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História Dream - Àguas Passadas


Escrita por: Helyyyy

Notas do Autor


Essa é a minha primeira fanfic, já venho logo avisando que não tenho tanta experiência com isso. Vou tentar postar todos os finais de semana (contando com sexta) e caso eu não esteja tão ocupada, posto na terça também. ^^

Boa leitura <3

Capítulo 1 - Àguas Passadas


Fanfic / Fanfiction Dream - Àguas Passadas

Carolyne - Já são 10:46 da manhã e você aí jogada nessa sua cama! Vamos, levanta! (Sério isso? Carol sabe ser uma irmã irritante.)

Helena - Já vou levantar... (Eu disse com uma voz trêmula e sem ânimo algum, afinal, não conseguia nem abrir os olhos, tava na cara que eu não tava nem um pouco com energia pra levantar)

Carol - Sério irmã, você precisa levantar! Tia Ângela está preocupada contigo, Vai ficar jogada aí o dia inteiro mesmo?

Por mais que eu quisesse e não tivesse ânimo pra levantar, não teria como continuar dormindo, Carol é a caçula, e continua a mesma desde quando criança. Sinceramente, ela é um ótimo despertador. O bom da Carol é que ela é sempre otimista e bem persistente, desistir não é com ela. Foi por ela que eu consegui superar o luto de nossos pais. Morreram em um acidente de carro, quando eu estava completando 10 anos de idade, e faltava três semanas para o aniversário de Carolyne onde ela completaria 9 anos. Nossa tia, Ângela, ficou responsável por nós duas por nove anos. Eu e Carolyne sabemos nos cuidar, mas acabamos nos apegando, então Ângela ainda mora conosco.

Helena - Tudo bem, eu desisto! (Independente do quando eu continuaria lutando pra continuar deitada ali, Carol continuaria insistindo e eu não conseguiria voltar a dormir mesmo, então o melhor seria levantar de uma vez e me arrumar pra ficar jogada no sofá como sempre. Então eu só me levantei, e comecei a arrumar o meu quarto que estava uma bagunça.)

Carol - Não é por mal não, mas você dorme que nem uma pedra mesmo em! (Enquanto dizia suas chatices, pegou o meu celular.)

Helena - Carol, me devolve. (Fui pra cima dela pra tentar pegar meu celular. Não que eu fique incomodada com isso, eu não dava a mínima, até porque eu conto tudo pra ela, detalhe por detalhe.)

Carol - 11 ligações, 6 mensagens, Dake não para de encher a porra do seu saco em! (Cala a boca Carol, sério.)

Helena - É, ele ganha de você. São idênticos! A única diferença é que eu não te odeio. (Terminei de arrumar meu quarto, finalmente, e ela estava sentada na minha cama me olhando com os braços cruzado)

Carol - Eu também te amo. Vê se dá um jeito de descer porque a tia tá preocupada contigo. (preocupada?) Eu estou indo ver o Kentin, um beijo pra você e pro seu ex otário. (Revirei os olhos)

Helena - Eu só vou tomar um banho e me arrumar, e finalmente eu desço. (Ela piscou e saiu do quarto, como se não tivesse ouvido nada do que eu tinha dito. Eu amo ver minha irmã feliz assim, ela e Kentin ficam ótimos juntos.) Ai, ai...

Fiz um coque mal feito no cabelo e entrei debaixo do chuveiro, eu não tava com ânimo nem pra lavar o meu próprio cabelo. Então tudo o que eu fiz foi me esquecer de tudo e me concentrar no meu banho, quando começo a escutar batidas na porta. Terminei o meu banho, me enxuguei e em seguida me enrolei na toalha e fui atender a porta.

Ângela - Poxa Helenna, Que demora! (Realmente, eu havia perdido a noção do tempo em que eu estava debaixo do chuveiro.)

Helena - Me desculpe por isso, Angel.

Angel - Não tem problema Helenna, mas eu estava preocupada contigo... (Cara, eu já ouvi essa palavra umas dez vezes só hoje, sem contar que eu mal acordei) Não anda tomando café da manhã, tá deitada aí desde às 16:00 de ontem, quer ficar sozinha, você não liga mais para os seus amigos... (Lenna é o meu apelido que ela usa desde quando eu era pequena, o que eu acho muito fofo até.) O que tá acontecendo com você? (Tudo bem que eu estava diferente ou até mudada, realmente ela tinha razão, mas eu estava mal e ela tinha que aceitar esse fato. Inclusive, ela até sabe o porquê de eu estar arrasada.)

Helenna - Você sabe que eu não ando muito bem, não é? (A resposta era meio óbvia até, mas se ela sabia o motivo de eu estar assim, deveria compreender.)

Angel - Sei sim, Helenna. Mas você tem que superar, tava na cara que Dake era só mais um de muitos outros cafajestes. (Cafajeste é pouco pra aquele filho da puta) Você deveria saber que é natural caras nessa idade fazerem mais merda que o normal. (Tudo bem, eu já tinha entendido. Eu não queria falar sobre isso, eu quero superar. E se não puder superar, vou superar o vício de falar a respeito.)

Lenna - Eu já sabia que o lance ia acabar, mas eu não tô afim de falar sobre isso Ângela. (Eu realmente não estava nem um pouco disposta a falar sobre isso, eu desmoronaria a qualquer momento ali caso começasse a falar sobre aquilo, e tudo que eu menos queria agora era que a minha tia me visse chorar.) Vou superar.

Angel - Tudo bem, não tem problema. (Eu pude perceber que ela estava um pouco que decepcionada ou triste por eu não ter me aberto com ela, mas eu realmente não poderia fazer isso, pelo menos, não agora.) Vou esperar você lá em baixo.

Helenna - Já estou indo. (Ela me olhou, deu um sorriso bobo sem mostrar os dentes e fechou a porta em seguida)

Dake é surfista, ele vinha diariamente aqui em casa e a gente se encontrava sempre na praia. Estávamos completando 6 meses de namoro e em comemoração ele me convidou pra sair, disse que me pegaria em casa às 20h00 mas não apareceu. Eu tinha colocado um vestido tomara que caia preto e um salto da mesma cor (LINK NAS NOTAS FINAIS). Eu fiquei preocupada porque em ocasiões assim ele não se atrasava ou chegava sempre mais cedo. Já era 21h30 e eu não tinha nem notícias dele, então resolvi ir atrás.

A casa dele não era muito longe da minha, devo ter levado no máximo uns 15 minutinhos pra chegar até lá. Eu não estava gostando nem um pouco da situação, muitos carros estacionados em frente à casa dele, o som estava tão alto que eu tinha uma leve impressão de que a qualquer momento a casa do Dake explodiria. Foi difícil achar uma vaga pra estacionar o carro, mas consegui. Desci do carro com os meus saltos na mão e fui correndo em direção a entrada da casa, mas vi Carlos (amigo de Dake) se agarrando a uma loura dos olhos verdes. É, ninguém estava sóbrio naquela merda! Fui em direção ao Carlos, pra perguntar onde estava Dake:

Helenna - Carlos! CARLOS!! (A atenção da loura foi voltada pra mim, o que fez com que ele parasse de beijá-la e me notar também)

Carlos - OI HELENNA! (ele estava bêbado pra caralho mesmo)

Helenna - CARLOS, AONDE ESTÁ O DAKE? (A loura revirou os olhos)

Carlos - EU NÃO SEI, A ÚLTIMA VEZ QUE EU O VI FOI NO ANDAR DE CIMA! (Eu estou com um pressentimento muito ruim e com muito medo de ele ter feito alguma mancada comigo) MAS SE EU FOSSE VOCÊ NÃO IRIA ATRÁS DELE AGORA! (A loura dos olhos verdes saiu do lado de Carlos e se aproximou de mim, colocou algumas mechas de cabelo atrás da minha orelha e começou a cochichar no meu ouvido)

??? - Ele está lá em cima... (Sua voz era tão suave e doce, não parecia estar bêbada como todo o resto das pessoas que estavam ali) Se tiver coragem, vá até lá e veja com os seus próprios olhos com quem você perdeu seu tempo. (Meu coração que já batia muito forte, mas agora estava a mil e eu estava tremendo. Só de pensar na possibilidade de ele ter realmente feito alguma merda que fosse acabar com o nosso relacionamento meus olhos começaram a lacrimejar) Não chore, ele não merece você. (a loura enxugou minhas lágrimas com o seu polegar) Meu nome é Lizzy, mas pode me chamar de Lyz. Caso queira entrar em contato comigo peça meu número ao Carlos, ok? (Eu concordei com a cabeça sorrindo sem mostrar os dentes. Me afastei dela, indo em direção a escada que dava no andar de cima)

Enquanto eu subia aqueles degraus, flashbacks dos momentos que tive com Dake atacavam a minha mente, o que não era nada bom pra mim que se encontrava naquele estado no momento. Finalmente consegui subir todos aqueles degraus, numa dificuldade absurda mas cosegui. A minha vontade agora era desistir, mas eu continuei mesmo sabendo que algo ruim viria. Minha respiração estava ofegante e parecia que o meu coração a qualquer momento sairia do meu peito. O primeiro lugar em que eu pensei que ele estaria, seria o seu quarto.

Helenna - Por favor, não seja o que eu eu estou pensando... (Eu disse baixo, andando até a porta do quarto de Dake.)

Eu encostei minha testa na porta e isso me ajudou a escutar o que estava acontecendo dentro daquele quarto.

??? - Isso! VAI! Mais forte, DAKE! (Desde então o meu mundo desabou...)

??? - Você é boa... (Me escostei na parede ao lado da porta e apesar do som estar ridiculamente alto, eu pude escutar os gemidos tanto de uma voz feminina como de uma voz masculina, o que me fez ficar cada vez mais fraca e acabei me perdendo nos meus próprios pensamentos. "Como eu pude confiar nele?", era como se eu estivesse num abismo "Por que me deixei sofrer por um homem como o Dake?" onde essas palavras ecoavam por toda a minha cabeça "Ele não merece o que eu já fiz por ele..." quando pude perceber eu estava sentada no chão, soluçando com as mãos em meus cabelos.) Eu sou uma burra! (Disse batendo minhas mãos com o punho fechado no chão)

     Esfreguei meus olhos tentando impedir que continuasse chorando, olhei para as minhas mãos encarando toda aquela maquiagem que foi em vão... Me levantei com intenção de ir embora dali. Fiz um coque mal feito, peguei meus saltos e respirei fundo até que...

Dake – Helenna?! O que você...(Uma ruiva estava saindo do quarto e voltou seu olhar pra mim)

Lenna – Vai pro inferno, filho da puta! (Disse me virando e saindo dali. Eu estava mais puta do que triste, eu nem estava triste afinal! Eu estava machucada. A sensação de ser traída é muito ruim.)

Dake – HELENNA, EU POSSO EXPLICAR! (Explicar?! Cara, vai se foder.)

Lenna – Explicar o quê?! NÃO SOMOS MAIS NADA, NÃO ME DEVE SATISFAÇÕES! (O deixei falando sozinho e saí correndo dali.)

Desde então, ele não deixou de me ligar. Fica tentando justificar algo que não tem explicação.


Notas Finais




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