Litus aceitar tanto desaforo junto, ainda para mais vindo duma saiyajin que tinha quase idade para ser sua neta.
- Eu não queria ter usar isto, mas terei… Você pode ainda não estar ao corrente, mas o seu primogénito não é propriamente a imagem da fidelidade, pois não?!- Kaya olhava o saiyajin Nuei, abanando a cabeça, e sorrindo em ironia, perante o olhar assustado deste. – Vai contar para a sua família ou conto eu?!
Os Nuei o olhavam agora… De que droga a princesa estava falando?!
- Pai, eu… eu cometi um erro…- Se desculpava o saiyajin.
- Só um?!- Bulma atirava.
- Eu…
- Sim, nós descobrimos os seus filhos bastardos. O que dirão todos?! Afinal o casamento saiyajin é sagrado, a infidelidade é considerada um delito grave, sobretudo havendo bastardos!- Bulma começava a deixar se apoderar por sua raiva. - E você Lana… Oh Lana, os casos com os homens casados! Ou pensa que também não descobrimos isso?!- Bulma e Kaya se olhavam, orgulhosas de si próprias por terem conseguido descobrir os podres dos Nuei em tão pouco tempo. Chantagem era o nome do meio daquelas duas! Vegeta as olhava aterrorizado, quase. Ele tinha percebido que elas tinham um plano mas não tinha conseguido sacar nada das duas, e agora as via ali, resolvendo aquela trapalhada, jogando sujo mesmo.
Os Nuei não sabiam o que dizer. Eles estavam gelados.
- Bem, como eu estava dizendo… Ainda assim, nós estamos dispostos a não revelar todos estes pormenores comprometedores, e para demonstração da nossa boa fé, e para que ninguém desconfie, ainda vos daremos uma gratificação em troca de esquecerem esta coisa ridícula de casamento, e claro, da vossa fidelidade à coroa. – A altivez, superioridade de Kaya chegava a ser assustadora.
- Mas princesa, não é só sobre dinheiro… - O patriarca Nuei tentava falar quando foi interrompido.
- Todo o mundo tem um preço, eu aprendi isso. Vocês não são excepção.
- Princesa, nós…- Novamente interrompido.
- E que tal um planeta?! O capitão Hunio me deu bastantes. Posso dar-vos um. Desabitado, claro, mas ainda assim, um planeta. Renderá sempre bom dinheiro, e ao menos terão o vosso nome na posse de alguma coisa.- Ela concluiu. Seu avô e Vegeta a olhavam espantados. Kaya tinha-se tornado numa mulher poderosa e inteligente, lidando com as situações de forma astuta. Ela não conhecia o verbo perder, era claro.
- Bem… Se vossas altezas aceitarem manter a descrição… eu penso que poderemos ter um acordo. – Anuía o mais velho Nuei, reconhecendo a derrota.
- Óptimo!- Os olhos azuis brilhavam em sinal de vitória.- Podemos fazer a escritura agora mesmo.- Kaya falava decidida.
Rapidamente foram chamados funcionários notariais para tratar da papelada necessária, e agora os Nuei tinham um planeta, e em troca se retraíram publicamente da pretensão do casamento. Tudo corria bem para os Briefs.
- Minha querida, foste incrível!- Bulma dava um beijo redondo na face da sobrinha.
- Oh, tu também! Eu pensei que não te fosses controlar! Ainda bem que não és uma saiyajin!- Ela ri. – Mas eu não fiz nada para além da minha obrigação.- Kaya sorri tranquila.
- Obrigado. Estiveste bem garota. – Vegeta lança um olhar aprovador na direcção da sobrinha e ela agradece de volta. Eles comunicavam assim, com poucas palavras, alguns olhares, mas se entendiam na perfeição. Vegeta era para Kaya, o mais próximo que ela tivera de um pai, e Bulma era praticamente sua mãe, ela faria qualquer coisa por eles sem hesitar.
- Sabem o que está faltando?!- Bulma se entusiasma e Vegeta já foi pressentindo o perigo… Quando a terráquea se entusiasmava assim, normalmente era sinal de besteira vindo daquela cabecinha. – Tu não tens mais de casar com Hunio, Vegeta é só meu, nossos planetas estão em paz! Quantas vezes podemos dizer isso? Pois eu digo que precisamos celebrar estes acontecimentos com pompa e circunstância! – Vegeta bufava, já imaginando uma festa inútil terráquea, e Kaya, claro, já estava toda feliz com a ideia.
- Sua alteza e Bardock também estão convidados! Vai ser uma festança!- Os dois também se animaram com o plano de visitarem a Terra e de uma festa.
- Aceitamos com prazer minha nora!- O rei dá um sorriso largo.
- Óptimo! Vamos para a Terra, mal posso esperar! Kaya…- Bulma faz sinal para a sobrinha e ela e Vegeta vão para junto dela, encostando as mãos em seus braços. Bardock e o rei se olham, não entendendo nada, até que Kaya ri:
- Avô, Bardock, venham! Não preciso mais de naves. – Ela dá uma piscadela para eles, que, desconfiados, tocam também na saiyajin. Em espaço de segundos estavam na Terra, nos jardins da Corporação Cápsula, e Bardock e o rei abriam a boca em espanto.
- Como você fez isso?!?!- Os dois perguntaram em uníssono.
Kaya ri novamente:
- Demorei muito tempo para aprender, mas é a técnica da teleportação instantânea, permite-me ir em qualquer lugar, sob determinadas condições. Todos falam animados, o rei brinca com os seus netos, e Bardock com Goten e depois conversa com Gohan, que entretanto tinha chegado para ver seu avô.
Todos estavam felizes. Todos… Menos Kaya, que tinha um monte de dúvidas e agora lhe caía novamente a ficha sobre aquela noite de há 2 dias, em que Kaka lhe dera um fora.
Ela precisava de ver Kakarotto. Sairia sem ninguém dar conta, todos estavam entretidos, e Bulma já começava organizando a festa de amanhã, falando com seus amigos, com pessoas influentes da cidade, organizando decoração e catering. O tema? Baile de máscaras. Chique, sofisticado, dress code Black Tie e máscara… Vegeta já bufava de se imaginar enfiado num smoking, enquanto todos os outros estavam excitados com o assunto.
Kaya estava na cozinha, bebendo apenas um copo de água, quando de repente… Aquela presença. Inconfundível, ensurdecedora sem dizer uma palavra. Ela podia sentir os olhos negros a queimando atrás dela, o calor do desejo que já emanava daquele corpo, o cheiro… Meu Deus, o cheiro! Kaya fecha os olhos e cerra os dentes, se obrigando a ser pragmática. Ela estava brava. Por isso se afastou quando Black ia a agarrando por trás.
- Eiii! Gata, o que houve?- Black questiona, vendo Kaya o olhando com raiva, se afastando dele.
- Nada!
- Como nada? Porque me estás olhando assim?!
- Ora, porque sou louca! Sabes como é, um momento digo que quero uma coisa, no momento seguinte cancelo, mudo de ideias!- Ela estava brava. Ele é que ainda não sabia o quanto.
- Foi mal gata, me perdoa... Mas surgiu uma coisa, e eu tive de ir! Vou compensar-te… - O moreno sorri, malicioso, mas os olhos azuis quase o fuzilavam.
- Tiveste de ir?! Será que tiveste mesmo?? O que era assim tão importante, podes dizer-me?- Black era capaz de jurar que via facas afiadas voando na sua direcção. Naquele momento, ele tentou pensar numa desculpa qualquer, mas não sabia qual. Nenhum motivo era forte o suficiente para ele querer se afastar daquela mulher, mas ele tinha feito isso com ela, e agora era a hora de pagar.
- Eu… Kaya, por favor… Confia em mim! - Ele diz, pedindo.
- Sabes que mais?- Ela range os dentes. Vem merda, pensou Black, o ki dela começava a aumentar… Ele a olhava com os olhos arregalados, dentro desse ki estava… Um pouco do ki maligno que ele lhe tinha passado, só não tinha previsto que agora pudesse ser usado contra ele. – Hoje preciso ficar sozinha, não me estou sentindo bem. Te vejo amanhã na festa. – Black já ia abrindo a boca, mas não teve nem chance.
- Se falares agora é pior. Aconselho-te a não dizeres nada se ainda quiseres vir amanhã. Não me procures antes. – E tão depressa ela desapareceu da vista do impostor, saindo para um lugar isolado onde pudesse extravasar a sua fúria e frustração.
Black bufou. Não era nada disso que tinha em mente. Tudo o que ele queria era possuí-la novamente, seu corpo já estava em carência pelo dela, tinha algumas horas que eles não estavam juntos e ele mal se podia aguentar. O sangue fervia em suas veias, o desejo era demasiado intenso, ele precisava senti-la, estar dentro dela o mais depressa possível, era quase como uma droga. Mas, apelando a todo o seu autocontrole, acalmou aquela vontade febril e começou a normalizar a temperatura do seu corpo. Cabeça baixa, mãos apoiadas na mesa alta de centro da cozinha. Só uns minutos mais para se acalmar. Iria fazer o que ela lhe pediu, não queria que ela ficasse ainda mais brava. Mas ia custar, oh se ia! Resolve então se aprumar para a festa. Sim, ele iria comprar o smoking mais elegante alguma vez visto, ele determinou como sua missão estar o melhor possível naquela festa. Ele sabia que seria difícil para Kaya resistir-lhe em um smoking…
Anoitecendo, com Kaya fechada no quarto já dormindo, os meninos rendidos ao sono, os convidados acomodados, a casa tranquila, silenciosa, Vegeta resolve ir espreitar a sua Bulma, que estava tomando banho. Ele vislumbra aquela pele branca, imaculada, ela se banhando com a esponja em todos aqueles locais que ele conhecia tão bem e queria desesperadamente beijar. Sem que ela notasse, ele começou retirando sua roupa, ficando nu, decidindo entrar no banho junto com ela. Bulma deu um pequeno suspiro sentindo uma presença atrás de si na cabine do chuveiro, aquele espaço exíguo para duas pessoas, mas rapidamente se acalmou quando percebeu que só podia ser o corpo quente do seu amado. Ela se vira para o beijar, ao que ele corresponde, sedento, e os dois se beijam apaixonadamente até ficarem sem ar. As mãos de Vegeta já estavam percorrendo as curvas delicadas e delineadas do corpo de Bulma, que gemia baixinho a cada carícia. Ele a espreme mais contra a parede, queria mostrar para a sua fêmea quem mandava.
- Mulher, o que fizeste hoje foi excitante…- Ele diz, beijando o lóbulo da orelha de Bulma, que se derretia em seus braços.
- Hmmmm Vegeta… Isto é mais!
- Terei de concordar! Ahahaha- Ele dá uma risada maliciosa, enquanto aperta os seios da mulher. Vegeta depois a vira de frente para a parede, a pressão subia a cada segundo, Bulma já estava tão pronta, ele sabia. Então, ele a penetra vigorosamente, sentindo o espasmo do corpo dela perante aquele sexo mais bruto e não anunciado.
- Ahhh… Vegeta!- Bulma gemia excitada, a primeira estocada era sempre a mais forte. Ele entrava e saía de dentro dela sem pudor, já estava esquentado demais com tudo o que se tinha passado naquele dia. Ele sentia o corpo da mulher se arqueando, o bumbum empinando em direcção ao seu quadril, a vontade que ela demonstrava em ser possuída por ele.
- És uma safada mesmo, não é?- Ele sorri de canto. – Queres mais forte?
- Oh sim meu amor, mais forte… - Ela gemia já bem alto, e naquele momento já dizia o que quer que fosse. Vegeta aumentou então o ritmo e profundidade das suas estocadas, e os dois chegaram ao clímax juntos. Ele a vira e os dois se beijam novamente, satisfeitos e esgotados, indo se deitar nus mesmo.
O dia amanhece e a Corporação Cápsula estava numa correria só. Decoração e catering começavam a chegar, preparativos na cozinha, o salão de festas imenso precisava de ser aprontado. Bulma estava já acordada, dando ordens para todo o mundo, organizando a maior festança.
Kaya acordou com todo aquele rebuliço, com o pior humor de sempre. Não estava com vontade nenhuma de festas mas não podia fazer a desfeita para sua tia. Decidida a se acalmar, ela foge para se refugiar num spa. Mal ela sabia que a sua noite iria ser tão conturbada que o spa foi a melhor decisão que poderia ter tomado…
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