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História Dream - Magic


Escrita por: KimLeira

Notas do Autor


Hey Guys!
Cheguei com uma fic dessa delícia de couple chamado JongKey!
Tava animada pra escrever uma JongKey, não sei se ficou bom mas espero que vocês gostem <3

Capítulo 1 - Magic


Fanfic / Fanfiction Dream - Magic

Kim Kibum sempre foi um garoto diferente dos demais da sua idade.

Desde muito pequeno, tudo que ele mais gostava era de desenhar, gostava de arte, gostava de estar em contato com coisas coloridas, gostava de se vestir bem. Enquanto todos os outros garotos estavam preocupados com seus times de futebol, queria comprar roupas novas. Não demorou muito até que começasse a desenhar e produzir suas próprias, e com isso descobriu a sua verdadeira vocação, o seu sonho. Era isso. Kibum queria ser estilista.

E ele lutou por esse sonho o quanto foi possível. Focou-se em seus estudos, tornou-se um dos melhores alunos da escola, abriu mão de toda uma vida adolescente, tudo para que conseguisse atingir o objetivo que tinha em sua vida. E ele conseguiu. Formou-se em moda na mais renomada faculdade do país, entre os melhores da sala. Seu talento para tal profissão era visível, todos os professores notavam. E, justamente por isso, foi fácil iniciar uma carreira. Não demorou até que conseguisse expor uma coleção própria, em uma cerimônia bastante modesta, mas que foi, para si, a concretização de seu sonho. Até porque, depois daquela exposição, devido as críticas positivas sobre seu trabalho, Kibum tornou-se cada vez mais conhecido, tanto dentro quanto fora de seu país. Passou a desenhar roupas para celebridades, lançava tendências e seus desfiles eram cada vez mais bem-sucedidos.

Todos que o olhavam, diriam que ele era alguém realizado, que ele havia alcançado tudo aquilo que mais queria. E era verdade. Mas o fato era que, para chegar onde estava naquele momento, prestes a finalizar mais uma coleção para expôr em Milão, Key – como havia ficado conhecido mundialmente – tinha precisado abrir mão de muitas coisas em sua vida. Ele nunca havia tido um relacionamento sério com ninguém, nunca nem sequer havia se apaixonado. Os estudos e depois o trabalho nunca deixaram espaço e tempo para que se envolvesse com alguém. No início, ele não se importava, a realização de seu sonho e sua carreira bastavam para que fosse feliz. Mas, conforme o tempo foi passando, quanto mais famoso foi ficando, mais ele percebia que as relações que ele tinha eram fúteis e superficiais. Cada vez mais as pessoas se aproximavam de si por interesse, e cada vez mais ele sentia a necessidade de ter alguém em quem se apoiar toda noite ao chegar cansado de um dia de trabalho. Cada vez mais ele percebia o quanto se sentia solitário, em meio àquele mundo.

Pensar sobre aquilo tornou-se comum e recorrente, principalmente durante a noite, quando estava sozinho em seu apartamento. E naquela noite não tinha sido diferente. Olhando para a lua, sentindo-se só, Kibum torceu para encontrar o amor. Torceu para que alguém especial entrasse em sua vida certinha, e a bagunçasse. Rezou para que pudesse, ao menos uma vez, sentir o que era amar e ser amado. Queria sentir-se nervoso, queria saber qual era a sensação de não saber como agir perto de alguém. Ele só queria deixar de se sentir tão mal como vinha se sentindo há tanto tempo.

Mal sabia ele que a vida iria ouvir seus pedidos. Mais cedo do que ele esperava.

Foi dormir cedo naquela noite, sabendo que no dia seguinte iria conhecer e aprovar – ou não – os próximos modelos que iriam desfilar com suas roupas. Apesar de ter uma equipe toda para preparar o evento para si, Kibum gostava de analisar cada mínimo detalhe, para que nada desse errado, e por isso a última palavra de quais os modelos que realmente participariam sempre era sua.

Acordou no outro dia, desanimado. No passado, o dia de conhecer os modelos era o mais divertido para si, mas ele já não se animava com tanta facilidade mais. Arrumou-se da melhor maneira que pôde e saiu, indo em direção ao estúdio. Era sempre igual. Assim que entrava no local, todos vinham até si, agindo como se o adorassem, mesmo que todos ali soubessem que aquilo era falsidade. Era tão nítido para ele, que ele tinha vontade de ignorar a todos. Limitou-se apenas a responder educadamente, sabendo que não poderia, realmente, não conversar com ninguém ali. Aos poucos, os modelos foram sendo apresentados.

E foi então que ele o viu. Ali, meio acanhado, no meio de todos aqueles modelos, ele o viu. O homem que – ele não sabia ainda – faria com que sua vida virasse de ponta cabeça. Key pensou que nunca tinha visto ninguém mais incrível que aquele moço. Ele tinha os cabelos castanhos, os olhos gentis e o corpo, aparentemente, bastante musculoso. Seus olhos se ligaram por um momento, e assim que o outro rapaz o viu, abriu um sorriso que o estilista julgou ser o mais lindo que já havia visto em toda a sua vida. E quando ele notou o outro vindo até si, percebeu, com bastante surpresa, que seu coração batia tão rápido em seu peito que ele conseguia, claramente, ouvir os batimentos dele em seus ouvidos. Barulhos esses que só foram substituídos por algo melhor. A voz dele.

- Olá, o senhor deve ser o Key. Meu nome é Kim Jonghyun, será uma honra desfilar com uma criação sua. Sou um grande fã.

Bom, e ele era mesmo. Assim como Kibum, Jonghyun também sonhou, um dia, em ser um estilista. Mas, infelizmente, a vida fez com que ele desistisse. Vinha de uma família com poucas condições, filho único de uma mãe solteira. Dinheiro imediato era o que eles precisavam. Foi por isso que, quando foi chamado para ser modelo, ele acabou aceitando. Era o mais próximo que ele conseguiria ficar de seu antigo sonho. Principalmente depois que sua mãe ficou doente. Pagou todos os tratamentos dela com o dinheiro que ganhava de campanhas e desfiles que fazia, e precisou esquecer de vez da vontade que tinha de estudar moda. Por um tempo, sentiu-se sortudo por ter conseguido entrar no mundo dos estilistas, mesmo que indiretamente, mas não demorou muito até perceber o quão falso aquilo tudo era. Os modelos eram tratados como nada, e todo mundo passava a perna em todo mundo, só para serem mais famosos. Ele não gostava daquilo. Mas via-se cada vez mais sem condições de sair dali, sabendo que, sem esse trabalho, não poderia ajudar sua mãe.

E então surgiu Kim Kibum. Um gênio da moda, por quem Jonghyun rapidamente nutriu imensa admiração. As roupas desenhadas por ele eram incríveis, como se tivessem sido feitas por um anjo, tamanha delicadeza de cada peça. Participar de um desfile dele tornou-se uma grande vontade para ele. Tentou várias vezes a pré-seleção de modelos de Key, mas nunca havia conseguido. “Talvez eu não seja bom o suficiente para desfilar com algo dele”, era o que ele acreditava. Por isso, foi um choque quando recebeu uma ligação de produção do estilista chamando-o para a reunião com o próprio criador das roupas.

Naquele dia, estava tão animado que mal sabia como agir. Chegou no local em que iria se encontrar com Kibum bem cedo, não contendo sua ansiedade. E quando ele o viu, sentiu seu coração querer sair de seu peito. Apesar de ser um admirador do trabalho do outro e saber que ficaria nervoso por vê-lo pessoalmente, só o que ele pensou naquele momento foi que ele era ainda mais atraente do que parecia na televisão. Foi até ele, sentindo-se hipnotizado pela beleza tão única que ele possuía, sem ao menos notar que o fascínio era recíproco.

- Olá, Jonghyun. - Key disse devagar, depois de perceber que estava ali parado impressionado com o efeito que a voz daquele moço que ele mal conhecia tinha tido sobre si. - Será um prazer ter você como meu modelo.

Viu o moço um pouco mais baixo que si sorrir, com uma mistura de alegria e timidez, e imediatamente seu coração se aqueceu. Ele nunca tinha sentido nada como aquilo. Estava tão afetado naquele instante que só o que foi capaz de fazer foi o retribuir o sorriso. O sorriso mais sincero que ele havia dado em muito tempo. Fato que não passou despercebido pelo outro, assim como não passou despercebido o fato de que sentiu algo dentro de si se contorcer de maneira muito agradável. Nenhum dos dois entendeu o que estava acontecendo ali, e só viriam a entender muito tempo depois.

No entanto, não tiveram tempo algum para trocar mais nenhuma palavra. Aquele seria um desfile enorme, e tudo tinha que sair perfeito. Key foi fazer os últimos preparos das roupas, enquanto Jonghyun foi provar as peças com as quais iria desfilar. O estilista, por mais que tentasse evitar, sentia que algo naquele modelo atraía seu olhar de um jeito surreal, como um ímã. Pegou-se observando o outro por diversas vezes enquanto ele ensaiava para o evento. Ele era tão bonito, que o estilista sentia-se incapaz de não observá-lo. A forma como ele parecia confiante enquanto desfilava, o modo perfeito como as peças de roupa recaíam sobre seu corpo, era tudo lindo e Kibum não sabia bem porque sentia-se daquela maneira. Quero dizer, é claro que ele sabia que gostava de homens, e muitos dos modelos que já haviam desfilado com suas roupas eram muito atraentes, mas tinha algo diferente nele.

O fato de seus olhares se cruzarem com frequência denunciou que ele não era o único a observar ali. Também estava sendo observado. Mas como poderia ser diferente? Kibum, aos olhos de Jonghyun, era tão lindo. Ele poderia jurar que jamais tinha visto alguém com uma beleza tão singular como a dele. A pele branquinha, os olhos pequenos e afiados, como os de um gato, a boca pequena e delicada, era tudo atraente demais e ele não conseguia não olhá-lo. As várias vezes que se olharam diretamente fizeram com que ambos sentissem-se envergonhados, mas uma ansiedade boa e extremamente nova para eles crescia em seus peitos.

Mas, infelizmente, o dia chegou ao fim, e com isso cada um deles foi para sua casa. Não antes de trocarem mais um olhar, como se tentassem, desesperadamente, para o tempo por um instante, apenas para poderem ficar por perto por mais uns segundos.

Naquela noite, os dois foram dormir sentindo algo diferente, que ele desconheciam, mas que era muito agradável.

A cada dia que se passava, mais próximo estava o desfile, e os dias se tornavam mais corridos. Mas todas as vezes eram iguais. Sempre que os dois se encontravam, aquela sensação de nervosismo que eles não sabiam bem como explicar se apossavam deles, e lentamente sentiam que estavam se viciando naquilo. Foi por isso, depois de pensar muito se deveria ou não fazer aquilo, que, em uma de suas breves folgas, Jonghyun encontrou coragem para pedir o telefone do estilista. Key podia jurar que nunca tinha ficado tão surpreso e nervoso como no momento em que ouviu aquelas palavras. “Você me passaria seu número de telefone?”, aquela frase ecoou em sua mente por alguns instantes, e em questão de segundos sua cabeça considerou tantas coisas que ele não sabiam como não tinha explodido. Jonghyun estava interessado em si? Ou ele queria apenas ser um amigo? Ou pior: seria possível que Jonghyun quisesse se aproximar de si por interesse? Kibum considerou aquela opção por alguns momentos, e assustou-se quando notou que estava com medo. Normalmente, ele não sentia medo de se machucar quando se envolvia com alguém, simplesmente porque sabia que, no fim, não se envolveria de verdade, mas como ele não era o mesmo. Ele teve medo do modo como se sentia perto dele, teve medo de não ser capaz de evitar sofrer, mas, por algum motivo, algo dentro de si dizia que aquele moço não era assim, algo lhe dizia que ele poderia, sim, confiar. Então ele apenas passou seu número para o mais baixo, sentindo uma ansiedade crescente em seu peito como nunca havia sentido antes.

Naquele mesmo dia, já de noite, Jonghyun mandou a primeira mensagem para o outro, sentindo-se ainda surpreso por, realmente, ter conseguido o número dele. Foi apenas um singelo “Boa noite”, mas foi o suficiente para fazer com que os corações dos dois batessem em nervosismo, um por querer saber se teria resposta, e o outro por perceber de quem era a mensagem.

Aquela foi a primeira noite que os dois ficaram acordados até tarde conversando. E aquilo se repetiu pelas noites seguintes. Conversavam sobre assuntos extremamente aleatórios, que iam desde “Qual sua comida preferida?” até “Qual o sentido da vida para você?”. Foi curioso para eles como se tornaram próximos tão rapidamente, já logo passando a fazer parte do dia a dia um do outro. Passavam os dias conversando por mensagens, e sempre que tinham tempo saíam para comer juntos, nos momentos de folga de ambos. Nunca nenhum dos dois tinha encontrado uma pessoa com quem se conectassem daquela forma, com quem pudessem conversar sobre qualquer coisa. E eles gostavam muito daquilo.

Demorou bem pouco até que os dois percebessem que nutriam sentimentos um pelo outro. E isso tornava-se cada vez mais visível para eles, praticamente já não havia o que ser escondido ali. Por mais que nenhum dos dois tenha tido coragem de assumir ou tomar alguma atitude, o modo como eles se relacionavam era bem distinto de uma simples amizade. Eles já eram maduros o suficiente para notar que o modo como se olhavam era diferente.

O dia do desfile tinha, finalmente, chegado. Estava tudo pronto. O local estava lotado, nos camarins, todo mundo corria apressado querendo que tudo saísse o mais perfeito possível. Key já estava pronto, apenas esperando a hora de começar, sentindo-se ansioso e nervoso. Ele sempre se sentia assim no início de seus desfiles. Era por causa daquela adrenalina que ele se manteve naquele mundo por tanto tempo. Amava o que fazia, afinal.

Mas, de repente, seu olhar e toda sua atenção foram tomados pela figura de um homem moreno, vestindo uma roupa toda preta e bem detalhada, com uma maquiagem forte em volta dos olhos. Jonghyun estava magnífico. Aproximou-se do outro, hipnotizado pelo que via, tão imerso naquilo que era como se tudo ao seu redor tivesse sumido. O outro havia, também, notado como ele estava lindo. Ás vezes ele não entendia que tipo de magia envolvia o estilista que fazia com que ele ficasse cada vez mais incrível aos seus olhos. Sorriram um para o outro, quase como se entendessem o que estavam pensando.

- Só o que eu vejo é uma obra de arte. - Key disse, admirado e divertido, ao mesmo tempo, tentando disfarçar o quanto havia ficado afetado pela visão do outro tão bonito daquela forma.

- Realmente, eu sempre me impressiono com o seu talento. - Jonghyun respondeu, olhando para a peça que vestia sabendo que era, de fato, algo lindo demais.

- Não estava falando da roupa.

Kibum comentou despreocupado, tentando agir como se não tivesse falado nada de especial. Olharam-se por alguns instantes, o modelo sentindo-se, absurdamente, chocado e nervoso pelo que tinha ouvido. O mais alto tinha um sorriso tímido nos lábios, verdadeiramente envergonhado pelo que tinha dito, mas feliz por notar como o outro tinha reagido tão nervosamente, os olhos dele transmitiam isso. Jonghyun sentiu seu coração bater tão forte que pensou ser capaz de sair de seu corpo. Mas, quando pensou em dizer alguma coisa, qualquer coisa, foram interrompidos por vozes anunciando que o desfile iria começar. Cada um foi para seu lugar, desejando um para outro, silenciosamente, boa sorte.

E então começou. Aquele foi, certamente, o maior público que Key teve em toda sua carreira, e todos pareciam encantados com suas criações. Ninguém poderia sequer duvidar do talento que ele tinha para fazer o que fazia. A cada nova peça que entrava, as pessoas que assistiam se sentiam mais impressionadas. No fim do desfile, todos aplaudiram de pé aquela que, no dia seguinte, sairia nos jornais como a melhor coleção já lançada nos últimos 10 anos. Kibum era um fenômeno, e Jonghyun acompanhava do camarim, orgulhoso, a consagração daquele que ele tanto gostava e admirava.

Depois dos desfiles, era comum que fossem feitas festas com os modelos que participaram do evento, celebridades e aqueles que haviam assistido. E naquela vez não foi diferente. Todos queriam falar com o criador das roupas incríveis que foram apresentadas naquela noite. Ele agradecia feliz a cada elogio que recebia, mas o fato era que só tinha uma pessoa com quem ele queria conversar naquele instante. Assim que teve um momento de descanso, foi atrás de Jonghyun, que havia passado o tempo todo observando como as pessoas o procuravam, verdadeiramente, impressionadas pelo que tinham visto.

- Sabe, você estava ótimo no desfile. - disse, logo recebendo um sorriso sincero do modelo.

- Estou feliz por ter saído tudo tão perfeito. Não tinha dúvidas que todos ficariam admirados, você nasceu para isso, Key.

Ficaram uns instantes em silêncio, apenas aproveitando a presença do outro, sentindo a atmosfera agradável e leve que os envolvia. Mas logo o mais baixo deles se pronunciou novamente.

- Na realidade, nunca gostei dessas festas. Realmente não é o tipo de ambiente que eu gosto de estar. - viu o outro concordar com a cabeça, logo surgindo um sorriso animado em seu rosto, como se tivesse pensado em algo incrível. - O que aconteceu?

- Jonghyun, vamos fugir! - ele disse, não tardando em pegá-lo pela mão e puxá-lo para o meio da multidão.

- Como assim? Você ficou louco? É a festa do seu desfile, Key! - Jonghyun tentava argumentar, desesperado, tentando impedir que ele fizesse aquilo.

- Aish, até parece que alguém se importa de verdade comigo. Eles só querem aparecer, nem vão sentir minha falta.

O fato era que Jonghyun sabia bem que, infelizmente, aquilo não era mentira. Ele, mais do que ninguém, sabia o quão falso e interesseiro era aquele mundo. Então, acabou se deixando guiar pelo outro para fora do prédio em que estava acontecendo a festa. Os dois andaram pela rua daquela cidade linda que era Milão, fazendo um passeio que não teriam tempo de fazer em nenhum outro momento devido às agendas apertadas. Riram felizes, observando cada aspecto do lugar e gostando da sensação boa que era estar ao lado do outro ali.

Já era tarde da madrugada quando eles voltaram para o hotel em que estavam hospedados. Pararam em frente ao quarto de Jonghyun, tentando prolongar o máximo que pudessem aquela noite, sem terem a menor vontade de irem dormir. Jonghyun, meio sem ter controle sobre suas ações, segurou a mão do mão com delicadeza, aproximando-se dele devagar – aproximação essa que fez com que ambos sentissem seus corações baterem mais rápido do que nunca – e deixou um breve selar no rosto dele.

- Você estava incrível hoje, Key. Tive muito orgulho. - disse olhando-o nos olhos.

Ah, mas aquele contato visual. Foi intenso. Mais do que eles jamais imaginariam ser possível para uma troca de olhares. A proximidade era tanta que eles eram capazes de sentir o calor que emanava do outro corpo. Key, no entanto, foi o primeiro a quebrar aquele olhar, sendo impossível evitar que seus olhos recaíssem sobre aqueles lábios que, ele sabia, havia desejado secretamente. A tensão entre os dois era tangível. Assim como a ansiedade pelo que estava prestes a acontecer. Ansiedade que foi evidenciada pelo mais baixo, ao dar um passo pequeno para frente, apenas para ficar um pouco mais próximo e o suficiente para mostrar ao outro que ele queria aquilo tanto quanto si próprio. Kibum não esperou mais. Em um movimento rápido, mas bastante delicado, acabou com o pouco de distância que ainda os separava e uniu seus lábios aos dele.

Sentiram a maciez da boca alheia, encantados, não tardando em abrir espaço para que o beijo fosse aprofundado. Começou devagar. As bocas se movimentavam com calma e delicadeza, cheias de harmonia, enquanto as línguas se acariciavam com tranquilidade, querendo se sentir e se conhecer. Aquele beijo foi, sem dúvida, a melhor coisa que ambos já haviam experimentado. As mãos passeavam pelos corpos com tamanho carinho, como se tivessem medo de que, a qualquer movimento brusco, pudessem se quebrar. Perderam-se na bagunça gostosa que se formou em seus peitos, na enxurrada de sensações que os atingiu com tanta força.

Quando o ar se fez necessário, separaram-se muito relutantemente, sem, realmente, se desfazerem do abraço que estavam envolvidos, apenas porque, de repente, não se sentiam capazes de sair dos braços quentes e acolhedores do outro. Eles nem queriam. Olharam-se ternos, como se tentassem se comunicar através de seus olhos. E estavam, de fato. Eles enxergaram naquele olhar tudo que estavam sentindo. Tudo que queriam. Sorriram, cúmplices, sabendo que, naquele momento, só existiam eles no mundo, e nada mais importava.

- Você não faz ideia do quanto eu esperei por isso, Key. - Jonghyun disse, completamente encantado e extasiado pelo beijo que os dois haviam trocado. Viu o outro sorrir mais abertamente.

- Ah, eu sabia, sim.

Foi a última coisa que disseram antes de, novamente, unirem seus lábios, sentindo que já se haviam se tornaram viciados pelo sabor da boca do outro, sabendo que, depois daquilo, não seriam mais capazes de viver sem ter aquelas sensações. Deixando-se levar pela vontade crescente em seus seres, perdidos na avalanche de sentimentos que aquele beijo estava provocando, seguiram, quase sem perceber, para dentro do quarto, sem se importar em não esbarrar em alguns dos móveis ali presentes, apenas para conseguirem chegar até a cama fofinha.

Deitaram-se ali, sem fazer questão alguma de quebrarem o beijo que, apesar da falta de ar, ainda trocavam. Naquele momento, sentiam como se não houvesse mais nada no mundo, como se não houvesse nenhum problema, era apenas eles, ali, ansiando por se amar como nunca tinham amado ninguém antes. Lentamente, sem pressa nenhuma, sem malícia nenhuma, livraram-se das roupas caras que usavam, que no momento já estavam amassadas – não se importavam com isso, na verdade. Sentiam com fascínio a maciez das peles, a sensação boa que era o atrito delas juntas, ao mesmo tempo em que beijos eram dados em cada canto do corpo alheio, as mãos navegando pelo mar calmo da tez macia e cheirosa. A ansiedade, a excitação, tudo crescia cada vez mais, a cada novo toque. Sentiam seus corpos se aquecerem de modo enlouquecedor em cada canto que eram tocados. Os dois estavam entrando em combustão, e tudo que eles queriam naquele momento era se queimar.

A necessidade por mais contato era enlouquecedora para os dois. Era como uma droga viciante que se quer mais e mais. Os corpos desnudos, as peles maravilhosamente quentes, as mãos que exploravam com afinco cada lugar possível, que davam ao outro as sensações mais incríveis, os beijos deixados em qualquer canto, as bocas percorrendo com vontade por cada pedaço de pele, as vozes embargadas pela libido pronunciando palavras desconexas que pareciam fazer sentido apenas para eles, tudo fazia com que eles sentissem como se estivessem no céu, perdendo qualquer fio de sanidade que eles ainda poderiam ter. Sanidade essa que se foi, completamente, no momento em que sentiram o prazer tomar conta de seus corpos.

Tiveram cuidado para que não houvesse dor naquele momento, mas não teria como. Era tudo tão intenso, tão inebriante, que não havia a possibilidade de haver algo que não fosse o prazer que os queimava por dentro e fazia com que eles procurassem por mais daquela sensação. Os movimentos dos dois corpos estavam em uma harmonia tão perfeita e deliciosa que era como se ambos tivessem sido desenhados minuciosamente um para o outro. O atrito entre as peles, o calor que emanava deles, os gemidos que eles não faziam questão de evitar, tudo tornava aquilo ainda mais único e magnífico. Eles estavam se pertencendo como nunca haviam pertencido a nenhuma outra pessoa, e se permitiram, finalmente, chegar ao ponto mais alto do amor que eles queriam transmitir, que logo depois veio confirmado nas palavras que eles mais queriam ouvir. “Eu te amo”. Uma onda de alegria percorria os dois moços, sentindo-se mais completos do que jamais, em seus corações, que batiam mais forte do que nunca antes, tinham a consciência de que depois daquilo nada mais seria igual em suas vidas.

E não foi mesmo. Aquela foi a primeira vez que os dois se amaram, e depois dela muitas outras vieram. A cada dia que se passava, tinham mais certeza de que se amavam, de que queriam ficar um ao lado do outro para todo o sempre. Construíram uma relação tão pura e cheia de sinceridade, tão especial, que eles se consideravam as pessoas mais sortudas do universo. Tudo que os dois mais sonhavam era encontrar alguém que os fizesse feliz, e que eles também pudessem fazer feliz. Queriam viver um amor como o daqueles dos contos de fada, queriam se entregar de corpo e alma. E eles acharam aquilo ali, entre eles.

E eles foram felizes, cada dia mais, a cada ano que tiveram a oportunidade de transmitir todo aquele amor que tinham para dar ao outro.

 


Notas Finais


ai, espero que vcs tenham gostado gente <3 o fim não ficou tão bom, mas fiz o meu melhor :3
obs.: perdão pelo pseudo-lemon lixoso.. a ideia inicial nem era fazer o lemon, e eu tenho tido certos problemas para escrever lemons por motivos de vergonha, então acabei deixando ele um pouco mais insinuado do que realmente descrito, espero não ter estragado tudo akjdkherhks


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